De repente, Laura

Um conto erótico de Paula Cedezin
Categoria: Homossexual
Contém 12148 palavras
Data: 14/11/2016 22:02:42
Última revisão: 22/08/2017 10:04:52

Estava no bar, bebendo para esquecer o fora recém tomado da namorada depois de 2 anos de uma relação complicada. Umas tantas cervejas na conta, já falando besteira com todo mundo, comecei a contar minha história para um cara, acho que era amigo de amigo, estava por ali. Mais velho que eu uns 15 ou 20 anos, já perto dos 45 ou 50, ele era um bom papo. Ficamos conversando um bom tempo, e entre muitas coisas eu comentei que no dia seguinte teria que mudar do apartamento da agora ex-namorada, e não tinha nem ideia de para onde ir.

Simpático, ele me ofereceu sua casa.

- Pode ficar lá uns dias até se acertar, tem lugar, numa boa.

- Sério, não é problema para você? A gente mal se conhece, eu falei.

- Tranquilo, não esquenta, pode vir que está de boa!

Na situação que eu estava, nem acreditei. Era uma baita mão na roda, eu não tinha lugar para ir. Sem família na cidade e sem lugar em casa de amigos, a única opção era um hotel. Mas a grana curta ajudou a decidir a questão. E seriam só uns dias até acertar um lugar definitivo. Fui.

Chegamos no apê dele já de madrugada. Apartamento legal, dois quartos. Me ofereceu o quarto que disse ter sido da sua filha, que já era adulta e morava em outra cidade. Todo decorado em rosa, tinha cortinas com rendas nas janelas e penteadeira com espelho e cheia de perfumes e enfeites.

No estado alcoólico que estava, eu só queria tomar um banho e dormir. O quarto era suíte, tinha banheiro privativo. Igualmente rosa, como o quarto, todo feminino. Tomei banho, coloquei só a cueca e caí na cama. Sono pesado de quem bebeu mais demais da conta!

Acordei no outro dia zoado, na ressaca. Fui me vestir e estranhei que minhas roupas não estavam lá no quarto, nem no banheiro. Olhei debaixo da cama, por todo lado, não achei nada. Meio envergonhado e sem entender onde as tinha deixado eu saí do quarto só de cueca para procurar. Meu amigo já estava na sala, tomando um café.

- Bom dia! Rapaz... não sei onde deixei minhas roupas…

- Suas roupas? Você deixou no banheiro. Mas eu peguei elas de lá e joguei tudo fora.

- Como assim, jogou tudo fora? Não entendi!

- É o seguinte. Vou abrir o jogo de cara. Nada disso é o que você está pensando. Eu não te trouxe aqui só para passar uns dias. Eu te trouxe para algo muito diferente disso. Você vai ser a minha menina. Eu vou te transformar na minha mulher.

- Como? O que? Não estou entendendo nada e acho que não gostei da brincadeira! Que palhaçada é essa? Tá maluco? Tá me tirando?

Dei uma risada nervosa.

Ele se aproximou e me deu um baita tapa na cara, daqueles de virar o rosto e ficar ardendo. Ele era mais alto que eu, devia medir 1,80m. Corpo malhado, um pouco barrigudinho, mas forte. E eu não tinha nem 1,70m, nunca fui muito forte ou musculoso, então percebi na hora que não era páreo numa luta. Não revidei. Mas reclamei:

- Por que isso, cara? Não precisa de violência, não te fiz nada. Foi você que me ofereceu vir para cá. Mas tudo bem, já estou saindo! Devolve minha roupa e eu vou embora agora mesmo!

Mais um tapão, no outro lado do rosto. Tão forte que eu desequilibrei e caí. Me agachei, dolorido, o rosto vermelho e ardendo coberto pelas mãos.

- Daqui você não sai, minha querida. Você agora é minha, entendeu? Sua vida me pertence. E você vai ser a minha menininha. Eu vou te fazer mulher.

Apavorado e quase chorando repliquei:

- Mas eu não sou mulher, cara, que história é essa? Você está louco? Eu não sou viado, não gosto de homem! Por que você não vai procurar uma mulher de verdade? Me deixa ir embora que essa loucura já passou da conta!

Ele veio em direção a mim e eu achei que ia me bater mais. Corri em direção à porta do apartamento. Estava trancada, claro. Corri para a janela, mas olhei para fora e vi que era andar alto. Além disso tinha grade, sem chance de pular. Estava preso mesmo. Ameacei:

- Olha que eu vou gritar, todo mundo vai ouvir! Me deixa sair!

Ele nem se importou. Sentado no sofá me falou:

- Pode gritar, minha linda, nenhum vizinho vai aparecer aqui.

Eu gritei. "Socorro! Alguém me ajuda!". Gritei várias vezes. Nada. Ninguém apareceu. Ele só sentado no sofá, me olhando e rindo. Parei de gritar quando ele veio de novo em minha direção, devagar. Para me proteger de apanhar mais eu me agachei e protegi o rosto. E implorei:

- Chega, não me bate mais!

- Já cansou de apanhar? Não preciso mais bater? Ótimo. Está pronta para começar sua nova vida?

Não, eu não estava pronto para nada. Mas percebi que naquela hora não tinha como resistir, não tinha o que fazer. Não adiantava gritar, apanhar mais também não ia ajudar. Eu não era páreo em força. Pensei que seria melhor ceder momentaneamente e usar de estratégia. Sempre me disseram que “com louco não se discute”, então quem sabe se eu entrasse na onda dele encontraria mais adiante alguma chance de fugir e acabar com aquela loucura.

Mas nesse momento eu estava muito desesperado para soluções tão racionais. Chorando, agachado no canto eu pedi mais uma vez "Por favor, me deixa eu ir embora! Eu só quero ir embora!" Eu estava igual um bichinho acuado, só de cuecas, todo enrolado de medo.

Ele veio na minha direção, eu achei que ia apanhar de novo e protegi a cabeça com os braços. Mas ele me surpreendeu. Se abaixou, me abraçou pelo lado e me deu um beijo na bochecha. E me falou ao pé do ouvido:

- Minha linda, não quero fazer você sofrer, não chore não. Você vai ver que a vida como minha menina não vai ser ruim! Você vai gostar!

Eu ainda chorava. Medo, desespero, indignação. Falei em meio ao choro:

- Eu não sou mulher, cara! Eu não gosto de homem! Para com isso! Vai procurar uma mulher de verdade! Você pode ter qualquer mulher que quiser, por que tá fazendo isso comigo?

Ele fez carinho em mim, limpava minhas lágrimas com os dedos.

- Minha fofinha, você vai ser uma menina linda, pode acreditar em mim. E vai gostar de satisfazer seu homem como poucas, eu lhe garanto…

Eu supliquei:

- Para de me chamar de menina linda! Eu sou homem!

Ele carinhosamente pegou meu rosto com as duas mãos. Me fez olhar nos olhos dele. E falou:

- Não, minha linda, não é mesmo. Pode ter sido, mas não é mais. Você daqui para frente é minha mulher. Mas você está certa num ponto - precisa de um nome para eu lhe chamar. Será Laura. Daqui para frente você se chama Laura. É um nome bonito e bem feminino. E vamos dar jeito nas suas roupas. Lá no seu quarto tem suas novas roupas femininas, vá se vestir.

Meio atordoado da situação, mas seguindo a estratégia de ceder e ver no que dava, obedeci e fui para o quarto. Abri o armário sem saber o que pensar e o que fazer. Ainda tinha esperança disso tudo ser uma brincadeira de muito mau gosto. Mas não era. No armário, é claro, só havia roupas de mulher. Vestidos, blusas, saias. Nas gavetas, calcinhas e sutiãs, montes delas. Sandálias e sapatos de salto completavam a cena.

Fiquei um tempão parado em frente ao armário aberto, sem saber o que fazer. Nisso ele veio, e com firmeza me ordenou: "Laura, tire já essa cueca. Me dê aqui, agora!". Eu fiquei com medo e tirei. Não sabia o que fazer e nem como resistir. Estava subjugado, dominado pela situação e por aquele homem.

- Pode escolher a roupa que quiser aí do armário. Mas quero você bonita, hein? Não vá deixar seu homem irritado!

Meu homem. Eu, bonita. Que loucura. Não sabia o que fazer. Como eu poderia escapar? Me senti desamparado, sem qualquer opção.

Ele saiu novamente do quarto. E eu ainda fiquei um bom tempo pelado, sentado na cama olhando aquele armário aberto, todas aquelas roupas femininas. No fim, desisti de lutar. Pelo menos por enquanto. Não queria mais apanhar. Não via como sair dali, e mesmo que conseguisse, ia fugir pelado? Só me restava ceder. Fingir fazer parte da loucura até ter chance de fugir.

Abri novamente a gaveta de calcinhas e sutiãs. Tudo organizado em pares, conjuntinhos. Peguei um dos conjuntos. Era uma tanguinha fio dental e um sutiã meia taça. "Nossa, que calcinha minúscula! Não posso vestir isso!", pensei. Dobrei de volta e peguei outra. E outra. E mais outra. Até que encontrei uma maiorzinha, que pareceu melhor de vestir. Era branca, na frente cheia de detalhes em renda, na bundinha era de lycra. O sutiã era daqueles normais, sem aro ou bojo, com a mesma renda. Coloquei a calcinha e depois o sutiã. Deu trabalho prender ele nas costas.

Me olhei no espelho e tive uma sensação estranha ao me ver com aquelas roupas. É que eu nunca antes tinha vestido roupas de mulher. Era bem estranho, mas também tinha um “quê” de transgressão que era gostoso. Estranhamente excitante. Com essa sensação meu pau começou a crescer dentro da calcinha. "Ah, era só o que faltava, que loucura é essa de gostar disso?", pensei.

Bem nesse momento ele voltou ao quarto.

- Você está demorando, minha linda, quer ajuda?

Morri de vergonha. Me vi no espelho e ali estava eu, calcinha e sutiã na frente de outro homem! Fiquei sem palavras. E para piorar ele imediatamente viu meu pauzinho excitado fazendo volume na calcinha de renda.

Fazendo um carinho no meu rosto falou:

- Eu sabia que você logo ia gostar, viu só? Acertei. Está gostando de vestir essas roupinhas, né? E vou dizer, você está uma gracinha assim. Já imagino como vai ficar gostosa depois que pegar mais jeitinho de menina!

Não soube o que dizer. Eu só queria sumir. Que vergonha. Além de me ver de calcinha e sutiã, ele viu que eu estava excitado com isso. Mas pelo menos com a vergonha meu pauzinho imediatamente broxou. E ele assumiu novamente o controle:

- Olha, como é seu primeiro dia como mulher, deixa que eu escolho a roupa para você. Coloque esse vestido aqui, é bonito e confortável. Acho que vai ficar bem no seu corpo. Experimente!

Pegou no armário um vestido branco como a calcinha e o sutiã, de um tecido fino, muito macio, todo plissado. Tinha alças largas e era cinturado logo abaixo do busto. Mas antes de eu colocar o vestido, ele abriu uma outra gaveta e pegou duas próteses de seios de silicone.

- Minha linda, coloque essas próteses de seios dentro do seu sutiã para ficar mais feminina. Não precisa ficar triste que seus seios ainda são muito pequenos, eles ainda vão crescer. Mas até que isso aconteça, use esses para ficar bonita e mais feminina.

Eu já não oferecia qualquer resistência às ordens dele. Coloquei. As próteses preencheram bem o sutiã. Tinham um adesivo na parte de trás, de modo que ficaram presas firmes no peito. Mas eram bem molinhas, pareciam cheias de líquido, então também tinham um movimento. Me olhei no espelho, estava de calcinha rendada e sutiã combinando, e com próteses nos seios. Me apalpei para sentir meus novos seios, ajeitei melhor um pouco um que me pareceu estar um pouco torto dentro do sutiã…

Ele não perdeu a oportunidade.

- Isso, estou gostando! Se arrume bem feminina para seu homem! Deixe tudo bonitinho!

Fiquei envergonhado de novo. Ele percebeu, e imediatamente me abraçou por trás, passando a mão no meu corpo só de calcinha e sutiã. Eu fiquei parado, deixei. Resistir para quê? Tomar mais um tapa? Melhor deixar. Ele pegou nos meus seios. E aí me beijou por trás da bochecha. E eu gostei. Por deus, eu gostei! Não sei se pela situação toda, o medo, a loucura da coisa, mas eu gostei daquele beijinho. Era tão carinhoso! E pensei comigo: "Ai, socorro! Que é isso? Eu não posso gostar disso! Eu sou homem!".

Ele percebeu que eu deixei rolar, que eu não resisti ao carinho. E falou:

- Coloque seu vestido, minha Laurinha. Deixe que eu lhe ajudo a fechar.

Ele segurou o vestido pelas alças, eu pisei dentro dele. Por trás de mim ele subiu as duas alças e fechou o zíper nas costas até em cima. Senti o vestido ficar justinho no busto, e me olhei no espelho de novo. Como era estranho me ver vestido desse jeito! Estava num vestido lindo, com os seios protuberantes no tecido plissado. Passei a mão pelo vestido, o tecido era tão suave, tinha um toque tão gostoso! Me mexi de um lado para outro só para ver a saia do vestido balançar. Passei as mãos de novo nos meus peitos, senti meus seios tão grandes agora, e era tão estranho sentir eles no peito! Eu não tinha como negar, era uma completa loucura, mas a verdade é que eu estava gostando de estar com aquela roupa.

Nisso tudo, enquanto eu me olhava no espelho e mexia meu vestido, senti que meu pauzinho deu sinal de vida de novo dentro da calcinha. Eu estava ficando excitado. Acho que por causa do vestido solto ele não viu, ainda bem. Não aparecia nada. Mas sei lá, talvez ele tenha percebido alguma coisa. Me abraçou de novo por trás, muito carinhosamente. Passou a mão suavemente pelo meu corpo, me acariciou, apalpou de novo meus seios. Eu deixei. Aí ele me deu uma mordidinha na orelha...e eu não sei o que me deu... acho que enlouqueci. Simplesmente me entreguei. Virei o rosto para ele, e falei baixinho... "Me beija..."

Capítulo 2 – Laura e Marlene

Ele me beijou e eu me entreguei todo naquele beijo. Virei de frente e abracei ele como uma menina faria, segurando seu rosto e aproximando do meu. Senti a língua dele na minha boca, senti seu abraço firme, senti suas mãos acariciando meu corpo e apertando minha bundinha. E eu gostei. Não sei explicar, eu não deveria gostar, mas não tinha como negar, eu adorei cada segundo daquele beijo.

Só que quando acabamos o beijo, comecei a chorar. Era muita confusão por dentro, sentia muita vergonha e ao mesmo tempo desejo, misturado com sensação de culpa de ter gostado de beijar um homem, de ter aquele corpo másculo junto ao meu, me dominando, me subjugando, me desejando daquele jeito, me tratando como menina.

- Laura, minha linda, que beijo gostoso!

Esse jeito dele falar comigo só piorou meu conflito. Eu queria beijar mais, queria aquele abraço, aquelas mãos em mim, mas isso era tão errado! Me afastei, virei de costas para ele. Ele me abraçou carinhosamente por trás de novo, e eu senti seu pau duro roçando na minha bundinha. Me assustei. Saí correndo e me fechei no banheiro. Precisava colocar as ideias em ordem.

Ele me deixou, ou pelo menos não insistiu, não falou nada. Acho que saiu do quarto. Fiquei no banheiro um bom tempo. Sentado no vaso, me via no espelho de vestido. Eu tinha acabado de beijar um homem na boca, o primeiro homem da minha vida. Sentia uma mistura louca de sentimentos. Não podia negar que tinha gostado, mas sabia que não podia e nem devia gostar. Eu devia sentir raiva! Estava sendo forçado a fazer coisas que nunca tinha feito, devia resistir, fazer alguma coisa! Mas não tinha nem ideia do que fazer. Não tinha como fugir, estava tudo trancado. Não tinha como lutar, ele era mais forte. E para piorar, eu tinha gostado.

Lavei o rosto, me recompus. Me olhei no espelho do banheiro, vi um homem de vestido. Me senti feio e ridículo, o rosto e o cabelo não tinham nada a ver com aquelas roupas tão belas. Que diabos esse cara tinha visto em mim? Por que não procurava uma mulher de verdade? Como podia preferir um homem de vestido? E por que eu tinha me entregado tão rápido, tão fácil? Que eu não pudesse sair do apartamento ou resistir às imposições loucas dele tudo bem, mas daí a pedir para ser beijado por outro homem havia uma grande distância, não é?

“Que diabos está acontecendo comigo?", pensei comigo. Fiquei com raiva de mim. Me deu vontade de tirar todas aquelas roupas, e eu tirei. Me vi nu, era o corpo de um homem. "Por que esse maluco me quer como mulher? Tem tanta mulher bonita por aí para usar esse vestido!"

Não podia sair dali pelado pois ele tinha mandado eu me vestir, o que faria se eu desobedecesse? Poderia me bater de novo, e eu não queria mais apanhar. Resolvi seguir com a estratégia de não lutar. Coloquei a calcinha, o sutiã, os dois peitinhos e depois o vestido. Tive trabalho para fechar o zíper nas costas. "Como as mulheres fecham essas coisas tão fácil?" Me contorci todo mas consegui afinal. E aí saí do banheiro, pois não podia ficar o resto do dia fechado ali. Encontrei uma sandália rasteirinha branca com florezinhas do lado da cama, acho que ele deixou para mim, não estava ali antes. Calcei. Achei bonitinha. Fui para a sala.

Ele estava lendo jornal. Quando me viu, ele falou naturalmente:

- Laura, faz um café para nós dois? Estou com fome, você não está?

Eu estava com fome, então deixei rolar. Se não ia resistir, melhor fazer o jogo todo. Perdido por 5, perdido por 10.

- Faço. Você gosta forte? Quer com açúcar? Me ajuda, onde ficam as xícaras, as coisas todas?

- A cozinha é logo ali, xícaras e tal tem no armário de cima, mantimentos na estante, ali a geladeira... você acha tudo fácil. Aproveite para conhecer mais a sua nova casa.

Fiz café para nós. Arrumei a mesa na sala para nós dois. Sentamos frente a frente. Comi quieto. Eu não sabia o que dizer. Cada vez que olhava para ele me dava uma confusão por dentro. "Cara, eu beijei esse homem! Deixei ele me acariciar toda como se eu fosse uma menina! E agora eu estou aqui, de calcinha, sutiã e vestido, sentado em frente a ele como se fosse sua namorada. Fiz café para ele! Que loucura é essa? Como eu vou sair disso?"

Ele acabou o café e falou:

- Laura, daqui a pouco chega Dona Marlene, a diarista. Eu vou sair para trabalhar, você vai ficar aqui com ela até eu voltar.

Me deu um desespero, mais uma pessoa para me ver todo vestido de mulher. Que vergonha! Com que cara eu olharia para essa Marlene? Pedi de novo para ele me deixar ir embora. Quem sabe essa loucura já pudesse terminar!

- De jeito nenhum, minha linda. Você daqui não sai, já falei, você agora é minha. Ainda mais depois daquele beijo gostoso! Pode parar com essa conversa.

Tentei argumentar, sem sucesso:

- Mas cara, eu preciso trabalhar! Eu tenho uma vida, sabe?

- Laura, não me importa a vida que você tinha antes, não existe mais. Nada mais será como antes. Daqui uns dias você liga avisando que não vai mais, ou melhor, deixa como abandono de emprego. Você não vai precisar desse emprego. Você agora é minha menina e mulher minha não precisa trabalhar.

Nisso chegou dona Marlene. E eu não tinha para onde ir, então fiquei ali, de cabeça baixa. Queria poder sumir! Ele abriu a porta para ela, e logo me apresentou:

- Marlene, essa é Laura, minha nova namorada.

Ela me olhou toda, claro. Mas para minha surpresa não se incomodou nem um pouco com minha figura esquisita de homem de vestido. Abriu um sorriso e disse "Bom dia, dona Laura!". Eu só respondi, bem envergonhado, um bom dia quase mudo. Não sabia como agir.

Ele tomou a iniciativa.

- Marlene, sei que você já trabalhou em um salão de beleza, não foi? Sabe depilar e fazer unha?

- Sim, Seu Renato, na verdade ainda trabalho com isso, faço meus bicos. Carrego meu material na minha bolsa, então tenho tudo aqui. Tenho uma cliente agendada para essa tarde quando sair daqui.

- Por favor, Laura precisa de uma depilação total, e também manicure e pedicure. Você pode fazer isso?

- Posso, claro. Dona Laura, que cor a senhora quer de esmalte? Preciso ver se eu tenho aqui.

Cor? Que cor? Sei lá! Unhas pintadas? Depilação completa? Está doido, isso dói! Essa loucura estava ficando pior! Como escapar disso? "Ai, que desespero, o que eu faço agora?", pensei.

Dona Marlene me mostrou as opções de esmalte. Tinha rosa, vermelho, carmim, vinho. Tinha até azul e preto. Olhei aquelas cores todas. Não tinha a menor condição de decidir. Nunca me passou pela cabeça pintar minhas unhas!

Ela disse:

- Acho que esse tom de rosa fica bem na senhora.

Melhor que ela decidisse.

- Você acha? Pode ser esse então.

Era um tom de rosa médio, nem pink nem pálido, mas claramente rosa. Nada disfarçável. Como eu ia fugir dali com as unhas pintadas de rosa? E de vestido? E de calcinha e sutiã? E com peitinhos! Eu não podia sair na rua assim! A coisa avançava sem parar e eu não fazia a menor ideia de como escapar dessa loucura.

Ele saiu e nos deixou trancadas no apartamento. Ouvi quando trancou a porta pelo lado de fora. Se uma de nós passasse mal ou tivesse uma emergência nem sei o que faríamos. Mas Dona Marlene não se incomodou com isso. E ainda preferiu começar os trabalhos em mim, para só depois fazer o serviço da casa.

- Dona Laura, vamos depilar?

Engraçado que não me veio a ideia de me recusar. Só perguntei:

- Ahn, eu nunca depilei antes! Vai doer?

- Vou usar uma cera especial que alivia um pouco, mas não posso mentir, vai. São as dores de ser mulher, não é?

Ser mulher. Eu? Que eu sei de ser mulher? Quem disse que eu queria ser mulher? Quem disse que eu queria ter as dores de ser mulher? Mas, apesar desses pensamentos, não resisti. Fiquei com vergonha de criar caso frente à Marlene. Ela não tinha nada a ver com a história, né? E estava me tratando muito bem.

Fomos para meu quarto e ela pediu para eu tirar o vestido. Pedi ajuda com o zíper e ela abriu pra mim. Fiquei só de calcinha e sutiã. Ela viu meu pauzinho por entre a renda da calcinha. Falou:

- Dona Laura, posso lhe ensinar a vestir a calcinha de modo mais feminino? Vai ficar mais bonita, com a frente lisinha, parecendo muito mais como mulher, quer ver?

- Quero!

Opa, sou eu mesmo respondendo que quero aprender a usar calcinha de modo mais feminino? Mas o que é isso? Que coisa louca é essa? Eu não admitiria, mas já estava gostando daquela coisa feminina toda.

Ela me ensinou então a esconder as bolas dentro do corpo, colocar o pauzinho para trás e prender tudo no lugar com a calcinha. Fiz como ela orientou, olhei no espelho e nem acreditei, cadê tudo? Eu estava lisinho mesmo, nada ali embaixo! Sumiram meu pauzinho e minhas bolas! E a calcinha ficou muito mais bonita no meu corpo, só com um sutil volume lá embaixo.

Empinei a bundinha para ver no espelho e gostei do resultado! Falei:

- Dona Marlene, ficou muito melhor mesmo! Gostei! Muito obrigado!

Fomos para a depilação. Não vou contar. Foi dolorido. Muito dolorido. Mas no fim da tortura, eu estava com o corpo todo lisinho. Me senti mais bonita de calcinha e sutiã depois de depilada. Coloquei o vestido de novo e fomos tratar das unhas. Marlene era boa nisso. Fez meus pés e mãos com a rapidez e suavidade de uma profissional experiente. Mas não deixou de criticar:

- Dona Laura, como deixou as suas unhas ficarem tão feias? Eu vou fazer o possível, mas só vai ficar bonito mesmo daqui umas duas ou três semanas, quando suas unhas estiverem maiores.

Quer saber, eu achei bonito desde a primeira vez. Minhas unhas estavam todas rosa, pés e mãos. No final eu estava ali na frente dela de calcinha e sutiã de rendinha, vestido plissado, toda depilada e com as unhas feitas. Eu não sabia explicar, mas estava gostando dessa coisa de ser menina.

Marlene era uma simpatia. Adorei ela. Acho que ela estava curtindo tudo também. Propôs me ensinar um pouco de maquiagem. E eu aceitei! Eu não me reconhecia mais. Mas é que não fazia sentido me ver naquela roupa linda, depilada e com unhas pintadas, e com aquele rosto masculino e feio. E quem está na chuva é para se molhar. Eu já queria parecer mais com uma menina.

Ela me ensinou a colocar a base, para disfarçar as imperfeições. Um pouco de sombra leve, um pouco de delineador. Um batom rosa da cor do esmalte. Eu estava tão fascinada pelo meu novo look feminino que deixei ela fazer minhas sobrancelhas e ainda fazer alguma coisa com meu cabelo. Infelizmente ele não era longo, mas ela cortou a franja num estilo feminino e deu umas repicadas. Não ficou um primor de feminilidade, mas visivelmente não era mais um corte masculino. Melhor que antes, mais coerente com o todo que aparecia na minha frente no espelho.

Passamos o dia arrumando a casa. Mas ela nem me deixou ajudar muito, pois ia estragar as unhas recém feitas. Fiquei assistindo TV, programas femininos. Moda, culinária, comportamento.

Eram umas 4 horas da tarde quando ele chegou. Eu e Marlene estávamos tomando um café, o serviço dela todo pronto. Ele entrou e me viu maquiada, com o cabelo cortado e penteado, unhas feitas. Pelo sorriso, gostou.

- Laura, você está linda! Que bom que aproveitou bem o dia com a Dona Marlene! Vem cá me dar um beijo!

E eu fui! Por deus, que loucura. E fui imediatamente, sem hesitar um momento que fosse. Beijei ele na boca na frente de Marlene, um beijão bem gostoso. Borrei ele todo com meu batom. Ele gostou, claro.

- Marlene, obrigado por tudo! Depois acertamos. Você volta na 5a feira, certo?

Ela só concordou e se dirigiu para a porta. Me falou:

- Tchau Dona Laura, até 5a feira!

Fui até ela, dei um beijinho no rosto e agradeci por tudo. E abri a porta para ela sair. Mas bem nessa hora tinha um casal no corredor do prédio. Eles me viram ali, toda vestida de menina, dos pés à cabeça. Que arrependimento me deu. Para que eu fui abrir a porta!?

- "Boa tarde", disseram.

Eu tive que responder, "boa tarde". Tentei fazer uma voz mais feminina, falei baixinho. Fiquei muito envergonhado. Fechei a porta, achei que ia chorar. Voltou aquela confusão toda de novo. Depois de um dia inteiro imerso numa fantasia gostosa de feminilidade, me lembrei que era nada mais que um homem de vestido.

Ele me salvou dessa confusão. Me abraçou e eu me senti bem no abraço dele. Tinha algo naquele homem que me fazia sentir muito menina! Naquele abraço me senti protegida, desejada, querida. Me senti bem. Beijei ele. "Como ele beija bem! Me perco nesses beijos! E essas mãos me acariciando? Ai, é tão gostoso!"

Ele me perguntou como foi o meu dia. Eu contei tudo, excitada como uma adolescente com o namorado. Contei da depilação, das unhas, da aula de maquiagem. Contei que Marlene me ensinou a colocar a calcinha direito. Ele quis ver. Eu não deixei, vou ficar mostrando minhas calcinhas assim? Mas não adiantou fazer docinho. Ele me pegou por trás e foi com a mão direto lá. Loucura! Que delicia aquele homem me apalpando daquele jeito, forte, másculo, dominante! Eu já estava muito excitada! Beijei ele de novo, pra valer. Demorado, de língua. E pela primeira vez, tomei a iniciativa. Levei minha mão ao pau dele... Estava duríssimo, parecia pulsar. E eu queria. Queria muito!

Capítulo 3 – Renato e Laura

Eu estava no bar com Marcos, bebendo à toa depois do trabalho. Vi o carinha por ali, e não sei dizer porquê, ele de cara atraiu minha atenção. Era muito bonitinho, interessante. Rolou uma atração instantânea! Ele devia ter perto de uns 30 anos, acho. Eu tenho 48. Ele media menos de 1,70, não era musculoso nem magrelo, e tinha os traços suaves.

Bom, preciso dizer antes de tudo que eu gosto muito de um garoto vestido de menina. Tenho tara, fascinação. Tanto faz como eles chamem a si mesmos, seja travesti, traveco, boneca, transex, shemale, crossdresser, CDzinha, sei lá. Eu gosto! Adoro aqueles bem feminizados, que parecem menininha em tudo, mas aí dentro da calcinha você encontra um pau. Adoro mulher com pau!

E sem querer me gabar, eu tenho uma capacidade interessante de ver um carinha e já imaginar como ele ficaria todo vestidinho de menina, entende? Mesmo que esteja vestido como homem, normal. E esse garoto, nossa, eu vi de cara que ele ficaria uma menina muito bonita. Tinha uns traços suaves... sei lá, tinha potencial. Eu fiquei olhando ele conversando e já imaginei na hora ele na minha frente, de vestidinho, calcinha, sutiãzinho, todo maquiadinho, louco para dar. Me deu uma vontade enorme de comer ele assim!

Ele estava lá no bar com amigos, eu acho. E bebia! Muito mais que os outros que estavam com ele! Fiquei só de olho um bom tempo, conversando com Marcos até que ele foi para casa e eu fiquei sozinho. Aí me aproximei aos poucos, e sutilmente entrei no papo. Fiquei um tempo por ali só ouvindo, e fui entrando aos poucos na conversa, até que no final era só eu e ele. Ele me contou do namoro recém terminado, da namorada que mandou ele passear, aqueles papos de fossa de fim de relacionamento. Na verdade, eu nem estava prestando muita atenção, estava só dando corda. E deixando ele beber. Para facilitar. Eu tinha que comer aquele garoto, e tinha que ser com ele todo vestidinho de menina!

Lá para o fim da noite ele comentou que estava na rua por causa do fim do namoro, e que ainda tinha que achar lugar para ficar aquela noite. Ia ver algum hotelzinho vagabundo. Melhor chance que essa, não teria! Imediatamente eu falei:

- Pode ficar lá em casa uns dias até se acertar, tem lugar, numa boa.

Ele parece que nem acreditou.

- Sério, não é problema para você? A gente mal se conhece!

- Tranquilo, não esquenta, pode vir que tá de boa!

Levei ele para casa e ofereci a ele o quarto que tinha sido da minha filha para ele ficar por uns dias. Ela e a mãe tinham me abandonado há uns anos, quando a mãe me pegou, no meio da tarde de uma terça-feira na nossa cama com uma dessas minhas garotas especiais. A menina usava uma das camisolinhas dela, e bem naquela hora estava me enrabando maravilhosamente. Minha esposa nem me deu papo. Bom, eu também nem teria como explicar. Ela pegou a nossa filha adolescente e caiu fora. Nem levaram nada. Fiquei com os armários cheios das roupas delas, o que ajudou muito depois nas minhas aventuras com as minhas meninas.

Mas esse episódio também teve um lado bom. Com a confusão toda da separação, e o escândalo todo que ela fez, eu acabei por assumir que sou assim mesmo. Parei de esconder, de ter medo dos outros saberem, descobrirem. Minha tara é por transexuais e pronto, quem não gosta que se dane. Passei a ter minhas namoradinhas especiais sem culpa e sem esconder de ninguém. Um “foda-se” geral que me fez muito bem.

Chegamos no meu apê já eram quase 2 da manhã. Meu garotinho já estava mamado demais para a gente fazer qualquer coisa. Estava a um gole do coma alcoólico, eu acho. Tomou um banho e capotou na cama, nem deu para eu avançar. Deitou só de cuecas, e eu fiquei ali olhando ele dormir, vendo aquele corpo gostosinho e imaginando ele com uma camisolinha, uma calcinha rendada... nossa, ia ficar uma delícia!

Fiquei um bom tempo olhando ele dormir e pensando como ia convencer a ser minha menininha. Eu sempre pegava as meninas já mais avançadas no processo, sabe? Travequinhos pegava por anúncio em site ou até na rua. Mas estas eram só para uma trepada, e não me satisfaziam por completo. Sabe como é, sexo pago falta aquele romance, aquele envolvimento. É uma transação comercial, prestação de serviço. Não vou dizer que seja ruim, já comi e fui comido por lindas bonecas. Mas tem sempre a grana no meio, e você sabe que no fundo aquela gata não está nem aí para sua cara, só quer acabar o serviço, receber sua grana e partir para a próxima. Já as CDzinhas eram bem mais interessantes. Encontrei algumas pela internet em salas de bate-papo. Mas o ruim é que você só vai ver o ‘material’ mesmo na hora, não é? Aí nem sempre é o que se espera. Mas tive uns namorinhos legais com algumas delas. Em geral acabavam quando eu queria mais, mas elas não queriam ou não conseguiam se libertar de sua vida masculina.

Fiquei pensando muito no assunto. Tinha perdido a oportunidade da bebedeira dele, no outro dia ele ia acordar já sóbrio. Tudo bem que eu tinha os dias todos que ele ia ficar na minha casa, mas e se ele encontrasse outro lugar logo? Talvez não tivesse tanto tempo assim para fazer todo o trabalho de sedução e convencimento. E até onde parecia o cara nem era viadinho, talvez nunca tivesse dado aquela bundinha encantadora. Ia ser uma trabalheira danada partir pelo caminho da sedução, com grande risco de não dar certo.

Decidi então fazer algo que nunca tinha feito antes. O garoto já estava na minha casa, eu só precisava fazer ele virar menina. Resolvi prender ele ali, forçar a situação. Quase um sequestro. Feminização forçada. Tem uns tantos que curtem, vai que esse também? Já tinha lido muito conto com esse teor. E se alguém escreve, é porque alguém viveu, não é mesmo?

Peguei toda a roupa dele e sumi com ela. Joguei fora mesmo. Lá fora, na lixeira do prédio, para nem dar chance de desistir, menos ainda dele encontrar. Assim ele só teria as roupas que eu desse a ele para vestir. E eu tinha todo o armário de roupas femininas da minha esposa e da filha, que eu tinha concentrado naquele quarto mesmo, para ele escolher. Fiz isso, tranquei todo o apartamento e fui dormir.

Acordei bem cedo no outro dia e fui preparar meu café. Ele chegou eu já estava no meio do café. Falou comigo todo envergonhado, só de cueca:

- Bom dia! Rapaz, não sei onde deixei minhas roupas.

Eu entrei de sola, pé na porta, direto no ponto, sem dourar a pílula. Feminização forçada não tem meio termo. Não tem 'forçada' no nome por acaso.

- Suas roupas? Você deixou no banheiro. Mas eu peguei elas de lá e joguei tudo fora.

- Como assim, jogou tudo fora? Não entendi!

- É o seguinte. Vou abrir o jogo de cara. Nada disso é o que você está pensando. Eu não te trouxe aqui só para passar uns dias. Eu te trouxe para algo muito diferente disso. Você vai ser a minha menina. Eu vou te transformar na minha mulher.

O garoto ficou doido. Estressou comigo:

- Como? O quê? Não estou entendendo nada e acho que não gostei da brincadeira. Que palhaçada é essa? Tá maluco? Tá me tirando?

Não podia deixar isso barato e nem entrar em debate para a estratégia funcionar. Me aproximei e sem dizer nada meti a mão na cara dele para valer. Mas com força, sabe? Tapão daqueles de deixar os 5 dedos em vermelho no rosto. Eu era bem maior e mais forte que ele. Ele percebeu a superioridade e nem tentou revidar. Só reclamou.

- Por que isso, cara? Não precisa de violência, não te fiz nada. Foi você que me ofereceu vir para cá. Mas tudo bem, já estou saindo! Devolve minha roupa e eu vou embora agora mesmo!

Dei mais um tapão, igualmente forte, agora no outro lado do rosto. Ele se desequilibrou e caiu. Falei, tratando ele no feminino de propósito:

- Daqui você não sai, minha querida. Você agora é minha, entendeu? Sua vida me pertence. E você vai ser a minha menininha. Eu vou te fazer mulher.

Ele esperneou mais um pouco, claro.

- Mas eu não sou mulher, cara, que história é essa? Você está louco? Eu não sou viado, não gosto de homem! Por que você não vai procurar uma mulher de verdade? Me deixa ir embora que essa loucura já passou da conta!

Eu fui dar mais um tapão, para ele parar de espernear. Mas ele correu lá para o lado da porta. Que eu tinha deixado trancada, claro. Mas vi que ele mostrou medo, então a estratégia tinha potencial. Depois ele ainda olhou pela janela! Imagina pular do 10º andar, hahahaha! Mas também tenho grades nas janelas desde que minha filha era criança.

Sem chance de sair, o garoto apelou:

- Olha que eu vou gritar, todo mundo vai ouvir! Me deixa sair!

Me deu vontade de rir, e eu sentei no sofá para mostrar que estava cagando e andando para os gritos. Falei, para tirar a esperança:

- Pode gritar, minha linda, nenhum vizinho vai aparecer aqui.

Claro que tem vizinho, mas eles não se metem comigo. O prédio todo soube da confusão com minha mulher. E depois disso cansaram de ver minhas meninas entrarem no apartamento. Sou uma espécie de pária, ninguém quer se meter comigo, menos ainda saber do que acontece dentro dessas quatro paredes. Eu acho até melhor assim.

O carinha gritou pra valer. "Socorro! Alguém me ajuda!" e tal e coisa. Várias vezes. Me encheu a paciência e eu resolvi dar mais uns tapas para “amaciar a carne” e encerrar o show. Mas quando cheguei perto ele se encolheu como um cachorrinho assustado, e me implorou:

- Chega, não me bate mais!

- Já cansou de apanhar? Não preciso mais bater? Ótimo. Tá pronta para começar sua nova vida?

Percebi pela postura corporal que ele não ia mais resistir. Sabe como é? O corpo perde aquela tensão do ataque ou defesa, relaxa. Mas ele ainda falou, choramingando, todo enrolado no cantinho da sala, perto da porta.

- Por favor, me deixa eu ir embora! Eu só quero ir embora!

Pensei em dar outro tapão, mas vendo ele ali tão indefeso me deu pena. E ele era tão bonitinho, eu não queria machucar. Se batesse muitas vezes talvez ficasse com marca, roxo, ia levar dias para sair. Mas, na real, me deu uma coisa por dentro, me deu um sentimento de proteger aquela criaturinha assustada, acarinhar. Ele estava todo enroladinho, protegendo o rosto com os braços, meio que esperando minha agressão. Mas eu me acheguei do lado dele, dei um abraço e um beijinho na bochecha. Fiz um tipo protetor. E falei baixinho, bem no ouvido:

- Minha linda, não quero fazer você sofrer, não chore não. Você vai ver que a vida como minha menina não vai ser ruim! Você vai gostar!

O garoto ainda esperneava, só que agora baixinho, quase choramingando.

- Eu não sou mulher, cara! Eu não gosto de homem! Para com isso! Vai procurar uma mulher de verdade! Você pode ter qualquer mulher que quiser, por que tá fazendo isso comigo?

Fiz mais carinho nele, no rosto. Limpei aquelas lágrimas dele com as costas do meu dedo.

- Minha fofinha, você vai ser uma menina linda, pode acreditar em mim. E vai gostar de satisfazer seu homem como poucas, eu lhe garanto...

Ele choramingou um pouco mais, quase inaudível de tão baixinho que falava.

- Para de me chamar de menina linda! Eu sou homem!

Peguei o rosto dele nas minhas mãos, carinhosamente, como se faz com uma menininha. Fiz ele olhar bem para mim. E falei com carinho:

- Não, minha linda, não é mesmo. Pode ter sido, mas não é mais. Você daqui para frente é minha mulher.

E resolvi na hora que tinha que dar logo um nome feminino para ele. Falei o que primeiro me veio à cabeça.

- Mas você está certa num ponto - precisa de um nome para eu lhe chamar. Será Laura. Daqui para frente você se chama Laura.

Com a voz bem firme ordenei:

- Vamos dar jeito nas suas roupas. Lá no seu quarto tem suas novas roupas femininas, vá se vestir.

Ele foi, sem nenhum drama. Senti que a situação já estava dominada! As principais resistências já tinham sido vencidas. Essa mistura de agressão com carinho logo depois tinha funcionado. Fiquei na sala, dando um tempo para ele ver o que tinha no armário, para ver como ele agia. Sabia que naquele quarto ele só encontraria lindas roupinhas de menina, que era o que eu queria que ele vestisse. Seja lá o que escolhesse, estaria ótimo. Problema só se não escolhesse nada!

Acho que esperei uns 15 minutos, por aí. Aí decidi dar mais um passo. Fui lá e cheguei já na ordem, colocando moral para ele saber quem manda:

- Laura, tire já essa cueca. Me dê aqui, agora!

Ele tirou imediatamente. O último traço masculino já era. Primeira base conquistada. Falei com um tom de ordem:

- Pode escolher a roupa que quiser aí do armário. Mas quero você bonita, hein? Não vá deixar seu homem irritado!

Saí do quarto novamente, a cada jogada precisava dar um tempo para ele assimilar o golpe. Voltei para a sala, fiz mais um café para mim e esperei lendo o jornal. Voltei lá depois de um tempo e vi que o garoto já estava de calcinha e sutiã. Simplesmente delicioso! Falei com ele, de volta ao perfil carinhoso:

- Você está demorando, minha linda, quer ajuda?

Ele se virou para mim, de calcinha e sutiã branquinhos, e eu vi que ele estava excitadinho de estar com aquela roupa! Segunda base conquistada! Daí para frente só poderia ficar melhor. Se ele tinha gostado de vestir um conjuntinho de calcinha e sutiã, ia gostar de todo o resto do pacote. Fiz mais um carinho no rostinho dele, como se faz numa menina, e falei, sinceramente:

- Eu sabia que você logo ia gostar, viu só? Acertei. Tá gostando de vestir essas roupinhas, né? E vou dizer, você está uma gracinha assim. Já imagino como vai ficar gostosa depois que pegar mais jeito de menina!

Vi que ele ficou com vergonha e o pauzinho broxou. Ele tinha um pauzinho pequeno pelo que deu para ver, mas isso não era problema para mim. Avancei mais um passo. Peguei um dos vestidos mais bonitos que tinha ali e dei para ele:

- Olha, como é seu primeiro dia como mulher, deixa que eu escolho a roupa para você. Coloque esse vestido aqui, é bonito e confortável. Acho que vai ficar bem no seu corpo. Experimente!

Era um vestido branco todo plissado, de um tecido muito macio. Combinava com o conjunto de calcinha e sutiã que ele tinha escolhido, também branco. Mas eu ainda abusei. Como vi que ele não ia mais resistir, e até parecia já estar começando a gostar, peguei duas próteses de seios de silicone que tinha comprado para uma das minhas CDzinhas usar, e dei para ele colocar.

- Minha linda, coloque essas próteses de seios dentro do seu sutiã para ficar mais feminina. Não precisa ficar triste que seus seios ainda são muito pequenos, eles ainda vão crescer. Mas até que isso aconteça, use esses para ficar bonita e mais feminina.

Ele já não oferecia qualquer resistência, e colocou as próteses no sutiã. Ficou tão gostosinho com peitinho, e de calcinha e sutiã! Que vontade eu estava de comer ele ali mesmo!

Ele se virou para o espelho para se ver, o que era bom sinal. Vi que ajeitou um dos peitinhos que tinha ficado um pouco mal colocado e depois os apalpou, sentiu os seios com as duas mãos! Terceira base conquistada! Comemorei:

- Isso, estou gostando! Se arrume bem feminina para seu homem!

Ele ficou todo vermelho, envergonhado. Cheguei junto, abracei por trás, passei a mão suavemente naquele corpinho todo, na lateral da coxa, na barriga. Apalpei os seios e dei um beijinho na bochecha, por trás. Percebi que ele deixou. Acho até que gostou! Não tinha tensão nenhuma no corpo dele, não oferecia resistência. Falei:

- Coloque seu vestido, minha Laurinha. Deixe que eu lhe ajudo a fechar.

Segurei o vestido para ele vestir. Ele entrou com cuidado. Eu subi o vestido pelo corpo dele e fechei o zíper por trás. Vi ele todo vestidinho pelo espelho e uau! Ficou bem como eu imaginei lá no bar! Uma delícia, muito gostosinho! Pode ser loucura minha, mas eu adoro garotos vestidinhos de mulher! E aquele garoto daria uma menina muito bonitinha mesmo!

Ele se virou para o espelho de novo, foi ver como tinha ficado de vestido. Ótimo sinal. Passou a mão pela própria roupa, e mexeu o corpo de um lado para outro para ver o movimento do tecido. Comemorei por dentro: quarta base conquistada! Já estava bem como eu queria, uma deliciosa menininha com pau!

Abracei ele por trás carinhosamente, dei mais um beijinho no pescoço, outro na bochecha, uma mordidinha no lóbulo... e foi só o que precisou! Ele se derreteu, se aninhou no meu abraço. E eu nem acreditei quando ouvi o garoto falar baixinho, todo suave:

- Me beija...

Ah, meu querido, não precisa pedir duas vezes! Era tudo que eu queria! Incrível que a estratégia da feminização forçada tenha dado resultado tão rápido! Eu achei que ia levar dias com o carinha acabrunhado num canto, pelado, resistindo! Mas a verdade é que meu olho clínico não falha, aquele garoto tinha todo potencial para ser uma linda mulher trans. Talvez ele mesmo não soubesse ainda, mas eu tinha certeza!

Beijei ele com muito gosto, com paixão e com carinho. Ele se entregou todo. Ah, que delícia! Ele me abraçou pelo pescoço, exatamente como faria uma menina. Segurou minha cabeça, enquanto eu o abraçava pela cintura. Beijamos de língua, demorado, gostoso. Eu peguei aquele corpo gostoso todo, dei uns apertões naquela bundinha bonitinha!

Só que terminado aquele beijo gostoso, não é que o gostosinho começa a chorar? Pensei comigo, “E agora, o que eu faço”? Falei para ele, tentando trazer de volta o bom momento:

- Laura, minha linda, que beijo gostoso!

Não deu muito certo. Ele se virou para o outro lado, de costas para mim. Não desisti. Abracei por trás, como antes. Ele pulou, sei lá por que, saiu correndo e foi para o banheiro. E eu achei que era hora de dar um tempo para ele, já tinha conquistado muito mais bases do que imaginava.

Fui para a sala, e resolvi deixar rolar, dar o tempo que fosse necessário. Ele ficou no banheiro muito tempo mesmo, não contei no relógio, mas demorou. Eu estava lendo meu jornal quando ele voltou, todo gostosinho naquele vestido plissadinho branco. Vi que não estava chorando, nem com o rosto vermelho ou inchado. Parecia bem. Lembrei que ele não tinha comido nem bebido absolutamente nada desde ontem no bar. Falei:

- Laura, faz um café para nós dois? Estou com fome, você não está?

Ele respondeu numa boa, ponto positivo.

- Faço. Você gosta forte? Quer com açúcar? Me ajuda, onde ficam as xícaras, as coisas todas?

- A cozinha é logo ali, xícaras e tal tem no armário de cima, mantimentos na estante, ali a geladeira... você acha tudo fácil. Aproveite para conhecer mais a sua nova casa.

Ele fez um café e ainda arrumou a mesa para nós. Sentou na minha frente, comeu e tomou café. Vez por outra me olhava, um olhar que não sei explicar. Não era raiva, não era nada ruim.

Já eram quase 9 horas da manhã. A diarista devia chegar a qualquer momento, e eu também tinha que ir para o trabalho. Tenho flexibilidade de horários pelo cargo que ocupo, mas ainda assim tenho que ir trabalhar. Falei para ele:

- Laura, daqui a pouco chega Marlene, a diarista. Eu vou sair para trabalhar, você vai ficar aqui com ela até eu voltar.

Acho que ele se assustou com a entrada de mais uma pessoa no jogo... ou achou que era uma boa hora para escapar da ratoeira que eu o coloquei. Pediu de novo para ir embora. E eu já estava crente que essa fase tinha sido superada. Cortei o embalo na hora. Vamos de volta para o perfil ‘forçada’ da feminização. Falei firme, para não deixar ponta de dúvida.

- De jeito nenhum, minha linda. Você daqui não sai, já falei, você agora é minha. Ainda mais depois daquele beijo gostoso! Pode parar com essa conversa.

- Mas cara, eu preciso trabalhar! Eu tenho uma vida, sabe?

- Laura, não me importa a vida que você tinha antes, não existe mais. Nada mais será como antes. Daqui uns dias você liga avisando que não vai mais, ou melhor, deixa como abandono de emprego. Você não vai precisar desse emprego. Você agora é minha menina e mulher minha não precisa trabalhar.

Nem sou tão machista assim, nunca me importei que minha mulher trabalhasse. Mas não podia deixar o cara achar que poderia sair dali, por qualquer pretexto. Não antes de completar o serviço e fazer dele a bela menininha que devia ser. E vai que o garoto sai direto para uma delegacia e me denuncia por sequestro?

Marlene chegou nessa mesma hora e o impasse acabou. Já trabalhava comigo há alguns anos e sabia dos meus relacionamentos, porque eu não escondia mais nada. Então não estranharia nada encontrar comigo um garoto vestido de menina. Não era nada que ela não tivesse visto antes naquele apartamento.

Apresentei: "Marlene, essa é Laura, minha nova namorada”.

Marlene reagiu como de costume, abriu um sorriso e cumprimentou “Bom dia, dona Laura”! Só essa atitude dela já merecia o valor da diária daquele dia. Acho que o sorriso de Marlene desmontou os medos e as barreiras do meu garoto.

Lembrei que Marlene já tinha trabalhado num salão de beleza, quem sabe podia me ajudar a avançar mais algumas bases. Eu tinha que garantir umas ‘cabeças de ponte’, entende? Provocar umas mudanças mais visíveis, mais duradouras que apenas a roupa. Fazer meu garotinho se sentir mais menina. Perguntei a ela:

- Marlene, você já trabalhou em um salão de beleza, não é? Sabe depilar e fazer unha?

- Sim, Seu Renato, na verdade ainda trabalho com isso, faço meus bicos. Carrego meu material na minha bolsa, então tenho tudo aqui. Tenho uma cliente agendada para essa tarde quando sair daqui.

Mas que beleza, é meu dia de sorte! Vou avançar fácil mais uma base!

- Por favor, Laura precisa de uma depilação total, e também manicure e pedicure. Você pode fazer?

- Posso, claro.

Aí ela virou para meu garoto e perguntou:

- Dona Laura, que cor a senhora quer de esmalte? Preciso ver se eu tenho aqui.

Marlene estava me saindo muito melhor que a encomenda! Ela mostrou alguns vidrinhos de esmalte de unhas para o garoto, que ficou atrapalhado e não escolheu nenhum. Aí ela mesma sugeriu um tom de rosa. Ótimo! Rosa nas unhas é excelente para novas menininhas se sentirem bem femininas!

Já estava na hora de eu sair. Deixei as duas trancadas lá. Eu voltaria antes da hora de Marlene ir embora, de qualquer jeito.

Trabalhei o dia todo nervoso, na maior expectativa. Eu sabia que estava num jogo de alto risco. O que estava fazendo com o garoto era uma espécie de sequestro, cárcere privado, talvez desse até prisão. Mas o jogo estava em curso e era tarde para voltar atrás. Além disso parecia estar funcionando. E eu também estava numa excitação danada. Aquela bundinha gostosa, emoldurada numa linda calcinha e coberta por um belo vestidinho tinha que ser minha!

Saí do trabalho o mais cedo que podia, pelas 4 da tarde. Estava doido para ver o resultado do trabalho de Marlene... como meu garotinho estaria... bom, acho que agora já devia chamar de garotinha, né? Já estaria depiladinha, toda lisinha, e com as unhas feitas e pintadinhas de rosa. E de calcinha, sutiã, vestidinho e sandalinha florida. Tudo que eu queria! Meu pau se alegrava só de imaginar!

Cheguei em casa e as duas estavam tomando café. Quando olhei para Laura, quase tive um susto, a realidade era muito melhor que a expectativa! Ela estava toda maquiada, com batom, sombra, delineador, as bochechas rosadinhas! E o cabelo também parecia diferente, tinha um toque feminino. Estava uma menininha de pau linda, bem como eu gostava!

Abri o maior sorriso, felizão mesmo, e joguei alto:

- Laura, você está linda! Que bom que aproveitou bem a ajuda de Dona Marlene! Vem cá me dar um beijo!

Ela veio!! E me deu um beijo para lá de gostoso, me borrou todo de batom! Que podia ser melhor que isso?

Agradeci Marlene, e combinei dela voltar na 5ª feira. Não quis negociar o preço dos serviços na frente da Laura, mas eu certamente eu pagaria muito bem a Marlene por tudo que ela fez para mim!

Laura levou Marlene à porta. Confesso que me deu medo que ela saísse junto, pois como eu ia pegar de volta? Mas não saiu. Deu um beijinho em Marlene de despedida como se fosse uma garotinha! Caramba! Só que por azar bem nessa hora parece que passou alguém no corredor do prédio, e isso abalou Laurinha. Fechou a porta toda transtornada.

Fui até ela e abracei com todo o carinho do mundo. Ela se aninhou em mim de novo. Parece que carinho era a chave para conquista-la! Ficamos abraçados um tempo, até que ela tomou a iniciativa e me beijou. Uau, que beijo gostoso! Espontâneo é dez vezes melhor, não é mesmo?

Puxei assunto sobre como foi o dia, tentando dar uma atmosfera de normalidade à coisa toda. Ela entrou no papo tranquilamente, começou a me contar tudo que tinha feito no dia! As coisas estavam andando muito melhor que o meu melhor sonho! Mas muito melhor mesmo!

Me contou da depilação e que Marlene tentou lhe ensinar um pouco de maquiagem. Opa, mais um motivo para aumentar o pagamento de Marlene... essa diarista tá me saindo muito melhor que o imaginado! Depois me falou que tinha aprendido a vestir a calcinha de jeito a esconder o pauzinho! Aí era demais, meu amigo! Eu já estava louco para comer aquela menina, fui para cima! Pedi para ver como tinha ficado a calcinha, mas ela fez um docinho. Adorei! Linda, tão feminina fazendo docinho para mostrar a calcinha! Peguei ela por trás e fui direto com a mão na virilha, ainda por cima do vestido! Senti que o pauzinho realmente estava viradinho para trás, bem escondidinho, as bolas dentro do corpo. Uma CDzinha perfeita, como eu gosto!

Ela pareceu ter gostado da minha ousadia. E gostado para valer. Me beijou com intensidade, com desejo. E quando eu percebi, ela estava com a mão no meu pau. Ah, meu amigo, meu pau já estava mais duro que as pernas da mesa! Ela acariciou meu pau por cima da roupa, enquanto a gente se beijava. Eu agarrei aquela bundinha deliciosa, que eu estava doido para comer desde o dia anterior, e nos beijamos loucamente!

Peguei ela no colo e fomos assim para o quarto. Não podia perder um minuto sequer, a oportunidade tão desejada estava na minha mão! Mas também tinha que ter cuidado, estava na cara que seria a primeira vez dela como menina. Eu tinha que ter cuidado, carinho, fazer sem pressa, evitar ao máximo que ela sentisse muita dor. Mas nisso tudo eu estava calejado. Aí o jogo era no meu campo. Sem chance de errar!

Comi ela com todo o carinho. Sem tirar o sutiã e nem o vestido, para não estragar a fantasia. Tem muita CDzinha que se você tira a roupa muda o astral, é como se só pudessem ser meninas se estiverem vestidas.

Comecei beijando aquele corpinho gostoso, começando pelo pescoço. Tirei as próteses do sutiã, beijei e chupei cada um dos peitinhos. Ela adorou! Gemia gostoso, me deixando mais excitado ainda. Entrei debaixo do vestidinho, e tirei a calcinha dela, liberando o pauzinho. O coitado devia estar doendo, durinho, preso para trás! Soltei e fui de boca nele. Chupei com gosto, com todo o jeito. Ela estava cada vez mais louca! Larguei o pauzinho dela antes dela gozar e a beijei na boca de novo, para ela já sentir gosto de pau. Ela me beijou numa boa, e retribuiu tudo que eu tinha feito. Me beijou no pescoço e lambeu minha orelha, o que eu adoro! Foi descendo pelo meu peito peludo até chegar no meu pau. Retirou minha cueca, e sorriu ao ver meu pau bem duro. Pegou com as duas mãos, e me olhando começou a lamber gostosamente! Ah, que safadinha! Nem acredito que ainda ontem era um homenzinho! Lambeu e chupou bem gostoso. Claro que se atrapalhou um pouco, não tinha prática... mas quem já recebeu um bom boquete sabe como se faz!

Eu resolvi que era hora de comer aquele cuzinho virgem. Coloquei ela de quatro na cama, e fiz um beijo grego. Lambi aquele cuzinho com jeito. Ela gemia como uma gatinha! Quem resiste a uma boa lambida no cu? Daí peguei o KY, e passei bastante no dedo. Passei o dedo pelas pregas, todo lambuzadinho de lubrificante. Fiquei fazendo círculos, cada vez mais perto... ela rebolava, sem dúvida que estava gostando! Coloquei o dedo indicador, entrou sem muita dificuldade... e ela gemeu gostoso. Tirei o dedo, coloquei dois. Daí parti para o pau mesmo, eu já estava doido mesmo para meter. Devagar, fui pressionando a cabeça naquele cuzinho gostoso. Toda vez que ela reclamava um pouco de dor, eu tirava. Ficamos nessas idas e vindas um bom tempo, cada vez metendo um pouquinho mais. Dava para ver que ela estava gostando e queria mais! Meti a cabeça, entrou. Ela deu uma contraída e deu um gritinho de dor. Eu falei:

- Relaxa... só fica paradinha, até o cuzinho acostumar... não vou mexer nada...

Ela ficou um tempinho acostumando o rabinho à minha pica, e quando vi ela já estava mexendo a bundinha de novo... ah, que delícia! Fui metendo mais, pouco a pouco, até que meti tudo. Quando ela sentiu encostar a bunda em mim segurou meus quadris e puxou para si! Ela estava gostando, realmente estava gostando! E eu mais ainda! Que rabinho sensacional, virgenzinho, todo firmezinho, apertado! E guloso!

Trocamos de posição, comi ela de ladinho e no frango assado. Ela pareceu não gostar dessa última, reclamou mais de dor. Eu pensei que já tinha avançado bastante para a primeira vez, e resolvi que era melhor gozar na boquinha em vez do cuzinho. Queria que ela tivesse uma lembrança só positiva da transa!

Tirei o pau do rabinho gostoso dela, e pedi para ela me chupar. Tirei a camisinha e ela foi novamente de boca. Eu já estava excitado demais, nem demorei. Não conseguia mais me controlar e falei "ai, não dá mais, eu vou gozar!" Ela mergulhou mais ainda, e eu explodi naquela boquinha. Pensei comigo “cacete, agora estraguei tudo!”, mas nada, ela aceitou numa boa! E ainda engoliu!! Por essa eu não esperava mesmo!

Me senti na obrigação de fazer o mesmo. Beijei ela de novo, de cima abaixo, e chupei aquele pauzinho até ela também gozar na minha boca. E engoli a porra dela, embora eu não goste muito de fazer isso. Mas tinha que retribuir!

Para a primeira, foi uma trepada sensacional, gostosa demais! Depois que ela gozou estávamos os dois esgotados! Deixei ela ir tomar um banho, e enquanto ela fazia isso, eu escolhi uma linda camisolinha branca, que combinava com a calcinha que ela tinha usado durante o dia. Ela saiu do banho, e eu levei a ela as roupinhas. Vestiu sem reclamar de nada! E ficou tão bonitinha de camisolinha e calcinha! Se eu tivesse meus 20 anos comia ela de novo!

Coloquei ela para dormir lá no outro quarto, o que foi da minha filha. Gosto de dormir sozinho. Eu ronco, me mexo muito, acordo várias vezes. Não sou boa companhia para o sono. E a parte que é boa de fazer na cama a dois já tínhamos feito, né?

Fui dormir pensando que sortudo eu fui. Joguei algo, apostei tudo, e ganhei o jackpot! A coisa toda estava saindo muito melhor que o melhor dos meus sonhos!

Capítulo 4 – Laura e Tati

Acordei cedo. O sol recém-nascido batia nas cortinas rosadas do meu quarto. Percebi com alivio que estava sozinho na cama e no quarto. Pensei comigo, "será que foi tudo um sonho estranho?"

Não precisei muito para descobrir que não tinha sido sonho. Foi só levantar as cobertas e ver que eu tinha passado a noite de camisola e calcinha. Uma camisola branca, toda rendada, soltinha sobre o corpo. Tipo baby-doll. Curtinha, deixava ver a calcinha. A mesma calcinha do dia anterior. Uma roupa bonita e confortável para dormir.

Fiquei pensando o que fazer. Será que devia fugir antes dele acordar? Fui até a porta do apartamento ainda de camisola e calcinha. Estava trancada, claro. Nenhuma chave à vista. Esperança boba a minha. E também, como ia fugir vestido desse jeito?

Voltei para ir ao banheiro. Sentei no vaso para fazer xixi. Baixei a calcinha e percebi que tinha um pouco de sangue no fundo dela. Me senti muito mal, envergonhado, arrependido. Lembrei de tudo que fiz... "Ai, ai, ai..."

Não tinha mais como voltar atrás. Depois daquele beijo eu tinha dado a minha bundinha de todas as formas e posições imagináveis para aquele homem. Eu tinha chupado o pau dele até ele gozar na minha boca. Eu tinha até engolido a porra dele por vontade própria! E eu não podia mais esquecer como tinha gostado. Como era gostosa a sensação de ter aquele pau enorme dentro de mim. Mas a verdade é que agora estava muito arrependido de tudo isso. Eu nunca tinha tido nenhuma experiência homossexual antes, e subitamente tinha vivido uma noite selvagem como menina de um homem mais velho.

Resolvi tomar banho. Sempre gostei de começar o dia com um banho revigorante. Tirei a calcinha e a camisola e me olhei no espelho... O corpo era de homem, mas estava diferente. Estava todo lisinho da depilação de ontem, sem um pelo no corpo. Olhei meu rosto e vi as sobrancelhas desenhadas, fininhas, que davam um toque diferente no rosto, um toque sutilmente feminino. O cabelo, embora todo despenteado, também estava diferente com o repicado que Marlene tinha feito. Olhei minhas unhas pintadas de rosa, pés e mãos. Eu estava cheio de marcas da Laura. No corpo, e também na alma.

Debaixo do chuveiro lembrei de novo da noite anterior. E que noite foi aquela! "Por deus, como eu fiz tudo aquilo?", eu me perguntava. "Que loucura foi essa? O que está acontecendo comigo? Como eu vou sair dessa?"

Saí do banho e fui me vestir. E aí, confuso ou não, arrependido ou feliz, não tinha alternativa. Só tinha roupas de mulher para usar. Então aproveitei que estava sem pressa e que ele ainda estava dormindo para explorar melhor o armário. Se eu tinha que usar roupas de menina, que fossem bem bonitas. Achei um conjuntinho de calcinha e sutiã que me pareceu irresistível. Abri as roupas sobre a cama e não resisti. Eu simplesmente tinha que vestir aquele conjuntinho! Tinha que sentir como era usar aquela roupa linda e me ver com ela. A calcinha era uma tanguinha de lycra toda florida e com rendas nas laterais. O sutiã, um modelo com aro e bojo, do mesmo tecido. Escondi meu pauzinho como dona Marlene me ensinou, e vesti a calcinha por cima. Coloquei o sutiã e os peitinhos para encher os bojos. Nossa, era tudo tão lindo, lindo, lindo! A calcinha era baixinha, pequena, feminina ao máximo. Eu me senti a Laura mais uma vez. E qualquer arrependimento da noite passada sumiu como por encanto ao vestir aquela calcinha e aquele sutiã.

"O que eu visto por cima?", pensei? Tinha um monte de opções no armário. Achei um macaquinho que combinava, era todo florido, levinho, com rendinha no decote do busto e na barra das pernas. Vesti, serviu. Gostei. O macaquinho parecia um vestidinho muito curto - salientava as pernas depiladas, empinava a bundinha e mostrava a frente lisinha. Olhei no espelho e gostei. Achei que estava bonitinha. Gostosa, quem sabe. Será que ele ia gostar? “Nossa, que coisa maluca, eu estou aqui pensando se um homem vai gostar de mim! Quem te viu e quem te vê, hein Laurinha?” Até eu já me chamava de Laura. Não me reconhecia mais!

Passei um batonzinho leve. Rosa pálido. Tinha tantos na penteadeira! Provei vários perfumes até encontrar um que me pareceu feminino e refrescante. Kenzo Flowers. Mas não me senti capaz de ir adiante na maquiagem. "Dona Marlene vai precisar me dar mais aulas", pensei.

Preparei café para nós dois. Ele levantou pelas 7:30. Me encontrou na cozinha. Me abraçou por trás como das outras vezes e falou:

- Como minha lindinha passou a noite? Estou vendo que já descobriu outras belas roupas no armário! Você tem bom gosto, Laura! Está bonita!

Fiquei lisonjeada. Esse jeito carinhoso dele me tratar tinha um efeito louco em mim, despertava uma vontade irresistível de ser fêmea. Me derreti no abraço dele como uma gatinha. Virei e dei um beijinho nos lábios dele.

- Bom dia, meu gostoso! Fiz café para nós, você quer? Dormiu bem?

- Maravilhosamente, como há muito tempo. Você me arrasou, tirou tudo de mim! Você estava muito gostosa ontem, Laura!

- Ai... Não acredito que vou dizer isso... Mas eu adorei também! Você me fez gozar como nunca antes! Eu não sabia que era tão gostoso! Eu dormi como uma pedra, satisfeita como nunca!

- Eu falei que você ia gostar de ser minha menina, não falei?

- Só me preocupei um pouquinho agora pela manhã, pois tinha um pouco de sangue na minha calcinha.

- É mesmo?

Ele me olhou preocupado.

- Está doendo? Eu te machuquei? Na próxima vez vou ser mais cuidadoso, fazer mais devagar. Mas é que você estava tão gulosa...

- Não preocupa, já não dói nada. Tô boa.

- Faz o seguinte, coloca um absorvente para não sujar a calcinha, que acha?

Pareceu boa ideia. Voltei ao banheiro e coloquei o absorvente na calcinha. Prendi meu pauzinho para trás de novo. Para minha surpresa a sensação do absorvente na calcinha era gostosa, de algum modo lembrava um pau sempre roçando na minha bundinha. Gostei.

Tomamos café juntos. Ao final, ele falou:

- Laura, combinei com a Tati para ela vir aqui te ensinar algumas coisas. Ela já deve estar chegando. Vai passar o dia todo com você.

- Tati? Quem é Tati?

Voltei a sentir vergonha, era mais uma pessoa que ia me ver daquele jeito.

- Ai, não sei se eu quero! Pode cancelar? Me deixa sozinha! Eu não quero que ninguém me veja assim!

- Assim como, minha linda? Essa é sua nova vida, essa é você daqui para frente, você tem que se acostumar! Mas não se preocupe. Tati é uma transex, ela vai entender você como ninguém mais. Ela tem um canal de dicas de maquiagem no Youtube, e eu contratei ela para lhe ensinar maquiagem e todas as outras coisas que uma menina como você precisa saber.

Sentimentos confusos. Vergonha, medo. Mas ao mesmo tempo eu queria aprender a me maquiar. As dicas de dona Marlene não tinham sido suficientes para eu ter confiança de fazer minha maquiagem sozinha.

Ele esperou Tati chegar para ir trabalhar e nos deixou trancadas em casa.

Tati era um amor. Muito extrovertida, divertida, falante! Não parava quieta um minuto sequer. Ela veio de calça jeans colada no corpo e blusinha florida soltinha. A alça do sutiã vermelho aparecia em um dos ombros. Parecia muito menina. E agia normalmente como menina. Gostei demais dela!

- Laurinha, meu amor, vamos lá? Começamos pela maquiagem, está legal?

Ficamos acho que horas na maquiagem. Fizemos e refizemos minha maquiagem umas tantas vezes, maquiagem para o dia, maquiagem para a noite. Truques para disfarçar os traços masculinos. Comecei a sacar um pouco mais, mas mesmo depois de todo treino ainda era muito desajeitada para aplicar os produtos. Me faltava delicadeza nos movimentos. Para passar o delineador era uma dificuldade, desenhar os lábios com lápis também. Mas ela me garantiu que era questão de prática. Com o tempo, fazendo todo dia, ia pegar o jeito.

Depois me deu uma aula de moda. Que roupa combina com qual, roupas para o dia e para a noite, como utilizar as roupas para salientar as curvas que se quer, como usar elas para disfarçar o que não se quer, as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de sutiã. Me apresentou uma roupa que eu ainda não conhecia, e que era uma benção para “mulheres especiais”, como ela nos chamava – o body modelador. Tinha uns 3 ou 4 na gaveta, e realmente eram maravilhosos. Afinavam a cintura, salientavam o busto e prendiam o pauzinho firme para trás como nenhuma calcinha conseguia. E ainda eram lindos, cheios de detalhes e rendas. Adorei!

Outra aula foi usar sapatos e sandálias de salto. Nossa, como eu era desajeitada! Até o salto 3 eu conseguia andar bem, mas quando colocava os saltos verdadeiramente altos quase caía a cada passo. Andei muito de um lado para outro para acostumar. E ela de olho, orientando:

- Laurinha, pise com a ponta do pé!

- Laurinha, pise com mais suavidade, assim vai quebrar o salto! Um pé na frente do outro, entende?

- Mexa mais essa bunda, garota, você está com o corpo muito duro! Rebola, menina, rebola!

Ela era muito engraçada, fazia tudo ficar divertido.

Uma hora Tati me perguntou:

- Laurinha, meu amor, como você chegou a esse ponto da vida sem saber essas coisas todas?

Eu resolvi me abrir com ela. Contei tudo. Contei que há apenas dois dias era um homem comum como qualquer outro, e nunca tinha sequer vestido uma calcinha. Contei como tinha vindo parar ali. Contei até que estava presa. Mas também contei como me derretia cada vez que ele me abraçava, como eram deliciosos os beijos, como foi maravilhosa nossa transa, e como estava gostando de vestir daquele jeito e de me sentir mulher.

- Menina, que loucura!! Nossa, estou passada, nem sei o que dizer! Se você não me contasse eu nunca imaginaria! Você aí tão linda, curtindo fazer maquiagem, experimentar roupinhas! E há apenas dois dias você era um bofezinho feio? Uau! Sério??

- Sério. Mas você acha mesmo que eu estou linda?

- Olha, está melhor que muitas que já vi. Claro, tem muito que melhorar, mas você tem um potencial enorme! Se você está gostando como parece, vai fundo!

- Ai, Tati, não sei, são tantas dúvidas... estou muito dividida. É tudo muito novo, eu tenho vergonha de me verem vestida assim, não sei como agir. No início disso eu só queria fugir, mas agora já aconteceu tanta coisa em tão pouco tempo... eu já nem sei. Quando estou com ele é como estar no céu, eu me desfaço naqueles beijos. Mas como vai ser minha vida?

- Meu amor, olha só: você já tem o que muita mulher de verdade sonha ter – um homem que te deseja e te faz sentir amada! Um homem que te vira do avesso na cama e te faz dormir satisfeita! Tá achando que isso é pouco? Muitas dariam tudo para ter isso!

Era um bom argumento. E eu pensei também, eu não tinha nada fora dali. Não tinha casa, não tinha namorada. Meu emprego não era nada que fizesse tanta diferença assim. Bom, eu também não tinha escolha, estava presa.

Depois de conhecer melhor a história Tati resolveu me dar dicas mais “quentes”. Como fazer a higiene para o sexo anal. Como enlouquecer um homem com um boquete. Como aliviar a dor da penetração com gel e cremes estimuladores. As melhores posições para dar e ter prazer. Nunca tinha visto alguém falar dessas coisas com tanta naturalidade. Me deixou confortável para fazer muitas perguntas, o que foi ótimo.

O dia passou rápido e divertido. Pelas 4 horas ele chegou do trabalho e Tati foi embora. Nos despedimos com beijinhos uma na outra, e ela me deu seu telefone para eu ligar se precisasse tirar dúvidas, outras dicas, ou simplesmente conversar. Gostei. Senti que com ela eu podia me abrir sobre qualquer coisa. Seria muito bom ter uma amiga nessa nova vida.

Estava ansiosa para contar para ele tudo que tinha acontecido no dia. Tudo que Tati me ensinou. Ele me ouvia, rindo, satisfeito. Falou:

- Minha linda Laurinha, nem nos meus sonhos eu imaginava que você ia se adaptar tão rápido! Isso é tão bom! Fico imensamente feliz de ver você assim!

A noite prometia! Depois de um dia tão gostoso, tão feminino, eu ardia por dentro de desejo por meu homem. E já estava louca para colocar algumas das novas dicas da Tati em prática!

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Queridos, para quem gostou, informo que esse conto está publicado por completo no livro "De repente, Laura", disponível na Amazon.com.br

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