Amor em meio a luta 08.

Um conto erótico de Henrinovembro
Categoria: Homossexual
Contém 2257 palavras
Data: 20/09/2016 01:15:24

Salve a todos, se deliciem em mais um capítulo deste conto, obrigado pelos votos e comentários, continuem pois é muito importante.

Segue o conto...

Os dias se passaram rápidos, na segunda feira meu pai foi me deixar na escola, cheguei na sala de aula e a maioria dos alunos ainda não estavam presentes, os poucos que estavam foram deixando seus materiais e saindo da sala para conversar, tinha um aviso no mural e eu fui verificar, estava apenas eu na sala, olhei atentamente aviso, falando de uma palestra no auditório e tal.

Estava tão entretido lendo o aviso que nem me dei conta de que a porta tinha sido aberta, senti que tinha alguém me observando, aquela sensação estava me incomodando, me causando um mal estar, me virei e tive uma grande surpresa, João estava me olhando, estava bem próximo de mim.

Sai de onde eu estava pisei em passos largos, para ganhar mais distancia possível do João, me sentei no meu lugar e fiquei na defensiva, ele apenas ficou em pé perto da porta, ora me encarava, ora olha para a porta.

Parece que o tempo contribuiu para que ficássemos a sós, ninguém ainda havia retornado para a sala.

João: Bom dia né Júlio.

Não respondi, continuei na minha.

João: Oh gordo viado, estou falando contigo.

Júlio: O que você me chamou?

João: De gordo viado, por que não gostou desse apelido? Para mim, quem tem macho que o defenda é viado.

Júlio: Yuri é meu amigo, e passou no momento em que tu me bateu.

João: Ata, Amigos. (Ele citou amigos com ênfase).

João: Não sabia que amigos sentavam no colo um do outro e ficavam se agarrando dentro do carro.

Fiquei com meu coração na mão, como esse moleque sabia disso? Ele viu? Alguém contou para ele?

Júlio: Está falando besteira seu idiota.

João: Não me ofende, estava eu caminhando na orla na sexta feira, eu vi vocês saindo do carro e comprando coco para beber, parei e fiquei observando vocês dois, e logo mais os vi entrando no carro, vi ele te puxando para o colo dele e pra finalizar vi os beijos, chupões que vocês estavam se dando.

Júlio: O que?

João: Seus pais sabem que você curte rola?

Júlio: Isso não é da sua conta.

João: Pelo visto não né, e por um acaso eles descubram?

Júlio: Me deixa em paz cara.

Nesse momento os alunos começam a entrar, nossa curta conversa se encerrou ali, rapidamente as cadeiras foram sendo ocupadas por eles, Alilli veio e sentou perto de mim, ela estava falante, e percebeu que eu estava evitando conversar, estava sim preocupado, o que ele iria espalhar, iria dizer para todos que eu sou gay, uma coisa que eu guardei com muito sigilo, evitei contar para minha família que é minha fortaleza para não causar nenhum transtorno, agora estava nas mãos daquele otario.

Alilli: O que é já?

Júlio: Nada.

Alilli: Porra de novo esse papo, fala logo, o que aflige seu coração redondo.

Mostrei o dedo do meio para ela.

Júlio: João acabou de me fazer uma ameaça, não foi direta, mas ele me fazendo suposições se a minha família descobrisse a minha homossexualidade.

Alilli: O que???? (Ela estava surpresa).

Júlio: Isso ai, ele me viu na orla com o Yuri, nos viu no carro e os beijos também.

Alilli ficou pensativa, sua feição ficou preocupada, só fez eu me preocupar mais ainda.

Ela pôs a mão sobre meu ombro e disse.

Alilli: Olha para mim.

Olhei nos seus olhos lindo.

Alilli: Já te disse que tu tem meu apoio de forma incondicional, mais cedo ou mais tarde você teria essa conversa com seus pais, eu creio que você tenha que se antecipar e não deve temer a ninguém, muito menos a um babaca como ele.

Júlio: Tudo bem, obrigado.

Ela só piscou para mim, mostrando que estava comigo.

No final da aula, todos estavam saindo, eu me levantei arrumei minha mochila, Alilli estava me esperando, João passou por nós e disse.

João: Até amanhã meninas.

Me deu um ódio profundo desse monte de bosta.

Cheguei em casa, almocei, mas estava quase sem apetite, minha preocupação era maior, dei um tempo, me banhei e arrumei, nem olhei se tinha mensagens no meu whatsapp, cheguei na academia, ainda não tinha ninguém do muay thai, coloquei minha mochila em um dos balcões na lateral da sala, peguei minha bandagem, enrolei elas nas minhas mãos, subi no tatame e me alonguei, dei uma corrida para aquecer, já eram 15:00, a qualquer momento os outros chegariam, me sentei e comecei a me alongar novamente.

Yuri: Hey, te mandei mensagem.

Júlio: Desculpa, não mexi no meu celular.

Virei meu rosto para a direção dele, ele estava com um short com aberturar na lateral da coxa, típico de short próprios para muay thai.

Yuri: Cadê meu abraço?

Me levantei e fui a encontro dele, abracei e senti seu perfume, seus braços circularam meu corpo, me puxando para mais perto dele, ele deu um beijo na minha cabeça.

Yuri: Senti saudades guri.

Júlio: Também senti saudades.

Nos soltamos e arrumamos os equipamento, os alunos começaram a entrar na sala, se arrumaram e começamos os alongamento e treinos, Yuri nos ensinou como como golpear com os joelhos, joelhada né, para completar nos ensinou uma sequência, com as cotoveladas que aprendemos a uma semana atrás, e com joelhadas, nosso treino foi produtivo, mais alguns golpes eu aprendi, mais golpes para aprimorar meu arsenal.

No final do treino eu fui para um boneco de treino, comecei a reproduzir a sequência de cotoveladas, e a nova sequência que aprendemos hoje, Yuri pediu para eu ajudar a arrumar os equipamentos, fui até eles, peguei a maioria que consegui carregar e levei até a sala que servia como deposito, assim que eu coloquei tudo no chão, sinto uma mão me puxando, me virei e era Yuri, com um sorriso lindo no rosto.

Me encotou no seu corpo e devou minha boca, com uma tamanha sede.

Yuri: Quero um beijo daqueles que você me deu.

Não contei vantagens e beijei aquele homem delicioso.

Fui empurrado devagar para a parede, prensado e beijado com mais intensidade, ficamos assim por um tempo, Yuri passou a mão sobre meu cabelo e meu rosto.

Yuri: Tu fica lindinho suado, fica com cara de mal.

Júlio: Não, a cara de mal quem tem é tu, uma carranca linda e engraçada.

Yuri: Uma carranca?

Júlio: Urrumm

Rimos os dois.

Terminamos de arrumar os equipamento e fomos embora.

No caminho de casa ele me questiona.

Yuri: Quando eu cheguei e você estava focado treinando bem focado, não estava de muita conversa, aconteceu alguma coisa?

Júlio: O João.

Yuri: O que foi dessa vez?

Júlio: Ele me ameaçou, não diretamente, mas fez algumas suposições sobre como será a reação dos meus pais, quando eles estiverem cientes da minha orientação sexual.

Yuri: Mas por que ele falou isso?

Júlio: Ele nos viu na sexta feira dentro do carro.

Após ter ouvido isso ele ficou pensativo, estacionou o carro, pegou no meu braço e me olhou.

Yuri: Não importa, eu não tenho medo de ameaça guri, e estou aqui se precisar de mim.

Júlio: Ok.

Yuri: Agora me dê um beijo e vá para sua casa.

Júlio: Mas agora? Aqui?

Yuri: Selinho então.

Beijei ele e fui para casa.

O restante do dia foi tranquilo, jantar em casa, meus tios vieram a noite para casa, comemos e conversamos amenidades.

No outro dia na escola eu noto uma grande diferença, todos me olhavam de forma diferente, não como deboche, na verdade alguns estavam debochando de mim, mas a maioria me olhava com desprezo.

Entrei na sala e tinha uma frase no quadro.

Cuidado aqui na sala temos um GORDO viado !!

Mais que merda era essa? Mais uma agora?

João estava rindo com seus amigos da minha reação, eu estava indignado.

Alilli: É bom moleque você apagar essa merda do quadro.

João: Não sou obrigado, não fui eu quem escrevi.

Alilli: Não importa quem tenha sido, mas você vai ser penalizado por isso, e eu faço questão de chamar a minha mãe aqui.

João: Chama lá sua puta escrota.

Resultou que fomos os 3 para a diretoria, ficamos na frente da dona Laura.

Laura: Mais o que está acontecendo aqui? Alilli minha filha.

Alilli: Mãe, esse retardado está difamando o Júlio.

João: Eu não fiz nada sua doida.

Alilli: Fez sim, mentiroso do caralho.

Laura: Olha o palavreado aqui na minha sala, o que houve Júlio?

Júlio: Escreveram no quadro da sala, que eu era um gordo viado.

João: Mais eu não escrevi nada, tudo mentira desse viadinho e dessa vadia.

Quando ele falou isso, Alilli voou sobre ele e os dois caíram no chão se embolando entre tapas e empurrões.

Laura: Chega. Disse ela batendo sobre a mesa.

Laura: Se levantem ou eu irei suspender os dois.

Alilli: Mais mãe foi ele quem começou.

João: Quem começou foi vocês em terem vindo para cá.

Laura: Não importa, quem começou ou não, não quero mais saber sobre esse assunto, se eu ouvir algo a respeito eu vou suspender, ou melhor, terá uma punição mais grave.

Fomos liberado, voltamos para a sala, e entramos no meio da aula.

Quando chegou o fim da aula, Alilli insistiu em ir ao shopping, queria comprar ingressos antecipados para o lançamento de um filme, não me recordo qual era, mas isso levou quase nossa tarde inteira rodando e lanchando.

Alilli: Aquele nojento do João não vai mais te perturbar.

Júlio: Eu espero.

Quando estávamos indo para casa, eu tive a impressão de ter visto o João em um carro dobrando a rua da minha casa, cheguei em casa, meu irmão Thyago, meu pai e minha mãe estavam na sala, calados e sérios.

Júlio: Oi gente, o que houve?

Wilian: Oi filho, vem cá e nos responda umas coisinhas.

Pelo tom que meu pai falou, o papo era sério.

Sandra: Seu amigo João acabou de sair aqui de casa, ele nos contou uma história que não sabemos realmente o que fazer com você.

Filho de uma puta, foi a única coisa que eu pensei quando minha mãe falou isso.

Júlio: O que ele falou? Disse já atônito.

Sandra: Falou que você foi flagrado com um homem, aos beijos e caricias dentro de um carro, e que está sendo difamado na escola.

Willian: Filho, pelo amor de Deus, diga que isso é verdade.

Eu vi a decepção nos olhos do meu pai, o olhar pelo qual eu lutei por anos para nunca ver.

Willian: Eu não trabalho naquele escritório, defendendo causas, indo contra bandidos no tribunal para ouvir e saber que meu filho se esfrega com outro homem.

Júlio: Mais pai.

Sandra: Responde a pergunta do seu pai. Disse ela gritando comigo.

Thyago ficou calado o tempo todo, apenas ouviu a conversa.

Meus pais me encaravam buscando resposta, meu pai estava chorando, minha mãe nervosa, com um olhar enfurecido.

Júlio: O que vocês querem ouvir? Que eu não sou gay?

Júlio: É isso? Estão errados, eu sou gay sim, e me orgulho da minha escolha, eu nasci assim.

Meu pai chorava em silencio, seus suspiros eram bem nítidos, minha mãe levantou, me desferiu um tapa no meu rosto.

Sandra: Aprenda a ser homem, você tem um pau no meio das pernas, honre ele, não quero um filho viadinho, não quero uma aberração para chamar de filho.

Suas palavras foram cortantes em meu peito, ouvir aquilo da minha mão não foi fácil.

Ela me deu outro tapa, na minha outra face, nesse momento meu pai parou de chorar, e Thyago gritou.

Thyago: Se a senhora bater nele novamente, eu não respondo por mim, levanta Júlio e vai para seu quarto.

Me levantei, meu pai me olhava com preocupação, não estava mais com aquele olhar de desprezo, mas com uma culpa.

Minha vontade era de revidar os tapas, mas ela é minha mãe, e nunca iria fazer isso, eu sai daquela sala humilhado, com tudo o que ela tinha dito para mim sendo repetido diversas vezes.

Me confortei no macio da minha cama, um lugar que sempre secou minhas lagrimas, me consolou sempre que eu precisei.

Thyago abre a porta, vem até mim e senta do meu lado.

Júlio: Se você veio me falar mais atrocidades, eu peço que saia do meu quarto e vá embora.

Ele passou a mão sobre minha cabeça.

Thyago: Meu papel é te proteger, mesmo que sejam contra os nossos genitores, não leva em conta o que a mamãe falou, ela estava irada, não leva em consideração nada que ela falou meu irmão.

Júlio: Como tu pode ficar tão calmo? Depois que eu confirmei o que o João falou.

Thyago: Eu conheço meu irmão, sempre soube que você era muito alegre meu irmão.

Júlio: Vai se ferrar.

Thyago: Te conheço rapaz, única coisa que eu te peço é cuidado com que você se relaciona, não cai na lábia de qualquer um.

Júlio: Obrigado, eu te amo.

Thyago: Também te amo pequeno, deixa a mamãe e o papai esfriarem a cabeça, mas saiba que eles ainda vão vir conversar melhor contigo.

Tomei um banho para esfriar a cabeça, me relaxei, deitei, antes eu peguei o endereço do Yuri com ele, queria apenas conversar com ele, não disse nada sobre Yuri ao meu irmão, não queria nenhuma briga.

No dia seguinte me acordei cedo, me arrumei, fui para a escola, depois de lá iria passar na casa do Yuri.

Continua

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Comentários

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A reação da mãe foi tensa. A parte do irmão do alegre eu ri. Kkk tá ótimo segue e vai.

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NÃO É ESCOLHA. SER GAY NÃO É ESCOLHA MUITO MENOS OPÇÃO. MELHOR ASSIM. QUE TODOS SAIBAM DE UMA VEZ POR TODAS ASSIM VC TEM ARMAS PRA SE DEFENDER, PRA LUTAR POR SUA FELICIDADE.

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Adorei o capítulo! Fiquei triste com a reação da mãe! Continua logo, ainda acho que vem fogo lá na frente!

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....isso de uma mãe não é facil para o cara....acho que ela vai aceitar depois

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Também acho que o João tem amor reprimido pelo Julio.....

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Eitaaa... tapa na cara doí e é algo que não sara, ainda mais vindo da mãe... Amando o conto... Parabéns meu Amigo, Math ♥

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nossa e sempre assim ... comigo foi a mesma coisas mais os pais do julio vao aceita isso e questao de tempo... mais tadinho dele... creio q joão senti algo pelo julio ..

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Que raiva do João...mais o mundo da voltas.... Ele ainda vai precisar do Julio

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Ele terá uma grande surpresa quando for à casa do Yuri, pelo menos eu acho! E acho também que o João gosta do Júlio....

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Puta escrota a mãe do Júlio como se ser homem se resumise a ter um pau no meio das pernas

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