Em nome do amor! (7)

Um conto erótico de L.Augusto
Categoria: Homossexual
Contém 1731 palavras
Data: 22/11/2016 23:21:06

A semana passou rápido, todos da escola já sabiam que eu e Caio não estávamos conversando, assim como o motivo. Eu não fui até ele, até pq quem deveria pedir desculpas era ele por ter me dado um soco, e ele não veio até mim, pq ainda creditava naquela cobra. No sábado, encontro Vanessa, minha prima, na porta de casa, ela estava indo dar uma volta.

Vanessa: Ei primo, sumiu, aconteceu alguma coisa entre você e meu irmão?

Eu: Oi, não estamos conversando. – Disse enquanto desviava o olhar;

Vanessa: Você está indo até o parque?

Eu: sim pq?

Vanessa: Irei com você, posso?

Eu: Claro.

Quando chegamos no parque sentamos em um dos bancos. O parque fica próximo a uma lagoa, um local onde muitas pessoas vão para caminhar. Ficamos ali sentados em silencio, até que Vanessa diz:

Vanessa: Quero saber o que houve entre você e meu irmão. – Vanessa é um ano mais nova do que eu, e depois daquele dia, surgiu uma amizade entre nós. Ela foi paciente e não me julgou. Contei tudo que ocorreu no churrasco, quando terminei:

Vanessa: Esta Pamela é uma vadia, e ainda por cima frequenta minha casa, sério, não esperava isso dela. E não tô acreditando que Caio foi capaz de te bater, logo você que ficou ao lado dele, quando meu pai morreu.

Eu: Você foi a única pessoa que acreditou em mim. Na realidade, preciso te contar algo, mas preciso que não conte aa ninguém e quero que você me prometa, até pq nunca falei sobre isso.

Vanessa: Claro, pode me dizer, eu guardarei o que quer que me conte em segredo.

Eu precisava conversar com alguém, não podia viver daquele jeito, com aqueles sentimentos explodindo, e logo agora que meu melhor amigo não conversava mais comigo.

Eu: Eu, ultimamente tenho sentido algo diferente por garotos, tipo, garotos passaram a chamar mais a minha atenção. -Falava aquilo com um olhar distante, não conseguindo encarar Vanessa. - E isso aumentou há um tempo - Vanessa não dizia nada, apenas escutava – Eu no início achei que era confusão da minha cabeça, porem vejo que não, eu estou apaixonado pelo Caio – Ao dizer aquilo comecei a chorar, Vanessa então me abraçou – Eu nunca faria algo contra ele, mesmo que eu sinto isso por ele. Quero o ver feliz, ter sua amizade, mas estou muito magoado, ele não acreditou em mim, e ainda por cima me deu um soco.

Vanessa: Calma, eu te entendo agora e sei que você não seria capaz de fazer o que a Pamela tem dito. Vou conversar com o Caio...

Eu: Não – Disse a interrompendo – Por favor, não fale nada. Por mais que eu goste dele, não quero que ele venha conversar com ele, fiquei muito magoado por ele não ter acreditado em mim.

Ficamos ali por mais um tempo, até me recompor do meu choro. Voltamos para casa, e ao chegar, encontramos Caio e Pamela na porta de casa, eles estavam saindo. Caio ao me ver, virou a cara, assim como Pamela.

Vanessa: Ridícula, só não falo nada pq você me fez prometer. Olha qualquer coisa estarei aqui, e não se preocupe, pode me chamar se quiser conversar.

Despedi de Vanessa e entrei para dentro de casa, de certa forma me sentia mais aliviado. Os dias foram passando e a situação na escola cada vez pior, meus colegas de sala acreditaram na história de Pamela, mesmo ela não sendo da minha sala. Com isso, poucos conversavam comigo e apenas o essencial. Estava chegando a formatura e eu já estava convencido que não iria participar, mesmo já tendo pago a festa eu não tinha ânimo de ir a um evento onde as pessoas me olhavam como se eu tivesse cometido o pior crime do mundo. Conversando com Vanessa, ela me incentivou a não desistir, até pq aquele seria o meu momento, a passagem do ensino médio para as decisões do futuro, ela me prometeu que iria comigo e que me faria companhia durante a festa.

Formatura

Enfim chegou o dia que eu não estava tão afim. Me arrumei para a festa, iria com meus pais e Karina, lá encontraria com Vanessa que me disse que não sairia de perto de mim, para que eu não ficasse sozinho. Ela estava sendo uma grande amiga neste momento onde não acreditavam em mim. A primeira parte foi a colação dos formandos, após pegar meu diploma, encarei aqueles que me olhavam com desprezo, ali prometi a mim mesmo que não sofreria mais pelo que não fiz.

Durante a festa, dancei junto de Vanessa como se nada tivesse acontecido, ignorei completamente aquela situação. Alguns de meus colegas se aproximavam de mim e conversavam, mesmo que fosse pouco, acho que o efeito do álcool estava causando isso. Em um dos momentos, quando olhei para o lado, vi aquela que me causou todo este mal, Pamela, eu já olhava para ela e não via mais o brilho que eu um dia vi, tinha raiva, nojo e tudo que se pode imaginar ao olhar para aquela garota. O Dj contratado estava tocando as melhores músicas, com isso, eu e Vanessa aproveitamos bastante, dançávamos e fazíamos todos ficarem nos olhando, em um certo momento, só nós dois que estávamos na pista de dança, os demais, todos em volta aplaudindo. Percebi que Caio estava me encarando, com uma cara de que não gostou, imaginei que era pq Vanessa estava comigo. Depois de algum tempo, cansei de dançar e fui ao banheiro, quando sai dei de cara com a cobra.

Pamela: Te acho um gato, principalmente quando está dançando – ela disse aquilo como se nada tivesse acontecido

Eu: Vai caçar seu namorado, vadia – Como aquela garota tinha coragem de conversar comigo, principalmente depois de tudo que ela me fez.

Pamela: Não precisa ficar bravo gato, sempre quis você, porem seu amigo foi mais rápido, pensei que se eu me envolvesse com ele te atrairia. – NÃO, eu não estava acreditando no que eu ouvia daquele ser.

Eu: Vou fingir que não escutei isso, você mentiu e fez meu melhor amigo parar de conversar comigo. Uma cobra isso sim que você é. – minha raiva estava aumentando, quando percebi, Caio se aproximava.

Caio: Qual é a sua mano? Deve estar de onda com a minha cara, só pode, já agarrou minha namorada e agora fica de gracinha com ela. – Disse me segurando a gola da minha camisa.

Eu: Caio me solta, não estou fazendo nada, assim como nunca fiz, não tenho culpa se tua namorada é uma vadia e fica dando em cima de mim quando você não está por perto.

Pamela: Eu dando em cima de você? Agora você fala isso né? Antes estava me dizendo que eu deveria largar o Caio para ficar com você.

Caio: Não esperava isso de você, achei que fosse meu amigo, te considerava com um irmão. Após me dizer isso, ele me empurrou no chão.

Eu: Você é um burro de acreditar nesta garota, ela não gosta de você, ela acabou de dizer que só ficou contigo pq se interessou em mim. – Falei me levantando.

Pamela: Ele está mentindo – Ela disse isso com uma cara de espanto, aposto que não esperava que eu fosse falar aquilo – Eu nunca diria isso, gostei de você desde o primeiro dia que te vi – Começou a dizer aquilo gritando.

Eu: Como pode ser falsa? Espero que vocês dois se deem muito bem, uma falsa e um otário, aposto que será, se já não foi chifrado.

Caio partiu para cima de mim, ele era muito mais forte do que eu, logo, ele conseguiu deferir alguns socos contra mim, mas consegui me levantar e fiz algo que não me arrependo, peguei uma garrafa de cerveja que estava na mesa e quebrei-a em sua cabeça, depois o empurrei para que se afastasse, fazendo o cair nos cacos. A garrafa havia estourado com o golpe e um dos cacos fez um corte em seu braço.

Mãe: o que está havendo aqui Luiz Augusto? – Disse minha mãe gritando.

A noite terminou com meus tios levando Caio até o hospital e eu com meus pais para casa. Caio levou alguns pontos no braço. Fiquei de castigo durante todo o mês de dezembro, não podia jogar videogame e nem usar a internet (chegaram a trocar a senha do wi-fi). Além disso, escutei o sermão de como eu fui irresponsável, quase todos os dias. Durante este período, como não tinha nada para fazer, li novamente a coleção de livros que eu tinha (Percy Jackson e os Olimpianos).

O fim do ano estava chegando, assim como todo ano, a família iria se reunir na casa de alguém, e este ano seria na casa da Tia Luiza. Não fiquei receoso, até pq, com o castigo, fiquei refletindo sobre tudo aquilo, a culpa não era minha, eu não fiz nada de errado, então não preciso pedir desculpas e nem me expor para toda minha família, quando a pessoa de quem eu gostava não conversava comigo. Ao chegar lá, juntos de meus pais e minha irmã. Vejo Vanessa que que abraça, cumprimento meus tios, Luiza e Ricardo, também irmão de minha mãe, porem ele mora em outra cidade. Caio ao me ver ficou com uma cara de ódio, eu sabia o motivo, mas não iria me incomodar. Naquela noite não vi Pamela, como estranhei, perguntei a Vanessa.

Eu: A cobra não vem hoje?

Vanessa: Não, ela depois da formatura viajou, nem se despediu.

Eu: eu heim, garota estranha.

Vanessa: meu irmão não admite, mas tenho quase certeza que ela viajou sem se despedir dele.

Fiquei surpreso ao escutar aquilo, mas eu já sabia que ela não gostava de Caio, já que ela mesma havia me confirmado isso.

A partir daqueles acontecimentos, eu e Caio não conversamos mais, meus pais e minha tia, achavam que estávamos sendo infantis. Pamela mudou de cidade sem ao menos se despedir de Caio, e ele mesmo assim não conversou comigo, creio que pelo orgulho e ainda por acreditar naquele ser. Passei no vestibular, e conheci a melhor turma kkkkk. Minha irmã, Karina se formou em psicologia e se casou com Arthur. Um ano após os acontecimentos (Caio e eu), tia Luiza recebeu uma proposta da empresa onde trabalhava de morar na Alemanha, para que pudesse dirigir os trabalhos lá até que a empresa se firmasse no mercado, com isso, se mudou levando Caio e Vanessa para que pudessem estudar fora.

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Comentários

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UMA VADIA SEMPRE VOLTA PRA INFERNIZAR MAIS,. RSSSSSSSSSSSSS ISSO DÁ MAIS EMOÇÃO.

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Fiquei aqui pensando agora sobre a possibilidade da pessoa que o Caio vai levar ser a vadia... Mas enfim, vou ficar aqui tendo um treco de ansiedade até o próximo capitulo

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Quero só ver o que vai rolar nesse aniversário. Que trouxa esse Caio, quero ver quando descobrir que o primo sempre falou a verdade e por isso ficaram anos sem se falar...

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