Um maluco em .minha vida. 09

Um conto erótico de Camilo
Categoria: Homossexual
Contém 1904 palavras
Data: 13/11/2016 23:22:09

Continuando...

Me levantei e sai do quarto decidido,Henrique me causava arrepios e além do mais,era folgado.Fui até o quarto da minha irmã e entrei sem bater.

-Isso é jeito de entrar no quarto dos outros?-Ela perguntou parando de pentear os cabelos ao me ver entrar.

-O Henrique se socou lá no meu quarto e não quer sair.-respondi irritado.

-Eu sei,fui eu quem dei a idéia.-Ela disse tranquila.

-Como é Alana?-perguntei sentindo vontade de esganar ela.

-O Juninho é muito afetado Felipe e praticamente trouxe a casa na mala...Eu percebi que o Henrique não tava se sentindo a vontade e disse que quisesse poderia ficar no seu.-Ela explicou como se estivesse falando com uma criança de cinco anos.

-Você tem seu próprio quarto,porque não chamou ele pra cá?-Perguntei a encarando.

-Porque...-Ela respondeu se virando pra o espelho.

-Macho nenhum entra aqui.-outra voz interrompeu.

Me virei rapidamente e vi o Julio,namorado da minha irmã na porta do banheiro.Eu devia ter imaginado que ele estava ali,praticamente morava com a gente mesmo.

-Ótimo,então vou dormir aqui.-Disse dando de ombros pra eles.

-De jeito nenhum seu pirralho...Amanhã a gente tem faculdade,e eu preciso descansar.-Júlio disse me olhando sério.

-Vai pra sua casa então,seu vagabundo.-Disse sem pensar.

-Felipe a mãe não vai gostar de saber,que você tratou o Julio dessa forma.-Alana disse irritada.

Quando eu ia dar uma resposta a ela,alguém bateu na porta e eu abri,era o Henrique.Julio então se aproximou e escancarou a porta,fazendo cara feia pra mim.

-Vocês dois vão resolver seus problemas...lá fora...Agora.-Ele disse apontando pra o corredor.

Dei língua pra ele e sai,passando pelo Henrique sem olhar pra cara dele,em seguida entrei no meu quarto e em um ato repentino passei a chave e tranquei ele do lado de fora.

Me acomodei na cama,me sentindo satisfeito e não demorou muito,peguei no sono.Acordei sentindo a boca seca e peguei meu celular que estava na mesinha ao lado,era duas da manhã.Me sentei na cama e percebi que tudo estava em silêncio,o que era no mínimo estranho,pois se a minha mãe viu o Henrique do lado de fora,certamente teria vindo brigar comigo.Então me levantei e abri a porta,quando passei dei de cara com o Henrique que estava sentado ao lado da porta fumando.

-Até que enfim abriu essa porta,já tava com medo do meu corpo nunca mais ser capaz de se mexer.-Ele disse enquanto se levantava.

-Você ficou esse tempo todinho,aí?-perguntei chocado.

-E queria que eu ficasse aonde?No telhado?-Ele respondeu sério.

-Porque você não foi dormir com seu irmão?-Perguntei começando a me sentir mal por ele.

-Porque ele já estava dormindo.-Ele respondeu como se fosse óbvio.

Não sabia o que falar,Henrique então aproveitou e me dando mais um olhar,passou por mim,entrando no quarto.Fui até a cozinha,tomei água e voltei,encontrando ele na cama.

-Pode se levantar daí!...Eu preciso dormir.-Disse enquanto fechava a porta do quarto.

-De jeito nenhum,pode dormir no chão.Esse e o seu pagamento,por ter me feito,ficar sentado lá fora por tanto tempo.-Ele disse sem se mexer.

Pensei em discutir com ele,mas senti o sono voltar a tomar conta de mim,então fui até o guarda roupa e peguei um edredom que havia lá e fiz uma cama no chão,ele me atirou um travesseiro e quando cai já estava dormindo.

Acordei na manhã seguinte com um forte barulho,quando consegui abrir os olhos,vi meu despertador no chão,do outro lado da cama.

-Henrique!-Disse com toda a firmeza que consegui juntar.

-Põe na conta.-Ele disse com voz sonolenta.

Me sentei e me espreguicei,meu corpo estralou todo,então me levantei.Sai do quarto e fechei a porta com cuidado.Caminhei até a cozinha e ao chegar lá,encontrei minha mãe sentada,tomando uma xícara de café.

-Mãe?-Chamei da porta.

-Oi querido!...Cadê meu cheiro?-Ela perguntou com um sorriso.

Me aproximei devagar e a abracei pelas costas,ela me deu vários beijos no braço e então me sentei ao lado dela.

-Você não dormiu em casa?-Perguntei ao notar que ela já estava vestida.

-Não!...eu fui ao hospital,ver como sua tia estava,e acabei ficando por lá.-Ela respondeu sem animo.

-Minha tia?-perguntei surpreso.

-Minha irmã mais velha,sua Tia Lu.-Ela respondeu segurando a minha mão.

Eu fiz um esforço pra me lembrar dela,mas a única palavra que vinha na minha mente era tragédia.

-Ela estava muito doente meu filho,e essa semana,os médicos confirmaram que a sua tia tem câncer.-Ela continuou a falar enquanto apertava minha mão com força.

-E como ela veio parar aqui?-perguntei confuso.

-Há dois dias ela me ligou,e me disse que estava vindo pra perto de mim,que seria bom para os meninos não acompanharem a doença dela sozinhos.-Minha mãe respondeu com os olhos cheios d'agua.

-Os meninos?O Juninho e o Henrique são filhos dela?-perguntei surpreso.

-São querido,e é por isso que quero que seja bonzinho com eles.A doença da mãe tá mexendo muito com os dois,e eles precisam de todo apoio,que puderem ter.-Ela respondeu deixando que uma lágrima escorresse.

-Vai ficar tudo bem mãe.-Eu disse enquanto colocava a outra mão sobre a dela e apertava.

-Nos vamos passar por mais essa, juntos,como sempre...Afinal não é a primeira tragédia,nem doença que a gente enfrenta.-Minha mãe disse agora entre lágrimas.

-O Henrique e o Juninho perdeu o pai,do mesmo jeito que eu e a Alana.-disse baixinho sentindo um aperto no peito,após conseguir lembrar da Tia Lu.

-Não querido,seu pai teve escolha...O dele,não teve tempo nem pra pensar o que estava acontecendo.-Minha mãe disse enquanto alisa meu cabelo com a outra mão.

-A chacina de Campo Belo.-Eu disse sentindo arrepios.

-Você lembra não é?...Há dez anos atras,numa noite o pai do Henrique,o levou pra o aniversário da prima,na fazenda da família,bem longe da nossa cidade.O irmão mais velho dele chegou e atirou em todos que estava lá reunidos,só se salvaram o tio mais novo do Henrique,ele e uma prima.-Minha mãe contou enquanto mais lágrimas escorriam.

Eu segurei a mão dela com mais força,a morte do meu pai e aquelas mortes nunca eram faladas entre a gente,pois era um assunto doloroso ainda.Passou um longo,tempo até que ele se acalmasse e ficamos encarando um ao outro.

-Eu tenho que ir pra escola.-Disse acariciando a mão dela.

-Não querido,a sua irmã e o Julio foram pra faculdade,e eu quero que faça companhia aos meninos.A sua tia passou uma noite em observação e hoje vão fazer uns exames,e eu quero estar ao lado dela.Você pode fazer isso?-Ela perguntou com carinho,enquanto enxugava o rosto com uma das mãos.

-Posso mãe,pela senhora eu faço tudo.-respondi baixinho.

-Obrigada.-Ela disse enquanto se levantava e me dava um beijo na testa.

Com um sorriso triste,ela passou por mim e saiu.Eu fiquei ali pensativo e percebi que tinha sido muito duro com o Henrique,tinha feito uma tempestade por um quarto,enquanto ele deveria estar pensando na mãe que tava doente.

Decidi que quando eles acordassem,levaria os dois pra passear e se distrair.E que tentaria discutir menos com os dois,por mais que eu os achasse esquisitos.

Voltei ao quarto e peguei algumas coisas,em seguida fui ao banheiro que ficava ao lado e tomei um longo banho.Depois voltei a cozinha e fiz um super café improvisado,quando estava terminando de comer,o Juninho apareceu e me comprimentou com uma alegria explosiva.

Ele se sentou e passou a comer junto comigo,enquanto contava várias histórias da cidade de onde veio.Depois de meia hora,eu já estava gargalhando desesperado.E então percebi que apesar da aparência de ultrapassada do Justin Bieber,ele era bem legal e divertido.

-Bem,agora vou procurar um banheiro,estou me sentindo espetacularmente feio.-Ele disse enquanto mexia na franja.

-Eu arrumo a cozinha sozinho.-disse dando um sorriso pra ele.

-Claro né amado?Você acha que manicure é barata?-Ele perguntou tentando parecer sério.

-Sei là,nunca fiz as unhas.-respondi

-Ui,adoro homem rústico.-Ele disse dando uma gargalhada e saindo logo em seguida.

Não sei quanto tempo demorei,mas quando terminei,a cozinha estava super limpa e então fui pra sala e liguei o videogame.Joguei várias partidas,até que ouvi batidas na porta.Me levantei e ao abrir era o Matheus.

Ele entrou e se sentou ao meu lado no sofá,passando a jogar comigo,enquanto falava sobre a escola,sobre a novidades da rua e por fim da Paty.

-Então o namoro de vocês e sério mesmo?-perguntei me sentindo um pouco incomodado.

-Sim,você tem que conhecer ela melhor.-Ele disse com um sorriso.

-Claro,a gente marca de sair qualquer dia.-Falei automaticamente.

Entendi a mão para pegar o celular em cima do centro e Matheus estendeu para pegar o console que ele tinha largado por uns minutos.E então nossas mãos se esbarraram e algo estranho aconteceu,era como se uma corrente eletrica corresse dos dedos deles para os meus.Levantei meu olhar das nossas mãos para seu rosto e meu olhos encontraram os dele,como se a gente tivesse hipnotizado.

Matheus então se aproximou mais e meu coração bateu mais forte,como se adivinhasse que algo ia acontecer.Mas naquele momento um forte barulho interrompeu e nos afastamos,um pouco constrangidos.

Henrique surgiu e nos olhou rapidamente,mas logo entrou na cozinha.Matheus sorriu nervoso e não olhou mais pra mim,apertando uma mão na outra.

-Meu primo...ele...chegou ontem,sabe?-perguntei tentando quebrar aquele clima que tinha se formado.

-Ah,legal...olha eu tenho que ir pra casa,depois a gente se vê.-Matheus falou enquanto se levantava.

Ele caminhou em direção a porta e saiu,mas não me lançou nenhum olhar.Eu tentava entender o que tinha acontecido,mas minha cabeça só encontrava labirintos.Cansado,me levantei e fui até a cozinha,mas o Henrique me dispensou e então voltei a sala e me joguei no sofá,tentando controlar o bobo alegre do meu coração,que estava parecendo uma escola de samba que por qualquer coisa tocava.

Continua...

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Olá pessoal!

Boa noite,tudo ótimo com vocês?

ivo/Bh você tem um bebê especial,e eu imagino que ele seja uma bênção na sua vida.O pedido que me fez,eu lhe respondo que nunca tive a intenção de que nenhum morresse,e mantenho isso,eles vão ficar bem vivos.E aqui esta o capitulo 9,e espero que goste.

Magus acho que este ficou um pouquinho maior kkkkk

Marcos Costa a resposta a sua pergunta está nesse capítulo.

Ru/Ruanito que revolta é essa meu rapaz?

A todos que comentaram,muito obrigado e deixo uma pergunta aqui.O que estão achando do conto?E do trio;Felipe,Matheus e o D?

Obrigado a todos que leram,obrigado pelas notas,e até amanhã pessoal,capítulo 10 trazendo algumas emoções.

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Comentários

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ISSO NÃO É DESCULPA PARA ESSE PRIMO SE SENTIR O DONO DA CASA. SINTO MUITO. CAMA É UMA COISA QUE O DONO DA CASA JAMAIS DEVE DEIXAR VISITANTE NENHUM DORMIR.

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Nossa o Matheus tem q saber da vagaba da Paty. Mas não pelo Felipe e sim ao vivo. Como o D é só uma babaca fazendo uma pesquisa, ele pode sumir da vida do Felipe, tomara que ele fique com o Matheus e o Henrique não tente atrapalhar nada, porque esses personagens que aparecem do nada nunca trazem coisas boas. Amo seus conto leio sempre só não tinha conta por isso não comentava. Espero que não demore muito a postar a continuação.

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poxa valew ae por aumentar kkk tomara que o D volte po Felipe logo kkkk

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Quem me dera Camilo, bem que eu queria que meu bebé hidrocéfalo fosse uma benção na minha vida, adorei o capitulo 9,e já estou aguardando os próximos tá? Que delicia esse capitulo "um cheiro'' me lembrei do nordeste que tenho tanta estima!!!

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O conto ta muito bom, pena agente não ser reconhecido... A história da tia e do tio é bem trsite mesmo, e vendo o capítulo de hoje, o Matheus reprime um sentimento pelo amigo, mas acho que o D é o problema que interfere dos dois ficarem juntos, mas o Matheus tá sendo burro de não aceitar que gosta do amigo..

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