Praga - o novo mundo - Capítulo 5 - Nós dois, sendo apenas um - Parte 2

Um conto erótico de T.B
Categoria: Homossexual
Contém 2753 palavras
Data: 21/11/2016 00:23:26

Olá "Conteiros", vou te falar... to adorando.

Aqui esta a parte 2 do Cap 5.

Será que Deb & Amanda é um casal?

Qual é a do Miguel heim...

Lembrando que: As perguntas revelarão o futuroCapítulo 5 - Nós dois, sendo apenas um - Parte 2

-Você está bem Thommy, não falou nada durante o almoço… -disse Bob me cutucando.

Sou trazido de volta a realidade, abandonando as memória que eu nem sabia que tinha. Era estranho lembrar de tudo aquilo, parecia que não me pertenciam ou que era um livro que - a medida que avançava na leitura - revelava seus detalhes.

Todos já haviam comido a refeição que Deb havia preparado - uma espécie de caldo acompanhado de uns pedaços de pão - sem mencionar uma palavra.

-Temos descartar o colchão e o tapete do quarto da garota, acho que é isso que está mantendo o mau cheiro da casa. - digo ainda meio distante.

Teríamos que continuar a manutenção da casa, afinal de contas aquele lugar seria o nosso abrigo a partir daquele momento.

-Eu posso te ajudar Thomas… - sugere Deb . - Assim Amanda e o Bob podem descansar mais um pouco.

Nesse momento Bob, indignado com a proposta, lança um olhar de raiva para Deb após ser tratado como “inválido”. Era até de se esperar aquela atitude, afinal de contas estamos falando do próprio mal humor em pessoa.

-Acho uma ótima ideia… - concordo após ver a revolta do Bob.

-Eu estou machucado e não morto… e nem é tão grave assim, talvez um mal jeito. - retruca o ruivo com expressão séria.

Não havia jeito de colocar aquele soldado para descansar, porém eu estava afim de me divertir um pouco.

-Deb, tem outro quarto desocupado lá em cima, leve a Amanda para lá… eu cuido dessa louça. - falo olhando para a Amanda que executava longas piscadas de sono. - Bob, me ajuda com os pratos.

Depois de arrumar toda a cozinha eu chamo o soldado para ir até a varanda comigo. Desde o momento em que havia voltado eu não tinha perguntado sobre o assunto. Ficamos sentados um do lado do outro olhando para o céu limpo e que deixava o calor cada vez mais cortante.

-Como você… conseguiu escapar? - perguntei encarando o cenário da floresta.

Um longo silêncio se instalou antes que o ruivo disse algo.

-Eu tive algum prejuízo… - respondeu o Bob levantando o braço direito machucado. - Não importa como, eu estou aqui.

Bob claramente não queria falar sobre o assunto, ele estava evitando os detalhes do acontecimento por motivos óbvios… por mais que a barbaridade fizesse parte da rotina em Praga ela a repudiava.

-Você o matou… correto? Como? - pergunto deixando uma lágrima escorrendo.

Ele sabia o quanto eu havia sofrido assistindo a imagem de sua morte sem poder ajudar, ele sabia que eu havia passado a noite naquela escuridão com a sensação de perda, angústia e medo.

-No meio da corrida eu tropecei… - disse Bob dando risada em desaprovação ao erro simples de fuga. - Mas foi assim que o tiro não me acertou. Depois disso o desgraçado se aproximou de mim enquanto eu me virava e pisoteou a minha mão, tentando me fazer ficar no chão.

Cada palavra da descrição me fazia voltar a aquela e reviver a cena… os sons, o cheiro, a angústia... tudo estava sendo revivido.

-O imbecil guardou a arma e se abaixou para falar comigo… amador. - continuou a relatar. - Eu a tomei e… e… fiz aquilo que deveria ser feito. Depois disso eu tentei retomar o fôlego e levantar, isso tudo deve ter durado uns cinco minutos. Eu gritei por você e procurei mas você não estava lá, não respondia.

Saber que aquele maldito morreu como devia era gratificante, ainda mais quando “ser burro” foi o motivo da sua morte.

-Eu voltei até a estrada, sabendo que não havia mais ninguém, e peguei tudo o que o desgraçado havia deixado na sua moto - armas, munição e comida - depois retirei da estrada e a escondi na floresta. Voltei pelo mesmo caminho para procurar você… fui para todos os lados mas não sabia a direção em que você tinha ido. Só depois eu vi aquelas moças caminhando e resolvi segui-las. O resto você já sabe…

Bob encostou no pilar da varanda da casa e me puxou para o meio de sua pernas de costas, fazendo com que eu deitasse em seu peito me apertando forte.

Eu não havia percebido mas a dor que ele havia sentido ao pensar que havia me perdido era muito maior.

O ruivo havia tropeçado e com isso deixado eu me perder, ele se sentia responsável por tudo o que me acontecia.

-Me perdoe, eu te deixei sozinho… mas isso nunca mais irá acontecer. - disse Bob acariciando meus cabelos.

Sem explicação eu começo a rir, não havia momento mais inadequado do que aquele… o ruivo expressava seus sentimentos - coisa rara - e eu ria no exato momento.

-Ele abaixou para discursar? perguntei ao Bob enquanto continuo a rir.

-Você é inacreditável sabia. - o ruivo respondeu rindo.

-Claramente um amador. - continuei a rir.

Aquele abraço era perfeito para a situação, o Bob me envolvia com seus braços fortes de maneira a me proteger de todos os males.

-Sabe de uma coisa amor, agora que abandonamos nossa carreira de corredor e andarilho… - disse Bob se aproximando dos meus ouvido. - Nós bem que podíamos subir lá para o quarto, não vai demorar muito…

Nesse momento eu sentia crescer algo debaixo de mim, logicamente o volume do Bob demonstrava sua animação crescente. Repentinamente ele segura meu rosto e me beija intensamente me deixando sem ar.

-Não, não, não… eu tenho coisas para fazer. - respondi afastando seu rosto.

-Droga!, quando é que você não tem nada para fazer? - disse Bob frustrado pela minha rejeição.

-Hoje a noite… - respondi sério olhando para os seus olhos. - A não ser que você tenha um compromisso.

-Na verdade eu tenho… mas eu posso cancelar. - respondeu o ruivo me beijando.

-Já chega… - interrompeu Deb caminhando até a varanda. - Vamos começar?

-Tudo bem… - disse levantando. - Esconda esse volume - sussurrei para o Bob antes de sair do meio de suas pernas.

Durante toda a tarde Deb e eu organizamo toda a propriedade. Retiramos o colchão e o tapete do quarto - que estava impregnado com os líquidos da decomposição dos corpos - e depois limpamos o chão do quarto a fim de retirar todo o cheiro da casa.

Jogamos alguns alimentos que havia estragado dentro dos armários e geladeira - que já não funcionava mais - e providenciamos algumas velas para a noite.

Fomos até a horta, localizada ao lado da casa, que estava em ótimo estado. Ao lado estava uma caixa de sementes com alguns buraco na terra ainda abertos.

-Acho que ele estava aqui antes de tudo… subiu para ver a filha… - disse Deb sem conseguir prosseguir.

-A dor que esse homem passou ao perder a filha, ao ponto de fazê-lo ficar à beira da cama até a morte, deve ter sido gigantesca. - respondo com prévia noção sobre o assunto.

Começamos então a retirar algumas plantas mortas e substituir por outras sementes no lugar, deixando para aguar na manhã seguinte.

-Vocês se conhecem a muito tempo? - perguntou Deb. - Parecem tão felizes.

A moça havia prestado a atenção ao fato de nos darmos tão bem ao nosso modo. Bob era ríspido mas eu sabia exatamente como lidar com ele sem me machucar com os espinhos.

-A uns dois anos… mais ou menos… - respondi sorrindo. - Dois anos estes que em Praga significam dez.

Neste momento ambos riram alto concordando com a hipótese. Conviver todos os dias, dormir, comer e… você sabe… defecar com uma pessoas faz com que vinte e quatro horas se quadrupliquem.

Esse novo mundo havia se tornado um grande manicômio onde os normais morriam, os pirados sobreviviam e os lunáticos reinavam.

-E você e Amanda? - perguntei com cautela. - Vocês… é…

-Não… não, ela é minha irmã. - respondeu Deb rindo da minha feição de vergonha pela pergunta.

-Você não perde uma em Thommy… - gritou Bob deitado na varanda rindo da situação. - É por isso que eu te amo tanto.

Em qualquer situação, seja qual for o lugar ou a hora o Bob sempre vai comentar os meus micos aumentando a minha vergonha. Como, em meio ao apocalipse, alguém arranja tempo para infernizar uma pessoa com tanto empenho como o ruivo sempre fazia?

Continuando a manusear a terra da horta eu percebo uma aliança dourada na mão esquerda de Deb, em toda a nossa conversa sobre relacionamento ela nem sequer mencionou um romance.

-Você era casada? - perguntei com receio de ter tocado em um assunto delicado.

Para minha surpresa a moça abriu um grande sorriso e olhou para a aliança, como se o fato de fixar o objeto desencadeasse uma chuva de alegria.

-Sim… por cinco anos, os normais... não os de Praga… - respondeu Deb dando risada. - Jhoana, foi a pessoa mais gentil e agradável que eu tive o prazer de conhecer e viver. Passava horas na cozinha decorando seus pratos, dignos de restaurante. Logo após o primeiro ataque eu a encontrei caída no quintal de casa, ela estava entre os milhões que havia morrido naquele dia.

Não existia tristeza no seu rosto, como se ela se programasse para lembrar apenas das melhores lembranças. Eu sentia pela morte de Jhoana, porém sabia que perder alguém pela crueldade de Praga era a experiência mais traumatizante - tenho a impressão que ainda tenho que lembrar de algo.

Continuamos a conversa até acabar todo o serviço, a pedido do Bob nós lacramos a porta dos fundos da casa e fechamos todas as janelas antes do anoitecer.

Depois de comer algo na cozinha todos nós, exaustos, resolvemos ir descansar. Caminhei para o quarto com o Bob, aquela cama macia estava me chamando.

Fui para o banheiro, tomei um banho e vesti um pequeno shorts - tipo um pijama - que havia achado no guarda roupas. Quando deitei na cama eu percebi que Bob estava cochilando, apesar de relutar que não estava cansado.

Ver o rosto do ruivo tão tranquilo, em uma cama tão macia e em um lugar tão seguro era o máximo que eu ousava em pedir aos Deuses.

Depois de ouvir a história da Deb eu pensei por um momento, enquanto acariciava o rosto do Bob, como seria perdê-lo para sempre. Mesmo tendo passado pela aquela horrível experiência, todo o momento que eu me imagino sem ele é doloroso… o ruivo era meu alicerce, aquilo que me fazia prosseguir todos os dias, o meu eu.

-Eu te amo… para sempre - disse em voz baixa beijando levemente seus lábios antes de me deitar ao seu lado e dormir.

Acordo no meio da noite surpreendido com Bob sentado por cima de mim segurando forte minhas mãos com apenas a sua esquerda.

Sua respiração era ofegante, eu sentia seus batimentos e seus olhos reluziam.

-Que merda você está fazendo Bob? - disse tentando me soltar mas sem sucesso, a força com que segurava era imensa.

-Cale a boca… você prometeu. - respondeu com um beijo sufocante e agressivo.

Após me deixar sem ar o ruivo passa a beijar minha orelha, passando sua lingua por toda ela ao mesmo tempo que sua barba passa em meu pescoço fazendo cada pelo do meu corpo se arrepiar.

Finalmente ele solta as minhas mãos, já doloridas, para que possam explorar seu peitoral e abdômen. A luz da lua entrava através da janela do quarto iluminando todo o ambiente.

Bob desceu até meus mamilos acariciando com a língua fazendo eu me contorcer de prazer e dor. Dando pequenos beijos ele passa por todo meu abdômen parando de frente para o pequeno pijama que denunciava o grande volume do meu membro.

Ele levanta, tira seu shorts ficando nu e senta por cima de mim - como se estivesse montando em um animal selvagem. De forma provocante ele faz seus glúteos salientes envolverem meu membro rijo, despertando um enorme desejo.

Me viro repentinamente fazendo cair na cama ao meu lado, retiro meu pijama e assumo a sua posição anterior. Agora eu sentia seu membro tocando minhas nádegas, e com as mãos ele as explora apertando com prazer.

Vou até seu rosto e o beijo de forma delicada e lenta, para contrastar com sua crueldade e rispidez, tudo ainda fazendo pequenos movimentos com o quadril para provocá-lo.

Aquela cena, iluminada pela lua e tendo como trilha sonora as nossas respirações era digna de um romance de contos.

Com pequenos beijos eu percorro todo o seu corpo, pescoço, peitoral, mamilos, seu tanquinho, virilha para finalmente chegar ao seu pênis. Ao chegar eu paro em suspense, dou um pequeno beijo com os lábios úmidos na glande do seu mastro.

Com a língua eu traço a linha que vai da base do pênis até a sua extremidade fazendo Bob se contorcer e soltar um gemido.

Nesse momento eu me afasto, a fim de provocar Bob de uma maneira perigosa.

-Acho melhor não fazermos isso. - digo me afastando com excitação.

Mesmo com pouca luz eu consigo ver a mudança da expressão de prazer dela para uma raiva perigosa, ficando sério ao ponto de me assustar.

Ele então levanta, indo perigosamente ao meu encontro com olhar sanguinário e me empurra até a parede, me fazendo bater com as costa. Me pressionando ele puxa meus cabelo para trás mordendo meu pescoço violentamente, reajo cravando minhas unhas em suas costas.

O ruivo estava perigosamente excitado, estávamos na linha tênue entre o amor e a violência, era melhor tomar cuidado a partir dali. Ele levanta as minhas pernas para envolverem o seu quadril me segurando em um aperto forte apenas com um braço, ele caminha em direção a cama enquanto agride meu pescoço com suas mordidas.

Bob me joga na cama com delicadeza deitando por cima de mim e voltando aos beijos carinhosos ao invés das mordidas.

-Não faça isso… - ele advertiu com olhar penetrante.

Sutilmente ele desceu até meu pênis engolindo-o de uma vez me fazendo soltar um suspiro de prazer. Sua brutalidade às vezes era conveniente na cama porque a maneira com que ele executava era perfeita e após alguns minutos eu o puxo para cima trocando de lugar.

Não se resumia apenas a uma episódio sexual, havia uma conexão, um sentimento de unicidade entre dois seres que se amam até no fim do mundo. Tocar cada parte do homem que eu amo significa a liberdade que temos em nos conhecermos fisicamente.

Subo de encontro ao seus olhos, eu o desejava mais do que qualquer coisa… e naquele momento eu o tinha por completo e ele possuía a mim.

“Posso?” perguntou Bob segurando meu rosto com carinho de um anjo erotizado.

Concordo com aceno de cabeça.

O ruivo beija minha testa e me abraça com carinho enquanto me possui, na carne e na alma.

Os antigos acreditavam que se alcançava a divindade através do sexo, e naquele momento ambos estavam no céu, no olimpo, com o cosmos… apenas nós dois, sendo apenas um.

O carinho com que Bob transava comigo era uma revolta, um contraste com tudo o que Praga nos oferecia… Tudo lá fora não importa nesse momento, apenas desejo e respeito, nossos suspiros de prazer era apenas um reflexo de nossas almas conjuntas e únicas.

Entre os movimentos coordenados de absoluto prazer, o ruivo acariciava cada parte do meu corpo garantindo que o prazer fosse mútuo. Levanto minha cabeça e inclinando o tronco para trás aumentando o ritmo da transa, acelerando nossas respirações. Indo de encontro ao ápice do prazer Bob começa a massagear meu membro.

-Uwn… Thommy… Uwn. - sussurrou o ruivo sentido o clímax se aproximando.

Finalmente a promessa do contato com o divino chega, e ambos atingem o orgamos juntos. Por longos segundos nossos corpos respondem a transa divina. Bob me joga para o lado deitando-se por cima de mim e levando seus lábios macios aos meus e por longos minutos nós permanecemos na grande excitação desfrutando daquele momento prazeroso.

Cessando-se os beijos Bob olha fixamente para meu rosto que transpirava prazer e diz:

-Eu te amo… nunca me deixe.

Como sempre ele prometia que nunca me deixaria mas também exigia a minha promessa de nunca abandoná-lo. Fomos até o chuveiro e nos lavamos acompanhados de beijos intermináveis e longos abraços.

Após a transa de caminhos divinos nós deitamos na cama para dormir.

Como se abandona alguém que te faz tão bem?ContinuaPor favor comentem aqui para um FeedBack.

Gente... o que foi esse final? Acho que estou me apaixonando pela minha própria criação.

Seria muito óbvio Deb e Amanda não é? Imagine se novos personagens aparecerem?

Até mais "Conteiros"... cuidado com Praga.

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Comentários

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A dualidade do ruivo é tão coerente. Somos assim, não é? Gosto de me identificar nesses aspectos. E sim, seria obvio, mas sabemos que vem algo por aí. Sei que já posso esperar qualquer coisa desse conto!

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