Nos embalos dos flagras a noite

Um conto erótico de biel.sabatine
Categoria: Homossexual
Contém 3687 palavras
Data: 21/11/2016 17:54:04

Qual é o ser humano que não tem medo? Medo de andar de avião, medo de falar em público, de insetos, de morrer… Todos temos algum receio. E o medo de viver? Como lidamos com o bloqueio de viver as experiências que a vida nos proporciona, sem que isso nos enterre em um buraco sem fim?

Biel SabatiniSão fantasmas que nos habitam de forma silenciosa e que muitas vezes nos silenciam também. O espectro do medo só dá sinal da sua existência quando temos que tomar uma decisão importante ou quando nos deparamos com uma situação nova. O medo de sofrer e nos decepcionar, nos relembram de cicatrizes que só aparentam estar fechadas, mas que se abrem com facilidade diante dessas situações.

O medo não deve ser evitado. Deve ser sentido, assimilado e digerido. Ele deve estar do nosso lado servindo de termômetro para as nossas reações, mas nunca como um freio de mão nas nossas as ações. Seja maior que o seu medo.

Eu tinha terminado os treinos daquele dia. Passei no mercado e comprei algumas coisas que sabia que estavam faltando lá em casa e cheguei um pouco depois do sol se pôr. Entrei no apartamento e me deparei com uma cena que me chocou de imediato. O Kadu e o Guto estavam no sofá, aos beijos. Com o susto, deixei as sacolas caírem no chão, fazendo com que o saco de leite explodisse, voando liquido pra tudo quanto é lado.

– Meu Deus! O que isso aqui?!

Eu perguntei, incrédulo.

Eles me olharam assustados e o Kadu se antecipou em tentar explicar.

– Nossa, Biel. Você não ia chegar mais tarde?

– Mas que porra é essa?!

Eu voltei a perguntar, ainda sem acreditar no que estava vendo.

– É é..é..é

O Guto gaguejava, tentando falar sem sucesso.

– Olha Biel, eu não sabia que você ia chegar agora. Foi mal…

O Kadu falou, coçando a cabeça.

Eu olhei para os dois mais uma vez e fui catar as coisas do chão. Peguei as sacolas todas meladas e fui pra cozinha. Coloquei tudo em cima do balcão e fui tirando item por item, calado e pensativo, tentando entender aquilo que eu tinha acabado de ver. Ouvi a porta da frente se fechando e percebi que eles tinham saído.

Então, peguei um pano e fui limpar a bagunça que eu tinha feito ao deixar as coisas caírem. Voltei pra cozinha e continuei a colocar as coisas na geladeira e depois fui pro meu quarto. Tirei a blusa e deitei na cama, pensando naquela cena que se repetia insistentemente na minha cabeça. Ouvi batidas na porta e logo depois o Kadu abriu a porta.

– Posso entrar?

– Ta.

Respondi.

Ele entrou e sentou-se na cama, olhando para mim.

– Desculpa. Eu não queria que você tivesse ficado sabendo dessa maneira.

– Desde quando isso ta acontecendo?

– Na verdade, foi hoje. Não tinha rolado nada antes disso. A gente só estava se falando, mas o Guto gosta das coisas mais devagar e eu tava deixando acontecer. Eu ia te falar quando rolasse algo concreto e você acabou testemunhando.

Ele disse.

Eu olhei bem nos olhos dele.

– Kadu, ele é um cara legal. É primo do meu namorado e eu não quero que ele sofra. Você não quer se amarrar em ninguém, não é de se apaixonar e eu acho que não é isso que ele está buscando.

– Não é bem assim. Eu não sou uma pedra de gelo. Claro que eu me apego e me apaixono, sim. Às vezes nem sempre pela pessoa certa. Acabei gostando muito de alguém que eu não devia e desde então não apareceu ninguém que me despertasse algo assim.

Ele disse, me olhando. Então continuou:

– Mas eu só vou saber se eu der chance a isso. Ele é um cara muito legal sim, eu não quero magoá-lo e eu conversei com ele sobre isso. Eu fui sincero com ele e ninguém ta sendo enganado.

-Bom, se é assim, tudo bem. Eu quero que você seja feliz e vou te apoiar sempre. Você sabe disso.

– Eu sei, Biel. Eu também te desejo toda a felicidade do mundo. Desculpa pela cena que você viu. Acho que você se sentiu como eu, quando você dorme com o Allan aqui.

Ele disse, sorrindo.

– É, foi estranho. Rs. Mas eu evito ao máximo trazer ele aqui pra não te deixar constrangido. Mas a casa é sua, Kadu. Você traz quem você quiser aqui.

– A casa é nossa. E eu não pretendo ficar trazendo ninguém aqui. Ele veio pegar uns DVDs e acabou rolando o beijo. E ele beija tão bem.

Ele disse rindo.

– Me poupe dos detalhes sórdidos.

Eu disse, rindo também.

No dia seguinte, estava na academia dando treino para uma aluna, quando vi o Guto entrar. Ele fez um sinal com a mão, dizendo que queria falar comigo e eu pedi para ele esperar eu terminar.

Quando acabou, me aproximei dele.

– Oi Guto, tudo bem?

– Tudo sim. Será que a gente pode conversar?

– Claro, podemos tomar um suco na lanchonete da esquina. Eu tenho uns 40 minutos até a próxima aluna.

– Ok, então.

Ele disse.

Chegamos na lanchonete e pedimos um suco diferente para cada um. Então ele começou a falar.

– Eu queria te pedir desculpas por ontem. Eu fiquei muito envergonhado de você ter pego a gente naquela situação.

– Ah, Guto… Eu fiquei surpreso, né? Eu não esperava que vocês estivessem tendo alguma coisa.

– É… nem eu. A gente ta se conhecendo melhor. Eu sei que vocês já ficaram e eu não quero que você pense algo de errado em relação a isso.

– Isso é passado, Guto. Eu e o Kadu somos amigos. Eu me preocupo com o bem estar dele e com o seu também. E vou te falar o que eu falei a ele: Não vejo problema nenhum de vocês ficarem, mas ele não é um cara que se prende a outra pessoa e eu não quero que ele te machuque.

Eu disse, dando um gole do suco que acabara de chegar na mesa.

– Eu sei. A gente conversou sobre isso também. Já tinha quase rolado um beijo antes, mas eu não quis antes que a gente esclarecesse as coisas. Foi então que ele me falou de vocês e do histórico dele. Eu to bem ciente e não estou criando expectativas quanto a ele. Deixei rolar, porque eu realmente preciso mudar meu foco das coisas.

– Se é assim, eu desejo sorte. Podem contar comigo.

Eu disse, sorrindo.

– Fico feliz em saber. Biel, eu queria te pedir uma coisa.

– Pode falar.

– Eu queria que você me passasse um treino funcional para eu poder fazer num parque ou em qualquer lugar. Eu quero entrar numa academia, mas eu prefiro me exercitar ao ar livre.

Ele pediu, bebendo um pouco do seu suco.

– Po, Guto. Eu nem costumo treinar homem. Prefiro ter alunas mulheres.

– Eu sei, você já falou. Só quero um treino básico. Você me passa num dia e depois eu não te perturbo mais. Por favor???

Ele pediu, juntando as mãos em prece.

– Ta bom, vai. Amanhã cedo, no parque.

– Aeee! Obrigado, Biel.

Ele agradeceu, sorridente.

No dia seguinte, na hora e local marcado, ele já aguardava por mim. Tirei a bolsa do carro com os equipamentos que eu costumava utilizar pra essa prática e fui ao encontro dele.

– Madrugou, hein?

Eu perguntei, sorrindo.

– Culpa sua.

Ele respondeu sorrindo.

Dispus equipamentos mais simples e fui orientando como usa-los. Fiz com que ele se aquecesse e depois iniciamos o treinamento. Eu fazia ao lado dele e ia orientando, deixando que ele fizesse as repetições sozinho. Quando ele fazia algo errado, eu parava e mostrava mais uma vez como se fazia.

Em um determinado momento, já suado e exausto, ele fez um movimento errado.

– Não, Guto. Não é assim. Você tem que girar o tronco por inteiro. Assim ó.

Eu fiquei atrás dele e segurei a sua cintura, fazendo ele girar, colocando a mão na sua coluna para mostrar que a postura correta era aquela.

– O importante desse exercício, é trabalhar a musculatura da coxa. Flexiona a perna.

Eu pedi, fazendo com que ele se abaixasse um pouco, enquanto eu ainda segurava a sua cintura.

– Ta sentindo? Você tem que tencionar esse músculo. Sem deixar suas costas saírem do lugar.

Eu orientei, passando a sua mão com a minha por cima na sua coxa, para que ele sentisse o musculo quando se flexionasse.

– Gabriel!

Eu ouvi um berro.

Eu me virei e vi o Allan parado, com a mochila nas costas e o boné (aquele que era meu) para trás, olhando para nós. Me afastei do Guto instintivamente, já prevendo um escândalo. Ele se aproximou.

– O que é ta acontecendo aqui?!

– Allan, se acalma. Eu só estava dando um treino pro Guto.

– Treino?! Você tava engatado com ele em pleno parque! E você cara, não consegue ficar longe do meu namorado?! Você é meu primo, porra!

– Allan, fui eu que pedi o treino pro Biel. Não tava acontecendo nada demais, ele só estava me mostrando como fazer.

O Guto, falou, tentando acalmar o primo.

– Eu vi! Gabriel, você não quer me treinar, mas o meu primo você treina, ne?

Ele perguntou irritado.

– Eu não vou discutir com você em público. Eu odeio escândalo. Se você quiser conversar, vamos pro carro.

Eu disse, recolhendo as coisas do chão.

Me despedi do Guto rapidamente, com um aceno de cabeça e me dirigi ao veículo. Guardei as coisas no porta malas e antes de entrar, o Allan já estava entrando no lugar do carona. Entrei e olhei para ele, visivelmente irritado com a cena que ele tinha acabado de fazer. Ele percebeu e foi se acalmando.

– Eu não entendo, porque ele e não eu.

– Allan, eu não estou treinando o Guto. Eu só estava passando esses exercícios para ele fizesse sozinho depois. Foi só um favor. É meu trabalho.

– Se trabalho é encoxar os outros?!

– Olha o respeito, mocinho! Eu não estava encoxando ele. Estava orientando como fazer o exercício para que ele não se lesionasse depois. Infelizmente, às vezes isso requer contato físico. Se você não tivesse a mente tão poluída, veria que não tem nada demais nisso.

– Ah, não? O cara já ficou te admirando nu na minha cama, confessou que é afim de você e agora eu venho aqui atrás de ti porque estou com saudades e sei que nem me concentraria na aula e te encontro, acoplado atrás dele, com a mão na perna do meu primo.

– Allan, não é assim como você ta pensando. Não tem nada a ver. É meu trabalho e eu faço isso de maneira profissional. Mas se você quer saber, não sou eu que ele ta afim, não. Ele e o Kadu estão ficando.

– Não creio! Serio??

– É. Eu flagrei eles dois. Enfim, você vai pedir desculpas pro seu primo por causa desse seu papelão e eu não quero mais essas cenas em público. Pega muito mal. Fora que me irrita profundamente.

– Ta bom, amor. Me desculpa. Mas se você tivesse visto do ângulo que eu vi, você também ficaria puto. Eu não sabia desse lance com o Kadu. O danadinho não me falou nada. Eu vou pedir desculpas a ele e saber melhor dessa história. Agora vem aqui, me dá um beijo.

Ele disse, se aproximando.

– Não, bebê. Ta cheio de gente aqui, podem ver mesmo com o insufilme. E eu tenho que ir pra academia. To atrasado, já.

– Ta bom. Eu to morrendo de saudade de você. Vai lá em casa hoje à noite. Meus pais vão sair e vão demorar bastante pra voltar. Um jantar da academia militar lá do meu pai. Vai, por favor?!

Ele pediu, fazendo biquinho. Pensei por alguns segundos e respondi.

– Ta bom, eu dou uma passada lá.

Eu disse.

À noite, conforme combinado, fui até a casa dele. Chegando lá, ele se jogou nos meus braços, me beijando longamente. Fomos direto pro seu quarto.

– Cadê o Guto?

Eu perguntei.

– Sei lá, ele saiu. A gente conversou e eu me desculpei, ele acabou me contando do Kadu e confesso que eu achei o máximo que esteja rolando algo entre eles. Assim, ele não alimenta mais nada por você.

– Bobeira sua. Eu só acho que eles tem que ir com calma pra um não machucar o outro.

– Chega de falar deles. Vem cá, eu to doido pra te sentir em mim.

Ele disse, me beijando com fome.

Eu segurei a sua nuca e retribui o beijo com paixão, enroscando a minha língua na dele. Ele foi descendo com a boca pelo meu pescoço, depositando várias mordidas e puxando a pele entre os dentes, enquanto suas mãos se livravam da minha roupa.

Ainda em pé, ele beijou meu corpo, demorando-se nos meus mamilos, os quais ele beijou, sugou, me causando arrepios. Foi descendo pela barriga, contornando os gomos com a língua, fazendo com que eu me contraísse de tesão. Tirou a minha cueca com os dentes e abocanhou meu pau com fome, sugando com força, enquanto sua língua esfregava a cabeça que já minava de excitação. Agarrei seus cabelos e fodi sua boca, fazendo um vai e vem com o quadril, fazendo com ele se engasgasse com a minha rola.

Ele tirou a boca e olhou para mim de forma safada.

– Deita, meu amor.

Ele falou.

Deitei e fiquei olhando pra ele. Ele foi até o som e o ligou, colocando a música “Tainted Love” do Marilyn Manson. Então começou a dançar, passando a mão pela blusa, mordendo os lábios sem tirar os olhos dos meus. Foi tirando devagar a peça de roupa, mexendo o corpo de forma sensual. Jogou a camiseta no chão. Colocou o dedo na boca, chupando gostosamente e então passou no mamilo, circulando-o. Foi escorregando as mãos até a sua bermuda e abriu devagar, olhando pra mim. Virou-se de costas e começou a descer a peça, rebolando. Confesso que minha boca chegava a salivar de ver aquela cena. De cueca somente, ele virou-se novamente, passando a mão pelo corpo e dançando, apertando seu pau por cima do tecido, esfregando gostoso, enquanto olhava para mim.

Eu fiquei alisando a minha rola que já pulsava de tesão, quando mais uma vez ele virou-se de costas, tirando a cueca devagar, mostrando uma parte da bunda, olhando pra mim por cima do ombro. Foi tirando a peça e abaixou, empinando bem o traseiro para me deixar ainda mais louco. Abriu a bunda com a mão e mostrou o cuzinho que já piscava, me incendiando por completo.

Ele pegou a cueca e rodou nos dedos, jogando-a em cima de mim. Eu peguei e cheirei, sentindo meu corpo estremecer de desejo.

– Vem.

Eu pedi, já rouco de tesão.

Então ele pegou um impulso e jogou em cima de mim.

– Aaaiii caralho! Acho que você quebrou minha costela.

Eu reclamei, me contraindo de dor.

– Ta me chamando de gordo?

Ele perguntou, sério.

– Não, rsrsrs

Eu respondi, rindo.

Eu o puxei com força, invertendo a posição e ficando por cima dele. Abri suas pernas e me encaixei no meio delas, puxando seu quadril com força, fazendo ele entrelaçar as pernas em volta da minha cintura. Olhei naqueles imensos olhos azuis, tão meus e o beijei. Minha boca engolia a dele, enquanto eu forçava o quadril pra frente, penetrando-o. Ele cravou as unhas nos meus ombro e contraiu o corpo, fazendo eu parar para que ele se acostumasse. Aos poucos fui enfiando tudo, até estar completamente dentro dele. Meus dentes passeavam pelo seu pescoço, chupando-o, enquanto ele arranhava as minhas costas, rebolando gostosamente embaixo de mim. Aos poucos, comecei a entrar e sair dele, fodendo gostoso, fazendo nossos corpos dançarem juntos.

O ritmo foi aumentando de acordo com a nossa urgência, enquanto eu metia cada vez mais forte. Ele cravou os dentes no meu ombro e gemeu alto, contraindo o corpo inteiro e esguichando a porra que atingiu em cheio minha barriga. Em seguida, eu jorrei uma grande quantidade de leite dentro dele, urrando de prazer, sentindo o seu cú estrangular a minha rola. Sem tirar dele, inverti a posição, deixando ele por cima e segurei sua cintura com força, fazendo ele cavalgar no meu pau de forma deliciosa. Ele jogou a cabeça pra trás e mordeu os lábios, fazendo um vai e vem intenso, me levando ao delírio. Ele arranhava meu peito e eu sentia minha porra escorrer de dentro dele, enquanto ele cavalgava cada vez mais forte.

Eu cravei as unhas na sua bunda e fiz ele ir mais forte, fazendo-o praticamente gritar de prazer. Ele diminuía o ritmo, quase parando os movimentos e somente rebolando, me deixando quase louco. Depois retomava a cavalgada, mordendo os lábios e gemendo alto. Ele acelerou ainda mais e apertou o cuzinho com força, fazendo com que explodíssemos juntos em um orgasmo intenso. A porra dele quase atingiu meu queixo e eu passei o dedo, levando até a boca e puxando-o em seguida, beijando-o com paixão, para que ele sentisse o seu gosto.

Nos recuperamos deitados, abraçados, até que a nossa respiração voltasse ao normal.

– Nossa, to muito suado, todo melecado.

Eu disse, afagando seus cabelos molhados de suor.

– Eu também. Que tal um banho, meu grandão?

Ele disse, de forma safada.

– É uma boa.

Eu respondi sorrindo.

Ele levantou e me puxou, fazendo eu levantar também. Fomos até o banheiro, nus e ele trancou a porta. Eu liguei o chuveiro, para que ele fosse esquentando e então ele se deu conta de um detalhe.

– Ih, minha mãe deve ter colocado as toalhas pra lavar. Vou lá pegar umas limpas.

Ele disse, mas antes que pudesse alcançar a maçaneta, ouvimos batidas na porta.

– Allan, você está aí meu filho?

Ele olhou pra mim com os olhos arregalados e eu praticamente cristalizei.

– Oi mãe, o que vocês estão fazendo aqui?

Ele perguntou, perto da porta.

– Acabou mais cedo o jantar. Abre, meu filho. Seu pai ta no outro banheiro e eu to muito apertada.

Ela pediu.

Eu estava em pânico.

– Eu to usando aqui, mãe. Espera um pouco. Vai apressar o papai.

Ele falou, com os olhos arregalados, me olhando.

– Eu espero.

Ela falou.

Ele se aproximou de mim.

– Ai Meu Deus! Fudeu. E agora?

Ele falou, sussurrando.

– E agora pergunto eu. Que merda, Allan. Minhas roupas estão no seu quarto. Como que a gente vai sair dessa???

Eu perguntei apavorado.

Ele pensou um pouco e olhou pra mim.

– Só tem um jeito.

Ele disse, olhando pra janela.

– Você ta louco, Allan??? Eu não vou pular a janela, pelado!

– Não tem outra maneira. Você vai ter que pular.

Eu olhei para ele, sem conseguir fechar a boca de pavor.

– Eu não acredito que você quer que eu pule a janela!

– Não tem outro jeito amor.

Biel sabatiniEle disse, enquanto ouvíamos a mãe dele bater insistentemente na porta.

– Mas eu to pelado, porra!

Eu quase gritei, me contendo para ela não ouvisse.

– Eu sei, mas não tem outro jeito. Vai!

Ele disse, já me empurrando.

Eu olhei para a janela, que era pequena para o meu tamanho e fechei os olhos. Ele se posicionou atrás de mim, fazendo pezinho e eu peguei um impulso, alcançando o parapeito. Passei primeiro uma perna, de forma desajeitada e depois a outra, com um medo enorme de entalar ali. Mais uma vez olhei para ele, que tentava me incentivar com o olhar. Então eu pulei.

As laterais das minhas coxas e costelas rasparam dolorosamente na madeira, mas consegui cair de pé do lado de fora. Me encostei na parede e fiquei parado, respirando com dificuldade devido a tensão. Não demorou muito, alguém entrou pelo portão, fazendo eu me encolher de susto, mas vi que se tratava do Guto.

Ele me olhou e arregalou os olhos, e mesmo com a pouca luz, pode me reconhecer. Ele se aproximou e eu tampei meu membro com as mãos, fazendo uma cara de pânico.

– Meu Deus, o que você ta fazendo nu aqui?

Ele perguntou.

– Fala baixo. Os pais do Allan chegaram antes. Por favor, entra e pega as minhas roupas.

Eu implorei.

Ele assentiu com a cabeça.

Fiquei ali mais alguns minutos, que pra mim pareceram mais uma eternidade. Até que o Allan surgiu.

– Toma suas roupas e se veste. O Guto ta distraindo meus pais. Graças a Deus, eles nem repararam nada.

Ele disse.

Eu me vesti correndo, com a adrenalina a mil. Em poucos segundos eu já estava vestido.

Olhei para ele, ainda ofegante e ele me deu um beijo, sugando minha língua.

Fomos até o portão e ele me deu mais um beijo rápido.

– Vai, antes que eles vejam. Eu te amo, viu?

Ele disse, sorrindo.

– Eu não acredito que isso aconteceu. Vou nessa. Eu também te amo.

Eu disse, saindo em direção ao meu carro.

Essa é apenas uma das histórias que fazem parte do “Diários de um Hétero” do autor Biel Sabatini, também conhecido pelo conto “Que porra é essa?! Eu não sou viado, mas...”. Os contos do Biel Sabatini já ultrapassaram a marca de 100 mil visualizações, que fez com que o autor criasse um blog para atender a imensa demanda dos leitores.

O grande sucesso que arrasta centenas de seguidores é que Biel, como é carinhosamente chamado, conta histórias reais, em relatos envolventes e rico em detalhes. Seu jeito de escrever é único e em breve seus relatos se transformarão em livro devido à grande repercussão das suas histórias.

Sempre carinhoso com os seus seguidores, Biel Sabatini desenvolveu várias colunas em seu blog para atender aos diversos pedidos que recebia, além de criar um espaço com entretenimento, informação e os contos tão amados pelo público.

Se você quiser saber mais sobre a encantadora história de amor de Allan e Gabriel, leia o conto Diários de um hétero desde do começo em: www.bielsabatini.wordpress.com/category/conto-diarios-de-um-hetero

Se você ainda tiver curiosidade de ler o primeiro conto do autor, Que porra é essa?! Eu não sou viado, mas..., também poderá encontra-lo completo em: www.bielsabatini.wordpress.com/category/conto-que-porra-e-essa-nao-sou-viado-mas

Todos os capítulos, de ambos os contos, estão numerados por ordem e te desafio a conseguir parar de ler.

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