Cabeça Quente 1

Um conto erótico de Bibi
Categoria: Homossexual
Contém 5403 palavras
Data: 16/10/2016 20:38:26

Griff viu toda a briga antes que o primeiro soco descesse.

“Viado!” Um grito atravessou a festa.

Ele odiava aquela maldita palavra.

Aqui? Não é possível.

Griff pegou sua Guinness e deu um passo mais perto de sua equipe. Ele estava de pé no Stone Bone usando seu kilt porque Dante e os outros caras do posto de bombeiros o arrastaram. Ele não queria sair.

Normalmente ele vinha ao Bone aos domingos, mas esta noite era 11 de setembro, então ele não estava trabalhando. Noite importante para muitos bares no Brooklyn. Todos os anos desde que as Torres Gêmeas caíram, bares da vizinhança ofereciam bebida grátis aos bombeiros nesta noite. Assim, a turma toda tinha vindo de Engine 333/Ladder 181 para conferir os talentos femininos.

O melhor amigo de Griff estava sentado no bar cantando com o jukebox, seu sorriso torto brilhava branco no neon das prateleiras de bebidas. Dante tinha o tipo de queixo talhado e barítono suave que as damas amavam. No momento, ele estava cantando um dueto com Dean Martin.

“O mundo... ainda é o mesmo... você nunca vai mudá-lo...”

Esta era a maneira de Dante garantir que nenhum de seus amigos ficasse sozinho hoje à noite— jogando o charme italiano como se fosse noite das senhoras. E meio que era.

“Tão certo… como as estrelas... brilham no céeeu;”

Levando o Rat Pack pelo seu popular, Dante estava atraindo a atenção através de seus amigos— o melhor amigo da festa para as garotas.

“Você não é ninguém até que alguém o ameeee...”

Griff esgueirou um olhar, e com certeza, um aglomerado de fogosas garotas estavam flutuando em direção ao seu melhor amigo— claro, bucetas a caminho.

“Você não é niiiinguém até que alguém se importe...”

A briga e outro grito zangado na parte de trás, perto do banheiro. “Fodido viado.”

Não era uma brincadeira. Desta vez Griff se virou para olhar por cima das cabeças. Outro par de caras do posto de bombeiros estava cantando junto com Dante. Eles não tinham ouvido o problema ganhar forma, mas se as coisas ficassem muito feias, o bar perderia dinheiro. Griff não queria problemas.

Ele somente tomava partido quando ele estava de folga, por dinheiro— velha escola do Brooklyn num bairro que estava recebendo Starbucks do inferno.

Com um e noventa e oito de altura, Griff tinha uma cabeça e meia sobre, bem, praticamente todo mundo. Grande como ele era, tinha sido cuidadoso a vida inteira: gato em um ringue. Era um jeito prático para um bombeiro salvar vidas e de economizar seu chefe uma fortuna em reparações e multas.

Ele abaixou sua cerveja. Os gritos de “viado” tinham vindo de trás perto das máquinas de fliperama, e levou apenas dez segundos de varredura da suada e barulhenta multidão para Griff detectar a fonte.

Ali.

Um musculoso porto-riquenho com um corte de cabelo moicano estava puxando sua garota atrás dele e olhando para um velho cara com a cabeça raspada. Griff apertou os olhos, tentando ler o cenário por cima da multidão noite de domingo. A menina era bonita e bi-racial e parecia orgulhosa de seu namorado furioso.

Vamos lá, idiota. Hoje não.

Griff colocou sua cerveja no bar e lançou um olhar para a porta. A segurança estava presa checando as identidades de adolescentes bêbados. De jeito nenhum eles poderiam fazer todo o caminho para trás para abafar qualquer coisa que estourasse. O barman estava tirando cervejas no lado errado do balcão, e a multidão embriagada em torno do conflito tinha outros interesses a respeito de 11 de setembro.

O Stone Bone estava repleto de trabalhadores municipais comemorando: paramédicos, policiais e bombeiros: O aniversário dos ataques ao World Trade Center sempre atraía

multidões do FDNY e de seus fãs, para melhor ou para pior. Mas esta noite fazia dez anos desde que as torres caíram— as pessoas não estavam tão tristes como eles tinham ficado quando as feridas eram recentes.

Griff observou os dois homens incompatíveis mais de perto. Traficante de drogas? Agiota? O careca usava um terno, não barato, e ele parecia como Manhattan— mais velho, mais alto, mas superado em qualquer luta que o pequeno hombre3 ia trazer. Merda.

O careca estava sorrindo enquanto ele falava calmamente com o homem mais novo. O latino segurava sua cerveja muito apertada, pronto para bater de frente, os olhos ameaçando qualquer pessoa próxima. Ele queria ir para a prisão por uma embriaguez e desordem.

Griff se afastou do bar, angulando seus ombros musculosos para que ele pudesse se mover através da multidão. Uma loira encaracolada murmurou para ele. Pelo canto do olho, ele viu a cabeça escura de Dante girando quando ele interrompia a cantoria com os outros.

“Hey, G! Onde é o incêndio?” Dante riu.

Mas Griff balançou a cabeça. Ele tinha apenas alguns segundos para atravessar o salão. Algumas pessoas disseram seu nome ou bateram seus ombros de seu canhão quando ele passou, e ele assentiu Olá sem tirar os olhos na briga prestes a entrar em erupção. Ele podia ouvi-los agora, o sotaque suave do careca enquanto ele tentava acalmar o garoto... Polonês? Não, russo.

Talvez o Sr. Clean fosse ex da mulher ou algo assim? Um idiota tentando ganha-la? Um cafetão? Mas por que chamá-lo de “viado” de qualquer maneira? Talvez ele tenha apalpado o namorado acidentalmente de propósito? A linguagem corporal não estava correta, mas você nunca sabia com os russos.

Finalmente o pequeno porto-riquenho estourou. O careca Headovitch percebeu o que estava chegando, mas não tinha saída disponível; eles estavam cercados de pessoas por todos os lados.

Griff se moveu mais rápido, empurrando fregueses fora de seu caminho. O latino levantou a garrafa em sua mão, e Griff podia ver sua noite inteira se transformando em merda em dois segundos, passando o onze de setembro conversando com policiais até as três da manhã. Mas antes que a garrafa sequer começasse a balançar, Griff tinha o pulso do garoto em um aperto musculoso, torcendo-o a seus joelhos no piso de concreto. Seus olhos de menina entraram em pânico debaixo da maquiagem pesada. A multidão em torno deles recuou, curiosos.

“Maricon!” Seu fino e bronzeado braço torceu no aperto forte de Griff como uma cobra.

Griff apertou com força. “Solte isso.”

“Está tudo bem. Sinto muito.” O russo sacudiu sua cabeça raspada tentando deixar o cara fora do aperto, sendo educado. O que ele tinha feito para esse idiota?

“Eu disse para soltar a garrafa.”

Clink. Griff sentiu o spray de espuma em seu tornozelo e torceu o braço do pequeno porto-riquenho para cima entre as suas omoplatas, forçando-o para o concreto. “Basta.”

O nervoso bastardo se contorceu no chão debaixo do kilt de Griff e murmurou algo desagradável em espanhol.

“Sim, foda-se você também.” Griff tentou sinalizar os caras na porta ou o barman, mas a multidão era muito densa. Finais de semana de outono eram piores com esses bêbados. E esta noite estava insano.

O garoto escuro vibrava com raiva abaixo dele. “Você está vestindo uma saia, porra! Outro viado vindo em socorro dele.” Ele lutou, impotente no chão e envergonhado na frente de sua amada. Amor era a derrota.

“É um kilt, otário.” Griff suspirou e olhou para os plissados sobre suas coxas musculosas. Ele estava pronto apenas para acabar com isso e deixar esses palhaços sozinhos. “Seria apenas uma saia, se eu usasse calcinha.”

“Ele não quis dizer isso.” O homem mais velho inclinou sua cabeça raspada e sorriu para Griff seu agradecimento, como Sr. Clean indo para Moscou. “Um mal-entendido.”

“Nada dessa merda. Hoje não. Sim?” Griff apontou para o chão e na namorada envergonhada. “Vocês dois podem sair agora desse bar.”

Ela concordou.

De repente, o latino se levantou e empurrou sua garota em direção à saída. Ela tropeçou, mas estava muito humilhada para parar. Enquanto seu namorado passou por eles, empurrando duramente o ombro do russo, ela prendeu seu tornozelo, e bateu sua bunda no chão. Quase parando, o garoto se moveu através da multidão atrás de sua namorada, empurrando pessoas e derramando bebidas, deixando um rastro de palavrões e caretas atrás dele.

Griff nem sequer se incomodou seguir. Ele puxou o cara careca de pé e segurou a mão, sacudindo-a. “Griffin Muir.”

“Alek. Ela não me conhece. Não foi totalmente culpa dela.” Ele parecia quase apologético, seus olhos azuis amplos e insípidos.

“Nunca é. Dez anos atrás, eu costumava brigar em bares.”

“Obrigado, então. Sim? Ele fez alguns trabalhos para mim e tentou esconder dela. Ela—”

“Queria assistir a uma luta. Sim. Eu era casado com uma garota assim. Ele tem gosto ruim em mulheres. Finalmente você perde o paladar.”

DEAN Martin tinha acabado e o coro de bombeiros tinha rendido um grande numero de tietes.

No momento em Griff conseguiu voltar para sua bebida, Dante o tinha roubado, cumprimentando-o com aplausos falsos. Cabelos negros, olhos negros, sorriso de pirata.

“Meu fodido herói.” Dante sorriu para ele, drenando o copo.

9

“Minha maldita cerveja. Gosto bom?” Griff bateu em sua cabeça carinhosamente e reivindicou um banco.

“Tem gosto de bife.” Dante lambeu os lábios. Lambeu novamente. Arrotou como um garoto de oito anos de idade.

“Vulgar! Eca.” Aparentemente, o bando de garotas nas proximidades tinha os olhos na bunda apertada de Dante e na cabeleira preta ondulada. O que havia de novo? Este grupo era um pouco mais vistoso do que os habitantes locais. Como ricas meninas de faculdade. Manhattan talvez.

Por alguma razão, Dante estava ignorando suas admiradoras. Ele empurrou o emaranhado lustroso de seu rosto. “Estou com fome, G. Você quer comprar uma porção? Preciso falar com você sobre algo.”

“Você está bem?”

“Sim. Não. Nada de mais. Eu meio que preciso te perguntar uma coisa.”

“Claro. Eu tive toda a diversão que eu podia...” Griff olhou para o resto da equipe para dizer adeus. Ele não quis sair hoje à noite, em primeiro lugar. Jantar com Dante parecia muito melhor.

Seu melhor amigo piscou e parou de falar quando uma mão esguia veio de trás e acariciou os brilhantes cabelos de cobre de Griff.

“Seu cabelo é vermelho em toda parte?” Uma curvilínea garota indiana tinha saído do clube de fãs de Dante para se pressionar contra o quadril de Griff e olhar para suas pernas. “Tartan legal.”

Usando um kilt em Cobble Hill sempre era perguntando por isso. Às vezes, o “ele” em questão era uma disputa e, por vezes um boquete. Com outro escocês, isso garantia algumas rodadas de alguém que poderia ter sentimento patriótico. Com os italianos isso significava alguém sempre acusando você de olhar a garota deles.

Crianças riam e senhoras idosas estavam sempre tentando dar uma espiada abaixo.

A boca de Dante ficou apertada enquanto esperava Griff se esquivar.

O que ele precisa falar?

Pela primeira vez, Griff desejava que ele tivesse usando jeans, em vez disso. Ele tentou atrair a atenção de Dante e sacudiu sua cabeça.

“Essa é uma boa bunda que você tem ai.” A garota indiana se inclinou para apertar sua coxa. Ela enchia cada centímetro de seu pequeno vestido. “Tão maldito enorme, hein? Você é totalmente escocês?”

Griff corou, sentindo o calor correr sobre seu rosto e pescoço.

Sua mão ainda estava lá. “Ruivos têm as bundas mais redondas.”

Dante piscou. “Não é possível bater uma estaca com um martelo de tachinhas. Griff tem tipo 111 quilos de sólidos músculos.”

O pau de Griff deslocou debaixo da lã plissada, enquanto Dante o examinava como um touro premiado. Ele tentou engolir, mas sua boca era como uma tempestade de poeira.

Jesus.

Griff estava chocado desta parte e não interessado. Ele estava cansado e ainda tenso da quase-luta. Sem uma boa razão, ele queria pegar o seu amigo e abrir pela multidão, mas ele sabia que isso não era amigável. Ele deveria querer ficar. Ele deveria ficar bêbado e apanhar algumas gatas. Mulheres estavam na cidade esta noite em busca de FDNY. Ugh. 11 de setembro eram o pior.

Escolha um bombeiro, qualquer bombeiro.

Griff sorriu se desculpando. “Desculpe. Nós estávamos apenas saindo para comer uma pizza.”

“Não. Esqueça isso, G.” Dante parecia cauteloso; ele balançou a cabeça e seu-sorriso-de-cada-festa apareceu um pouco rápido demais para ser verdadeiro. “Não — não. Vamos ficar. Estou bem.”

“Vamos lá, homem. Estou exausto.” Griff olhou para o seu melhor amigo, que apenas balançou a cabeça, insistindo. Por um segundo louco ele queria sorrir obrigado-não-obrigado a sua admiradora curvilínea e apenas enganchar um braço em volta do pescoço de Dante para que eles pudessem ir buscar uma fatia. Mas a essa altura, suas amigas tinham se aglomerado em torno de Dante, empurrando umas a outras.

Dez segundos mais e nós poderíamos ter escapado.

A garota indiana olhou entre eles, ainda dando tapinhas na bunda redonda de Griff. Pat pat. Como se ele fosse um São Bernardo sobre duas pernas.

“Sua bunda é tão... mmngh máscula!” Ela agarrou um punhado da coxa de Griff através do kilt, empurrando os plissados em sua fenda suada. Ela lambeu seu lábio inferior. Levantou as sobrancelhas. “Oh meu deus, você está totalmente no comando aí embaixo!”

A poucos metros de distância, Dante bufou a cerveja fora de seu nariz. As outras meninas gritaram e gemeram e enxugaram a si mesmas com guardanapos.

Griff fez uma careta para o bonito rosto de Dante. Ele inclinou a cabeça novamente para a porta, fazendo uma sugestão silenciosa: Vamos.

No meio das garotas, os olhos sorridentes de Dante estavam escuros quanto ele sacudiu a cabeça e piscou. “Não. Estou bem.” Ele se virou para sussurrar algo para uma morena esbelta que a fez rir e corar.

Merda.

Griff se virou e tentou ouvir o que a garota indiana estava dizendo. Algo sobre um concerto que tinha visto em BAM. Ele balançou a cabeça como se estivesse ouvindo. Por cima do ombro viu Dante abrir os braços no bar atrás de duas de suas amigas, sendo charmoso. Sua mão esquerda tinha um corte ruim em todos os quatro dedos.

Que precisava de um curativo.

Griff conseguiu bastante, mesmo que ele não estava normalmente procurando. Ele sempre tinha sido largo nos ombros e no peito. Braços enormes, pernas como as árvores. Seu nariz quebrado tinha sido uma bênção em seu rosto de bebê. E para toda a provocação de Dante, a pele pálida e o cabelo de canela de Griff se destacaram nos bares onde a maior parte da multidão era italiana e latina. Enquanto sua vizinhança inteira tinha um bronzeado o ano todo, pêssegos com creme era exótico. As senhoras amavam marcar a sua pele clara, e sua corpulenta carne rosada não prejudicava suas chances de qualquer modo. Uma batata Moby Dick, Dante chamava.

Essa garota indiana era determinada e muito linda, se ao menos ele tivesse a idéia. “Você quer...?”

Não, eu não quero. Mas eu deveria.

Mas Griff sorriu mecanicamente para sua admiradora curvilínea. Ela sorriu de volta. Seus lábios estavam manchados de um vermelho tijolo maduro que deveria parecer sexy. Seu cheio cabelo era quase o mesmo brilhante escuro como o do seu melhor amigo.

Dante estava observando-os novamente, mordendo seus lábios e acenando encorajamento, olhos negros brilhantes.

O pau de Griff deu um empurrão, e ele teve que segurá-lo contra a sua coxa quando ela o puxou para os banheiros.

Lembre-se: isso é o que você quer.

Se você fosse um FDNY, o onze de setembro seria apenas bom lugar para um foda sem significado e bebida de graça. Sexo amigável no bar. Griff Muir não tinha coração para reagir.

O banheiro de funcionários estava aberto e Griff tinha sua chave, mas quando os dois tinham fechado a porta, o plano inteiro de sexo foi para o inferno. Ela estava escalando-o como um trepa-trepa e sua boca pareceu agradável para ele, mas seu coração não estava nisso. Seus longos cabelos eram sedosos, mas parecia falsos sobre sua pele. Ele estava apoiado contra a pia e não parava de pensar sobre os olhos ilegíveis de Dante.

Com o que ele estava preocupado?

Talvez se ele pudesse acabar com isso em poucos minutos, eles ainda poderiam partir e pegar uma fatia. Griff colocou seu rosto debaixo da cortina escura do cabelo dela e chupou seu pescoço suave moreno, enquanto ela tateava sob seu kilt para o seu pacote. Eventualmente, ele diminuiu ainda assim.

Sem chance.

Ela percebeu sua relutância e parou de tentar, beijado seu pescoço com uma boca que cheirava a mentol. Seus enormes olhos exóticos levantaram uma pergunta aos seus.

Ele fez uma careta e sacudiu a cabeça uma vez. “Desculpe. Hoje é um dia difícil para mim. Você é linda e tudo, mas—”

“Você é um FDNY.” Um sorriso doce em seu rosto moreno, ela balançou a cabeça em simpatia.

Griff balançou a cabeça, sentindo como um idiota.

“Você estava lá quando as Torres...”

Ele engoliu em seco, olhando para o chão.

“Eu entendo. Eu tenho um fraquinho por bombeiros. Como um fetiche.” Ela desceu de seu colo.

“Desculpe... eu aprecio seu ponto fraco.” Ele queria ser gentil com ela, mas ele também queria ter ido embora.

Ela o apertou através do kilt. “Você é tão forte. Tem certeza de que não quer tentar?”

Griff se sentou na tampa do vaso sanitário, enlaçando seus dedos grossos.

“Não. Eu deveria ir para casa.”

“Talvez outra noite. Você é tão bonitinho. Esse cabelo como brasas quentes.” Ela acariciou a lateral de sua cabeça e franziu as sobrancelhas levemente. “Eu preciso encontrar minhas amigas.”

“Bem... meu amigo talvez tenha se envolvido com elas. Você precisa de uma carona?”

“Não. Eu moro no Heights. Eu sou casada.” Ela abriu um estojo compacto e verificou seu rosto.

“Certo.”

Griff estava começando a entender a questão do casamento. Ele tornava as mulheres em sacos e homens em valentões.

A morte de sua mãe tinha destruído seu pai. E Senhor sabia Griff tinha ferrado seu próprio casamento.

Ele olhou para ela no banheiro mal iluminado. “Como você sabia que eu era um bombeiro?”

Ela deu uma risadinha. “Eu posso localizar vocês rapazes a cinquenta passos. Com ou sem calças de borracha. Eu não vou… dizer nada.” Sobre a deixar a bola cair, ela queria dizer. “Inferno, eu posso mentir para minhas amigas e afirmar que fiz duas vezes.”

“Como eu fui?” Ele riu e corou até suas orelhas estarem quentes.

Ela lambeu seu lábio superior e piscou os olhos grandes. “Maravilhoso!”

“Obrigado.” Griff percebeu que ele tinha se tornado uma história que ela contaria: o gigante ruivo em um kilt na festaBastante justo— a piada perversa parecia ser uma coisa boa.

Bem, isso era na maior parte verdadeiro. Ele quase podia imaginá-la contando a história para suas amigas tomando café e saladas, se gabando e exagerando um pouco cada vez mais até que ele tinha dois metros e dez de altura e enviando cartas de amor a ela.

Ele desejava que ele realmente pudesse ser o garanhão que ela iria construir mais tarde, para fazer seu fracasso no banheiro parecer mais sexy, mais interessante, mais arriscado.

Perdedor.

Ela suavizou o batom e passou a mão pelo cabelo brilhante. “Apenas fazendo meu dever cívico.” Com uma piscada e uma manobra para conseguir sua saia reta, ela escorregou para fora da porta.

Griff se levantou e abriu a torneira. Ele espirrou seu rosto e olhou seus cansados olhos cinzentos no espelho.

Perdedor. Idiota. Repulsivo.

Os caras ficariam horrorizados se o tivesse visto recusar aquele rabo quente. Eles ficariam ainda mais horrorizados se eles soubessem o porquê. Debaixo do kilt, ele ainda tinha uma ereção grossa empurrando os plissados, mas não era para ela. Grande problema. Se ele fosse lá fora assim, todo mundo iria ver. Ele apertou seu pênis inchado através da lã e ofegou.

Ele trancou a porta e enfiou sua mão debaixo das dobras. Ele se atrapalhou para se apossar de seu esticado canhão, então envolveu uma mão em torno de si.

Dois minutos, no máximo.

Griff se sentou e fechou os olhos e parou de lutar contra sua verdadeira fantasia.

POUCOS minutos depois, e Griff se sentia como se tivesse tido café da manhã e um chuveiro. Bem... talvez um Egg McMuffin e um aperto de Purell5. Machado6 encerado, nada complicado.

No momento em que ele saiu do banheiro, suas bolas tinham finalmente parado de apertar sua virilha e se deslocado para baixo. Ele se limpou com uma toalha de papel, mas ele podia sentir uma gota de sêmen secando em suas coxas.

O Stone Bone estava ainda mais cheio. Outros bombeiros tinham vindo vestindo camisetas de bombeiros como isca de garota, esposas muito, muito distantes.

Como um, todos no bar levantaram os seus cotovelos e copos quando o pequeno ajudante cubano passou um pano cinzento sobre a esculpida e esburacada superfície: pau grande e Shasta ama Ronnie e uma partida de jogo da velha.

“343! 343!” Na parte de trás do bar, um grupo de bombeiros do Brooklyn Ladders e Engines berrou um brinde, cervejas para o alto. Os civis aplaudiram e levantaram copos ao redor deles. Em 2001, 343 membros do FDNY tinham dado suas vidas no Marco Zero, e Nova York ainda estava agradecida. Isso era bom. Isso parecia certo, a cidade se lembrando dez anos depois, mesmo depois que o poço tinha sido pavimentado e as Torres Gêmeas eram apenas outra estátua cafona para os turistas levar para casa para Pennsyltucky.

Griff manobrou seu corpo avantajado para o bar. Cabeça e ombros sobre a multidão, ele sacudiu a cabeça para a garçonete peituda, gritando acima do The Doors. “Você viu Anastagio?”

A garçonete encolheu os ombros e girou seus olhos para a sala lotada. Griff riu e sorriu seus agradecimentos. Onde Dante tinha ido? Griff suspirou, subitamente com fome de verdade. A idéia de Dante de pizza soava ainda melhor agora. Seu estômago roncou de acordo.

Então, como se o pensamento o tivesse convocado, seu melhor amigo apareceu— cabelos negros suados e enrolados em seu pescoço, mão dura sobre o ombro de Griff.

“Aqui está o meu homem! Grande G!” Dante estava achatado contra o bar, estalando chiclete com aquele sorriso de pirata ainda lambuzado pelo seu rosto.

“Hey anão.” Griff se aproximou mais perto dele e respirou o penetrante cheiro particular de Dante: doce, de couro e mofado como um limpo vestiário. Griff sorriu, ele conheceria aquele cheiro em qualquer lugar.

“Hey! Um e oitenta é normal. Você é um mutante.” Dante estava descascando o rótulo de sua quarta cerveja, as outras três na frente dele no bar. Ele não se barbeava há alguns dias, e o restolho azulado no seu esculpido perfil romano fazia parecer um bandido de desenho animado. Ele tomou outro gole da garrafa, os músculos de seu pescoço longo trabalhando.

“Vamos sair daqui, hein?” Griff apontou a cabeça em direção à porta.

Dante parecia um pouco bêbado. “Você está se divertindo. E todos nós encontramos companhia, parece.” Ele examinou a festa, onde o resto dos rapazes estava mergulhado em poças de fãs do sexo feminino.

“Então, vamos sair. Estou morrendo de fome. E você queria conversar...”

Griff procurou os olhos de Dante, tentando ler a preocupação piscando ali. Ele raramente pedia a qualquer um por nada.

Dante estalou os dedos como se ele não tivesse planejando perguntar. “Pizza para viagem. Por que não vamos voltar para a minha casa e você pode dormir lá?” Ele sempre convidava e Griff sempre dizia não.

Má idéia.

Griff balançou a cabeça em desculpas. “Eu tenho que acordar cedo. Devo ir para casa.”

“E o meu relógio não marca horário?” Dante fez a sua cara idiota do interior, cruzando seus olhos e pondo a língua para os lados.

“Eu não me enquadro em qualquer de suas camas. Mas pizza, sim. Podemos falar a caminho, se você estiver pronto...” Griff estava próximo a ele como um mendigo aconchegando em uma lata de lixo com fogo e tentando capturar seus olhos de carvão.

Dante olhou para ele por um segundo, então olhou o chão, para baixo, onde as panturrilhas enormes de Griff se sobressaíam acima suas meias e botas.

Griff as flexionou involuntariamente.

“Você está bem?” Dante balançou em seus pés e olhou de soslaio para ele.

“Sim, D.” Ele já estava se virando para a parte da frente.

“Que diabos você precisa falar?”

“Não aqui.”

“Tudo bem. Tudo bem.” Griff riu. “Eu poderia realmente ir para o Lucali. Se você não se importar da fila.”

“Uhh. Eu tenho zero em dinheiro.” Algo se moveu nos olhos escuros de Dante.

Griff não hesitou em oferecer. “Eu vou nos comprar uma pizza inteira. Vamos.”

Era dinheiro que o deixou tão preocupado?

Dante balançou a cabeça e a apontou para a porta. Ele estava praticamente vibrando. “Aqui está a coisa...”

Griff recuou e o cutucou. “Anastagio, eu posso emprestar para você. Você precisa de um empréstimo até dia de pagamento? Eu posso cobrir o que for que seja.”

Ele podia organizar isso. Além de saltar nesta lixeira, Griff também tinha um acordo com um empreiteiro local, que estava sempre à procura de mãos capazes. Todos os caras faziam trabalhos secundários. O FDNY era famoso por pagar salários de merda para os bastardos malucos que entravam em edifícios em chamas, enquanto todo mundo estava correndo para fora.

Dante deu de ombros e cutucou Griff para a saída. O Stone Bone estava tão lotado agora que mover significava passar deslizando em corpos de todo mundo em pleno contato. Dante estava praticamente pressionado contra suas costas, abdome contra a bunda de Griff. Graças a Deus ele era algum centímetro menor, por isso nada, uh, alinhados.

Alguém tocou seu ombro, e Griff se virou.

“Sr. Muir.” Alek levantou seu copo em despedida. Aparentemente, o russo liso tinha feito o seu caminho de volta para a multidão de bombeiros também, parecendo um pouco fora de lugar em seu terno, gesticulando como um vendedor de carros, enquanto ele conversava com um par de paramédicos do Queens.

Griff acenou com a cabeça, mas não parou de se mover para frente. Ele queria apenas sair desta multidão e do barulho e descobrir o que estava errado. Vir aqui esta noite foi uma idéia terrível. Não tinha morrido 343 bombeiros? Por que as pessoas querem comemorar uma tragédia?

Eles estavam quase na porta quando Griff sentiu Dante parar de se mover atrás dele.

O que foi agora

“Merda.” Dante murmurou. Griff virou para olhar sobre a floresta de cabeças tagarelas.

“Anastagio! Você está tentando fugir?” Uma morena atrevida de pé no bar cutucou Dante no peito, plano B de hoje à noite provavelmente: saia apertada, peitos suave debaixo do vestido, bunda grande, sua boca solta de beijar alguém— provavelmente ele.

Dante deu uma risada curta e apertou os olhos, como se estivesse tentando lembrar o nome dela. “Uh, não... este é meu amigo, Griff.”

Ela nem sequer olhou para cima. “Dante, eu estava tentando ficar com você por uns dois anos, e estávamos chegando a algum lugar e agora você vai pular fora?”

“Não, baby.” Dante falou suavemente e se inclinou para frente.

Subitamente Griff não se sentia tão quente.

Dante caminhou até o canto do bar ao lado dela, uma mão em cima da madeira marcada. Uma murmurada desculpa derramou dele. “Temos que levantar cedo. E Griff não comeu hoje. Tenho que alimentá-lo.”

Mesmo em um bar lotado do Brooklyn, você podia ver seus olhos de Dalila deslizando entre eles, irritados pela interferência. Ela fez uma careta. “Vocês vivem juntos?”

“Não.” Griff se aproximou do bar, apenas para sair da multidão de pessoas.

“Bem, praticamente. Ele é como meu irmão.” Dante empurrou o cabelo do rosto. “E ele tem que estar de pé em algumas horas.” Dante acariciou sua perna, logo abaixo de sua saia. “Nós podemos retomam isto mais tarde. Vamos. Eu preciso cuidar dele.”

“E eu?” Ela conhecia essa música e dança.

Griff percebeu a cabeça raspada de Alek inclinada próxima, escutando a mentira de Dante com um sorriso torto. No jukebox, os Rolling Stones estava lamentando sobre animais e cargas, juntamente com a multidão que berrava fora do tom e 343 fantasmas observavam.

A garota guinchou. Pelo olhar em seu rosto e da posição de Dante, Griff tinha certeza de ele tinha um par de dedos dentro dela ali mesmo.

Jesus. Dante estava sempre deixando garotas alucinadas, meio válido a merda com ele, de preferência em público, de preferência na frente de Griff para seu completo rubor exagerado. Griff suaria e gaguejaria e olharia para o chão, e Dante sempre avançaria um passo longe demais. E o mais estranho era que, as mulheres geralmente agradeciam Dante depois, o perseguido e enviando a ele mensagens de texto durante meses.

Griff bufou e deu o seu melhor amigo uma olhada. Dante gostava de embaraçá-lo, vivia para vê-lo corar. Inferno, Griffin podia sentir o rubor espalhar por cada centímetro quadrado de seu corpo sob olhar arrogante de seu amigo. Suas pernas provavelmente estavam enrubescendo debaixo do kilt. Ele quase olhou para baixo para checar, mas conseguiu manter seu olhar no tumultuado bar.

Contra a madeira úmida, aqueles cortes sobre as juntas de Dante pareciam esticados e em carne viva.

“O que você fez à sua mão, D?”

“Isso não é problema seu.” O sorriso de Dante ficou maior, mas seus olhos pareciam vazios, olhando para Griff como se ele quisesse estar em outro lugar. Os músculos seu antebraço bronzeado flexionaram sob o olhar de Griff. A menina gemeu em alguma coisa que a mão escondida de Dante estava fazendo.

“Não, eu queria dizer os... Não tem importância.”

Griff esfregou sua barba, desejando que os dois estivessem em outro lugar, desejando uma fatia de pepperoni quente, desejando tudo menos um bar lotado no Brooklyn dez anos depois.

De repente, ser uma inventada piada pornográfica para uma mulher casada parecia mais verdadeiro do que ele se sentia.

Como se ele fosse o fantasma 344. Algo em seu largo peito expandiu, deixando-o sem espaço para respirar, esmagando-o por dentro.

“Griffin?” Dante perguntou baixinho, quando ele parou e se afastou da morena. Sua mão calejada no antebraço musculoso de Griff o trouxe de volta para o salão.

Griff se encolheu e levantou seu olhar cinzento, levando quase cem milhas para alcançar o de Dante, mal mantendo contato. “Eu tenho que ir.”

“Temos que ir,” Dante falou com a garota, cortando seu protesto com um beijo curto em sua boca. “A menos que você queira vir conosco, bebê? Juntos, eu quero dizer. Griff é um bombeiro também...”

Que porra é essa?

Música martelando e pessoas apinhavam e Griffin estava ali sozinho em uma bolha sufocante de ruído alto, olhando para o ar, contando até zero. Por que ele ficou assim? Ele resmungou e olhou por toda parte, exceto para o preocupado rosto bonito de seu melhor amigo.

Ela olhou para os dois homens— nos músculos, os corpos deles — e fez as contas: uma cama cheia de dois bombeiros em 11 de setembro.

Griff podia ver as engrenagens girando enquanto ela mordia seus lábios, olhando as possibilidades geométricas.

Ela adorou a idéia. “Eu acho que não, Dante. Eu preciso comer e ir para a cama.”

“Isso é o que eu estou falando, G. Eu e você não festejamos juntos há muito tempo.”

Griff sabia exatamente o que seu melhor amigo estava sugerindo; ele simplesmente não confiava em si mesmo o suficiente para dizer sim. Ele sabia que Dante queria ajudar, mas balançou a cabeça. Não.

Dante puxou Griff para baixo, seus lábios quase roçando a orelha de Griff e sussurrou, “Me dê...”

Griff estremeceu e acenou sim, mesmo antes de seu melhor amigo falar. Ele estava suando, e a porra na sua coxa estava pegajosa novamente.

“Você pode me dar um segundo? Eu te encontro lá na frente.” Desculpas engrossavam as palavras de Dante.

Griff continuou concordando e abriu caminho para a porta, deslizando por entre a multidão barulhenta.

Quando ele chegou lá, ele a abriu, mas não saiu para o ar fresco, parando ao invés diretamente na soleira de onde ele não queria estar, a festa fervendo ao redor dele.

Ele não tinha que observar a suave mão morena de Dante rejeitando hoje à noite um pedaço de bunda para que eles pudessem escapar. Ele não tinha que observar as costas fortes e pernas de Dante cortando através da multidão em direção a ele como uma escura faca. Ele não tinha que observar a maneira como o queixo quadrado de Dante e cabelos negros capturavam a luz quando ele chegou à entrada para sorrir e piscar de alívio.

Na maior parte ele não tinha.

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Comentários

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Ixiii tadinho vendo coisas que ñ que é fingir que ñ liga nada bom

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Nossa!!!! Super denso e tenso, é uma situação horrível, se apaixonar pelo melhor amigo e não saber o que fazer a respeito!!!! Continua!!! 👏👏👏😍✊🙌💓💘😢😋

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