Felipe e Guilherme - Amor em Londres - 02: "Conhecendo a família"

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Homossexual
Contém 5213 palavras
Data: 17/12/2016 22:24:14

Gente. Obrigado pela recepção positiva. Decidi colocar mais um capítulo no ar. Infelizmente por causa do tempo corrido, vou colocar esse conto só nos finais de semana, sábado ou domingo. Espero que vocês continuem acompanhando. Está sendo um prazer incrível escrever essa história. Muito obrigado. Segue o conto:

Se pudéssemos definir o Aeroporto da Cidade de Londres em uma palavra seria: caos. Felipe praticamente carregou Guilherme, eles precisavam sair daquela área, pois, tudo pegava fogo. “Eu vou morrer”, pensava Felipe. Muitas pessoas feriadas pediam ajuda, mas Felipe não conseguia, ele simplesmente não parava de andar. De repente outra explosão leva os jovens ao chão. Um grande pedaço de concreto solta e quase acerta os dois, mas um policial conseguiu impedir a tempo.

Policial: (gritando) – Tira o teu amigo daqui. (pegando no ombro de Felipe)

Felipe: - Sim, senhor. (carregando Guilherme)

Policial: - Ok. Siga em frente e pegue a direita. (saindo)

O policial seguiu, mas depois de mais uma explosão foi consumido pelas chamas. Os olhos de Felipe congelaram naquele instante. Ele ficou imóvel por um minuto, mas lembrou de Guilherme e continuou. O lugar estava quente, e mais pessoas feridas pediam ajuda. Felipe seguiu as instruções do policial e conseguiu chegar a um grande saguão. As pessoas corriam de um lado para o outro.

Guilherme: (se mexendo) – Espera. Espera. (sentando no chão)

Felipe: - O que foi?

Guilherme: (olhando para Felipe e sorrindo) – Você está uma bagunça.

Felipe: - Já se olhou no espelho ultimamente?

Guilherme: - O que aconteceu?

Felipe: - Explosões! (erguendo as mãos) – Gigantes. Tudo caiu. Fui lançado na parede, você foi atingido por uma pedra.

Guilherme: - Calma. Respira. (olhando em volta) – Estamos perto da entrada. Caramba. Tudo está destruído.

Felipe: - Que recepção, hein? (mais uma explosão e Felipe abraça Guilherme) – Precisamos sair daqui.

Guilherme: - Está certo. (levantando com dificuldade)

Felipe: (apontando para frente) – Olha.

Os dois encontraram uma garota chorando no meio do saguão. Guilherme tentou andar sem sucesso e contou com a ajuda de Felipe. Ele se abaixou perto da garotinha que não parava de chorar. Guilherme perguntou o nome dela, mas nada de resposta. Depois analisou a menina para saber se ela estava muito machucada. Nenhum sinal de osso quebrado.

Guilherme: - Precisamos tirar ela daqui.

Felipe: - Oi, querida. Tudo bom? Me chamo Felipe… e… e… esse é meu amigo Guilherme. Eu sei que você está com medo, nós também estamos, mas precisamos sair daqui. A gente… a …. sai daqui e encontramos sua mamãe. (estendendo a mão para a menina)

Guilherme: - Isso. Vem com a gente.

Garota: (pega na mão de Felipe)

Felipe: (carrega a menina no colo) – Ok. Vamos encontrar a sua mãe.

Guilherme: (levantando e se apoiando em Felipe)

No Parque, Tchubirubas olhava a movimentação das ruas de Londres. Muitos carros passavam com toda velocidade, e o barulho incomodava o cachorro. Eram as patrulhas da polícia e corpo de bombeiros que iam em direção ao Aeroporto. Tchubirubas também prestou atenção quando os cachorros foram embora com seus donos. No fundo, ele queria alguém que o amasse, mas lembrava de tudo que sofreu nas mãos de seus antigos donos.

Tchubirubas: (chorando baixinho e deitando no chão) – Quem precisa de humanos?!

Tchubirubas se assustou com mais carros da polícia que passou, o cachorro latiu e seguiu as viaturas. Felipe e Guilherme chegaram a uma parte que estava toda danificada, eles precisariam encontrar outra saída dali. De repente várias explosões fazem o local tremer. Felipe colocou a garota no chão e junto com Guilherme ficaram abaixados. Muitas pessoas passaram correndo, na hora do desespero ninguém quer saber se existem pessoas no caminho.

Felipe: (levantando todos) – Vamos sair daqui!! As chamas estão nos alcançando.

Guilherme: (tossindo) – Tem muita fumaça.

Felipe: - Vamos tentar ir por aquela sala. Acho que lá deve ter uma forma de saímos daqui.

Guilherme: - Espera. Vai. Leva a garota. Eu fico, sou um peso morto.

Felipe: - Para de falar besteira. Eu não vou te deixar.

Garota: - Estou assustada. (tossindo)

Felipe: - Vamos sair daqui. Não se preocupa. (cobrindo o rosto da menina com o cachecol dela) – Guilherme. (pegando no rosto de Guilherme) – Nós vamos sair daqui. Os três.

Guilherme: - Ok. (olhando para o lado) – Ei, pega aquele bastão de metal para mim.

Felipe: (juntando o objeto do chão e entregando para Guilherme)

Guilherme: (usando o ferro como muleta) – Vai ser útil. Dessa forma não te atrapalho. (outra explosão)

Felipe: - Essas pessoas vão ficar presas aqui… será que fazemos alguma coisa?

Guilherme: - Eles estão desesperados. Vamos primeiro achar uma saída.

As pessoas começaram a se aglomerar na sala, mas a mesma não tinha saída. E as explosões apenas pioravam toda a situação. Tchubirubas chegou no aeroporto ofegante e ficou olhando a movimentação. Ele começou a farejar alguma coisa e passou pela cerca de segurança da polícia.

Policial: - Olha. O cachorro entrando no Aeroporto pela lateral. (falando em um rádio)

Tchubirubas entrou por uma área quebrada do prédio. Ele seguiu pelas salas e o que encontrou foi um rastro de destruição. O cachorro conseguia perceber que haviam pessoas machucadas e começou a latir para atrair a atenção dos sobreviventes.

Felipe: - Você está ouvindo isso?

Guilherme: - O que?

Felipe: - Um cachorro. Tem um cachorro preso aqui. (apontando para uma porta) – Está ouvindo?

Guilherme: (assustado) – Estou.

Felipe: (colocando a menina no chão) – Espera aqui amor. (tentando abrir a porta) – Está trancada. Vou… vou arrombar. (chutando a porta várias vezes até a mesma abrir)

Guilherme: - E então?

Felipe: (entra e encontra Tchubirubas)

Guilherme: (entra com a criança) – Deus. Olha quanta gente morta! (chorando) – Precisamos sair daqui.

Tchubirubas: (latindo, parecendo muito agitado e andando em círculos)

Felipe: (tentando se aproximar) – Oi, garotão. (vem cá)

Tchubirubas: (correndo em direção a um buraco na parede)

Felipe: - Espera. Será que?

Guilherme: - O que vamos fazer?

Felipe: (pegando a garota no colo) – Vamos seguir o caminho. Tem muita fumaça aqui.

Guilherme: - Tudo bem.

Felipe: - O cachorro foi nessa direção. Vamos.

Com muita dificuldade, Felipe e Guilherme conseguiram chegar na saída. A polícia havia colocado uma barreira muito distante da entrada. Eles e a garota andaram bastante até chegar em um local seguro. Muitos fotógrafos e repórteres estavam lá.

Bombeiro: - Vocês estão bem?

Felipe: (ofegante) – Sim. Cade o cachorro?

Bombeiro: - Que cachorro?

Felipe: - O cachorro que nos mostrou a saída. Por aquele lado tem mais pessoas, a maioria morta. A entrada principal está obstruída.

Bombeiro: - Tudo bem. Vamos mandar homens agora. (falando no rádio) – Atenção. Quero uma equipe entrando pela ala Oeste do Aeroporto. A explosão fez um caminho. Agora.

Felipe: - O cachorro sumiu. (olhando para Guilherme)

Bombeiro: - E vocês conseguem se deslocar até aquela área? (apontando para várias tendas)

Guilherme: - Eu bati minha cabeça e torci o meu pé, mas consigo andar.

Felipe: - Essa garotinha está perdida. Nós… nós precisamos encontrar os pais dela.

Bombeiro: - Sigam em frente. Uma viatura vai levar vocês até o hospital mais próximo.

Felipe: - Tudo bem. (olhando para os lados) – Cadê você cachorrinho?

Guilherme: (se sentindo tonto)

Felipe: (amparando Guilherme) – Estou aqui. Vamos. (levando Guilherme e a criança até a área de segurança)

Felipe e Guilherme entraram em uma van. Os dois ficaram em silêncio por um tempo e Felipe começou a rir. Guilherme ficou sem entender, mas o sorriso de Felipe o encantou. Ele e a garotinha começaram a rir também. Felipe sentou a menina em seu colo e ficou acariciando seu cabelo. Guilherme repousou a cabeça no ombro de Felipe. Depois de alguns minutos, eles chegaram no hospital e foram separados. Felipe se impressionou com a agilidade dos médicos. Em poucos de alguns minutos, o jovem teve seu diagnóstico, a cabeça e costa machucados.

Felipe se sentiu perdido e saiu caçando informações sobre Guilherme. Ele vasculhou em quase todos os andares e acabou encontrando a garotinha que salvou. A menina correu e o abraçou. A mãe da menina apareceu e agradeceu Felipe. Depois ele descobriu que o nome da garota era Amora, e sua mãe Sara.

Sara: - Muito obrigada. (chorando e abraçando Felipe)

Felipe: - Tudo bem. Calma. Está tudo bem agora. A Amora está bem.

Sara: - Se eu puder te ajudar de alguma forma.

Felipe: (olhando uma máquina de doces e viu um lindo cupcake) – Tem sim. Será que você poderia comprar um cupcake para mim? Estou sem moedas.

Sara: - É claro. (indo até a máquina e pegando um cupcake)

Felipe: - É o aniversário do meu amigo, ele estava comigo no aeroporto.

Amora: - Ah, seu amigo… ele está naquela sala. Ele ficou no quarto ao lado do meu. (apontando para a direita)

Felipe: - Obrigado. E fiquem bem. Até. (saindo com pressa e quase escorregando) – Ops. E obrigado pelo bolo. (correndo)

O coração de Felipe bateu forte, ele ficou aliviado ao encontrar Guilherme deitado em uma cama. O garoto se aproximou do amigo, ao tentar esconder o cupcake acabou tropeçando no tapete e caiu no chão. Guilherme riu.

Guilherme: - Você escapou de uma explosão, mas vai morrer por causa de um tapete?!

Felipe: (rindo sem graça) – Né? (olhando o cupcake e percebendo que estava tudo bem)

Guilherme: - Sete pontos na cabeça e o pé enfaixado.

Felipe: - Costa contundida e bati a cabeça, mas nada que não tenha acontecido comigo. (sentando em uma cadeira perto da cama) – Descobriu o que aconteceu?

Guilherme: (ligando a televisão) – Vamos ver agora.

Felipe: - Uau. (quase caindo da cadeira) – O que foi isso?

Um avião caiu na pista de pouso e atingiu outros que estavam estacionados, então produziu uma reação em cadeia. Felipe e Guilherme ficaram imaginando a sorte que tiveram de escapar de um acidente daqueles.

Felipe: - Ah. A garotinha achou a mãe. Ela se chama Amora.

Guilherme: - Pelo menos alguma coisa boa em meio a toda essa tragédia. E o cachorro?

Felipe: - Não sei. Ainda bem que você o viu também. Senão pensaria que estou louco. Será que ele está bem?

Guilherme: - Eu espero que sim. Mas saiba que fico feliz ao saber que você está bem.

Felipe: - Eu também fiquei feliz por te ver bem. (pegando um cupcake). É o teu aniversário, né? Precisamos de bolo.

Guilherme: - Obrigado.(ficando vermelho)

Felipe: - De nada. Agora finge que tem uma vela… assopra e faz um pedido. Tem que ter um pedido, né?

Guilherme: (fechando os olhos e assoprando uma vela imaginária) – Pronto. Já fiz o pedido.

Felipe: - E qual foi?!

Guilherme: - Não posso contar.

Felipe: - AAAHHHH. Quero saber.

Guilherme: - (mordendo o cupcake) – Quer um pedaço?

Felipe: - Não. (com a barriga roncando)

Guilherme: - Tem certeza? Nossa. Está tão macio e cremoso.

Felipe: - Ei. Isso é injusto. (com cara de choro) – Não. É o seu aniversário. Pode comer. (com um sorriso que poderia iluminar o mundo todo)

Guilherme: (ficando vermelho) – Obrigado.

Anastácia: (entrando aos prantos) – Guilherme.

Felipe: (caindo da cadeira com o susto)

Anastácia: - Meu filho. (abraçando Guilherme com todas as forças)

Leopold: (entrando) - Onde está meu filho? Vou processar todos! Todos! Como pode um avião cair no meio de um aeroporto. (batendo na costa do filho) – Que bom que você está bem.

Guilherme: - Estou aqui. E estou bem. Isso se vocês não me matarem.

Anastácia: - Fiquei tão preocupada.

Guilherme: - Eh… não foi hoje que vocês se livraram de mim.

Anastácia: - Não fale isso meu filho.

Leopold: - E quem é esse jovem? (apontando para Felipe)

Leopold e Anastácia: (ficam olhando Felipe e piscando de forma engraçada)

Anastácia: - É um namoradinho?

Felipe: (rindo sem graça)

Leopold: - Não começa. (olhando de forma severa para a mulher) - Não disse que traria alguém.

Guilherme: - O Felipe não é meu namorado. (ficando vermelho igual a um tomate) - Ele é um amigo, o conheci no avião. Ele que me ajudou a chegar no hospital.

Anastácia: (emocionada) – Obrigada querido. Você salvou o nosso tesouro.

Guilherme: - Mãe para.

Leopold: (celular tocando) - Com licença. Já achei ele John (saindo da sala) – Vou processar todos!

Anastácia: - Já falei com os médicos. E você vai sair hoje mesmo querido. E você? Como se chama mesmo?

Felipe: - Felipe, senhora.

Anastácia: - Me chamo de Anastácia. Onde você mora?

Felipe: - Vim fazer um intercâmbio, vou estudar. O motorista da Empresa ia me pegar no hotel, mas nem acho que vou ter que ir direto. Eu só preciso de um telefone para falar com a minha mãe. Acho que vi um orelhão, lá fora.

Anastácia: - Orelhão? (abrindo a bolsa) – Espere. Use o meu telefone. (discando) – Já coloquei os primeiros números para completar a ligação.

Felipe: (pegando o celular) – Obrigado. Com licença. (discando e saindo do quarto)

Anastácia: - Que gatinho. (rindo igual a uma adolescente)

Guilherme: - Mãe. Para. O que está acontecendo? Porque está agindo desse jeito? A senhora nunca falou esse tipo de coisa para mim.

Anastácia: - As pessoas mudam. Conheci uma senhora, e ela perdeu o filho que era homossexual. Fiquei muito tocada, então depois de que soubemos da explosão no aeroporto… (se emocionando) – Nossa. (pegando nas mãos do filho) – Eu… eu sei que errei com você, mas… as pessoas erram… as pessoas aprendem… quero te pedir perdão.

Guilherme: - Mas não é para tanto. Viu como o papai agiu? Ele me odeia. Para ele eu sou apenas um peso morto.

Anastácia: - Eu e seu pai ficamos tão preocupados com o que aconteceu no aeroporto. Sei que somos ausentes, mas amamos você. E dê tempo ao seu pai, por favor. Já conversamos bastante sobre a tua situação.

Guilherme: - Estranho isso.

As notícias correm rápido, e no Brasil todos já estavam preocupados com Felipe, principalmente sua mãe. Ela chorou ao telefone, Felipe se emocionou, mas fingiu estar bem, mesmo estando muito assustado. Ele pediu para a família não se preocupar, porque tudo corria bem, apesar do susto sofrido. Depois de um tempo, Felipe voltou e ficou esperando a liberação de Guilherme. O novo amigo o convenceu a ficar em sua casa até o dia seguinte.

Felipe: - Sim. Dona Anastácia, sem querer abusar… eu… eu posso ligar para a empresa do intercâmbio?

Anastácia: - Apenas Anastácia. E pode ligar.

Felipe: - Obrigado.

Foram três horas para Guilherme ser liberado do hospital. No trajeto para casa, os pais de Guilherme pararam para em um restaurante. Tudo era novo para Felipe, ele jamais imaginou viver tudo aquilo. Depois do jantar, todos seguiram para a cobertura da família Thompson, Felipe ficou maravilhado quando entrou no apartamento.

Felipe: - Caraca. (olhando para cima e esbarrando eu vaso) – Ops. (tentando pegar o vaso, até que consegue e coloca no lugar) – Desculpa.

Leopold: - Com licença. Vou para o meu quarto. (pegando no ombro de Guilherme) – Filho. Fico feliz que você voltou. (abraçando o filho de forma esquisita) – Com licença, rapaz. Amor te encontro lá em cima. (subindo as escadas)

Guilherme: (andando com o auxílio de duas muletas) – Bem vindo.

Anastácia: - Meninos, se vocês precisarem de algo, o Alfred está na cozinha. Filho a mamãe te ama, se precisar de algo me avisa Também vou para o quarto. Mais tarde vou levar os remédios que eu comprei, mas o Alfred vai precisar comprar mais amanhã. (se aproximando de Felipe e o abraçando) – Querido, obrigado. Fique o tempo que precisar. Até mais. (Saindo)

Felipe: - Alfred?

Guilherme: (sentando no sofá com dificuldade) – Ele trabalha conosco.

Felipe: - Entendi. Er… eu… eu queria tomar banho. Estou um lixo.

Guilherme: - Estamos um lixo.

Felipe: - Mas você é rico. Está com uma ótima cara, mesmo depois de tudo que passamos. (rindo)

Guilherme: - Claro. (levantando) – Vamos para o meu quarto. Me segue.

Felipe subiu as escadas observando cada detalhe daquele apartamento. O quarto de Guilherme era do tamanho da casa de Felipe. O rapaz mostrou o banheiro e deu toalhas limpas para Felipe. Guilherme aproveitou para pegar um pijama para emprestar ao amigo. Depois que Felipe terminou de tomar banho, saiu apenas de toalha. Guilherme não conseguiu evitar e deu aquela espiada.

Guilherme: (vermelho) – Pega. Esse pijama. Já que perdemos nossas malas nessa confusão.

Felipe: (pegando as peças e voltando ao banheiro) – Obrigado. Vou trocar aqui dentro.

Depois foi a vez de Guilherme tomar banho. Os dois amigos passaram parte da madrugada conversando. Alfred, o mordomo dos Thompson, preparou uma cama no chão, o colchão era muito mais macio do que qualquer cama que Felipe dormiu na vida, então não demorou muito para ele pegar no sono. Felipe estava feliz, muito feliz, mas teve um pesadelo naquela madrugada. Lembrou do policial sendo queimado vivo. E das pessoas mortas.

Felipe: - Nããããooooo!!! (levantando)

Guilherme: (acordando assustado) – O que foi?!

Felipe: - Eu… eu… (chorando)

Guilherme: - Ei. (saindo da cama e indo até Felipe) – O que foi?

Felipe: - Vi várias pessoas morrerem hoje. E outras precisando de ajuda. (enxugando as lágrimas) – Desculpa. Não quero te perturbar.

Guilherme: (pegando no rosto de Felipe) – Você não tá me perturbando. Você salvou a minha vida. E eu não sei como vou te agradecer.

Felipe: - Obrigado.

Guilherme: - Porquê?

Felipe: - Por ser legal comigo.

Guilherme: - Não chora. Eu sei que você tá assutado com tudo o que aconteceu, mas estou aqui ao seu lado. (abraçando Felipe)

Felipe: (sem reação) – Guilherme. (abraçando Guilherme)

Eles se abraçam por quase três minutos, e nenhum deles queria sair de perto do outro, mas o celular de Guilherme começou a tocar e eles se assustaram. Felipe contou para Guilherme tudo o que lembrava sobre o desastre no aeroporto.

Guilherme: - Ei. Quer saber? Dorme comigo. Na minha cama. Vem cá, me ajuda a levantar.

Felipe: (levantando e ajudando Guilherme) – Tem certeza?

Guilherme: - A minha cama é grande, tem espaço para nós dois. Vamos dormir um pouco. (deitando na cama)

Felipe: - Devo ser o hóspede que mais te deu trabalho.

Guilherme: - É o primeiro amigo que eu trago aqui.

Felipe: - Que honra. Acho que nunca te levaria em casa depois de tudo isso. Teu quarto é do tamanho da minha casa. Eu divido o quarto com a minha mãe e irmãos.

Guilherme: - Para de besteira. Um dia quero conhecer a tua família e dizer que você é um herói.

Felipe: (apertando o nariz de Guilherme) – Bobo.

Guilherme: - Eu… eu… posso fazer uma coisa?

Felipe: (com o coração acelerado) – O que?

Guilherme: (encostando a cabeça no ombro de Felipe) – Te incomoda ficar assim?

Felipe: - Não. (tendo uma ereção) – Eu… não… não me incomodo.

Guilherme: - E eu pensei que estava nervoso. O teu coração parece uma escola de samba. (rindo)

Felipe: (colocando o braço em volta de Guilherme) – E você deve tá parecendo um tomate. (rindo) – Boa noite.

Guilherme: - Boa noite.

Quem também teve um pesadelo foi Tchubirubas. O cachorro sonhou com o dia em que seu antigo dono tentou o molestar. Tchubirubas ficou assustado e o mordeu. Com raiva, o homem deu vários chutes em Tchubirubas que conseguiu fugir e se abrigou no Hyde Park. Ele acordou assustado, mas não havia ninguém para confortá-lo.

Depois da conversa com o amigo, Felipe teve uma boa noite de sono. Quando ele acordou, Guilherme não estava mais no quarto. Felipe levantou e viu roupas em cima de uma mesa. “Escolha o que ficar melhor em você”, dizia um bilhete. Felipe pegou uma camiseta, calça jeans e um tênis. O jovem desceu e sentou no sofá.

Alfred: - O sr deve ser o Felipe.

Felipe: (ficando de pé) – Sim… sim… sou o Felipe.

Alfred: - O seu Guilherme o aguarda na cozinha. Siga naquela direção. (apontando para frente) – Preciso ir à farmácia comprar os medicamentos para vocês. Com licença. (saindo)

Felipe foi meio cauteloso até a cozinha e encontrou Guilherme olhando o seu tablet. O fogo no aeroporto continuava e muitas pessoas morreram no acidente. Felipe entrou e esbarrou em um dos vasos da cozinha, por pouco o objeto não quebra. “Ufa”, pensou ele. Guilherme sorriu e pediu para o amigo sentar.

Guilherme: - Você sabe fazer uma entrada, hein?

Felipe: (com a mão na cabeça) – Por que você não me acordou?

Guilherme: - Você parecia tão cansado… e eu queria saber se o Alfred tinha comprado os remédios. Estou com uma forte dor de cabeça e o meu pé tá um pouco inchado.

Felipe: - Nossa. Que mesa linda. Eu… eu… posso?

Guilherme: - Claro, bobo. Pode sim.

Felipe fez um prato que poderia alimentar um batalhão. “É a refeição mais importante do dia”, salientou o jovem, antes de atacar. Ele comeu pão, ovos, queijo, bolo, doces e quase se entalou com uma salsicha. Guilherme estava encantado com o jovem. “Ele é tão autentico”, pensou Guilherme.

Felipe: (falando com a boca cheia)

Guilherme: - O que?!

Felipe: (fazendo força para engolir a comida)

Guilherme: (rindo)

Felipe: - Preciso ir na Escola. Será que eles pensam que eu morri? Tentei ligar para a coordenação, mas o telefone não completou a ligação.

Guilherme: - O Alfred pode te levar lá. Ele conhece essa cidade como ninguém.

Felipe: - Você vai poder ir comigo?

Guilherme: - Se o meu pé melhorar, acho que vou, mas não vou sair do carro. Acho que devido aos acontecimentos… você…. Você. (ficando vermelho)

Felipe: - (rindo)

Guilherme: - O que foi?

Felipe: - Você fica uma gracinha quando está nervoso.

Guilherme: - Não sou o único.

Felipe: - Então? O que ia dizer?

Guilherme: - Ah… você pode ficar aqui em casa por um tempo.

Felipe: - Não sei. Não quero dar trabalho. Fora que ainda preciso ir no aeroporto atrás da minha mala. Não posso usar suas roupas. São chics demais para mim.

Guilherme: - Deixa disso. Você ficou muito bem.

Felipe: - De verdade. Gostei de você, quero ser seu amigo, mas prefiro ficar na escola. Ainda preciso achar um emprego… e… vish… tanta coisa. (rindo) – Deu até fome de novo. Você não vai repetir?! (batendo os talheres contra a mesa)

Guilherme: - Fique à vontade. (parecendo um pouco triste)

Felipe: - Round dois.

Naquela manhã, Tchubirubas acordou com um cheiro de linguiça no ar. Ele fez sua rotina matinal, que basicamente era passar em todos os restaurantes e apelar para a bondade dos clientes, o cachorro sabia a maneira certa para conseguir sua comida.

Mulher: (comendo ovos mexidos com salsicha no café) – Olha. Que cachorro lindo. Vem cá. (pegando uma salsicha e oferecendo) – Vem.

Tchubirubas: (se aproximando desconfiado, pegando a salsicha e correndo)

Depois de comer bastante, e ponha bastante nisso, Felipe entrou no Facebook para conversar com os irmãos, ele havia criado um grupo para mandar notícias para a família. Ele conseguiu falar com a mãe pela webcam e falou que tudo corria bem. Pela internet, ele também conseguiu falar com o coordenador do intercâmbio e explicou tudo o que aconteceu. Felipe soube que três alunos do curso morreram na explosão do aeroporto.

Alfred: - O carro está pronto senhor.

Guilherme: - Obrigado. (levantando com dificuldade) – Vamos descer em um minuto.

Felipe: - Então. (ajudando Guilherme)

Guilherme: - Então… er… eu coloquei umas roupas nessa mala.

Felipe: - Não precisa.

Guilherme: - Você sabe que não vai ser fácil encontrar tua mala. O caminho até o aeroporto está bloqueado. É emprestado, quando você conseguir me devolve.

Felipe: - Tem certeza?

Guilherme: Sim.

Felipe: (abraçando Guilherme) – Obrigado. Por tudo.

Guilherme: (abraçando Felipe forte) – De nada.

Felipe: (se afastando um pouco) – Credo. Até parece uma despedida. Vamos passear muito por Londres.

Guilherme: - Sim. Deixa só esse pé melhorar.

Felipe: - Sim. Vamos?

Guilherme: - Sim.

Alfred levou Felipe e Guilherme para o Centro da cidade. Felipe ficou apaixonado pela cidade, ele ficou praticamente com o rosto grudado na janela do carro. Alfred se incomodou e preferiu abrir as janelas para evitar acidentes. Eles demoraram uns 20 minutos para chegarem na Escola de Intercâmbio.

Guilherme e Felipe: (saindo do carro)

Guilherme: - Então você vai estudar aqui? (olhando para o prédio)

Felipe: - Sim. Ainda não sei direito como funciona, mas assim que eu estiver instalado te chamo para… como os europeus falam.. (coçando a cabeça) – aaahh! Te chamo para tomar um chá. (rindo)

Guilherme: (abraçando Felipe)

Felipe: (abraçando Guilherme e sentindo seu perfume) – Obrigado. Obrigado mesmo. Se eu não tivesse te conhecido acho que ainda estaria no hospital. Você que é o herói da história. (beijando o rosto de Guilherme e saindo correndo) – A gente se vê!

Guilherme: (acenando) – Tchau. (entrando no carro.

Alfred: - Para casa, senhor?

Guilherme: - Sim, por favor.

Alfred: - Que coincidência.

Guilherme: - Não é? Estou passado.

Alfred: - Ele sabe? Ele sabe que o dono da Escola é o teu pai?

Guilherme: - Acho que não.

Felipe ficou impressionado com o tamanho do campus da Escola. Ele foi em vários locais, mas nenhum era a coordenação. Haviam pessoas do mundo todo naquele lugar. E do jeito Felipe de ser, ele conseguiria amizades verdadeiras no tempo que ficasse em Londres.

Felipe: - Nossa quanta gente. (olhando em todas as direções e tropeça em um skate) – AAAHHH. (caindo no chão) – Essa doeu.

Nariko: - Oh. Desculpa. (juntando o skate) – Desculpa. (fazendo reverencia)

Felipe: - Não se preocupe. (levantando rápido) – Se uma explosão não me derrubar, um skate também não vai. (falando em português)

Nariko: - O quê?! (confusa)

Felipe: - Oh, desculpa. Disse que está tudo bem. Sou brasileiro, novo na escola. Me chamo Felipe Ramos. (estendendo a mão)

Nariko: - Nariko Tsruno. (apertando a mão de Felipe) – Sou do Japão.

Felipe: - Legal!!! Adoro os japoneses. Sushi, Saquê, Bolinhos. (passando a mão na barriga)

Nariko: (rindo) – Sim. As comidas do japão são as melhores.

Felipe: - Será que você poderia me ajudar. Estou procurando a diretoria… esse lugar é enorme.

Nariko: - Te ajudo sim. Vem comigo. (colocando o skate no chão e andando nele) – Vou devagar, prometo.

Guilherme voltou para casa e sentiu a falta dos irmãos, eles se viam pouco, mas eram unidos. Os gêmeos estudavam na Inglaterra, eram mais ligados com os pais do que Guilherme. Ele foi para o quarto e encontrou as roupas de Felipe. Guilherme pegou a peça e cheirou. “Para de ser ridículo”, pensou o jovem. Na hora do almoço, Guilherme desceu e encontrou a mãe na cozinha.

Guilherme: - Mãe?

Anastácia: - Filho? Já está com fome?

Guilherme: - Sim, mas o que a senhora está fazendo na cozinha?

Anastácia: - Dispensei a Geraldine essa semana. Queria eu mesma fazer o almoço para vocês.

Guilherme: - Tá, mas desde quando a senhora cozinha ou sabe mexer em um fogão?

Anastácia: - A minha vida toda.

Guilherme: - A senhora lembra que eu sou vegetariano, né?

Anastácia: - Sim. A Maria me mandou umas receitas para eu fazer.

Guilherme: - Ok. Cadê o Kiran e a Kiara?

Anastácia: - Kiran na aula de Judô. E a sua irmã no Ballet.

Guilherme: - Ah tá.

Anastácia: - E o teu amigo?

Guilherme: - Foi para a escola. Mãe. Ele perdeu a mala dele no aeroporto. Eu dei algumas roupas minhas, mas acho que não foram suficientes.

Anastácia: - Porque vocês não vão às compras?

Guilherme: - Pois é. Acha que devo ajudar?

Anastácia: - Acho que deveria. Fora que ele é um gatinho, se você não pegar, eu pego. (rindo)

Guilherme: - Mãe!

Anastácia: - Mas é verdade.

Guilherme: (Ficando vermelho) – Prefiro a sua época de homofobia. Lembra que me proibiu de trazer amigos em casa?

Anastácia: - Guilherme. Para. Estou tentando, tudo bem? Você deveria me dar um voto de confiança. Sei que não reagi muito bem, mas somos de uma família tradicional. Até hoje, a tua avó não fala com a gente porque não te expulsamos de casa ou tiramos o seu nome do testamento.

Guilherme: - Tudo bem. Desculpa. É que… eu sempre me senti tão solitário. Se não fosse a Celestina… eu… (chorando)

Anastácia: - Me perdoa filho. (chorando e a abraçando Guilherme) – Prometo que tudo vai ser diferente agora. Eu prometo. Vou te proteger de tudo e todos. Mesmo da tua avó.

Felipe falou com o reitor, explicou sua situação, e pegou todas as informações sobre o início do curso. Ele teria aulas de segunda a sexta-feira, no horário da manhã. E teria o resto da tarde livre. Era justamente isso que Felipe queria ouvir, ele aproveitaria o tempo de folga para conseguir um emprego e mandar dinheiro para família. O reitor disse que era possível, contato que não atrapalhasse as aulas.

Felipe: (procurando o dormitório) – Apartamento 20 B.

Nariko: - Olá? Conversou com o reitor?

Felipe: - Sim. Agora estou procurando o dormitório. Vou ficar no 20 B.

Nariko: - Ah. É bem perto do meu. Você vai deixar suas coisas?

Felipe: - Sim. E preciso fazer as coisas que estão nesse documento. Tirar o passe do metrô. Comprar um chip para o meu celular e ver os livros do curso.

Nariko: - Estou com a tarde livre. Vamos almoçar e te ajudo.

Felipe: - Sério? Legal.

Nariko: - Te levo no dormitório e vamos tirar a teu registro de aluno, sem ele você não pode almoçar.

Felipe: - Beleza. Eu adoro comer.

Na empresa do pai de Guilherme, o dia corria tranquilo. Um dos funcionários de confiança de Leopold, o John, descobriu que o filho do seu chefe estava na cidade. John e Guilherme tiveram um relacionamento, mas as coisas não deram muito certo, apesar de tudo, John ainda era apaixonado e não perdeu a oportunidade de visitar Guilherme.

John: - Então? O teu pai disse que você estava no aeroporto. Fiquei tão preocupado.

Guilherme: - Pois é. Acabei machucando a cabeça e o pé, mas estou bem.

John: - Fico muito feliz. O Seu Leopold disse que você nos ajudaria na empresa esse mês.

Guilherme: - Sim, vim para dar uma força. Acho que vou ficar na Escola de Intercâmbio.

Jonh: - Aquele chiqueiro? Por que diabos você gostaria de ir para lá?

Guilherme: - Eu gosto. Acho legal essa rotina de alunos. Ei, você quer tomar um chá?

John: - Adoraria.

Felipe e Nariko passaram perto de uma avenida onde era possível ver a fumaça que vinha do aeroporto. Parte da estrada estava bloqueada pela polícia. Os dois foram até o metrô e Felipe pode tirar seu cartão. Ele também sacou dinheiro para guardar.

Nariko: - Nossa quando soube da explosão não acreditei.

Felipe: - Eu também não. No início, eu e meu amigo Guilherme, que também é brasileiro, não sabíamos. Achávamos que era um atentado terrorista.

Nariko: - Que horrível. As autoridades decretaram luto de uma semana. E os voos vão se remanejados para outro aeroporto. Olha… o ônibus…. (fazendo sinal)

Felipe: (entrando no ônibus e vendo Tchubirubas passando na rua) – Ei. O cachorro. (ônibus sai) – Droga.

Tchubirubas corria de alguns cachorros. Ele havia roubado comida deles, e no mundo dos animais, isso é um ultraje no mundo dos animais. Tchubirubas desceu pelo metrô e se escondeu no banheiro masculino. Enquanto isso, Guilherme fazia sala para John.

Guilherme: - E como está a empresa?

John: - Tudo ótimo, mas quero falar de nós. (se aproximando de Guilherme e tentando o abraçar)

Guilherme: (esquivando) – Não existe mais nós.

Depois de finalizar todas as tarefas do roteiro. Felipe percebeu que estava perto do apartamento de Guilherme. Ele e Nariko foram até lá. Felipe parecia animado para apresentar a amiga para ele. Alfred atendeu o interfone e liberou a entrada dos dois. Enquanto, isso, Guilherme e John tomavam um chá.

John: - Tá. Já que não podemos falar de nós… quero te dar uma aviso… eu acho que de todos os empreendimentos do teu pai… a Escola de Intercâmbio é o pior de todos. Você deve trabalhar na importação… ao meu lado.

Guilherme: - John. Isso não faz o meu estilo. E você sabe. (colocando chá em dois copos)

John: - Guilherme. Todo esse império será seu um dia. Você vai ser o chefe dessa família.

Felipe: (animado) – Oi, Alfred? Essa é a minha amiga Nariko.

Alfred: - Prazer senhorita. O Sr. Guilherme está no escritório. Por aquele lado. (apontando para frente)

Felipe: - Pode deixar.

Nariko: (falando em japonês) – Que lugar incrível.

Guilherme: - Tá vendo. Esse tipo de pressão que eu não gosto. As pessoas falam como se o meu futuro já estivesse certo. (entregando uma xícara para John)

John: - E não está?! (tomando o chá)

Guilherme: - Depois do que eu passei ontem. Das coisas que aconteceram… eu não sei o que esperar do futuro.

John: (deixando a xícara na mesa) – Eu só tenho a certeza de uma coisa. (beijando Guilherme)

Felipe e Nariko: (olhando sem reação)

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Comentários

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adorei ja li uma serie certamente vou ler esta ta incrivel parabens...e quanto o Felipe e o Guilherme eles ja sao um casal so eles nao sabem disso e o jhon ah coitado espero que sofra muito pra deixar de ser um idiota babaca,estou torcendo pro Felipe e o Guilherme ficarem juntos e adotarem o Tchubirubas tadinho ja sofreu muito merece so amor e cuidados agora e com certeza esse casal tem de sobra.

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SEMPRE HAVERÁ UM JOHN EMPATA FODA. AH MEU DEUS. ACREDITO QUE POR ALGUMAS VEZES VC CONFUNDIU OS NOMES. DE UMA REVISADA.

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Se garantindo muito !! Ansioso para que publique as continuações !!!!! Obrigado !!

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estou adorando, continua. #team_felipe_e_guilherme

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