A História de Melissa - Capítulo XXIV

Um conto erótico de Melissa Diniz
Categoria: Homossexual
Contém 956 palavras
Data: 17/11/2016 09:01:42
Última revisão: 17/11/2016 09:02:04

Nota da autora: Oie gente! Este capítulo já faz parte da remodelação que sofreu a "A História de Melissa". Devido a questões pessoais resolvi mudar as publicações para quarta e domingo. Gostaria de agradecer a todos os comentários, das pessoas que tem seguido as estorias com entusiasmo e algumas criticas que tenho recebido. Acho que a mudança no formato de capítulos curtos tem agradado muitos leitores e desagradado alguns, a esses peço desculpas mas eu prefiro assim, até para produzir os capítulos nos parcos momentos que tenho para produzir este material. Espero que continuem gostando. Beijus a todos.

Capítulo 24

Foi tudo muito lindo a inauguração, a iluminação ficou dez, a decoração demonstrou o excelente gosto da Jenny, a comida estava show e as bebidas bem geladas. Estava tudo no perfeito. A Marcela minha priminha que não quis fazer parte do empreendimento apareceu, nós tivemos até um momento para conversar apesar da correria, eu ficava triste por ela pois ela foi meu primeiro homem, minha primeira menina, foi meu primeiro amor e ela preferiu seguir o caminho de se prostituir. Ela estava linda, com a pele lisinha e os olhos brilhando e me confessou que estava muito feliz pois ganhava o dinheiro dela fazendo aquilo que ela mais gostava, sexo, que a mãe dela estava feliz e a respeitava. Foi engraçado por que a gente morava na mesma casa e não conseguia conversar com aquela tranquilidade e transparência. Cada dia eu sabia que amava aquela menina como minha irmã mais velha, me deu uma nostalgia que tive que ir ao banheiro para não ser vista chorando e para retocar a maquiagem.

Mamãe e tia Marluce também apareceram e ficaram numa mesa discreta conversando com o senhor Geraldo, pai da Josefine, e também a mãe da Brenda. Quem ficou com um olhar um pouco triste em algumas ocasiões foi a Lisa, acho que o coraçãozinho dela apertou por causa do lance da mãe dela, mas logo fiz questão de fazer uma graça com ela e acabar com aquela tristeza. Meus irmãos também apareceram, Ricardo com o jeito de macho foi logo dando um beijinho nas ex e desejando boa sorte a todas, era engraçado como as três ovulavam perto do meu irmão, pareciam que iam derreter perto dele. O Renato ficou meio peixe fora d’água, ele era muito careta, ele era a versão minha se não tivesse virado Melissa, todo nerdzinho, com camisa social com caneta enfiada no bolso, sapato de couro, óculos com armação preta, todo sério, mas eu achava ele mais gato que o Ricardo.

Sobre os clientes tivemos uma clientela muito boa, o bairro todo foi, muita gente conhecida como o Cleber do salão que estava montada no luxo, a Bruna da boutique, o meu endocrinologista foi com a esposa e desejou muita sorte. Eu senti um dedo da Dona Efigênia nesse excesso de gente do bairro, mas quando uma mãe quer ajudar a filha ela faz até o impossível. Meu coração gelou quando vi o Zé Carlos com a noiva, tive que fazer cara de boba como se o conhecesse só da padaria, mas eu estava completamente arrasada por dentro ao vê-lo tão bem com a noiva. Fui super educada com os dois agradeci os comprimentos e a presença dos dois e disse que eles seriam muito bem-vindos quando quiserem, mas no meu intimo eu preferia que eles só aparecessem aquela vez mesmo.

Eu vi dois grupos de fora do bairro que me chamou atenção, sinal que a propaganda nas redes sociais deu certo, uma mesa com dois rapazes e duas garotas trans e outra mesa com três crossdressers e uma garota. Todas elas superfemininas e bem produzidas, uma garota trans me chamou muita atenção, ela era loira, que mais tarde fiquei sabendo que se chamava Sabrina, superfina e elegante parecia ter sido criada com muito mimo. Dei uma de relações públicas da casa e fui a mesa e agradeci a presença e puxei papo, disse que elas eram sempre bem vindas a casa e claro que se elas pudessem fazer propaganda seria muito bom para o bar.

Uma coisa chata aconteceu também, dois policiais militares apareceram esperando ganhar algo da gente. Achei que eles queriam comer de graça ou uma caixinha por troca de evitar que ocorra “problemas” com a polícia, e aquilo me deixou uma pilha de nervos, não sabia como agir nessa situação, acho que a educação que recebi de ser muito correta não tinha me dado o jogo de cintura que eu precisava. A Brenda percebeu a situação e viu que eu ia acabando fazer uma bobagem e me perguntou se ela podia dar uma mãozinha, agradeci. Ela levou os dois para os fundos e ficou quase meia hora com eles. Voltaram sorridentes agradeceram e se foram. Brenda contou depois que eles tomaram uma cerveja comeram um quibe cada um e conversaram muito, parecia que o cabo Hilton, um negro forte de quase dois metros de altura ficou interessado na minha amiga mas pelo que pude observar não aconteceu nada de mais lá atrás, pelo menos esse era um combinado que tínhamos, de não trazer “lanchinhos” para o bar.

Cheguei em casa morta, mas feliz, com tudo que aconteceu. Fiquei deitada na cama repassando o acontecido daquela noite, a visão do Zé Carlos com a noiva mexeu demais comigo, me deixou bastante mal. Uma coisa que me deixou mais tranquila foi a conversa com Marcela e ela se abrindo dizendo que sua vocação era ser garota de programa que estava feliz com a vida que ela levava, que só tinha clientes de alto nível, que era bem tratada, ganhava bem e se divertia muito. Aos poucos os pensamentos foi se misturando com fantasias e adormeci.... Adormeci muito feliz.

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Comentários

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Suellen, linda, primeiramente muitíssimo obrigada pelas palavres doces suas. Eu estou ficando meio ocupadinha no meu dia a dia, graças a Deus. Então eu vou ser obrigada a publicar uma vez por semana, me desculpe e continue nos prestigiando. Obrigada!

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Que bom que na inauguração seu estabelecimento deu certo, está história está linda.

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