Thithi et moi, amis à jamais! Capitulo 150

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 2382 palavras
Data: 22/08/2016 23:28:13

Boooooooooooooa noiteeeee!!! Passando correndo só para publicar...

Beijo em todos! Até amanhã! Boa leitura!

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- Oi, cunhado! Estamos indo aí, tá? – Alan disse do outro lado da linha

- Amor – eu disse tapando o telefone com a mão – eles estão vindo pra cá. Posso pedir para eles virem? - Ele ficou me olhando tristinho, era perceptível que ele não sabia o que fazer – Amor, eles podem vir? Eu vou estar aqui contigo, deixa eles virem.

- Tá! Pode falar para eles virem...

- Oi, Alan! Podem vir!

- Tá! Estamos indo. – ele ficou um tempo em silêncio – Ele tá bem?

- Mais ou menos.

- Tá! Daqui a pouco chegamos aí.

- Ok! – Eu encerrei a ligação – Eles já estão vindo...

- Tá! – Ele disse de cabeça baixa, sabe-se lá o que se passava na cabecinha dele naquele momento

- ANTOOOOOOOOOOOOOOOOINEEEEEEEEEEEEEEEEE!! VIAAAAAAAAAAAADOOOOOOOO!!! – Jujuba gritava de dentro de casa

- JÁ VOU! – Eu gritei de volta

- Ah, vocês estão aqui fora, é? Tá tudo bem?

- Oi, Ju! Tá, sim! O que queres com nossas pessoas?

- Tua mãe mandou eu vir chamar vocês. Já estamos comendo.

- Ah, ta bom, daqui a pouco nós já vamos.

- Tá bom! Precisando de algo, eu tô lá dentro, tá?

- Ta bom, obrigado Ju!

Ela entrou e nós continuamos na varanda.

- Queres comer algo?

- Não! Tô sem fome...

- Tem certeza, amor?

- Tenho, sim!

Ele não estava para conversa, então, o que eu pude fazer foi ficar sentado ao lado dele. Era disso que ele precisava. Nós ficamos um tempão em silêncio, ele só foi quebrado quando o Gui veio nos chamar para receber o Alan e a mãe.

- Vamos? – eu perguntei

Ele respirou fundo e disse:

- Vamos!

Nós fomos até a sala e lá estavam Alan e a mãe. Quando ela viu o Bruno, ela não tirou os olhos dele nem por um segundo.

- Oi, irmão! – Bruno abraçou o irmão – Oi! – Ele disse de forma seca e ríspida para a mãe

- Oi! – Ela respondeu no tom tranquilo que ela tinha

- Oi, cunhado! – Eu disse o abraçando – Oi, dona Ruth! – Eu segurei a mão dela – Bom, vocês irão conversar lá em cima, tá? Amor, leva eles lá para a sala de vídeo.

- Tu não vens comigo?

- Acho melhor não, meu bem. Essa conversa é entre vocês três. Qualquer coisa eu estarei aqui embaixo, é só chamar, tá? – Eu dei um beijo no rosto dele.

- Tá bom!

- Amor, lembra do que eu te disse, ne?

- Lembro, sim! Obrigado por tudo! – Ele me deu um beijo rápido – Vamos, é por aqui. Tu já conheces, Alan.

Os três subiram, o Bruno foi na frente, o Alan atrás dele e a mãe logo em seguida dos dois. O clima não estava nada agradável ali entre eles.

- Viaaaaaaaado, que babado! Essa é a mãe deles? – Jujuba falou baixinho assim que eles subiram as escadas

- É, sim!

- Mas não era ela que não falava há mil anos com o Bruno?

- Ela mesma!

- Que babadon! Eles estão de bem?

- Não! Ela pediu para conversar e eu convenci o Bruno a fazer isso, espero que eu tenha feito a coisa certa.

- Vem, vamos comer. Tu ainda não comeste nada.

- Nem sei se quero, Ju.

- Vem logo!

Nós fomos para a sala de jantar e quando eu entrei todos pararam de conversar e ficaram me olhando.

- Credo, gente! Ninguém morreu não, viu?

- Cadê o filhote? – Papa perguntou

- Tá lá em cima com o irmão e a mãe.

- O que essa mulher veio fazer aqui?

- Carlos! – Maman o repreendeu – Ela é a mãe dele, ela tinha mais é que vir pedir perdão para ele mesmo.

- O que ela quer conversar com ele? Já não basta tudo o que aquela família repugnante dele já fez para ele? Se eles fizerem qualquer coisa com ele, eu juro que eles vão se entender comigo. O Bruno não está mais sozinho na vida, não. Ele tem todos nós para defende-lo.

- Isso mesmo, tio! – Pi disse

- Pierre! Não dá corda para o teu tio! E Carlos, para de falar besteira! É a família dele, ele merece se entender com eles.

- E nós somos o que? Vizinhos? Nós somos a família dele, aquele povo não sabe nem o que é ser família.

- Papa, ela só quer ver e conversar com o filho.

- Meio tarde, né?

- Nunca é tarde! O senhor sabe que tudo tem a hora certa para acontecer.

- Bom, vocês já sabem. Se eles fizerem alguma coisa para o meu filho, eles vão ver com quem eles estão mexendo.

Eu juro que eu até chorei ouvindo meu pai falar daquele jeito. Eu sabia que era verdade o que ele estava falando, eu sabia que se aquela senhora fizesse algo de ruim para o Bruno, Papa arranjaria um jeito de acertar as contas com ela. Eu achava linda demais a relação que meus pais tinha com meu marido. Eu tinha orgulho de ter a família que eu tinha. Não é todo mundo que tem a graça de ter uma família livre de preconceitos, livre da venda negra que cobre os olhos da sociedade de ódio. Eu me sentia mais feliz ainda ao saber que minha filha cresceria com valores verdadeiros.

Eu não consegui comer nada, eu estava louco para saber o que estava acontecendo lá em cima. Já tinha se passado uma hora e não sabíamos de nada.

- Antoine, vai lá em cima!

- Eu não, Papa! Isso é assunto deles, da família deles.

- Tu fazes parte da família deles. Vai lá, leva um suco e alguma coisa para comerem.

- É, meu filho. Faz isso! – Maman disse

- Não sei, naõ, gente...

- Vai lá, viado! Vê se aconteceu alguma coisa e vem contar o babado pra gente. Quero riqueza de detalhes.

- Mas tu é muito fofoqueira, viu galinha preta de despacho.

- Não vou nem te dar moral, viado sinistro. Mas falando sério, vai lá, amigo, vê se tá tudo bem.

Eu fiz o que eles tinham falado. Eles prepararam uma bandeja com suco e salgadinhos e eu levei.

- Oi, oi! – os três estavam sentados, mas um longe do outro, beeem longe – Eu trouxe um lanche para vocês.

Eu levei um copo e uma porção de salgadinhos para cada um.

- Deixa ali em cima, amor. – Bruno disse – senta aqui comigo. – Ele me puxou e eu sentei ao seu lado – tá vendo esse cara? Sabe o que ele fez pra mim? – Ele falava com a mãe – ele me deu tudo o que vocês que tem o mesmo sangue que o meu não me deram. Tu viste todas aquelas pessoas lá embaixo? Aquela é minha família? Viste a minha filha no colo da avó e do avô? Eles são meus pais. Eles me deram o amor que tu e teu marido nunca me deram. Eles fazem tudo por mim, eles me amam de verdade e eu os amo também. Eles são minha família. Aqui eu tenho pais, irmãos, tios, primos... tudo o que eu nunca tive na minha vida. Eu tenho um marido, sim um marido. E mesmo ele gostando de um outro homem, a família dele nunca o espancou, nunca o expulsou de casa. Aqui, a gente apoia um ao outro. Aqui, a gente ama um ao outro, por mais que a pessoa não faça aquilo que nós queremos, que nós, em nossas cabeças loucas, cremos ser o a coisa certa. Eu não preciso de vocês, de verdade. Nunca precisei, nem quando eu não tinha o que comer eu precisei de vocês. Minha vida inteira eu batalhei, eu estudei, eu trabalhava dia e noite se fosse necessário. Tá vendo essa casa? Nada aqui caiu do céu, aqui nós dois batalhamos muito para termos e para darmos a nossa filha tudo o que ela precisa. Quando eu entrei na faculdade eu não tinha ninguém para me ajudar. Eu cheguei a dormir numa praça na cidade onde eu fui fazer faculdade. Mas graças a Deus, eu sempre encontrei pessoas maravilhosas na minha vida. Deus me tirou de uma família podre por dentro e me apresentou a pessoas maravilhosas. Desde ontem eu fico me perguntando incansavelmente: por que tu vieste agora? Por que só me procuraste agora? Foi só porque aquele homem enfim morreu? O que tu queres? Dinheiro? Se for isso eu dou, não tem problema. Nem precisava ter vindo aqui. Só não me diz que queres ser “mãe” depois de todo esse tempo...

- Bruno, calma! – Alan disse – Como tu sabes que o papai morreu?

- Esqueceu que o médico dele é meu amigo?

- Ah, é...

- Meu filho – Dona Ruth falou tão baixinho que eu quase não ouvi, ela chorava – Eu te procurei esses anos todos. Eu sempre quis saber onde tu estavas, eu sempre quis saber se tu estavas bem. Eu sei que eu tenho culpa, eu sei que eu deveria ter te protegido. Eu sei que não fui uma boa mãe. Eu sei de tudo isso. Não tem um dia que eu não lembre de quando tu fores embora. Eu nunca me desfiz das tuas coisas, eu sempre tive esperança que tu voltarias. Eu me culpo, eu não me perdoo – ela dizia batendo no peito – que mãe eu sou? Como eu pude deixar teu pai fazer aquilo? Me perdoa, meu filho. – ela se ajoelhou no chão – eu suplico teu perdão. Eu não vim aqui estragar a tua vida, eu não vim aqui para te trazer infelicidade. Eu só queria te ver. Eu não sabia que teu irmão tinha te achado, ele só me contou quando teu pai morreu. Se eu soubesse antes eu já teria vindo aqui. Eu te procuro há anos, Bruno. – Ela chorava bastante

- Mamãe, calma! – Alan foi até a mãe

Eu fiquei olhando para o Bruno, eu percebi que as palavras da mãe tinham entrado no coração dele, mas ainda haviam muitas mágoas, muito sofrimento. Ele não chorou.

- Bruno, tudo o que a nossa mãe falou é verdade. Ela tem tuas coisas até hoje na casa dela, ela nunca deixou o papai jogar fora.

- O que adianta ela não ter deixado teu pai jogar fora minhas coisas se ela o deixou jogar o próprio filho na rua?

- Amor... – Eu segurei forte na mão dele

- Era só isso o que vocês queriam dizer? – Bruno perguntou à família

- Bruno...

- Alan, tu sempre vais ser bem-vindo em minha casa. Mas, não me pede para esquecer tudo o que eu passei. Não me pede para perdoar quem eu ainda não estou preparado para perdoar. Eu sei que eles também não te trataram muito bem, mas tu nem de longe passou pelo o que eu passei. Não reclamo de ter passado por tudo, não reclamo por ter passado fome, por não ter dinheiro para comprar sequer uma bala, de ter que ir andando para a universidade por que eu não tinha dinheiro, por eu ter que assisti as aulas com meu estomago revirando de tanta fome, por ter trabalhado tanto. Tudo isso serviu para eu não ser igual a essa família. Tudo isso serviu para eu crescer.

- Bruno – Ruth se aproximou do filho – por favor, meu filho, me perdoa! – Ela chorava incansavelmente – Eu te amo, meu filho! – Ela pegou na mão dele

Ele só fazia olhar para ela. Não demonstrava nenhuma emoção. Eu apertei a mão que eu estava segurando na tentativa idiota de fazê-lo mudar de ideia.

- Alan, leva tua mãe daqui. Ela já disse o que queria, eu já ouvi. Eu não quero ser mal-educado, mas eu realmente não tenho mais nada para falar e nem para ouvir. Já ouvi toda a história.

Alan olhou para o irmão e entendeu que ele não mudaria de ideia. Ele foi até a mãe a a pegou pelos braços. Aquela cena me cortou o coração, eu sentia que ela estava falando a verdade. Eu sabia que ela tinha uma energia do bem. Eu também sabia que o que o Bruno queria de verdade era abraçar a mãe, mas ainda não era a hora.

Alan foi tirando a mãe da sala, ela olhava para o Bruno e chorava. Quando eles estavam quase saindo da sala eu fui até eles.

- Alan, tem como a gente conversar amanhã?

- Tem, sim! Aqui?

- Não! Eu te ligo e a gente combina um lugar.

- Tudo bem, então! Cuida do meu irmão, tá?

- Pode deixar! Beijo! Vão com Deus!

Eles desceram as escadas e eu voltei para onde o Bruno estava. Quando eu sentei ao lado dele, ele desabou no choro. Ele me abraçou e chorou. Ele passou vários minutos chorando. Eu sabia que tudo aquilo que ele estava falando para a mãe não era verdade. Eu o conhecia bem demais para saber que por dentro ele sofria, que ele queria tanto quanto ela um abraço.

Eu fiquei em silêncio, a única coisa que se ouvia na sala era ele chorar baixinho. Foi só depois de muito tempo que eu falei.

- Amor, vamos lá para o quarto. Tu tomas um banho e te deitas um pouquinho.

Ele nada falou. Eu me levantei e ele veio junto. Nós tomamos banho juntos e depois nos deitamos na cama. Ele deitou com a cabeça no meu peito e ficou lá até adormecer. Foi só então que eu desci. Eu tinha deixado a Sophie com a Mamam, eu tinha que ver como minha filha estava.

- PAPA... ABUABUEBUAEBUABEUBAUBEAU

- Oi, filha! Estava com saudade do papai? – Eu a peguei do colo da Mamam já que ela estava quase se jogando

- Como ele tá, filhote? – Papa logo perguntou

- Tá meio abalado, papa. Ele ficou dormindo, agora.

- O que aquela mulher fez para ele?

- Nada! É só uma situação muito difícil. Quando encontrarem com ele não perguntem nada, nem toquem no assunto. Ele precisa de tempo para digerir, para entender tudo isso.

- Claro! – Todos responderam

- Vem, mon p’tit! Deixa a Mamam cuidar de ti, agora. Tu ainda não comeste nada o dia todo.

- Nem to com fome, Mamam.

- Mas tem que comer, se tu não estiveres bem, quem vai cuidar do Bruno e da Sophie?

Ela tinha toda razão. Eu precisava estar forte para cuidar da minha família. Ela e a Jujuba me levaram para a cozinha e me fizeram comer. Sophie não quis desgrudar de mim depois que veio para o meu colo, Mamam tentava pegá-la, mas ela abria o berreiro.

Minha família ficou em casa até de noitinha, Bruno dormiu a tarde toda. Quando todo mundo foi embora, incluindo o Pi e o Dudu que foram para a casa dos meus pais para nos deixar sozinhos, Bruno acordou.

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Comentários

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Credo vc ta contando com tanta nostalgia que dá até medo que tenha acontecido algo. estou feliz que tenha voltado rsBeijão

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Emocionante. Entendo a postura do Bruno, pois creio que teria uma semelhante. É preciso deixar que o amor penetre no coração, tirando toda a mágoa e todo o rancor. Como ele é uma pessoa boa, acabará perdoando a mãe (espero), pois isso fará bem a ele mais do que a ela. Um abraço carinhoso para ti, para Bruno, para teus pais, teus irmãos, para a Jujuba, para o Pierre e para o Dudu,

Plutão

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Muita tensa essa situação e, por um lado, entendo a atitude do Bruno. Abraço Antoine!

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antonie eu comeceia ler o seu conto há uns dois dias atrás e não consigo parar de ler sua história é muito incrível kkkkk como eu ainda tenho kse 100 capitulos pra ler ainda n posso nem quero perguntar nada mas kra o bruno existe msm? kkkkk ele é muito incrivel e espero que tudo de certo entre vcs.

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Linda demais sua história, uma lição de vida!!!

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Nossa que emocionante fiquei comovido no lugar do Bruno eu tbm acho que ñ conseguiria perdoar situação complicada

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