Eu estava vermelha de vergonha, e ela com um sorriso lindo esperava minha resposta.
- Claro que eu aceito – E me aproveitei pra me esconder nos seus braços, por momentos esqueci que não estávamos sozinhas.
Fomos embora pra casa, assim que ela me deixou naquela casa, minha nuvem de infelicidade voltou. “Preciso sair daqui” , pensava comigo mesma.
Os dias se passaram e Júlia ia me ver todos os dias. Ela era a alegria do meu dia, já que estava esgotada com trabalho e Davi, e por acaso nossa relação estava ainda mais estreita devido ao meu namoro. Eu não queria contar nada sobre Julia a ele, e ele notou que esse tipo de amizade não existia mais entre nós.
Davi era manipulador, e sabia que eu estava por um fio naquela casa.
Toda vez ele chegava mal humorado do trabalho, gritava que a casa estava suja e todos, menos ele, deviam limpar. As contas de la eram altíssimas, e ele se aproveitava do dinheiro que dávamos, e no fim ele gastava toda a grana de contas que dávamos, e depois metia a boca na gente.
Todos nós sabíamos o quanto errado aquilo era, mas era só chegar em pauta o assunto pra ele conseguir manipular todo contra todo mundo.
Era mês 6 ainda, e eu já não aguentava mais.
Julia começou a ficar por dentro das coisas de casa, já que agora a frequentava .
Era semana dos namorados e me surpreendi ao reparar que estava ansiosa.
Na sexta, Júlia foi em casa. Tínhamos planejado de sair, mas como o Davi iria sair, resolvemos ficar.
Ela estava toda agitadinha, teriamos a casa sozinha por um tempo.
Eu prometi dar a ela um presente do qual ela esperava com vigor. Tomei meu banho e coloquei minha lingerie-camisola azul, e entrei no quarto. Ela me esperava sentada na cama, quando me viu, ficou estática, me olhou da cabeça aos pés e abriu um sorriso safado
- Uau, você tá muito gostosa
Eu já tava um pimentão, querendo pegar uma toalha e me cobrir, mas ela veio ao meu encontro e me beijou.
Puxou minha nuca, apertou minha bunda, e baixinho no meu ouvido disse
- Você ta muito gostosa
Me escondi nos seus cabelos
- Pareee, ta me deixando sem graça!
Ela riu, e mudou sua feição.
- Também tenho surpresa.
Ela então tirou do bolso um porta joia vermelho sangue, e eu gelei.
Ela gargalhou e disse
- Não é o que você está pensando
- Eu não tô pensando nada!
- Vai Nina, abre
Quando eu abri, vi um pingente de quartzo rosa. A pedra do Amor. Hmmm
- Dizem que a pedra do Amor
- Pois é verdade.
O silêncio se instalou.
- Nicolina, eu estou completamente apaixonadada por você, e isso é pra usar e lembrar do nosso amor.
Quando ela disse “Nosso amor”, eu perdi a linha e a beijei.
Estavamos na nossa bolha, como sempre.
- Eu trouxe outra coisa também - E tirou uma pequena bolsinha da mochila, me mostrou um dispositivo prateado, um vibrador.
Tentei não pensar no fato de que possivelmente aquela bolsinha já ter frequentado outros quartos e aquele vibrador outros paraísos , mas não consegui. Ainda mais com a antiga fama dela.
Eu tentei, não consegui, amarrei a cara um pouquinho.
Ela lendo meus pensamentos
- Para que você saiba, essa bolsinha é pra uso particular meu... E agora seu. Topa?
Era melhor eu deixar isso mais pra frente, pensei. E então a beijei
Ela me jogou na cama e beijou meu corpo todo
- Você ta linda com isso – e puxou com sofreguidão a barra de renda da camisola – Mas fica melhor sem.
Tirou minha camisola com sede, beijou meu corpo todo.
Quando vi que ela ainda estava de roupa achei uma injustiça. E comecei a tirar a dela também
Dois corpos nus se entrelaçavam no escuro, sem pudor.
Ela desceu entre as minhas pernas e abriu no máximo, dando a ela uma visão privilegiada de mim. Olhou, mordeu o lábio e logo já estava me chupando.
Eu gemia loucamente no ouvido dela, o que eu sabia que deixava ela ainda mais louca.
Ela não me deixou gozar, tirou do lado cama o vibrador e colocou em mim. E deoois eu era só gemidos, mordidas e gozo.
Gozei inúmeras vezes, foi quando ela penetrou um dedo no meu anus. E surpresa, fui me adaptando a sensação, e gozei de novo.
Quando eu a toquei, ela escorria libido. Só de sentir aquilo, me enchi de uma fome intensa de Julia.
A masturbei, penetrei, chupei e até usei o vibrador. E ela gozou várias vezes também
Deitadas na cama, satisfeitas, nos abraçamos. Resolvi falar
- Ahn...sobre sexo anal. Foi minha primeira vez. Eu achei que doeria, mas...eu amei - escondi minha cara.
Ela deu risada.
- Você talvez não se lembre, mas já tinha me contado. Aliás , você disse que jamais faria.
Ah, pois é. Dei risada de mim mesma, e de minhas descobertas.
- Eu...estou completamente encantada Nina, ninguém nunca me fez sentir assim antes. Tanto na cama quanto fora.
Borboletas batiam asas no meu estômago, e acho que enquanto ela me fazia carinho, peguei no sono.
Assim, no automático, como nunca antes, e pedindo em partes que ela tivesse dormindo, eu disse
- Júlia, eu acho que estou te amando..
