O amor vem de onde menos se espera. 12

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3500 palavras
Data: 11/09/2016 21:10:54
Última revisão: 11/09/2016 21:55:27

Predador cerrou o punho e eu senti que ele fosse me esmurrar ali mesmo, mas não foi isso que aconteceu. Ele me soltou, fazendo eu cair no chão. Entendi que ele estava concordando que eu fosse embora e não tocasse mais nesse assunto.

Levantei-me do chão, juntei minha mochila e caminhei sem olhar para trás.

- Fica parado aí. (ouvi sua voz intimidadora, antes que eu pudesse passar pela porta).

Olhei para trás, lentamente, e o vi sentado na poltrona.

Predador - entra e me espera no quarto. Nós temos muito o que conversar.

Olhei fixamente para ele.

- Não mano. Nós não temos nada o que conversar.

Predador levantou-se, calmamente, e veio ate mim. Ele tirou um molho de chaves do bolso, empurrou a porta com o pé, e a trancou.

- Me espera no quarto. (disse ele firme).

eu - por que não conversamos aqui?

Predador respirou irritado.

Predador - puta que pariu. Sabe qual o teu maior defeito? Você faz perguntas demais e isso me tira do serio.

eu - eu não vou ti fazer mais perguntas cara. Eu só quero sair daqui.

O cara aproximou o rosto bem próximo do meu.

- você só sai quando eu digo que é hora de sair. (disse ele pausadamente).

Olhando aqueles lábios ali tão próximos da minha boca e não poder toca-los era muita tortura.

eu - bora logo acabar com isso cara. Você quer que eu te espere no quarto? Beleza, é lá que eu vou te esperar. (falei serio).

Predador ficou abismado com minha reação, mas nada falou; abriu caminho e deixou que eu passasse livre.

Assim que eu cheguei ao quarto e o vi todo desarrumado, eu me perguntei o porquê de eu estar agindo daquela forma.

Não deu para pensar muita coisa, nem fazer auto criticas, pois a porta foi aberta pelo predador. Quando eu olhei para trás ele estava passando a chave na fechadura. Um arrupio me subiu pela espinha dorsal.

Predador me olhou e ficamos um tempo em silencio.

- Então? (quebrei o clima fúnebre).

Predador - você lembra de uma pergunta que eu te fiz em uma noite dessas?

eu - não! ( fui sincero, porque realmente não lembrava).

Predador - então vou te relembrar.

O cara estava frente a frente para mim.

- Eu perguntei se você curtia homem e o que você me respondeu?

Ele aguardava por uma resposta minha.

Eu - eu... eu. (ele havia me deixado confuso. Suas perguntas diretas haviam me pego de surpresa).

Predador - eu respondo. (disse ele chegando ainda mais perto de mim). Você desconversou, ficou vermelho, e o bestão aqui mudou de assunto pra não deixar você constrangido. (ele batia no peito por cima da regata).

A cada palavra que saía da boca do predador, era uma passada que ele dava em minha direção. Chegamos ao ponto de não ter mais para onde andar, pois ele já havia me pressionado na parede.

eu - eu não respondi porque fiquei com medo. (finalmente falei uma frase ate o final).

Predador - medo? Medo de que, porra?

eu - sei lá. (falei tremulo). Tive medo de tu me colocar pra fora da tua casa e não falar mais comigo. Eu tava gostando tanto de ficar aqui cara.

Predador riu de forma irônica.

Predador - tu é muito imbecil cara. Se tivesse me falado a real teria sido tudo diferente.

Eu - diferente como? (questionei).

Foi a vez do predador ficar sem resposta.

eu - qual seria a diferença se eu tivesse te falado a verdade? O que mudaria?

Predador repousou suas mãos na parede, ao redor do meu rosto.

- eu iria tentar te conquistar, ou você acha que eu não tenho coração? Eu também sou um ser humano, bundinha!

Depois disso, predador se afastou de mim e foi para o outro lado do quarto.

Eu - você gosta de mim? (dessa vez eu fui ao encontro dele).

Predador - o que você acha?

Eu - eu não sei. Por isso to perguntando. (falei com meu rosto quase colado no dele)

Mais uma vez, Predador deu um jeito de fugir de mim.

Predador - eu não estou apaixonado por ti bundinha. (disse ele olhando, pela janela, para fora do quarto). Mas eu tava curtindo tua temporada aqui em casa, e eu tenho um sentimento aqui dentro, muito grande, por ti.

Eu - e por que você não falou nada cara? Por que você me usou daquele jeito?

Predador - você sabe o que é ta ha dois dias com vontade de gozar? Você já sentiu tanta dor no teu pau a ponto de ter que aliviar de qualquer forma? Já sentiu esse tipo de dor? Sabe o que é ta com os ovos pesados de tanto leite dentro?

Eu - então se não fosse comigo seria com outra pessoa?

Seu silencio confirmou minha pergunta.

Engoli a seco e apenas sequei uma lágrima.

- não mandei sair. (disse ele vendo eu partir).

Eu - acho que já esclarecemos tudo né!? ( falei sem coragem de encara-lo).

Predador - você ainda não disse o que sente por mim.

Eu - eu? (perguntei nervoso).

Predador - é bundinha. Você!

Eu - eu gosto quando to perto de você, gosto do cuidado que você tem por mim.

Predador - e o que mais? (disse ele voltando a me encurralar).

Eu - eu não tenho certeza, mas eu acho que to apaixonado por você. (falei gaguejando).

Predador - você não pode se apaixonar por mim. Nós somos machos, bundinha.

Eu - mas eu não escolhi isso pra mim. Eu fui realista do inicio ao fim, mas aí você veio e... ( não tive coragem para concluir).

Predador - e...?

Eu - você sabe... Aquela noite...

Predador - seja mais claro bundinha.

Eu - você me comeu. (falei rápido).

Predador - a é?

Confirmei com a cabeça.

Predador - e você não queria isso?

Fiquei mudo procurando uma resposta.

Predador - diz, bundinha. Você gostou ou não?

O cara tinha um enorme poder de persuasão. Meu celular tocou, em meu bolso. Tratava-se de uma ligação do Otávio.

Antes que eu pudesse atender, Predador tomou o celular de minhas mãos.

Predador - primeiro responde o que eu perguntei.

Eu - gostei! (falei tímido). No entanto eu queria mais que aquilo.

Predador - mais? ( ele parecia não entender aonde eu queria chegar ).

Eu - sim. Eu tenho vontade de fazer outras coisas contigo.

Predador - Certo! E o que mais você tem vontade de fazer comigo?

Eu - é melhor eu não falar. (ele estava me deixando nervoso).

Predador - você vai falar sim. Estamos aqui pra consertar os maus entendidos.

Eu - beleza, então vou ser bem sincero com você.

Predador - to esperando. (disse ele com os braços cruzados).

Eu - eu queria ter você pra mim cara. Eu queria ter teu corpo. Eu senti ciumes, senti raiva, senti dor quando eu soube que você estava com outra mina aqui dentro.

Predador tentou falar algo, mas eu o cortei.

Eu - precisa falar nada não cara. Você tem razão: Nos somos machos e eu vou respeitar isso, e me desculpa pelo ''showzinho'' e cobranças sem fundamentos.

Predador me viu afastar e colocar minha mochila nas costas.

- espera. (disse ele calmo).

Eu - já chega cara. Quanto mais tempo eu fico perto de você, mas eu sofro.

Predador - é isso o que eu mais quero: Te fazer sofrer... Na minha pica. (disse isto me tomando a mochila e me atirando na cama).

Deitado, eu via Predador tirando sua regata, rapidamente. O cara parecia impaciente.

Predador - o que ta esperando? (dizia ele enquanto se desfazia da bermuda).

Eu - o que tu quer que eu faça?

Predador - vai levar vara assim de roupa?

Eu - o que? (perguntei espantado).

O cara ,somente de cueca, jogou-se na cama por cima do meu corpo.

Predador - Tudo o que acontecer aqui nesse quarto vai ser um segredo nosso. Beleza? (seu nariz estava colado no meu).

Eu - Be..beleza. (falei com a voz tremula).

xxxXXX

A chuva estava forte cobrindo minha visão, parei em frente a casa da minha mãe e fiquei um tempo olhando para dentro do terreno. A vontade de entrar e dar um abraço nela era grande, mas eu não podia agir com a emoção. Continuei descendo a lateira ate chegar a casa do Raul.

Me protegi embaixo de um telefone publico, tirei meu celular de dentro da sacola e comecei a discar o numero do cara.

****

- Alo. (disse ele).

Eu - Raul, é o Felipe. O Otávio te ligou?

Raul - e aí safadão. Ligou sim, as roupas de cama né!?

Eu - isso irmão. Ta na mão já?

Raul - ta no ponto meu fi.

Eu - beleza. Aparece aí na frente, eu to aqui na esquina da tua casa.

Raul - to indo aí.

Eu - ei...

Raul - fala.

Eu - coloca em várias sacolas pra não molhar.

Raul - ta bom!

Eu - vou ficar te esperando. (falei desligando).

****

Da esquina, onde eu estava, vi Raul abrindo a porta da sua casa. Dei umas passadas rápidas e fui me encontrar com ele.

Raul - entra aí, sai dessa chuva. (disse ele abrindo o portão)

Eu - não, não mano. To na correria.

Raul - a chuva ta forte caralho, tu vai resfriar.

Eu - nada pô. Amanhã to novo em folha.

Raul - você que sabe. ''Tó'' aqui. (disse ele me entregando a sacola).

Eu - valeu, amanhã a gente se fala no colégio.

Raul - o Otávio disse que vocês alugaram um apê lá no centro.

Eu - pois é.

Raul - e vão continuar estudando aqui na comunidade? Vai ficar longe pra caralho.

Eu - vai ser o jeito mano, já vamos para o ultimo bimestre. Vai da para aguentar.

Raul - ainda bem velho. Vou mentir não: Fiquei com medo de vocês cair fora.

Eu ri.

Eu - da minha parte isso não vai acontecer vei. Fica tranquilo. Agora eu vou ter que ir.

Raul - quando chegar lá me dá um toque.

Eu - beleza! (falei me despedindo).

xxxxXX

Subi a ladeira e mais uma vez passei em frente a casa da minha mãe. A rua estava deserta, provavelmente devido a chuva.

xxXXX

Cheguei ao condomínio com o corpo encharcado de água.

Toquei a campainha e logo, Otávio veio abrir a porta.

- Velho, cadê a porra do telefone? Já te liguei uma pá de vezes (disse ele irritado).

Eu - coloquei dentro de uma sacola para não molhar, aí não tava dando pra ouvir tocar.

Coloquei a sacola das roupas de cama no chão.

Otávio - tava preocupado velho. Acabei ligando pra policia.

Eu - sério?

Otávio - to zoando. (disse ele rindo).

Dei um murro de leve em seu ombro.

Otávio - já comeu?

Eu - ainda não. (falei rasgando uma sacola e tirando minha mochila de dentro.

Otávio - tu ta molhado pô. (disse ele passando a mão em meu cabelo e descendo ate meu peitoral).

Eu - a chuva tava forte la na comunidade.

Otávio - sei, e resolveu o que tinha pra resolver?

Eu - uhun! Tu trouxe toalha de banho?

Otávio - nada, to só com a roupa do corpo. Usa minha camisa aqui. (ele ofereceu e já foi tirando-a de seu corpo).

Eu - não pô, é a única que tu tem.

Otávio - relaxa, amanhá eu vou dar um jeito de comprar mais.

Eu - então ta.

Tirei o excesso da água, com a camiseta do Otávio, do meu corpo, e depois coloquei uma bermuda limpa e seca.

Eu - e teus pais?

Otávio - o que tem eles?

Eu - não te ligaram? Não deram noticias?

Otávio - minha mãe ligou.

Eu - e aí?

Otávio - e aí que eu não atendi.

Eu - uai. Por que não mano? Ela deve ta preocupada com você!

Otávio - por hora eu prefiro não manter contato. Há depois eu dou um jeito de falar com ela.

Eu - Faz isso mesmo mano. Teu pai pode ate ter sido sacana, mas tua mãe não tem culpa de nada.

Otávio - eu sei mano, por isso mesmo depois eu vou resolver isso.

Eu - ta certo. (falei arremessando sua camiseta). Eu vou dormir.

Otávio - não vai comer não? (disse ele aparando a camiseta).

Eu - to sem fome. (falei abrindo um lençol e me jogando em cima dele).

Otávio - mas eu comprei sanduíche, só ta um pouco frio.

Eu - valeu mano, mas to sem fome mesmo.

Otávio ainda me olhou um pouco e em seguida me acompanhou no lençol.

Otávio - ta com frio?

eu - mais ou menos.

Otávio pegou um segundo lençol e cobriu meu corpo.

- Boa noite mano. (disse ele passando a mão em meu cabelo).

Eu - boa noite.

Otávio se mexia muito a meu lado, e eu passei a noite pensando no Predador.

xxxXXXX

No dia seguinte não fomos ao colégio. Otávio e eu passamos a manha no apartamento e almoçamos juntos em uma churrascaria.

Otávio - ta apressado por que?

Ele via a forma como eu devorava a comida.

Eu - to com medo de chegar atrasado no meu primeiro dia de trabalho.

Otávio - fica tranquilo mano, ainda tem muito tempo.

Eu - pois é vei. Acho que eu to nervoso.

Otávio - to observando isso. Tenta dar uma relaxada.

eu - não consigo. To ansioso sabe!? Meu primeiro dia em uma empresa grande. Quero ver como vai ser o meu serviço.

Otávio riu.

Otávio - ta parecendo menino buchudo, porra.

Eu - teu cu.

Nós rimos.

Otávio - vou pagar a conta e te deixo na empresa ta? De lá eu vou ver se compro algumas roupas pra mim.

Eu - vai ostentar. (falei limpando a boca com um lenço de papel).

Otávio - Não, não, vou só comprar umas roupas pra ficar em casa mesmo.

Eu - to ligado.

Assim que terminamos o almoço, Otávio e eu fomos caminhando até a ''Rodas de ouro''.

xxxXX

- Boa sorte mano. (disse ele na despedida).

Eu - valeu irmão.

Otavio - qualquer coisa me liga.

Eu - ligo sim.

Depois de um, caloroso, aperto de mãos - Otávio seguiu para suas compras e eu entrei no prédio.

xxxXX

- Boa tarde moça.

- Boa tarde. (disse a atendente).

Eu - eu queria falar com o sr Matthew.

- O sr Matthew ainda não retornou do almoço. Só com ele mesmo?

eu - seria. Sabe dizer a que horas ele retorna?

- Já era pra ele ter retornado. (disse ela olhando para o relógio).

eu - vou ficar aguardando. Tudo bem?

- fique a vontade. (disse ela abrindo um sorriso discreto).

Sentei em um sofá na recepção, e não precisei esperar muito pois logo o homem entrou em seu terno preto impecável.

- Boa tarde sr Matthew. (falei antes que ele chegasse ao elevador).

Matthew - Opa! Boa tarde Felipe. Pronto pra dar o gás?

Eu - nasci preparado sr Matthew. (falei um pouco convencido).

Matthew - eu gosto é assim.

eu - já posso subir com o senhor? (perguntei vendo a porta do elevador sendo aberta).

Matthew - deve. (disse ele como sempre muito educado).

xxXXX

- Boa tarde, Camila. (disse ele passando pela sala de sua secretária).

Camila - boa tarde sr Matthew.

eu - boa tarde, Camila.

Camila - boa tarde, Felipe.

O homem continuou andando e eu o acompanhei ate sua sala.

Matthew - Felipe, vou precisar de um favor seu. (disse ele sentando em sua poltrona giratória).

Eu - pode falar.

O homem pegou um papel colorido e começou a fazer um rabisco.

Matthew - quero que você compre um buquê de flores e entregue nesse endereço. (disse ele me entregando o rascunho com o rabisco).

Eu - certo.

Matthew - presta atenção, Felipe, isso é muito importante. Trata-se de uma pessoa muito especial pra mim.

Enquanto ele falava eu confirmava com a cabeça.

Felipe - então essa pessoa vai poder saber que foi o senhor quem encomendou as flores.

Matthew - sim! Entregue isso junto com as flores. (disse ele me entregando um bilhete lacrado).

Felipe - beleza.

Matthew - a Camila vai te entregar um cheque e também um celular que ficara sobre sua responsabilidade pra quando eu precisar falar com você.

Felipe - tranquilo. Posso ir agora?

Matthew - por favor. (disse ele abrindo a tampa no notebook que estava em cima da mesa).

Conforme ele solicitou, peguei o cheque e o celular com a Camila e procurei pela floricultura mais próxima.

xxxxxxXX

Após comprar as flores mais bonitas, segundo as vendedoras da loja, segui para o endereço indicado por Matthew.

- Esse endereço me parece familiar. (falava em meu pensamento enquanto caminhava pelas ruas).

O endereço que o Matthew havia me passado era o mesmo do condomínio onde eu estava morando. Agora faltava, apenas, encontrar o apartamento.

Assim que o encontrei, toquei a campainha. Já estava desistindo pois julguei que não houvesse ninguém em casa.

- Pois não? (disse uma moça alta, loura, corpo magro, nariz bem afilado, seus cabelos começavam lisos e iam ficando encaracolados).

eu - boa tarde. (falei educadamente).

- Boa tarde. (respondeu a loura).

eu - eu tenho uma encomenda e acredito que seja para senhora. Só confirma pra mim se seu nome é o mesmo que esta aqui no envelope, por favor.

- Carolina! (ela leu em voz alta). Sou eu mesma.

eu - então é a pessoa certa! Essa é uma encomenda do sr Matthew para a senhora.

Carolina - Matthew? Você disse Matthew? Agora aquele canalha esta usando as crianças para consertar as burradas dele? (a mulher falava seria, mas não irritada).

Eu - senhora, eu não sei qual o lance entre vocês dois, mas eu gostaria que soubesse que ele mandou entregar com muito carinho. ( Mal eu havia entrado na empresa e já estava puxando sardinha para o lado do meu chefe).

Carolina - desculpe! Sei que você não tem culpa pelo que eu passei, mas eu não posso aceitar.

Eu - a senhora parece estar de cabeça quente. Por que não aceita as flores e a depois decide o que fazer?

A mulher me fitou.

Carolina - ta certo, mas diga a ele que nada ira mudar.

eu - eu vou dizer sim. A senhora é tão bonita. (falei passando as flores para ela).

A mulher recebeu as flores e fez um chamego na pontinha do meu nariz.

Carolina - gentileza sua. (disse ela sorrindo).

Despedi-me da moça e retornei a empresa. Matthew havia dado uma saída, e eu fiquei lhe aguardando em sua sala.

xxXXX

Depois de um longo tempo o celular tocou pela primeira vez.

*****

- alo. (falei atendendo o aparelho).

Matthew - sou eu Felipe. Aonde você esta?

eu - to na sala do senhor!

Matthew - as flores deram certo?

eu - sim. Já foram entregues.

Matthew - ótimo. Agora faça-me um favor.

eu - pode pedir.

Matthew - estou chegando na empresa daqui uns dez minutos. Guarda uma vaga pra mim lá no estacionamento por favor.

eu - guardo sim.

Matthew - ótimo. (disse ele desligando).

Coloquei o celular no bolso da calça e desci para o estacionamento.

- Nenhuma vaga. (falei comigo mesmo).

Quando surgiu a primeira vaga, correndo, eu guardei ela para o meu chefe.

Um ''corola'' preto com vidros fume vinha em minha direção. O vidro do motorista foi aberto e alguém colocou a cabeça do lado de fora.

- Você pode afastar? (disse um jovem loiro com óculos espelhado).

eu - essa vaga já tem dono. (falei educadamente).

- sim, sou eu. (disse ele firme).

eu - você não ta entendendo. Essa vaga é do meu patrão.

- e quem é seu patrão? (disse o homem sem descer do veículo).

eu - o sr Matthew.

O cara riu.

- sou irmão do Matthew, agora você pode dar espaço para eu estacionar o meu carro?

eu - sinto muito, mas o Matthew pediu para segurar uma vaga pra ele, e eu vou segurar.

- Você ta surdo ou é louco? Você tem noção com quem está falando?

eu - desculpa amigo, mas daqui eu não saiu.

- tem certeza?

eu - absoluta.

O cara respirou fundo.

- eu não quero te machucar moleque. Sai logo da minha frente! (dizia ele, já, sem paciência).

eu - eu não vou sair amigo, aguarda por uma vaga como eu aguardei.

- você ta me tirando do serio. (disse ele tirando os oculos, e deixando transparecer seus olhos azuis).

O clima estava esquentando e o Matthew não aparecia.

- pela ultima vez eu vou mandar você sair da minha frente.

eu - eu não vou sair cara, e o que você vai fazer?

O cara voltou a por os óculos e subiu os vidros do carro. As luzes dos faróis ficaram mais fortes, encandeando minha visão, o ronco do motor aumentou e ele vinha com o carro em minha direção.

- Ele não vai ter coragem. ( era o que eu imaginava naquele momento).

Continuei parado, esperando que ele fosse freiar o carro, mas isso não aconteceu. O homem acelerou o carro contra mim, fazendo com que eu fosse ao chão.

Estava no chão fazendo força para respirar.

O cara saiu do carro e cuspiu no chão.

- Tentei estacionar por bem, e você não deixou. Isso tudo é culpa tua. (dizia ele apontando para mim).

Eu ouvia tudo, caído no chão.

eu - vai te fuder. (falei olhando para ele).

O cara sorriu mostrando duas covas no rosto e se abaixou ficando junto a mim.

- Então quer dizer que você trabalha para o Matthew? Suponho que você deva conhecer o sr Joseph? (dizia ele com um sorriso irônico no rosto).

Eu não respondi, evitando ficar -ainda- mais cansado.

- você sabe quem sou eu? (ele levantou os óculos e mais uma vez eu pude ver o brilho que aqueles olhos tinham).

Eu respirava com dificuldades. O carro havia acertado a boca do meu estomago.

- eu sou o filho preferido do dono de tudo isso aqui. E quer saber o que eu vou fazer agora? Estou indo ate a sala dele pedir tua cabeça numa bandeja... e Vou saboreá-la melada com bastante sangue.

O cara parecia se divertir me torturando daquele jeito.

Continua...

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Comentários

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Li no dia que saiu e só agora vi que não comentei,desculpe-me. O conto foi Top bem dinâmico. só acho que podiam me dar as receitas desses meninos dos contos, já e o sétimo ou oitavo que leio com todos os homens querendo o anel do protagonista. Pode isso produção!!! volte para nos logo. entendo que fim de ano e corrido com ENEM (pra quem faz) e faculdade pra quem ta no fim do semestre, mas por nós leitores assíduos. Faz um esforço. PFV.BJKS

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Nossa tô muito ansioso pra que o Felipe descubra logo que é filho do Joseph, mas algo me diz que se ele descobrir, esse outro infeliz vai infernizar a vida do irmão bastardo.

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Credo, atropelou Felipe só por causa de uma vaga! Adorei o capítulo!

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Eu em esse é um nojento total affs,+ espero que ele ñ se de mal por Guarda a vaga do Matthew 😕 o conta Ta ótimo curioso por + dele 😊😉

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Nossa que cara otário, espero que o Matthew resolva a situação, covardia ele fazer isso com o Felipe, Berg meu preferido, meu querido, valeu por ter retornado, continuado com seus deliciosos contos, maldade sua não relatar o sexo entre os dois kkkk

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Tomara que o Mateus dê umas porradas nesse filho de chocadeira!!! Continua logo!!! 👏👏👏👏😍😍✌👊

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Felipe = babaca. Aff o cara dá pra um idiota como o predador...q na verdade nunca teria coragem de assumi-lo. Merece sofrer mesmo esse fdp do Felipe. 8

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Esse menino não tem um minuto de paz? Pelo amor de Deus, só humilhação toda hora. E vamos combinar que é um burro né, por ainda ter ficado com aquele babaca? Mas tem nada não, a vida vai tratar de ensinar ele.

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Ai mds pq vc faz isso queria ver o babado com o predador todo mdss volta logo

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