AMOR DE PESO - 01X11 - SEGREDOS DESCOBERTOS

Um conto erótico de Escrevo Amor
Categoria: Gay
Contém 2972 palavras
Data: 03/09/2016 18:38:06
Última revisão: 03/11/2020 06:07:42

Pai e Mãe,

Meus segredos foram descobertos. O que vou fazer? Isso não pode tá acontecendo. O que será que o Vando vai fazer com o vídeo?

***

Sabe o que é sentir o peso do mundo nas tuas costas? Eu sei. Naquele domingo, acordei muito mal. O meu estômago estava girando e não parava de incomodar. Fui até o banheiro e vomitei tudo o que tinha dentro de mim, acho que vi até parte do bolo do aniversário.

O medo pode fazer loucuras com o nosso psicológico. Como eu pude dar tanta bandeira assim? E, o pior, na frente do Vando. Fui burro demais, dei mole e conseguiram um vídeo.

Como a vida pode ser. No aniversário do Hélder, pude ser o verdadeiro Yuri, sem máscaras ou amarras. Dancei, beijei e me diverti bastante. Agora, estava jogado no chão do banheiro, colocando tudo o que eu tinha para fora, literalmente.

Na nossa casa, a tia Olívia criou uma regra idiota, se alguém estivesse passando mal a porta do banheiro deveria ficar sempre aberta (menos no caso do número 2, graças a Deus). Ela bateu e pediu para entrar. Na cabeça dela, eu devo ter bebido todas, porém, o medo que me fazia vomitar.

— Você está bem? A tua irmã avisou que você estava passando mal. — ela quis saber passando a mão na minha cabeça.

— Estou. Deve ter sido algo que comi ontem. — menti para evitar expor meu grande segredo.

— Comeu ou bebeu? Yuri, já conversamos sobre isso e...

— Tia. Não bebi, ok. Eu só devo ter comido algo que não caiu bem.

— Vou acreditar, Yuri. Vou na farmácia comprar alguns remédios. Percebi que não temos quase nada de medicamento.

— Tudo bem. — falei levantando do chão e puxando a descarga. — Vou escovar os dentes e deitar um pouco.

Definitivamente, não estava no meu melhor dia. De acordo com Giovanna, eu parecia um zumbi. Voltei para o quarto e peguei o celular, nem fiquei surpreso quando vi 10 ligações do Diogo, além de 200 mensagens.

Droga, eu não deveria ficar chateado com ele. De todos os envolvidos, o Diogo era o único inocente. Enviei um áudio falando que tudo estava bem, ou seja, menti para a pessoa que me apoiava 100%.

De repente, tive a ideia de conversar com o Vando, tentar apelar para o lado bom dele. Decidi começar pelo Fred's, afinal, o mal caráter sempre estava por lá. Para a minha sorte, ou não, o encontrei com um grupo de amigos.

— Olha só. Se não é a baleia rainha. — comentou Vando aos risos.

— Corta essa, Vando. Quero conversar com você.

— Vazem. — ele ordenou para os seus colegas. — Muito bem. Quer dizer que você criou culhões e veio me enfrentar? Saiba que eu não planejava fazer nada, pelo menos, hoje. Você ainda pode ser útil para mim.

— Não quero ter nada com você. Me deixa em paz. — pedi, antes de sair, mas ser impedido pelo Vando que segurou meu braço com violência.

— Já pensou teus amigos assistem esse vídeo? Já te falei o que eles aprontaram com um cabeleireiro aqui do bairro. — comentou Vando balançando o celular próximo ao meu rosto.

— O quê? — perguntei me afastando dele. — O que eles fizeram?

— Bem, chupeta de baleia. Seus amigos, Zedu, Ramona, Brutus e Letícia, não gostavam de um cabeleireiro do bairro, ele se chamava Mascarenhas. Um dia, eles inventaram que o tal homem havia aliciado o Brutus e para encobrir, eles espancaram o pobre gay. — Vando andava de um lado para o outro, contando com detalhes a história.

— Isso é mentira...

— A cena foi tão grotesca. Eu estava presente, e graças a Deus, não tive nada haver com esse ato de violência extremo. O pobre gay quase morreu e apanhou mais ainda quando a polícia chegou. Eu tenho o vídeo. — ele disse abrindo o celular e buscando o vídeo na galeria de imagens. — Olha.

Droga, os meus amigos estavam agredindo um homem. A voz de Vando aparecia no fundo do vídeo, ele incentivava o ódio. Eu não podia acreditar no que eu estava assistindo. Era mentira, uma montagem. A Letícia e Ramona nunca diriam aquelas palavras. "Morre seu gay", "Esse viado tem que pagar", "Vamos acabar com ele".

Aquelas palavras ecoavam dentro da minha cabeça. No vídeo, o homem chorava e implorava por misericórdia. Outros moradores do bairro entram na casa e o arrastam para a rua. Eu não conseguia acreditar.

— Chega, por favor. — implorei baixando a mão do Vando.

— Já pensou. Agora, imagina quando eles descobrirem que você é viado?

— Não, não, não. Eles não fariam isso comigo. — tentava com todas as forças não acreditar no Vando.

— Eu não teria dúvidas. — Vando começou a digitar algo no celular. Era uma matéria de um site local.

CABELEIREIRO É LINCHADO NO PARQUE 10. Dizia a notícia em letras garrafais. Meu Deus, era verdade. A matéria explicava que o homem foi muito mal para o hospital e citou o vídeo também. Como eu pude confiar neles? Eles eram homofóbicos.

— Eu, pelo menos, sou verdadeiro. E se eles estiverem te usando de isca? — questionou Vando se aproveitando da minha fragilidade.

— Não. Eles não fariam isso comigo.

— Eu só quero o teu bem. Hoje à noite me encontra no Fred's. Vou te apresentar uma pessoa.

Eu não conseguia raciocinar direito, então, fui pra casa, tranquei a porta do quarto e comecei a chorar. Era muita coisa acontecendo comigo, os sentimentos se misturavam. Aquelas pessoas eram meus amigos? Ou era apenas mais um brinquedo para eles chutarem? Eu não conseguia respirar.

Coloquei "The Scientist", do Coldplay, para tocar no meu celular. Nunca chorei tanto na vida, o que uma decepção não pode fazer, não é? A tia Olívia bateu na porta, limpei os olhos e abri. Para a minha surpresa, o Zedu estava ao lado dela.

— Nossa, querido. Você está bem? — perguntou titia ao ver meu estado deplorável.

— Tá precisando de algo? — Zedu quis saber me olhando da cabeça aos pés.

— Ontem comi algo que não caiu muito bem. Podemos conversar amanhã?

— Claro. Te encontro na parada de ônibus. Com licença, dona Olívia. — ele pediu saindo.

— Você não quer ir no médico? — tia Oliva questionou pegando na minha testa.

— Não, tia. Vou deitar.

Deus. O que eu vou fazer? E se eles descobrirem que eu sou gay? Decidi encontrar Vando. Ele estava no Freds, mas pediu para conversamos em outro lugar. Fomos de moto até a Ponta Negra.

O pôr do sol começou a surgir no horizonte. Lembrei da última vez que estive ali, com os meus amigos. O Vando aproveitou para tirar várias selfies. Sério, eu não conseguia entender qual era desse cara.

— Então, vai me ajudar? — ele perguntou, após tirar umas 40 fotos.

— Quem é a pessoa que você ia me apresentar? — questionei, sem paciência para as enrolações dele.

— Meu novo parceiro no crime, bolota.

— E quem seria?

— Você. — ele falou apontando na minha direção.

Louco. Homem louco. Como assim, ser o seu novo parceiro no crime. O Vando explicou que os meus amigos deveriam pagar, pois, sempre o excluíram de tudo. Até mesmo, quando ele foi expulso da escola, ninguém ficou ao seu lado.

A ideia dele era pegar meus amigos de um por um. Usar suas fraquezas para derruba-los. Apesar das coisas que vi, eu não conseguiria fazer mal para eles. Afinal, nos últimos meses, criamos laços de amizade e companheirismo, principalmente, com o José Eduardo.

Para a minha surpresa, o Vando já possuía um plano para derrubar os meus amigos. Como eu poderia participar disso? Pedi dele para ficar na Ponta Negra, queria um tempo para pensar na proposta dele. Aquilo só podia ser um pesadelo.

O Complexo Turístico da Ponta Negra é gigante, a praia fica em uma parte separada do calçadão. Sentei na areia, tirei o chinelo e curti a brisa que batia no meu rosto. Estava muito fragilidade, imagens do Mascarenhas apanhando veio no meu pensamento.

Como eles puderam ser tão cruéis com outro ser humano? Do nada, me deu vontade de entrar na água, tirei a calça e a camisa, fiquei apenas de cueca e entrei na água.

— E se o Vando contar para todos? E se a minha tia me expulsar de casa? E se os meus amigos me humilharem? — mergulhei nas águas turvas do Rio Negro.

Se eu morresse naquele momento ninguém viria me resgatar. Talvez essa fosse a solução ideal, a morte. Não precisaria enfrentar ninguém. Era apenas morrer. Um dia achariam meu corpo e pronto. Abri os olhos de baixo d'água, uma escuridão total. Longe, o sol dava seus últimos sinais de vida, apenas o tom alaranjado percorria pelos céus da cidade.

Aguentei apenas 40 segundos submerso. Nem para isso eu tinha coragem. Fiquei divagando por quase uma hora, os meus dedos já estavam todos enrugados. Comecei a lembrar dos animais que vivem na Amazônia e como à noite caiu, resolvi voltar para a areia.

Vesti toda a roupa, molhado mesmo, mas, ao subir para pegar o ônibus, percebi que não tinha dinheiro. E agora, Yuri? Se eu ligasse para a minha tia tenho certeza que ela ia surtar, então decidi atender uma das 159 ligações do Diogo.

Contei parte da história pra ele. Não demorou muito e o Diogo chegou na moto do irmão que estava morando em Portugal. Falei para ele que não queria ir direto para casa, afinal, não queria responder aos questionamentos da tia Olívia.

Falando nela, a tia Olívia percebeu que eu não estava em casa e começou a me ligar. Porém, naquela altura, o meu celular já estava descarregado. Ela ligou para os meus amigos e ninguém tinha me visto.

Engraçado como funciona a mente humana, a tia Olívia acessou em seu cérebro os momentos em que eu agi de forma estranha, e para sua infelicidade, o dia que surtei, após a morte dos meus pais, veio em primeiro lugar e tal possibilidade a deixou desesperada.

Fomos para o apartamento do George. Eles serviram um café quente e colocaram minhas roupas da máquina de secar. Contei todo o drama que vivi nas últimas 24 horas e o Diogo já queria quebrar a cara do Vando, por um segundo, quase deixei, porém, Jonas afirmou que violência podia gerar mais violência.

— O importante é você ser feliz consigo mesmo. — George pegou no meu ombro e tentou me tranquilizar.

— Também acho, Yag. Tipo, você não pode dar o gostinho desse cara te tirar do armário. Saia antes. — aconselhou Hélder passando protetor labial.

— Querido, você não pode esconder isso da sua família. Eles merecem saber a verdade. — disse Jonas de uma forma doce e direta.

Os três estavam de saída para um recital no Teatro Amazonas, que não ficava longe dali e deixaram a chave do apartamento com o Diogo. Aparentemente, os três confiavam no meu colega de escola. Antes deles saírem, agradeci pelos conselhos e os abracei.

Por causa do nervosismo da tia Olívia, os meus amigos acabaram indo até a minha casa para saber se havia acontecido algo. Eles decidiram procurar por áreas próximas, porém, não encontraram nenhum vestígio.

Enquanto isso, a tia Olívia foi para o meu quarto em busca de pistas. Ela viu uma fotografia nossa, no primeiro dia em Manaus, e começou a chorar copiosamente.

Os meus amigos encontraram a Giovanna e o Richard na sala, ainda tentando entrar em contato comigo. Ninguém entendia o motivo do meu sumiço, eles nem imaginavam, na verdade. A Giovanna, então, contou do surto que tive há alguns anos.

Na época, eu fui o primeiro a saber sobre a morte dos meus pais. Passei o dia vomitando e cabisbaixo. No fim, acabei descontando toda a frustração no meu antigo quarto e quebrei tudo. Como punição, a minha avó me mandou para uma instituição psiquiátrica.

— Com uma avó dessas ninguém precisa de inimigo. — comentou Brutus sentado no sofá.

— Mas, eu enfrentei a minha mãe e resgatei o Yuri. Ela até hoje não fala comigo, mas eu não me importo. Os pais deles não iam fazer isso, então porque eu faria? — disse tia Olívia descendo às escadas e sentando ao lado de Brutus.

— Yuri. — pensou Zedu com os olhos marejados e saindo da sala.

— E vocês acham que ele pode... — disse Letícia pegando no ombro da titia.

— Não! — gritou o Richard subindo para o quarto.

— Desculpa. — pediu Letícia, que se assustou quando a campainha de casa tocou.

— Tia, eu falo com o Richard. A senhora atende, por favor.

O Richard e a Giovanna tem uma relação de amor e ódio, na maioria das vezes, o amor prevalecia. Ela encontrou o nosso irmão caçula deitado na cama com o travesseiro sob a cabeça.

O momento podia ser difícil, porém, eles precisavam ser fortes. A Giovanna deitou ao lado do Richard e começou a lembrar de histórias da infância deles.

— Sai daqui. Não quero falar com ninguém. — pediu meu irmão.

— Richard, tudo bem ficar com medo. Só que precisamos pensar positivo. O Yuri tá bem.

— E se aconteceu algo com ele? Eu vou ficar sozinho! — protestou o Richard com a voz abafada por causa do travesseiro.

— Você nunca vai ficar só. Tem a titia e, principalmente, a mim. Eu nunca te deixaria sozinho. Agora a gente precisa ser forte. A tia Olívia já tá muito nervosa. Você me ajuda?

— Sim. Ajudo. — ele respondeu tirando o travesseiro do rosto e abraçando Giovanna.

Na minha cabeça de girino, nunca imaginei que na minha casa estava acontecendo o apocalipse. Fiquei concentrado nos beijos do Diogo. Ele tirou a camisa para ficar mais à vontade, eu só usava uma toalha. Não tinha jeito, a gente acabou transando na sala do George.

Eu me sentia bem ao lado do Diogo, ele me passava segurança. Conseguiu ser verdadeiro príncipe. Naquele dia, a transa foi super diferente, eu gostei mais. Não teve pressa ou palavras baixas, fizemos amor.

— Yuri, eu não queria apressar as coisas, mas você gostaria de namorar comigo. — ele perguntou, enquanto estávamos abraçados no chão da sala do George.

— Diogo. — falei pensando nas palavras certas. — Você é um cara nota 10. Só que eu não estou preparado para um relacionamento. Eu não quero que você fique com raiva de mim, pois, vou ter que enfrentar algo muito difícil e...

— Ei, calma. Estou do seu lado. Mas, você tem que prometer que vamos transar de novo. — ele soltou.

— Tarado! — gritei jogando a toalha no rosto dele.

A minha situação estava começando a melhorar, porém, para a tia Olívia ficava mais complicada. Carlos e Orlando chegaram juntos na minha casa. Pensa no constrangimento dela.

— Vim o mais rápido que eu pude. — disse Carlos pegando na mão da tia Olívia. — O que ele tá fazendo aqui?

— Ele apareceu. Veio fazer uma visita. Eu liguei para você.

— Relaxa, isso não tem importância agora. E o Yuri? — perguntou o estagiário da titia.

— Não atende, não liga. — às lágrimas foram inevitáveis. — Eu não sei o que fazer, Carlos.

— Calma, Olívia. Ele vai aparecer. — Carlos deu o abraço mais carinhoso que pode na titia.

Na calçada, os meus amigos tentavam juntas todas as peças do meu desaparecimento. O Zedu se sentiu impotente, afinal, ele se considerava o meu melhor amigo. Eles deram mais uma volta no bairro para procurar pistas, mais uma vez, sem sucesso.

Os meus amigos tentavam juntar as peças para saber do meu paradeiro. Zedu se sentiu impotente e com o sentimento de derrota, afinal ele se considerava o meu melhor amigo.

Finalmente, minhas roupas secaram, a máquina do George era muito lenta, pelo menos, consegui ficar com o Diogo, que me levou para casa com um sorriso no rosto. O segurei firme, pois, não gostava de motos. Como já era tarde, não pegamos trânsito, então, chegamos até que rápido.

— Quer que eu te acompanhe? Vai dar uma quase 1h. — ele perguntou tirando o capacete.

— Relaxa. — falei entregando o capacete que usei para o Diogo. — Eles devem estar dormindo. Te vejo na escola?

— Com certeza. — Diogo disse sorrindo.

Estranhei ao ver todas as luzes de casa acesas. Ao entrar, encontrei todos na sala, inclusive, o Carlos e Orlando. Eles começaram a fazer várias perguntas e veio tudo à tona. O vídeo, as ameaças de Vando e a morte dos meus pais. Comecei a ouvir vozes, e elas não estavam vindo daquela sala.

— Chega!! — gritei assustando todos na sala. — Querem saber? Vão todos para o inferno! — subi às escadas da forma mais dramática que alguém pode subir.

— Nossa. — soltou Giovanna. — Que climão.

— Vou conversar com ele. Giovanna, leva o pessoal até a porta, por favor. — pediu tia Olívia subindo atrás de mim.

Sim. Fiz barraco na frente de todo mundo. Confesso que gritar foi libertador, entretanto, bateu um pouco de culpa ao ver a preocupação da minha família. Entrei no quarto e comecei a chorar. A tia Olívia, com toda sua paciência e plenitude, entrou em seguida e se aproximou de mim.

— Yuri, o que está acontecendo? E, por favor, não diga que é nada. — ela quis saber passando a mão na minha cabeça.

— Nada, tia. Não aconteceu nada. — repetir isso se tornou um costume na minha vida.

— Amor. Você precisa me contar as coisas. Não pode guardar tudo para você.

— Eu não posso. Tia. — disse chorando. — Eu tô aqui. Nada aconteceu comigo. Eu só quero dormir.

— Yuri. Você sabe que eu sempre estarei aqui quando você precisar. — ela levantou e foi em direção à porta.

Lembrei dos conselhos de George, Hélder e Jonas. Eles estavam certo, eu não deveria permitir que o Vando me jogasse do armário. Ainda mais sabendo que ele tem um plano contra pessoas que, de uma certa forma, são importantes para mim. O Yuri corajoso queria aparecer e gritar para o mundo sua verdade.

— Conta. Conta. Conta pra ela agora. — pensava comigo mesmo.

— Yuri, eu te amo. — soltou tia Olívia abrindo a porta do quarto.

— Tia...

— Oi? — ela virou na minha direção e nossos olhos se encontraram.

— Eu sou gay. — falei tentando me livrar do fardo que estava carregando.

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Comentários

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Uhuuuhh! Excelente decisão! Vamos lá! Não deixa o Vando te manipular.

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Nossa, esses acontecimentos assim deviam ser narrados em capitulos lançados em sequencia. Assim, vc mata os leitores de ansiedade e tensão. Publica logo a continuação !!!!! ancioso

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Ai que tudo! Vem, Yuri! Sai desse armário que não mais te pertence! Adorei esse capítulo. Simplesmente lindo.

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