Love and Sex - Capítulo 98

Um conto erótico de Lollitta
Categoria: Homossexual
Contém 1080 palavras
Data: 02/08/2016 23:00:02
Última revisão: 03/08/2016 08:20:29

Continuação...

Valéria insistiu tanto que acabei dando o telefone de Tamires pra que ela passasse pra tal Suzi.

Nós nos deitamos e eu passei a acariciar seus cabelos que assim como os meus, haviam crescido desde quando nos conhecemos e agora já quase alcançavam os seus ombros.

-Eu sinto muito... -Ela soltou do nada, me deixando perplexa, antes de completar: -Eu não queria ter mentido pra vc que não te amava, vc quase morreu no acidente e ainda não pude cuidar de vc... É minha culpa essa mulher te procurar. -Ela estava triste, sem armas, diferente da Valéria que conheci.

Eu fiquei sem o que dizer e por isso apenas a abracei forte e beijei seus lábios.

-Vamos? -Valéria sussurrou segundos depois e eu concordei, nós pegamos a mala que eu havia levado e antes de sair nos despedimos de Júlia.

-Eu te ligarei assim que tiver certeza da data do casamento. -Foi o que lhe prometi, antes de partir com Valéria. Ela me levaria até a rodoviária de moto e eu iria de ônibus pra casa. Nos encontraríamos na rodoviária da minha cidade e depois iríamos pra minha casa pra falar com minha mãe.

Já no ônibus, meu coração acelerava. Como minha mãe reagiria quando soubesse que eu estava prestes a me casar com uma mulher?

Meu estômago estava revirado e minha cabeça rodava em mil pensamentos. Minha mãe deveria se importar com quem eu namoro? Pra falar a verdade, ela sempre me orientou, mas nunca quis saber muito sobre minha vida pessoal.

E como eu falaria pra ela? Bem, haviam mil maneiras:

"Então mãe, eu estou namorando uma mulher." -Muito direto.

"Mãe, essa é Valéria, a mulher a qual eu venho trepando a uns quatro ou cinco meses." -Muito vulgar.

"Olha, eu gostaria de te contar que estou apaixonada. Essa pessoa não é um homem e sim uma mulher, ela se chama Valéria e é o amor da minha vida. Só te peço que a aceite." -Bastante meloso...

O tempo passou tão rápido que nem percebi. Só notei quando olhei pela janela do ônibus e estávamos chegando na rodoviária. De longe avistei Valéria e sorri abobadamente quando a vi trajada em um jeans casual, uma jaqueta de couro negro, o seu coturno militar e um óculos escuro. Como ela podia mexer tanto comigo? Bem, pelo menos agora eu sabia que eu mexia com ela também e ainda causava ciúmes. Isso me enxia de auto-estima.

Eu desci correndo e fui até ela.

-Que pressa é essa gatinha? -Sorriu ao me ver. Eu não respondi, a abracei e beijei, na frente de todo mundo mesmo. Pouco me importava com o que os outros pensariam, eu queria que todos morressem de inveja.

Depois do beijo, ela pegou minha mala e levou pra onde estava seu carro.

-Vc não veio de moto? -Perguntei.

-Eu passei em casa e tomei um banho e aproveitei pra pegar o carro. -Me disse sorrindo e só então vi seus cabelos molhados.

-Bom, vamos lá então. -Falei um pouco nervosa.

-Vai dar tudo certo. -Disse me encorajando.

Nós entramos no carro e partimos.

Assim que cheguei em casa, minha barriga ficou fria. Nós descemos do carro e minha namorada segurou minha mão.

-Eu te amo... -Sussurrou assim que chegamos a porta, como incentivo.

-Eu também. -Respondi e em seguida, abri a porta.

Atravessamos a cozinha e minha mãe estava no sofá da sala, vendo TV e tricotando. "Droga, justo esse sofá!", pensei me lembrando de algo. O pensamento fez meu estômago embrulhar ainda mais.

Ela se virou quando ouviu nossos passos.

-Filha? Vc por aqui? -Sorriu sem entender. -Quem é sua amiga?

-Oi mãe, eu voltei mais cedo -Fui abraçá-la. -Essa aqui é a Valéria.

-Olá senhora. -Falou Valéria sem jeito.

-Oi querida. -Disse mamãe a abraçando. -Sentem-se.

Nos sentamos e então eu decidi ir direto ao ponto.

-Então, mamãe, eu resolvi voltar mais cedo pra te dizer algo muito importante... -Valéria não soltava minha mão, enquanto eu falava.

-O que é minha filha? -Falou docemente enquanto tricotava.

-Mãe, eu vou me casar. -Soltei de uma vez.

Ela arregalou os olhos.

-Filha, mas vc nem me disse que estava namorando! Quando vc noivou? E quem é o rapaz? -Ela estava muito surpresa.

-Bem, mamãe, antes de tudo quero que saiba que o noiva é... -Eu não conseguia falar.

-Sou eu, senhora. -Valéria falou, surpreendendo não só a minha mãe, como a mim também.

-Como assim, Helena? -Minha mãe me olhou incrédula.

-É isso mesmo, mãe. Não tem noivo. Eu me casarei com Valéria e espero que entenda.

-Mas querida vc tem certeza disso? -Me encarou surpresa.

-Sim, mamãe.

-Olha, senhora, sua filha e eu nos amamos e pretendemos nos casar o quanto antes. Entendo que a senhora possa pensar que isso é errado e que não vou fazer sua filha feliz, mas peço que não se oponha. -Disse Valéria me abraçando.

-Eu não me oponho a nada, só quero a felicidade de minha filha e que vc prometa a fazer feliz. E quero que concordem comigo, que antes do casamento eu preciso saber mais sobre a minha futura... Genra? -Sorriu sem graça e nós rimos.

-Nora, mamãe.

-Então, ficam pro almoço?

Nós concordamos e enquanto tricotava, minha mãe quis saber de tudo sobre Valéria: Emprego, moradia, idade, signo, time, nome completo, quando e onde nos conhecemos (Nessa parte ela ocultou um pouquinho)

-Viu? Deu tudo certo. Sua mãe é ótima. -Disse Valéria, assim que minha mãe foi pra cozinha preparar o almoço.

-Sim... -Eu sorri.

-E então por que está inquieta?

-Esse sofá... -Sussurrei a fazendo lembrar também.

-Bem, eu me lembrei disso assim que chegamos e vi minha sogra sentada nele. -Nós rimos baixinho e ficamos namorando comportadamente até minha mãe nos chamar pra almoçar.

-Sua comida estava deliciosa, dona Fátima. -Disse Valéria tentando agradar minha mãe, depois do almoço.

-Obrigada, Valéria. Mas ainda tem a sobremesa.

Minha mãe nos serviu pudim e então eu recolhi a louça e Valéria quis lavar.

-A sua noiva é muito adorável, minha filha. -Disse minha mãe, sorrindo.

Nós nos despedimos dela e saímos.

-Você poderia me deixar no centro né? - Pedi, já dentro do carro.

-Por quê? -Perguntou.

-Preciso comprar umas coisas...

-Que coisas? Eu posso ir junto. -Deixou um certo ciúme transparecer.

-Não, amor, vai pra casa olhar aquele jogo que vc queria...

Depois de insistir muito, consegui fazer Valéria ir pra casa. Eu iria fazer uma grande surpresa pra ela...

Continua...

Desculpem os erros, não pude revisar...

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Comentários

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To pensando seriamente em casar com a Valéria

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Está ótimo continua logo estou ancioso

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