Pecadores - Cap. 2

Um conto erótico de Luca
Categoria: Homossexual
Contém 1494 palavras
Data: 05/09/2016 21:56:55

Ela, assim como eu, colocou seus fones de ouvido e colocou uma música qualquer, enquanto plugava o seu carregador portátil no celular e mexia freneticamente nele. Vez ou outra olhando para mim, afim de saber se eu a estava curiando.

Thiago, antes de pedir para o motorista prosseguir com a viagem, mandou todos os alunos prestarem atenção nele. Um homem que aparentava ter seus 45 anos, nem gordo, nem magro, no meio do corredor do ônibus:

- Antes de começarmos a viagem, tenho algumas coisas à dizer para vocês sobre o acampamento:

1° - Lá não vai ser igual ao ano passado, em que vocês, olhando profundamente para os jogadores do time de futebol, jogaram o coitado do Douglas Malfilho no lago, sem saber que o garoto sabia nadar. Coisas assim serão punidas, levando a suspensão da escola.

2° - As regras mudaram, nada de escolher seu time. Ano passado tivemos grupos desiguais, com mais de dez pessoas enquanto uns só tinham dois. Vamos escolher, de modo aleatório, seis pessoas para cada time. Isso já lá – A maioria saiu bufando de raiva dentro do ônibus, e abusado que nem Thiago, ele estava feliz em ver aquilo. Como não tinha amigos, nem fazia questão.

3° - Nada de celulares - disse Thaigo em direção a Laura. Aproveite seus últimos minutos com ele, porquê quando chegarmos lá eles serão tomados e guardados no armazém.

4° - O acampamento tem novas atividades também, e cada uma dela corresponderá a cada um de vocês, de acordo com o seu perfil. Porém, em equipe. Cada um irá ajudar da forma que pode.

5° - Cada um, sem exceção de qualquer, irão ter que acordar às cinco da manhã, todo dia, durante essas semanas – Thiago sorriu maliciosamente ao dizer isso. Essa seria a diversão dele nessas férias.

- Até o momento esses são os avisos. Quando chegarmos lá vocês vão se redirecionar a Marta, que vai estar na recepção, informe sua identidade a ela e pegue a programação.

- E esse ano não vai ter nada de faltar abertura, que nem o ano passado – ele fez uma pequena pausa revirando os olhos e logo prosseguiu. Vocês extrapolaram do ridículo quando resolveram fazer um festa no lago na mesma hora da abertura. Nem preciso continuar falando sobre isso né? – Thiago encarava todos os alunos no ônibus, principalmente os do time de futebol, que foram os responsáveis pela festa. Vocês irão assistir normalmente, sem achar ruim. Caso falte algum, os mentores estarão na cabana expulsando todo mundo e trazendo para a fogueira. Entenderam? – ninguém respondeu ele, o que fez, novamente, revirar os olhos.

Após um monte de chingamentos e de vaias, Thiago mandou o motorista seguir em direção ao acampamento e se sentou. O motorista deu partida e lá se ia as minhas férias planejadas, baseadas em séries e dormir quase o dia todo. Eu estava, definitivamente, no meu infernoPouco tempo depois nós já estávamos entrando no acampamento, observando os outros alunos se recolhendo para o dormitório. A maioria exalava raiva em seus olhos. Não podia discutir, eles foram separados dos seus amigos. O que tem de pior além disso? Eu te digo: ter que dividir um assento de ônibus ao lado de Laura. Ela não parava quieta, não deixou eu dormir nada. Eu só não dei uma voadora naquela garota porque tinha testemunha.

Esperei a rainha do desespero se levantar do assento e sai logo atrás dela, já indo em direção a porta do ônibus. O professor, Thiago, estava na porta do Ônibus, já esperando os alunos lhe passarem os seus celulares. Na vez da princesinha de Lucifer, Laura fez o maior drama e falando bastante asneiras, dizendo que ia processar a escola e o professor de priva-la de usar o seu celular, que era um ato contra a liberdade dela e essas baboseiras dela. Porém, ela não venceu e teve que entregar o celular ao professor. Entreguei meu celular a ele e fui atrás da minha mala. Procurei seu Betinho, mas ele estava levando parte das malas em direção aos dormitórios, o que me deixou aliviado.

Carreguei minha mochila no ombro e fui até a recepção, procurar por Marta. Ela estava segurando uma planilha de relação de cada aluno e suas respectivos informações. Ao lado tinha uma menina de cabelos curtos, colorido, tingidos por fascinantes cores roxas, enquanto vestia estranhas roupas, que por incrível que pareça, eram magnificas. Ela estava gritando com Marta, seus olhos quase estavam saindo do seu rosto e indo em direção a Marta. Marta, ao contrário dos outros professores, era a que mais tinha paciência. Do outro lado estava um garoto alto, fazendo a mesma coisa que a garota, gritando. Vestia a camisa do time de futebol, que se encaixava perfeitamente com os seus músculos ganhos através dos esporte que praticava. Revirei os olhos ao perceber que eu estava de olho no Victor, o maior babaca, logo atrás de Laura, da escola. Já a garota ao seu lado oposto, era Mariana. Mariana era uma garota valente, sempre enfrentando as autoridades, sempre enfrentados os populares, sempre se metendo em brigas. Ela era o tipo de garota que defendia os que não sabia se defender. Sempre a admirei, mas era muito chata as vezes.

Cheguei já perto de Marta, escutando o alvoroço das duas criaturas, um já brigando com o outro.

- Victor e Mariana, calma! OS DOIS! – os dois franziram a testa, já que era surpresa para todos Marta se estressar. Vocês vão sim dividir a mesma cabana, vão sim participar do mesmo time e não tem mais o que reclamar. Podem chamar quantos advogados quiserem, nós também temos os nossos e seus pais concordaram conosco. Se não, vocês nem estariam aqui para começo de conversa. Então peguem suas respectivas chaves e vão direto para a cabana de vocês, sem choro – ela disse essa última frase olhando para mim. Até que enfim vocês chegaram. Toma a chave de vocês, e eu não quero briga entre vocês, pelo amor de deus.

Laura, que estava logo atrás de mim saiu em disparada e ficou na frente de Marta – Como assim eu vou ser obrigada a ter que dividir uma cabana com eles? Meu pai ligou para vocês? Ele sabe que vocês estão me obrigando a dividir uma cabana com animais como eles? – essa última parte me magoou.

Mariana, que não leva desaforo para casa, se meteu no meio – Querida, o único animal que tem aqui é você. Projeto de naja.

Dava para ouvir uma risada abafada de Marta, mas que logo se recompôs olhando sério para Mariana – As duas, agora, se desculpem – Marta apontava o seu dedo indicador em direção a Laura e Mariana, que apenas se olharam rapidamente e deram as costas.

- Se nação se desculparem, vocês vão começar perdendo cinco pontos. Já estou avisando – seu tom era sério, e dava para ver que Victor ergueu sua sobrancelha assustado.

- Arrg, grande coisa – Laura revirou os olhos e deu as costas.

Eu estava apenas observando aquilo tudo. Toda aquela discursão, enquanto encarava as paredes de madeira daquela recepção e seus quadros. Haviam dez quadros, cada um com o time ganhador de cada ano. Eu vi ele no meio de vários outros, não sabia o ano, mas sabia que a quantidade de anos era a mesma de saudades.

- Laura, volta aqui! Mais um passo e eu coloco você para limpar a cantina amanhã de manhã – Ríspida, sim, Marta havia perdido a sua paciência.

Laura voltou com o rabo entre as pernas e abriu sua bolsa. Retirou um celular, já começando a discar – Vou ligar para o meu pai, ele vai ter que me tirar daqui se não conto a minha mãe suas traições.

Marta, que não estava nenhum pouco contente com o que ela acabará de escutar, se aproximou de Laura e pegou rapidamente o seu celular – menos cinco pontos, novamente. Vocês já começaram mal, ein? Menos dez pontos, assim vocês estão longe de ganharem – Marta estava visivelmente frustada – e eu que apostei em vocês

Eu, que até o momento estava apenas observando, franzi minha testa, achando aquilo estranho.

Mariana, que já não tinha paciência, apenas fez uma cara feia para Laura e saiu para a porta, em direção ao nosso monitor. Laura falou um “tanto faz” e saiu logo em seguida, atrás de Mariana. Marta, que já estava sem paciência, saiu também, só que em direção ao escritório. Segui Victor até a porta, se encontrando com Paulo, o nosso mentor.

Eu estava com algo entalado em meu peito, não sabia dizer, era uma sensação, mas que não passava. Devia ser todo aquele estresse, ou então pensamentos longe dali. No caminho até a cabana eu estava avoado, em meus pensamentos, no meu mundo particular da Lua. Como seria, ou como isso se levaria? Essas férias? Com eles? Eu não sabia, e muito menos teria as respostas agoraEae? Gostaram? O capitulo de hoje foi fraco, eu sei, mas ele vai servir muito para o episodio de amanhã, que, talvez, eu seja bonzinho e poste dois capítulos. Boa noite, anjinhos.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive MSodré a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Posta mais, história intrigante, gostei!!!! 👏👏✌😍

0 0
Foto de perfil genérica

Poste mais, ta ficando cada dia melhor!

0 0