POR AM❤R - Capítulo 38 - Infiel - [Antepenúltimo] + Spoilers

Um conto erótico de Vitor Gabriel ☑
Categoria: Homossexual
Contém 7392 palavras
Data: 04/11/2016 02:31:36

Queridos leitores da Casa dos Contos! Que saudades eu estava de vocês, sério mesmo.

Gente, hoje, infelizmente, eu não vou conversar com cada um de vocês, por conta da extensão do capítulo que é um dos maiores, se não já for o maior, que já escrevi. Entretanto, eu vou citar o nome de cada um que comentou no capítulo passado, são eles, Pvp552, nayarah, neterusso, William26, Arthurzinho, Ryuho, @Red@, fefehh e GabsSparks. Agradeço infinitamente a força que vocês estão dando em cada capítulo. Se eu esqueci alguém, peço que me perdoe desde já, qualquer coisa é só me xingar nos comentários que no próximo capítulo eu respondo. AMO VOCÊS DE GRAÇA!

Aproveito esse espaço também para poder avisar que já comecei a escrever os dois últimos capítulos que restam para o desfecho, ou seja, o PENÚLTIMO e o ÚLTIMO. Eu relutei, mas acabei entrando em acordo comigo mesmo e RESOLVI soltar alguns spoilers do que vai acontecer. No próximo capítulo, que é o penúltimo, terá um dos desfechos mais aguardados da obra. Ah, lembrando que TAMBÉM no próximo capítulo terá UMA MORTE, e essa morte não será tão agradável, digamos assim, infelizmente não posso contar quem vai morrer, podem fazer todos sorrirem (Que horror, Vitor! Sorrir com a morte de alguém?) ou todos chorarem desesperadamente. Mais DUAS mortes vão ocorrer também no ÚLTIMO CAPÍTULO, portanto, haverá TRÊS mortes nos últimos capítulos que restam. Tem spoilers no final deste capítulo.

► TEMPO:

Semana que vem estarei com um pouco de tempo vago e vou aproveitar esse tempinho para reunir comigo mesmo para organizar direitinho o desfecho da história, não posso esquecer de nada, tenho que dar um pouco de lógica nos últimos capítulos que restam. Então peço o apoio e a compreensão de todos vocês para voltar com tudo encaixadinho procês.

• Previsão de postagem do PENÚLTIMO CAPÍTULO:• Previsão de postagem do ÚLTIMO CAPÍTULO:Amo todos vocês e vou sentir muita, mas muitas saudades.

→ Obs: Este capítulo está enorme, ou seja, não tive muito tempo para poder revisa-lo como queria, portanto, relevem alguns erros que com certeza irão aparecer. Beijos de luz!

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— Ué? Você não vai mijar? Vai ficar manjando a minha rola aí mesmo? – Edson zombou.

— Eu... Eu vou sim – Disse indo para a cabine e abrindo a porta da mesma — É que só mijo aqui.

— Ahhhhh – Gargalhou — Criado com vó da porra!

— Não é isso, eu sou assim desde pequeno – Disse a verdade — E eu não estava manjando a sua rola.

— Deixa de frescura que eu não quero ver essa torneirinha aí – Falou.

Eu deixei a porta da cabine aberta em quanto me preparava para tirar o cinto e despejar a urina na privada. Foi aí que tudo aconteceu. De repente Edson entra com tudo, fecha a pequena porta da cabine, agarra minha cintura, me fazendo dar um pulo de susto, em seguida ele me prende entre o corpo dele e a divisória de madeira. O cheiro de perfume junto com o hálito de pastilha entrava pelas minhas narinas.

— O... O que você está fa-fazendo, Edson? Está lo-louco? – Gaguejei sentindo minhas pernas falharem.

Edson puxou o meu corpo para bater de propósito na sua musculatura quente.

— Agora a conversa é entre nós! – Disse com seus lábios a um centímetro do meu.

— Pa-Para com isso, Edson! – Disse tentando me desvencilhar da sua investida.

— Só paro se você me beijar! – Edson ria ao mesmo tempo em que se aproximava cada vez mais.

— É... É melhor a gente voltar para onde estávamos – Aconselhei.

— Você não sai daqui sem me dar um beijinho sequer – Ele respirou fundo — Você não sabe o tesão reprimido que eu sinto por você, não sabe da vontade que eu tenho de te pegar e...

Ele não disse nada, apenas mordeu os seus próprios lábios.

— Mas você não... – Deixei escapar um gemido ao sentir seu nariz no meu pescoço — Não é Hetero?

— Quando eu quero... – Encostou seus lábios na minha orelha — Eu não vejo rótulos!

Me arrepiei dos pés a cabeça e senti Edson me apertar cada vez mais nos seus braços. Para piorar ainda mais a situação, alguma coisa me cutucava lá em baixo, além de não parecer pequeno, estava duro feito pedra.

— Isso... – Suspirei — Isso não pode acabar bem, Edson! – Gemi.

— Pode sim, Lucas! Pode acabar num quarto de motel, se você quiser – Disse me apertando.

Foi o ponto máximo do meu delírio. Simplesmente minhas pernas me venceram e quando eu iria desabar, Edson me agarrou fortemente e seus lábios tinha um caminho certo, eles iriam direto ao encontro dos meus.

— Me beija, cassete! – Disse o abraçando forte.

Liguei o famoso botão do foda-se e me entreguei. Eu me entreguei completamente!

(•••)

✪ Narrado pelo autor:

— Você só pode estar lelé da cuca, Carol! – Izabel gargalhou — Nunca que o Richard estaria aqui.

— Eu não estou louca, Bel! – Disse chorando — Eu reconheceria meu namorado até de olhos fechados.

Izabel começou a coçar a cabeça nervosamente.

— Mas se for realmente ele – Izabel engolia em seco — Eu também teria visto, mulher!

— Você estava distraída, Bel! – Disse limpando as lágrimas que caiam sem freio — Eu estava devidamente concentrada em saber se era ele ou não, infelizmente eu tive essa confirmação – Chorou mais ainda.

— Eu quero ver esse salafrário! – Falou enquanto procurava com os olhos — Cadê ele?

— Não sei onde ele está e nem quero saber. Eu quero ir embora! – Falou — Você vai ficar com o Lucas e o Edson, eu vou sozinha, não é justo eu estragar a noite de vocês – Fungou.

— Eu não vou deixar você ir sozinha – Gritou — Nunca! Never.

(•••)

✪ Narrado por Lucas

Ainda no banheiro...

— Que loucura! – Disse sem fôlego.

Foram minutos incontáveis sentindo a língua do meu colega de classe dançar tango com a minha. Quanto mais nós beijávamos, mais ele me apertava com seus braços. Nunca tinha beijado alguém assim, ele estava dando um show de aula de como se dar o famoso beijo "desentupidor de pia", não que o Max não saiba beijar, eu estaria sendo um tremendo de um filho da mãe, porque eu subia até as nuvens, mas esse tipo de beijo, selvagem, que fazia o ambiente esquentar de uma hora para outra, não, eu nunca tinha recebido.

— Você... – Urrou apertando seu volume cada vez mais contra mim — Você não imagina do que eu sou capaz quando eu estiver dentro de você – Falou no meu ouvido me fazendo arrepiar novamente.

— As meninas devem estar sentindo a nossa falta – Disse tentando sair dos braços dele.

— Elas não são dementes, Lucas! – Falou enquanto beijava as minhas bochechas — Elas sabem o que está acontecendo. – Senti meu rosto esquentar — Não faz isso que eu gamo mais ainda.

— Edson... – Tentei falar.

— Vamos terminar isso num lugar mais propício – Disse no meu ouvido.

— Eu vou voltar – Me desvencilhei rapidamente, mas Edson me agarrou por trás me encoxando.

— Me solta...

— Lucas, Lucas! – Me interrompeu — Não me provoca! Não me provoca se não vai ser aqui mesmo. – Edson mordeu meu pescoço — Olha só como você me deixa...

Edson encoxou mais forte ainda a minha retaguarda para me alertar o quão seu membro está duro.

— Alguém está ligando para mim – Disse sentindo meu smartphone vibrar.

— Depois você atende – Falava ao mesmo tempo em que beijava meu pescoço.

— Alô?

Com todo sacrifício, consegui me desvencilhar dos seus braços e atendi ao telefone.

— Oi, Bel! A Carol? Beleza! Eu estou saindo do banheiro agora.

— O que foi? – Edson perguntou preocupado.

— A Carol não está se sentindo bem, ela quer ir embora – Disse já abrindo a porta da cabine.

— Eu sabia que ela estava estranha...

Quando nós dois saímos da cabine, demos de cara com nada mais, nada menos que Richard.

— Richard? – Edson e eu falamos em uníssono.

Estranhei na hora.

— Edson? – Richard perguntou totalmente surpreso — Lucas? – Disse olhando para nós dois.

Engoli em seco imaginando o que ele estava pensando disso tudo.

— Richard! Não esperava você vir – Edson quebrou o clima — É até bom, a Carol estava querendo ir embora, ela não está muito bem – Disse.

— Ca-Carol? – Richard ficou branco de repente — A Carol está aqui? – Disse quase gritando.

— Ué? – Edson estranhou — Você não sabia? Então como veio parar...

— Ela não pode estar aqui – Interrompeu — Me diz que ela não está aqui, por favor!

Disse agarrando a camisa de Edson.

— Puta merda, que azar! – Exasperou colocando as duas mãos na cabeça.

Meu Deus! Se for o que eu estou pensando, coitada da minha amiga. Isso vai dar merda!

— Cara, eu vi uma pessoa muito parecida com você há alguns minutos atrás, mas nem dei à mínima, até porque jamais imaginaria que você viria por aqui, mas agora eu entendi tudo – Disse dando uma risada.

Pelo jeito, Edson também tinha sacado tudo.

— Ela não pode saber que eu estou aqui!

De repente, Richard sai rapidamente do banheiro e caminha em passos largos pela boate, mas para o azar dele, após andar alguns metros, ele dá de cara com quem menos desejava, Izabel e Carol que ate então ainda era a sua namorada, mas não sei por quanto tempo.

— Olha a bomba explodindo – Edson me cutucou com o cotovelo.

— SAI DE PERTO DE MIM! NÃO ENCOSTA UM CENTÍMETRO EM MIM – Carol gritava.

— Carol, vamos conversar, por favor!

Richard tentava se aproximar da namorada, ou ex-namorada.

— Conversar? Eu não tenho mais nada para conversar com você, eu quero que você SUMA da minha vida! Eu vi tudo, eu vi você aos beijos com aquela loira e entre outras – Bufava de ódio — Quem diria, não é? – Sorriu ironicamente — Dizia que odiava esse lugar, mas foi NESTE lugar que eu vi você passando o rodo.

— Qual é, Carol? Não faz tempestade em copo d'água, eu não te traí, só foram alguns beijinhos.

— E AINDA ADMITE, SEU CARA DE PAU! – Gritou — Ai que ódio! — AI COMO EU SOU OTÁRIA! Ficar em casa para estudar, mas na verdade gostava de me trair – Disse chorando.

— Vamos fazer o seguinte... – Se aproximou da morena — Nós vamos para o meu apartamento, vamos conversar como qualquer casal civilizado e eu vou esclarecer tudo – Propôs.

— Eu já disse, para mim tudo acaba aqui, não tem mais "nós" – Disse com lágrimas nos olhos.

De repente chega uma jovem de olhos puxados, bastante atraente, por trás do Richard e o abraça.

— Oi, gatão! – Disse atropelando as palavras de tão embriagada — Vamos para o seu "apê" de novo?

Todos nós ficamos espantados com a cena.

— Eu... – Carol colocou a mão no pescoço — Eu estou passando mal, eu não consigo respirar direito.

— Calma, amiga! – Bel pegou em seu braço — Vamos para a área externa – Disse arrastando.

— Eu vou com vocês – Disse assustado e ao mesmo tempo indignado.

(•••)

— Eu quero ir embora – Disse soluçando de chorar — Para mim foi a gota d'água. Eu quero ir embora!

— Nós vamos embora – Eu falei — Só se acalma e bebe essa água.

Izabel olhava para mim espantada com tudo que estava acontecendo.

— Vocês viram o que aquela rapariga falou? Meu Deus! Eu devia estar arrastando o meu chifre no chão de tão grande como ele está – Fungou — Imagina o que rolava quando ele saia com os amigos?

— Um bacanal, amiga! E bacanal dos piores que você imaginar.

— Izabel! – Repreendi.

— Só falei a verdade, querido! – Rebateu.

— Eu nunca vou querer saber de homem em toda a minha vida – Chorou desesperadamente.

— Também não exagere! – Falei — Você tem que levantar a cabeça e fazer a fila andar.

— É isso aí! – Izabel alisou os cabelos negros da amiga — Quem é que arrasa? Você!

— "Eu vou ficar em casa para revisar algumas coisas do concurso de Domingo, amor!" – Imitou o EX — Só se for para revisar a gaia que ele botava em mim – Riu ironicamente — Desgraçado!

(•••)

✪ Narrado pelo AUTOR:

— Maldita hora que vocês trouxeram ela para essa porra de boate – Disse com raiva.

— Cara, cala a boca que quem tá errado na história é você – Edson censurou — Não complica as coisas para o teu lado – Disse.

— Que azar, cara! QUE AZAR! – Gritou.

— Hein, gatinho? Hoje eu tô acesa! – Disse no ouvido do Richard.

— Vai para o quinto dos infernos, Camila! – Empurrou a jovem — Não está vendo que melou?

— Poxa, gostosão! – Disse com uma voz manhosa — Nem se eu...

Disse fazendo uma roda, juntando o dedo indicador e o polegar, fazendo Edson esbugalhar os olhos.

— Vem, amiga! – Um jovem com voz um tanto afeminado puxou a provável amiga.

— Mas eu quero dar para ele de novo...

A morena gritou apontando para Richard que estava mais vermelho do que nunca.

— Cara... – Edson começou a rir — Você me surpreendeu, eu nunca imaginaria que você...

— Para, porra! – Empurrou o amigo da namorada — Não está vendo que eu estou na merda?

De repente ele vê Carol, Izabel e Lucas saindo do espaço aberto e vai em direção ao trio.

(•••)

✪ Narrado por LUCAS

— Calma, amiga! Não vai fazer nenhuma loucura – Aconselhou Izabel.

Quando eu vi, Richard já vinha em nossa direção para completar de complicar as coisas.

— Carol, vamos conversar – Disse pegando nas mãos da minha colega de classe desesperadamente.

"VAMO DEVARGAZINHO, DANÇAR TUDO GOSTOSINHO!"

"GRAÇAS A DEUS E AMÉM"

Inês Brasil continuava com seu show com os gritos da plateia da The City.

— Richard...

— Sim? – Disse a olhando.

— Não... – Respirou fundo — Toca... – Fechou os olhos — Em mim! – Disse calmamente.

— Carol...

— NÃO TOCA EM MIM, PORRA! – Arrancou as suas mãos de vez violentamente.

— Você – Disse se aproximando — Você vai jogar fora mesmo o nosso namoro de quatro anos?

— Eu quero que esse namoro vá para o quinto dos infernos, junto com você – Disse quase cuspindo.

— Richard! – Resolvi tomar a frente agarrando o seu braço e chamando a sua atenção — Todo mundo ingeriu bebida alcoólica, todos não estão em sã consciência, com a cabeça quente e não vai resolver absolutamente nada. É melhor conversar outro dia mais calmo, agora não dá mesmo – Fui sincero.

— Ela não pode fazer isso comigo – Disse com os olhos cheios de água.

— VOCÊ! – Apontou — VOCÊ QUE NÃO PODIA FAZER ISSO COMIGO!

Gritou chamando a atenção de quase todos da The City.

— Eu estraguei o resto da noite de vocês – Disse chorando se parar já no ponto de táxi.

— Para com isso, Carol! – Izabel consolou a amiga — Se alguém estragou a nossa noite, esse alguém se chama Richard, seu namorado. – Carol gritou desesperadamente — Desculpe, seu EX-namorado. – Corrigiu.

— Vamos, gente? – Edson chamou a nossa atenção já com o táxi ao seu lado.

Quando as meninas iam entrando no banco traseiro junto comigo, o meu rápido ficante segurou o meu braço antes de eu entrar com elas, me fazendo parar na hora.

— Não vai rolar? – Murmurou.

— Rolar? – Dei uma de desentendido — Não vai rolar o quê?

— Não se faça de besta – Disse com raiva — Eu pensei que você quisesse continuar.

— Cara, eu "morguei" com essa história das meninas — Não era tão mentira assim.

Edson bufou e revirou os olhos. Achei meio egoísta da parte dele, mas fazer o quê, não é?

— Depois a gente conversa sobre isso. – Disse abrindo a porta do passageiro do automóvel.

(•••)

DIAS DEPOIS...

— Lucas!

— Lucas!

— Lucas!

Acordei assustado com uma voz medonha bem perto do meu ouvido, estava totalmente assustado.

— Deus é mais! – Falei para mim mesmo.

Com meu coração acelerado, levantei-me e fui em direção a cozinha beber um copo de água.

— Sangue de Cristo tem poder, mais que voz sombria foi essa? Parecia tão real.

Foi quando eu ouvi passos vindos de fora da casa, eu não queria acreditar que realmente alguém estava caminhando no quintal de casa, mas eu estava ouvindo perfeitamente. Para piorar a situação, os passos se aproximavam mais e quem quer que seja, entrou na pequena área ao lado da casa que ligava ao espaço atrás, onde a minha mãe estendia as roupas que lavava. Deixei o copo com metade da água que bebia em cima da pia de INOX e virei o meu rosto evitando olhar a janela justamente na hora que o ser estranho passava.

— Mainha? É a senhora? – Gritei.

Não ouvi resposta alguma. Andei em direção ao quarto da minha mãe, abri a porta e vi que ela dormia profundamente, me fazendo ficar bastante preocupado e sentindo meu coração acelerar mais ainda.

— Seja lá o que for eu sou o homem da casa e vou ter que agir – Disse sentindo nem um pingo de coragem.

Sabem aquelas cenas de filmes de terror que os personagens principais escutam qualquer barulho ou algo estranho e vão verificar o que está acontecendo e nós telespectadores ficamos revoltados porque no lugar da pessoa JAMAIS faria isso? Pronto, agora eu entendo o que se passa na cabeça desses personagens, porque estou fazendo justamente a mesma coisa, e olhe que eu sempre protestava com a ação dos mocinhos das obras cinematográficas.

— Meu Deus! – Clamei por ele — Seja lá o que for, mas me proteja.

Foi muito rápido, mas me peguei olhando para a janela e infelizmente consegui ver o resto da sombra de lado de fora da casa, e pelo que eu vi, alguém que estava fazendo isso, caminhava para frente da casa.

— SAIA DA MINHA CASA OU EU VOU CHAMAR A POLÍCIA – Gritei sentindo minhas pernas tremerem.

Corri para o meu quarto e peguei meu smartphone em cima do velho birô de estudos e disquei 1 9 0, mas quando eu iria completar a ligação, escutei um estrondo na porta de basculante que dava acesso a sala, com o susto, deixei meu celular cair no chão. Tremendo dos pés a cabeça, fui andando até enxergar a porta aberta, sim ela estava aberta para o meu total desespero.

— SAIA DAQUI! EU JÁ CHAMEI A POLICIA – Menti.

Eu me aproximava cada vez mais da porta e um cheiro de enxofre tomava conta da sala. Meu medo e nervosismo eram tão grandes que até sentia ânsia de vômito, parecia que era um pesadelo e iria acontecer algo de muito ruim a qualquer momento. Continuei a seguir até a porta quando alguma coisa passou por trás, me fazendo pular de susto e enjoar com o cheiro ainda mais forte do elemento químico.

— Meu Deus! – Falei sozinho — Se isso for um pesadelo, por favor, alguém me acorde – Supliquei.

Meus olhos cresceram quando escutei um barulho de rosnado a poucos centímetros de mim e na mesma hora virei rapidamente e meus olhos viram o portão de ferro abrir lentamente, sem ajuda de ninguém, e uma coluna de neblina que vinha da rua invadiu a casa, coisa quase impossível de acontecer na cidade do Recife.

— Que... Que porra é essa? – Fiz essa pergunta para mim mesmo.

Como se meu corpo estivesse sido atraído por algo, eu me vi no meio da rua e me assustei novamente com o estrondo do portão fechando violentamente atrás de mim. Percebi que a neblina era ainda mais forte na rua, fenômeno que nunca tinha visto na comunidade, isso me deixava mais encabulado ainda.

— Eu não vou ficar aqui no meio da rua de bobeira – Falei.

Quando eu estava me preparando para dar meia-volta, senti que um vulto se aproximava das minhas costas, e o pior é que eu não escutava passos de pessoas normais, em vez disso, era como se fossem passadas de algum cavalo me fazendo congelar no meio da rua. Não tive a mínima coragem de olhar para trás, mas eu sabia que alguma coisa estava ali, e não era nada bom. Dei alguns passos para frente e escutei trotear como se fosse um cavalo.

— Deus, me ajuda! – Choraminguei.

Continuei andando lentamente e o que quer que seja me acompanhava, olhei de lado e para o desespero, vi rapidamente um casco no lugar de um pé. Mandei o que seja lá o que for se foder e corri, corri como nunca tinha corrido na minha vida. Eu corri para salvar a minha própria pele.

— SOCORRO! – Gritei.

Era como se eu fosse o único na comunidade. Tudo estava deserto, todas as luzes estavam apagadas, até os postes. Ninguém podia me socorrer, eu estava sozinho, eu estava sendo perseguido por alguma coisa muito ruim que rosnava feito um cachorro raivoso atrás de mim. Quando consegui chegar na Avenida Norte, parecia que o mundo tinha acabado e todas as pessoas estavam sumidas e apenas a névoa tomava conta do lugar.

— Eu... – Respirei fundo — Eu não sei quem é você, mas, por favor, me deixa em paz.

Disse isso e me virei repentinamente para ver o que estava me perseguindo, entretanto para a minha surpresa, não tinha ninguém. Será que eu estava ficando maluco? Será que isso tudo foi da minha cabeça? Não, isso está muito estranho, isso não é imaginação minha. E essa névoa? E esse deserto?

— Meu Deus do céu – Disse colocando as duas mãos na minha cabeça.

— AHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!

Gritei. Minha visão escureceu quando virei para o outro lado de repente e vi uma silhueta na minha frente, um homem vestido de preto dos pés a cabeça, usava uma capa longa e um chapéu, ambos negros. A figura medonha me fez arrepiar dos pés a cabeça e meu estômago revirar-se, mas seu rosto foi ficando cada vez mais nítido até conseguir ver a sua face nitidamente e reconhece-lo por completo, mas não deu tempo de gritar o seu nome, a figura estranha mostrou os seus dentes pontiagudos me fazendo parar de respirar e tudo ao redor escurecer.

— SOCORRO!

Acordei de supetão ensopado de suor na minha cama, reconhecendo o meu próprio quarto.

— Meu Deus – Me levantei — Que sonho foi esse? – Limpei meu suor na testa — Sonho não, pesadelo.

— O que esse pesadelo queria me dizer? Qual o significado? – Me peguei pensando.

— E... – Engoli em seco — E o que ele tem haver com esse sonho?

(•••)

✪ Narrado pelo AUTOR:

Na mesma hora que Lucas acordava do pesadelo assustado, Paulão acordava de outro também assustado.

— O que foi, Paulão? – Rose também acordou assustada com o seu parceiro ensopado de suor.

— Você tá bem? – Perguntou tocando na sua amante.

— O que aconteceu? Teve um pesadelo? – Perguntou alisando o rosto do chefe do morro.

— Não – Negou — Foi... Foi... – Disse suspirando fundo — Foi o calor! – Mentiu.

— O calor? – Rose estranhou — Eu estou até com frio.

— O calor está demais, tanto é que acordei ensopado – Inventou.

Paulão olhava para o rosto da transexual e lembrava todos os detalhes do pesadelo terrível.

— Vou molhar o "côro" – Disse se levantando desnudo e indo em direção ao banheiro.

Foi só ligar o chuveiro que Paulão sentiu os braços delicados da sua boyzinha, como ele mesmo chamava, abraçar a sua cintura por trás, ele logo se virou e os dois começaram a se beijar.

— Meu traficante está muito tenso! O que é que eu faço para acalmar esse "homão" todo? – Perguntou.

— Pagando um boquete e engolir tudo depois – Deu um sorriso sacana.

— É para já, meu machão!

Rose se agachou e completou o serviço até receber o sêmen do seu homem na boca.

(•••)

✪ Narrado por LUCAS

MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER

— Ela está um pouco melhor, Lucas!

Izabel respondeu depois de eu ter perguntado como a nossa colega de classe estava.

— Graças a Deus – Sorri — Eu me preocupei bastante quando eles terminaram definitivamente.

— Eles não, né? Ela! – Disse a verdade — Ele foi a casa dela e ela resolveu ter uma conversa definitiva e terminou tudo, daí piorou tudo e ela entrou em depressão, mas graças aos céus que ela está bem melhor, está comendo direitinho – Disse aliviada.

— E as faltas na faculdade? – Perguntei preocupado.

— Ela vai tentar justificar com alguns atestados da psicóloga dela, mas creio que ela não reprova por falta, lembra que ela ainda foi alguns dias e ficou naquele estado, não prestava atenção em nada? – Disse.

— Pois é – Suspirei — Deve ser uma barra a pessoa amar incondicionalmente a outra, daí o condenado faz isso. É uma puta de uma sacanagem! – Disse em tom de revolta.

— Eu estou achando melhor ela ir para Caruaru ficar com a avó mesmo, ficar por uns tempos lá – Disse entristecida — Deve ser complicado ter que topar com ele frequentemente, já que o dito cujo mora na mesma rua.

— O quê? – Disse espantado — Ele mora na mesma rua?

— Mora, menino! Você não sabia? – Perguntou olhando para mim.

— Juro que não – Disse olhando para os meus sapatos — Deve ser horrível.

Fomos interrompidos pelo som do salto alto da Kelly que passava por nós.

— Bom dia! – Cumprimentou.

— Essa vaca! – Disse após a loira desaparecer das nossas vistas.

— O que foi? – Perguntei curioso.

— Sabe o que acontece, Lucas? – Me perguntou — Você sabe que essa vaca deve ter algum despeito comigo, mas eu não estou aguentando mais – Desabafou. — Essa mulher está me provocando e eu não tenho sangue de barata - Disse — Agora pouco mesmo, eu estava bebendo água e ela esbarrou em mim de propósito, ainda molhei minha camisa novinha - Disse esfregando as suas mãos no tecido.

— Mas podia ter sido sem querer, não? - Perguntei tentando acreditar nas minhas palavras.

— QUE SEM QUERER, MENINO! – Gritou me assustando.

— VOCÊ TEM QUE PARAR DE SER OTÁRIO? ACORDA PARA A VIDA! – completou — Claro que teve aquele fingimento típico de quenga safada, mas ela sabe muito bem que eu não caio na dela, deve ser por isso que ela me persegue tanto também.

— Você também, hein? Tinha que ficar provocando? – Falei — E fala mais baixo – Reclamei.

— Eu só odeio quem fica rindo com deboche para mim. Ela já tem cara de debochada, ai já viu, né? Outro dia acredita que ela me empurrou de propósito me fazendo cair com todos os papéis que estava carregando, depois fiquei meia hora recolhendo tudo. Aquela vadia dos infernos!

— Quer saber? – Resolvi falar a verdade — Eu não queria colocar mais pimenta nisso tudo para não acontecer uma merda maior, mas eu a percebi jogando deboche para cima de você quando passou, mas não caia na dela, Bel! Eu demorei a perceber que ela é uma víbora, mas depois que algumas pessoas me alertaram, eu estou tomando todo o cuidado – Falei.

— Tá vendo? Eu disse a você, aquela mulher cheira a cadáver em decomposição, aliás, esse prédio é um verdadeiro ninho de cobras. - Disse caminhando ao meu lado pelos corredores.

Se ela soubesse dos perrengues que eu passei nessa empresa.

— Aliás, ontem eu notei alguma coisa estranha entre ela e o Maximiliano. Ela toda oferecida para cima dele!

Calado estava e calado eu fiquei.

— Cuidado, amigo! – Disse me olhando — Quenga safada quando quer uma coisa, ela vai até o final.

— O que você quer dizer com isso? – Não deixei de perguntar.

— Fica de olho no seu boy magia, fofo! – Piscou o olho para mim.

— Para com isso, Bel! Eu já disse que...

— É sério, Lucas? – Interrompeu — Quando você vai com o milho, eu já volto com o fubá – Sorriu.

De repente passa Geraldo, um homem com seus aproximadamente 50 anos. Agora pense num homem bastante atraente e bem cuidado? Pronto, Geraldo em pessoa. Arranca suspiros por onde passa.

— Lucas... – Me cotovelou levemente — Olha esse Daddy? Olha que perdição!

Fiquei encarando ela sem entender.

— Não me diga que você não sabe o que é Daddy? – Perguntou.

— Claro que eu sei! – Protestei — Daddy é PAI em inglês. Não sei se ele é pai – Me referia a Geraldo.

Izabel respirou profundamente.

— Tchau, Lucas! – Disse virando as costas.

(•••)

Mais tarde...

— Você vem de lá do seu departamento para pegar café em outro? - Kelly questionou.

— Sim, por quê? – Desafiou.

— Em vez de você estar trabalhando, está atrapalhando o serviço dos outros, lembre-se, isso aqui é um estágio e não uma brincadeira, leve seu trabalho a sério, Izabel.

Falou o nome da minha amiga pausadamente.

— Terminou, Gleyce Kelly? - Perguntou — Bem, para começo de conversa, não tem café no meu setor, por isso vim buscar aqui onde o meu amigo - Apontou para mim — trabalha. Acho que não é proibido filar um tiquinho de café, não estou fazendo nada demais. Só para lembrar, eu já concluí o que tinha para fazer lá no departamento financeiro e já estou indo embora – Disse me olhando — Vai agora também? – Perguntou.

— Vou sim! – Confirmei — Kelly, eu já terminei aquela lista que você me pediu - Disse a verdade — E tomei a liberdade de arquivar todos aqueles documentos empilhados – Avisei.

— Já está indo embora, Lucas? – Perguntou — Você finalizou apenas uma parte da sua obrigação. Acabaram de chegar esses documentos – Disse colocando inúmeros papéis em cima da mesa — e você vai protocolar e encaminhar cada um.

A raiva subiu até a minha cabeça, mas respirei fundo e soltei.

— Ótimo! – Sorri amigavelmente — Vou deixar esses documentos na pasta de pendências – Disse pegando os papéis e colocando dentro. — Amanhã assim que chegar eu vou logo adiantando tudo isso.

— Eu não quero isso para amanhã, Lucas! Eu quero para hoje. É urgente! – Disse com ar de deboche.

Izabel bufou já sem paciência.

— O que é para hoje? – Luan entrou na sala de repente.

Kelly ficou toda sem graça de uma hora para outra.

— Kelly quer que eu protocole e encaminha esses documentos, mas creio que levará bastante tempo e já está na minha hora – Falei dividindo minha atenção entre Kelly e Luan.

— Ué, já são três horas e 10, Kelly! Ele é estagiário e tem carga horária de seis horas diárias.

— A não ser que você contrate, Kelly! – Riu falsamente — Ah, não! Esqueci que você é apenas uma funcionária. – Gargalhou vendo a loira ficar vermelha feito um tomate.

Luan estranhou o clima.

— Kelly, você está o mandando fazer serviços sem a minha autorização! – Disse caminhando em direção aos papéis em cima da mesa — Lembre-se que ele é meu estagiário. Eu sou o supervisor!

— Mas eu estou fazendo isso para o bem dele, Luan! Quanto mais serviços ele fazer, mais adquire experiências. – Explicou — E você disse que ele é o estagiário de todos nós.

Disse olhando para Leonardo que estava concentrado no computador.

— Eu sei disso, mas presta atenção no horário dele – Avisou — Eu mesmo protocolo e encaminho esses papéis hoje mesmo, já que você está com tanta pressa.

— Vamos, Bel! - Peguei no braço da minha amiga temendo algum tipo de confusão.

— Vamos, Lu! Só me deixa pegar mais um pouco de café – Disse indo em direção à garrafa térmica e colocando mais da bebida fumegante no peque copo descartável — Delícia! – Elogiou.

Foi tudo rápido, quando eu vi, minha amiga tinha tropeçado em alguma coisa que não percebi e todo o café, que devia estava fervendo dentro do copo, estava derramado no rosto e parte do pescoço da loira, deixando a pele vermelha imediatamente.

— MEU ROSTO! OLHA O QUE VOCÊ FEZ, SUA DESTRAMBELHADA!

Gritou desesperadamente.

— AI MEU DEUS! – Gritou — Cuidado com o sapato! – Izabel se desesperou.

Para acabar de complicar mais ainda as coisas, Kelly pisa na sapatilha que Bel usava naquele dia, que não sei como foi parar de baixo dos pés da técnica administrativa, em seguida a loira escorrega de uma forma assustadora, caindo de cara no chão.

(•••)

Algum tempo depois...

— Você só pode ser louca, Izabel! – Disse — Eu sabia que você tinha caído de propósito.

— Saiu melhor que encomenda – Gargalhou — Eu precisava ter feito isso ou morreria.

Nós estávamos em um banco no pátio da faculdade, esperando dar o horário.

— Podia ter acontecido algo mais sério, Bel! Você é doida – Disse rindo.

— Pena que ela não quebrou o nariz – Se lamentou — Mas arranhou a testa, tá de bom tamanho.

— Será que ela engoliu que foi sem querer? – Perguntei.

— Claro que não, inclusive eu tenho é que ter cuidado, ela é perigosa, mas eu gosto assim – Riu.

— Eu espero que ela não desconte em mim – Falei mais para mim mesmo.

— Se ela descontar em você, simplesmente revide, queridinho. – Falou — Não leve desaforo para casa.

— E aí Turma?

— Oi Edson! – Eu e Izabel falamos em uníssono.

— Tá bonito, hein? Todo de social... – Minha amiga elogiou.

Realmente, meu colega estava bastante atraente naquele dia, usava uma camisa social estampada azul, que cabia perfeitamente no seu corpo, sem esquecer a calça social preta bem ajustada com a parte inferior do seu corpo. Desde aquele dia da boate, Edson tem agido como se nada tivesse acontecido, algumas vezes eu percebo o seu olhar predatório, mas até este momento ele não cobrou ou pressionou nada. Não sei se isso pode ser bom ou ruim.

— Pois é! É porque hoje eu vim do trabalho

Disse se sentando ao meu lado, pegando na minha coxa. Não sei se foi voluntariamente ou involuntariamente. Até Izabel nos estranhou, me deixando um pouco sem graça.

(•••)

— Poxa amiga – Izabel lamentou — Vou morrer de saudades, mas se é para o seu bem, eu apoio.

— Eu também, Carol! Só não deixe de concluir o curso – Aconselhei.

— Será que essa mudança toda vale a pena por um cara que não estava nem aí para você?

Izabel repreendeu Edson com o olhar

— Se eu não sair um pouco para juntar os cacos do que sobrou do meu coração, eu vou enlouquecer aqui. – Disse entristecida — Lá tem boas faculdades e vou pedir transferência para uma próxima à casa da minha avó. Eu vou ficar bem, gente! – Suspirou — Vou ficar bem melhor do que aqui, isso eu tenho certeza. Tudo que eu olho, lembra o Richard. É doloroso demais! Foram quatro anos com aquele traste.

— Claro que entendemos! – Izabel sorriu entristecida — Ah, só uma coisa – Izabel pareceu pensar — Você não vai embora sem ao menos ter uma festa de despedida – Falou.

— Detesto despedidas, Bel! Isso piora ainda mais as coisas – Protestou.

— Cala a boca! – Ordenou — E vai ser no dia do meu aniversário, aliás, que presente vou receber.

— Você já sabe o lugar? – Perguntei à loira.

— Qualquer lugar, menos a The City! – Izabel prontamente falou.

— Não – Carol se pronunciou.

— Não? – Edson, Izabel e eu falamos ao mesmo tempo.

— Não! – Disse decidida — Eu gosto muito da boate, estou sofrendo sim, mas não vai ser por causa daquele filho da mãe que eu vou deixar de ir para curtir com os meus amigos. Se vocês quiserem ir para a The City, eu vou sem problemas e ainda por cima vou curtir bastante com vocês. – Disse dando um sorriso sincero.

— É isso aí! – Novamente falamos ao mesmo tempo.

— E ainda por cima pode pintar altos gatinhos lá, hein? Você sabe que tem! – Piscou o olho para a amiga.

— Eu vou beber até chamar meu urubu de meu louro! – Disse nos fazendo gargalhar.

(•••)

— Que alívio!

Disse ao despejar as ultimas gotas de xixi dentro da privada. Abri a porta da cabine e fui direto lavar as minhas mãos. Aproveitei para pensar como a vida da minha amiga tinha virado de cabeça para baixo, tudo em consequência da traição do seu ex-namorado, o Richard. Ela teria que passar por readaptações em outra cidade, tudo por conta da infidelidade do seu namorado que será lembrada por muito tempo. Isso me fazia pensar se o amor realmente existisse. Nós vemos casos e mais casos de casais que aos nossos olhos eram perfeitos, mas estão sendo desmanchados cada vez mais. Isso me fazia pensar no Max, será mesmo que ele me traiu? Será que eu deveria ter uma conversa definitiva para ouvi-lo mesmo?

— Para de ser otário, Lucas! Para de ser Alice no País das Maravilhas.

Falei só em quanto olhava meu próprio reflexo no grande espelho do banheiro.

— Será que eu fico bem de barba?

Passei as minhas mãos no rosto, constatando uma fina camada de pelos em crescimento.

— Você fica bem de qualquer jeito, Lucas!

Disse a imagem do Edson aparecendo atrás de mim no espelho.

— Que susto, menino! – Disse olhando para ele com a mão no lado esquerdo do peito.

— Poxa, eu sou tão feio assim? – Disse indo para o mictório.

— Cla-Claro que não – Disse sem pensar — Quer dizer...

Edson gargalhou.

— Eu adoro quando você fica todo sem graça assim – Disse em quanto se virava para mim.

— Você adora me deixar sem graça, tem o prazer, não é?

Falei sentindo seu corpo bem junto do meu, enquanto ele lavava as suas mãos ao meu lado.

— Acho que está na cara, não é? – Ele olhou para porta e se aproximou de mim.

— Mas vou adorar mais ainda quando eu estiver em cima de você na cama – Disse no meu ouvido.

— Sai! - Disse olhando para ele — Não vou deixar você se aproveitar do meu corpo – Brinquei.

— Vai sim! – Pegou no meu braço me deixando vermelho — E ainda deixo você se aproveitar do meu.

Sem medo dos riscos que estávamos correndo em ser flagrados, Edson pega na minha cintura com as duas mãos e empurra meu corpo, sem conter a brutalidade, até uma cabine que estava logo atrás de mim.

— Você está louco, Edson? Vão nos...

Edson tranca a porta do minúsculo lugar e me beija.

— Que boquinha macia – Gemia baixinho — Eu quero você pra mim.

Disse enquanto pegava com força nas duas bandas da minha bunda.

— Edson...

— Shhhhh! – Disse tapando a minha boca ao mesmo tempo em que cheirava o meu pescoço.

Foi aí que eu percebi que algumas pessoas tinham entrado no banheiro e permanecemos calados. Após alguns minutos, o banheiro voltou a ficar vazio, ou melhor, exclusivo só para nós dois.

— Edson, é melhor a gente voltar para...

— Só aproveita! – Disse mordendo o lóbulo da orelha, me fazendo perder o equilíbrio.

Meu smartphone começou a vibrar.

— É sério que vai ver quem mandou a mensagem justamente agora? – Edson me recriminou.

— É a Bel! – Falei — Ela está me dizendo que a professora vai passar um trabalho agora.

Edson bufou.

— É melhor a gente ir – Disse me desprendendo dos braços do meu colega de classe e abrindo a porta.

— Depois você não me escapa – Disse dando uma tapa forte na minha bunda.

— Isso dói, desgraçado! – Briguei o fazendo gargalhar,

— Bunda de tanajura – Zombou.

(•••)

No dia seguinte...

✪ Narrado pelo AUTOR:

Eram um pouco mais de três horas da tarde e era o fim de mais um dia proveitoso para Lucas e os outros estagiários dos demais setores. Izabel já apareceu no setor em que Lucas estagiava, não só para saber se o amigo já tinha largado, mas provocar o seu desafeto, intitulada pelo nome Gleyce Kelly.

— Eu vou para a faculdade sim, mas antes eu tenho que passar lá em casa – Avisou.

— Aconteceu alguma coisa? – A loira perguntou preocupada.

— Minha mãe está acamada desde ontem, sentindo umas dores de cabeça bem intensas e ela também sentiu umas tonturas, por isso vou dar um pulinho para ver se está tudo bem – Lucas disse com ar de preocupado.

— Vixe – Fez uma cara estranha — Melhoras para ela, Lu! Manda ela se cuidar, tá?

— Pode deixar – Sorriu

— Eu vou para a faculdade daqui, mas se quiser que eu vá com você na sua casa, com certeza eu vou.

— Não precisa! – Disse tirando o moletom e guardando na mochila — Guarda lugar para mim – Pediu

— Eu guardo sim – Izabel confirmou — Tchau, Lu! – Olhou para a Kelly — Tchau, amiga!

Kelly não teve o trabalho nem de levantar a cabeça, apenas praguejou internamente.

— O que é seu está guardado, sua vadia! – Pensou.

(•••)

— Ótimo!

Lucas não tinha percebido, mas enquanto ele estava parado em um ponto de ônibus, Kelly estava um pouco distante, dentro de um carro, observando o jovem estagiário de longe, pronta para segui-lo.

— Que ótima oportunidade – Falou sozinha dentro do automóvel — Vou segui-lo até ver o viadinho entrar no barraco dele, eu preciso saber em que buraco esse verme reside – Riu sozinha.

Quando a megera viu que um ônibus se aproximava e Lucas fazia sinal para o mesmo parar, prontamente girou a chave na ignição e esperou o coletivo dar partida e segui-lo. Após andar, Kelly o seguiu de perto, quase colado em sua traseira para ver o destino final.

— MERDA! – Gritou.

Gleyce Kelly viu o risco de perder o transporte público quando o sinal fechou para ela.

— Eu não posso perder aquele ônibus de vista – Disse batendo violentamente no volante.

Então sem pensar nas consequências, a maluca avançou o sinal e por pouco não batia em um cadeirante que atravessava na hora, a sorte foi que o rapaz conseguiu frear sua cadeira de rodas em tempo e o carro passou a toda velocidade, assustando as pessoas que estavam por ali.

— Isso, seu aleijadinho! Não tire o seu da reta para você ver seu corpo voar – Gargalhou — Se bem que não seria má ideia por fim nessa vida miserável – Disse em voz alta.

Kelly diminuiu a velocidade ao ver Lucas descendo do ônibus e o acompanhou discretamente caminhando até a sua casa. No caminho, o irmão de Luan cumprimentava todos, deixando a megera entediada.

— Que vontade de dar um tiro nesse imbecil! – Falou sozinha.

Quando ele entrou em uma rua que tinha uma praça, batizada de largo Dom Luiz, a loira o seguiu e parou na esquina da mesma, apertou o botão, fazendo o vidro do carro descer lentamente e observou em qual casa o jovem iria entrar.

— Ah, então você mora naquele barraco! – Disse — Agora eu já sei onde você mora, Luquinhas!

Dizia enquanto via o estagiário abrir um portão de ferro galvanizado e entrar.

— Em breve farei uma visitinha de cortesia para a sua querida mãe – Disse com um olhar diabólico.

— Eu tenho certeza que você vai A M A R a surpresa. – Gargalhou.

— Você não imagina o que eu posso fazer com você e toda sua família – Falou diabolicamente.

Continua no ✸ PENÚLTIMO CAPÍTULO ✸

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► ATENÇÃO: MEGA SPOILER!

△ ALGUMAS CENAS DO PENÚLTIMO CAPÍTULO:

— VOCÊ NÃO ENTENDE! – Gritou dentro do carro — É VOCÊ QUE EU AMO, CASSETE!

— Max...

— Eu não transei com ela, Lucas! – Se referia a Kelly - Eu não tive nada com ela – Disse esmurrando a direção me assustando — Quer saber de uma coisa? Kelly sempre foi apaixonada por mim – Revelou — Não vou mentir que já ficamos algumas vezes, antes de te conhecer, claro, e eu não sei o que porra ela sente por mim que torna ela obsessiva demais, a ponto de cometer loucuras e até mentiras. Naquele dia que você apareceu na sala, você pode até não acreditar, mas ela tentou me agarrar, mas ela puxou a minha camisa.

Explicou.

— Eu vou respeitar seu espaço, seu tempo, mas, por favor, me peça tudo, menos ficar longe de você – Seus olhos ficaram marejados — Você me conquistou de uma forma tão... – Pareceu pensar — tão especial que o seu desprezo é o pior castigo para mim.

— Fique sabendo que eu não vou desistir de você – Disse puxando o freio de estacionamento do carro.

✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖

— Obrigado pela carona, Max! – Fiz de conta que não tinha escutado.

Quando eu iria abrindo a porta do carro, em um só movimento, Max me puxa com tudo para cima do colo dele, me agarra e pressiona a sua boca contra a minha.

✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖

— Não – Hugo balançou a cabeça — Eu sei que você ainda está magoado comigo – Insistiu.

Fiquei calado olhando para os seus olhos marejados que queria dizer alguma coisa.

— Eu não queria admitir para mim mesmo – Disse. — Não queria!

— Admitir? – Eu não tinha entendido — Admitir o quê?

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— Eu estou grávida, Max! – Disse aos prantos — Eu estou esperando um filho seu – Disse desesperada.

— Não – Max colocava as duas mãos na cabeça — Você está blefando – Falou.

— Como eu estaria blefando? – Disse indo até uma gaveta de um móvel da sala — Eu estava criando coragem para te dizer – Chorava desesperadamente — Mas você me obrigou a te dizer.

— Isso só pode ser falso – Max ainda não estava acreditando.

— NÃO É FALSO! – Disse jogando alguns papéis em cima do milionário — Olha aí! Eu tinha feito primeiramente o teste de farmácia, já que a minha menstruação tinha atrasado neste mês, deu positivo. Depois fiz o exame de sangue para confirmar e está aí, EU ESTOU GRÁVIDA.

✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖✖

(...) Após a batida na lateral, o segundo carro perde totalmente o seu controle, batendo numa mureta que protege a pista de um barranco, mas não consegue impedir que o carro capote e role violentamente pela ribanceira até parar, deixando um corpo preso entre as ferragens do carro.

— Por favor, me ajuda! – Chorava implorando.

— Te ajudar? – Gargalhou — Você já atrapalhou a minha vida o bastante, não acha que já chega?

— Meu Deus, está vazando gasolina, esse carro vai explodir a qualquer momento, não brinca com isso.

— Eu sei! – Sorriu mais uma vez — E eu vou contribuir para ver o espetáculo o quanto antes.

Disse acendendo o isqueiro prateado.

— Que faça uma boa partida...

— NAAAAAAAAAAAAO!

O isqueiro cai no rastro de gasolina que o carro deixou quando rolava no terreno irregular, fazendo o fogo que saia do objeto seguir a trilha de combustível até chegar ao alvo e em seguida um estrondo aterrorizante soar pela pista afastada, fazendo o veículo ir pelos ares.

▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬ ▬

E aí? Qual personagem está dentro desse carro? Quem vocês acham? Comente aqui em baixo.

。◕‿◕。

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Comentários

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Ué gente cadê o capitulo penúltimo, que demora. Quando voltar posta logo os dois últimos.

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Acho Edson um gostoso, gente do céu, Lucas tem que esquecer o Max e ir pra Edson

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O jeito deste Edson nunca me desceu na guela(garganta). Acho que a vítima e a Isabel, a Kelly a ameaçou. Esta demorando demais para Lucas voltar pro Max. Moleque mais infantil, depois do primeiro sexo ficou com fogo no ... Parece que tá sempre no ciu, um cara vem joga um charme espreme ele e ele fica todo aberto a visitações. Dá licença este infantil já me deu nos nervos.QUEM TEM QUE PEGAR ELE É O MAX, e têm que pegar de jeito, pra deixar desmaiado ai sim este fogo abaixa e para de sair labaredas...Desculpe o jeito porco de tc, mas eu desabafei agora!Adoro o Max e sou da torcida por ele.

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Magoei que não falou de mim, mas te perdôo, sei que da próxima você não vai esquecer ~_~!! Amei esse capítulo, eu acho que talvez, eu espero que seja a putiane, a criatura que vai morrer 😁✊👏🙌😈!!! Adoraria que fosse, quanto ao resto não sei com quem o Lucas deve ficar, é muita opção rsrs!!! Continua logo, sua escrita é maravilhosa e viciante!!!! 😍👏👏👏👏✊🙌😘💓😉

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acho que quem vai morre e a kelly

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Adorei esse capitulo muito bom. eu não quero que o lucas fique com o edson pq ele so quer aproveita o corpo dele rsrsrsrs ja disse que eu quero lucs com hugo. essa kelly e uma vaca mesmo

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Olha esse cap. foi perfeito, quando o Lucas vai começar a ver a maldade das pessoas e nem sempre devemos confiar nas pessoas.......agora que nojo da Kelly a cada dia mais.......eo Max kde ele.......feliz por aparecer a Rose....amando muito

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Meu olho chegou a brilhar quando vi mais um capítulo do seu conto aqui.Vamos lá, não gostei da Atitude de Edson, não consigo confiar nele, acho que ele só quer usar Lucas, MAX está um pouco apagado no conto, estou sentindo falta dele rsrsrs, sobre as mortes acho que vai ser a Izabel, a mãe do Lucas e a Kelly.Cara não mate o Max e nem o Luan, o Lucas já sofreu demais pra perder o irmão.No mais o conto continua incrível.

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AMEIII KKKKK , QUE DEMORA PRA POSTAR EM KKK ,PERFEITO MAS NAO DEMORA MAIS NAO KKKK. AMEI ESSE EP , QUERO QUE O LUCAS FIQUE COM O MAX TA KKKK...BJS CONTINUA❤❤❤❤❤❤❤

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