Meu Verdadeiro Amor

Um conto erótico de ☆★Estrela★☆
Categoria: Homossexual
Contém 2785 palavras
Data: 21/08/2016 19:33:56
Última revisão: 23/08/2016 04:16:18

E mais uma vez estava eu alí em um momento com o amor da minha vida...

Meu nome é Benjamim, mas todos me chamam de Ben, tenho 18 anos e um irmão mais velho de 21.

Sou de família conceituada e importante, meu pai é rico, se chama Bruno e deu o mesmo nome ao meu irmão, seu primogênito. Sou gay e minha família sabe, na verdade não se importam tanto!

Tenho altura mediana, olhos verdes, cabelo loiro, bem encaracolado e sou branco, muito branco, sinto raiva disso, gostaria de ser mais moreno, porém quando tomo sol fico parecendo um pimentão de vermelho rsrsrs...

Como disse lá encima no momento estava me encontrando com o amor da minha vida, Pedro. Nossa como o amo, ele não sai da minha cabeça um só segundo, as vezes penso que vou ficar louco!

Pedro é alto, olhos azuis, pele branca e cabelo preto, mas era pobre, não que isso fosse um problema para mim, jamais, porém seria para minha família. Meu pai sonha em um casamento perfeito com uma pessoa da mesma classe social que a nossa onde una fortunas, foi assim com meu irmão, ele casou com uma garota linda, Emily seu nome, a ama de verdade, vejo amor em seus olhos quando a ver e sou muito feliz por ele, é filha de um sócio do meu pai. Pedro é professor de literatura em três colégios públicos da cidade, sempre me escrevia poemas, eu amava recebê-los.

No momento estávamos no grande jardim da minha casa, era enorme e tinha a parte de trás que era pouco frequentada, Pedro pulava o muro e nos encontrávamos lá.

-- Quando vai falar com sua família sobre nós?

Estávamos sentados em uma pedra enorme, adorava ficar alí com ele, estava deitado em seu ombro enquanto ele me abraçava, amava seu cheiro.

-- Não sei, tenho medo!

Ele me olhou com cara de reprovação.

-- É sério Pedro, tenho medo, você não conhece meu pai! – Respondi.

-- Você já tem 18 anos, não pode sentir tanto medo assim, o que ele pode fazer? Tem medo dele te dá uma surra e te colocar de castigo?

Falou sarcástico.

-- Não, mas pode fazer coisa pior, ok? Não estou preparado!

-- E quando vai está? Já estamos namorando a 2 anos e você sempre diz que não está preparado Ben. O quê? Não me leva a sério como te levo?

-- Claro que te levo a sério, não pense assim, você sabe que é o amor da minha vida! -- Falei abraçando-o.

-- Espero que seja verdade.

-- Claro que é.

A noite meus pais dariam uma festa, eu não gostava muito dessas festas idiotas, mas tinha que participar, fazer o quê?

Não tinha muitos amigos, sempre estudei em casa, não frequentava escolas, sabia 3 línguas, inglês, espanhol e francês, fora o português e toco piano, violão e flauta. Tive educação de ponta, mas praticamente não tinha vida social.

Viajei muitas vezes com minha família para fora do Brasil, conheço alguns filhos dos sócios do papai, mas sou preso em casa e quando vou sair tem que ser escoltado por seguranças, nós éramos muito discretos, nossa vida era discreta, pois meu pai era um dos homens mais ricos do País.

Não gostava muito da minha vida, devem ter percebido o porquê, conheci o Pedro aqui em casa mesmo, ele foi contratado para me ensinar literatura e nos apaixonamos.

Bem, a noite me arrumei e desci para o salão de festas da nossa mansão, meu pai sempre me pede para tocar piano nas festas e desta vez não foi diferente...

Quando desci o salão parou para me ver, era sempre assim, meu pai me chamou, segurava uma taça de champanhe na mão e me levou até o piano, meu irmão estava com Emily, como sempre elegante sentados em uma mesa, ela usava um longo vestido vermelho, minha mãe estava com eles e usava um longo vestido branco.

Me sentei ao piano e comecei a tocar, amava tocar, deixava a música penetrar em meus poros e fechava os olhos para senti-la, quando acabava ouvia os aplausos lembrando que não estava sozinho. Era sempre assim.

Meu pai foi até mim com cara de orgulho e pegou na minha mão, levando-me até a mesa.

Chegando percebi que havia um convidado, um homem estava alí.

-- Este é meu filho Benjamim.

Ele levantou e pegou na minha mão.

-- Benjamim este é Bryan, filho de um amigo, ele estava fora do País e acabou de voltar.

-- Olá?

Ele sorriu.

As horas foram se passando e só conseguia pensar em Pedro, em como gostaria de sair dalí. Odiava essas festas que meu pai dava!

Levantei um pouco e fui para a sacada, em pouco tempo surge alguém por trás de mim, era Bryan.

-- Olhando o quê?

-- Nada, vim só tomar um ar.

-- Está aborrecido?

-- Muito, odeio essas festas.

-- Eu também, mas não custa nada fingir por educação certo?

Rimos.

-- Não quero parecer indiscreto, mas quantos anos você tem?

-- 28, acabei de terminar meu doutorado e voltei para cá, faz anos que fui embora para os EUA.

-- Tenho 18 e nem sei o que quero da vida ainda, mas sendo honesto não quero me matar de estudar em livros, amo arte, musica, escrever...

-- Sou médico, estudei anos de medicina, foi o que sempre quis, salvar vidas, mas você deve seguir seu sonho.

-- Sim, papai sempre me diz o mesmo, porém ainda não sei qual é o meu sonho.

Ele sorriu, me olhava de um jeito estranho.

Bryan era alto, bem alto mesmo, batia abaixo do seu ombro, moreno canela, cabelo preto, olhos castanhos, bem musculoso, forte. Não era só isso, ele tinha algo, como posso explicar? Não passa despercebido nem se quisesse, tinha um certo porte de poder.

Meu pai nos chamou e entramos, ele nos olhava estranho, mas não me importei muito, o resto da noite correu como sempre, sorrisos forçados, agir sempre educadamente, etc.

No fim da festa subi com mamãe.

Minha mãe é loira, olhos verdes como os meus, pele branca, muito lindona.

Entrei no meu quarto e ela entrou junto comigo.

-- O que você achou do Bryan? – Perguntou sentando-se na minha cama enquanto eu entrava no meu banheiro e me despia para tomar um bom banho.

-- Legal. – Gritei lá de dentro.

-- Eu o achei maravilhoso, inteligente e lindo.

-- Porque a pergunta?

-- Nada não, só queria saber mesmo.

Tomei meu banho e quando saí ela já não estava mais.

No dia seguinte...

Acordei e já não via a hora de ver meu Pedro.

Fiz minha higiene matinal, vesti uma roupa e desci.

Minha mãe estava tomando café da manhã.

-- Onde está o papai? – Perguntei sentando-me a mesa e pegando uma fatia de mamão para comer.

-- Ainda não desceu. Seu irmão virá mais tarde!

-- Com a Emy?

-- Sozinho! – Falou após limpar a boca com o guardanapo, logo após mordeu uma torrada e bebeu um pouco do café puro.

-- Que pena, adoro quando ela vem, é muito divertida e sempre lê os mesmos livros que leio, gostamos de debater. – Após falar passei a colher na fatia de mamão e comi um pouco.

Papai surgiu e sentou-se ponta da mesa, onde os chefes de família sempre sentam.

-- Bom dia?

-- Bom dia querido! – Respondeu mamãe.

-- Bom dia papai.

-- Você ontem se saiu divinamente bem filho, tocou maravilhosamente, foi educado e brilhante. Todos te elogiavam, é o meu orgulho.

-- Obrigado pai.

-- Bryan falou muito bem de você.

-- A gente conversou um pouco, ele é legal.

-- Herdeiro de uma das maiores fortunas do País, sua mãe faleceu a alguns anos, e acabou de perder o pai, é filho único.

-- Não sabia! – Coloquei a mão na boca. – Que triste pai, ele não me disse nada.

Fiquei muito abalado, meu Deus ele não tem mais ninguém!

-- Regressou por isso, tem que cuidar do patrimônio.

-- Nossa pai, estou muito mal.

Coloquei o guardanapo na mesa, havia perdido o apetite.

-- Com licença, vou andar um pouco no jardim.

-- Pode ir filho.

Mamãe falou e logo após deixei o ambiente.

Andei pelo jardim pensando em tudo, não sei porque mas fiquei muito mal por ele, perder todo mundo assim e ficar só deve ser horrível, havia acabado de conhece-lo, mas mesmo assim me sentia muito mal.

Andei até a parte de trás e lá estava Pedro me esperando como sempre, fui até lá e me joguei em seus braços. Ele me abraçava pegando em minha cintura, enquanto o beijava com vontade, com sede, por mim passava todo o dia beijando-o, mas infelizmente não podia.

-- Então, como foi ontem a tal festa?

Ele sentou na grande pedra e sentei junto a ele. Alí tinha um lago e eu ficava olhando os patinhos nadarem, o jardim era muito bem conservado, porém eu dava ordens para que quando estivesse alí o jardineiro não me incomodasse, até agora deu certo, ele sempre cuidava daquela parte do jardim quando não estava lá.

-- Foi legal. – Falei sem entusiasmo. – Igual a todas as outras!

-- Escrevi outro poema para você.

Vibrei.

Ele tirou o papel do bolso e pediu para eu lê-lo quando estivesse sozinho. Coloquei no meu bolso.

Namoramos um pouco, me despedi, pois meu irmão chegaria a qualquer instante e entrei.

Subi para o meu quarto cantarolando, sempre quando via Pedro meu dia ficava mais alegre, meu coração vibrava e tudo ficava mais colorido.

Chegando no meu quarto, Bruno meu irmão estava lá.

Como descrevê-lo? Bruno é o meu oposto, alto, olhos azuis do papai, loiro, forte, adora administração e vai assumir os negócios da família quando papai assim desejar.

Não que papai me desprezasse muito pelo contrário, já demonstrou ter orgulho de mim demasiadas vezes, sempre demonstrou todo o amor do mundo, porém não sou sua cópia como o Bruno, sou mais sensível, puxei a mamãe e acho que por isso ele me ama tanto, sempre fala que quando olha nos meus olhos vê os dela.

Mamãe é artista plástica, já fez várias exposições no País e fora dele, foi exatamente daí que puxei toda essa paixão por arte, meu pai a conheceu em uma de suas exposições e sempre conta a história para a gente, ela foi explicar uma de suas obras a ele, o quadro que ele mais gostou e queria comprar, porém ele levou mais que o quadro, segundo ela também levou seu coração e o tem até hoje.

Mamãe e papai se amam e acho isso lindo.

Bruno estava sentado na minha cama com uma cara muito preocupada.

-- Está me esperando?

Falei sorrindo.

-- O que você fazia com o antigo professor de literatura no jardim?

Meu sorriso se desmanchou na hora.

-- Bruno, você não vai contar ao papai, vai?

-- Tarde demais, eu tive que fazer isso!

Perdi o chão, meu mundo começou a girar, comecei a chorar.

-- Porque você fez isso? Porque?

-- A quanto tempo vocês estão juntos? Ele se aproveitou de você, de um menor que era seu aluno Ben, é um pobretão oportunista! Papai tinha que saber!

-- Eu não acredito que você fez isso! Ele é bom, honrado, trabalha honestamente. Dinheiro não importa!

Papai entrou de repente.

-- Você já mandou procura-lo? – Meu irmão perguntou.

-- Claro que sim. – Meu pai respondeu.

-- Procurar quem?

Não me responderam.

-- Falem.

-- Vamos te proteger querido. ok?

-- Papai por favor o Pedro é uma pessoa honesta e trabalhadora, não tem dinheiro, mas o amo. Por favor não me separa dele, eu o amo.

Meu irmão o olhou seriamente.

-- Esse desgraçado me paga. Mexeu com um dos meus bens mais preciosos, coloquei ele dentro da minha casa e foi isso que ele fez!

-- Não pai...

-- Ben você vai me obedecer, está me ouvindo, sou seu pai. Vai esquecer que este homem existiu, vai seguir sua vida e vai casar com uma pessoa da sua classe social.

Os dois saíram.

Me tranquei no quarto, não saí o resto do dia, minha mãe havia saído para um evento.

A noite ela chegou e foi direto para o meu quarto, eu só sabia chorar, meus olhos estavam inchados e acho que li o poema que ele me deu uma 100 vezes ou mais.

Minha mãe entrou no quarto e me viu deitado chorando.

-- Seu pai me contou tudo!

Chorava e não respondi nada.

Ela se aproximou e sentou na ponta da minha cama, pegou na minha panturrilha e me olhou com carinho.

-- Calma querido, você vai acabar esquecendo isso tudo, tem só 18 anos, uma vida toda pela frente...

-- Eu não vou esquecê-lo, o amo. Será que ninguém me entende?

Ela suspirou.

-- Você ainda é novinho, para você pode parecer o fim do mundo, mas não é. Ok? Tudo isso vai passar, sabe quantos garotos gostariam de está com você neste momento?

-- Nenhum. Não conheço ninguém mãe...

-- Errado, seu pai já recebeu diversas propostas de famílias interessadas em compromisso.

Sim, no nosso meio ainda era assim que funcionava, os pais conversavam para se iniciar um compromisso sério entre os filhos, claro que o ponto inicial cabia da gente, se eu me interessasse em alguém falaria com meu pai e ele conversaria com a família. Por isso essas festas, meu pai gostava de me apresentar ao meio social, diga-se “Classe Nobre”, sentia orgulho de mim.

-- Benjamim, cada vez que damos essas festas somos bombardeados de ligações, e-mails, seu pai dá essas festas para ver se você finalmente se interessa em alguém, mas você nunca demonstrava interesse em ninguém, seu pai e eu estranhávamos, mas agora sabemos o porquê.

Não respondi nada.

-- Bryan ficou encantado por você, falou com seu pai e ele ficou bem animado, mas você não demonstrou entusiasmo.

-- Não quero saber de ninguém mais. Que droga, ninguém pode mandar no meu coração, o amo.

-- Pois sinto muito, mas não podemos admitir isso, esse professor tem 38 anos, começou esta relação quando você era ainda mais novo, além de tudo não tem o mesmo nível social que o nosso, jamais podemos admitir isso, você e seu irmão somos o que mais amamos e não vamos permitir que um zé ninguém estrague sua vida.

Ela saiu.

Eu estava em um pesadelo, no fundo sabia que se eles soubessem isso iria acontecer.

Os dias se passavam e eu não sabia nada dele, o sentia vivo dentro de mim como uma chama acesa, passava os dias trancado dentro do quarto, nem comia direito, não tinha apetite.

Naquele momento tinha acabado de acordar e meu pai invadiu meu quarto.

-- Levanta, vai voltar a viver, não vou permitir mais você mofar aqui por causa de um qualquer.

-- Ele não é um qualquer, é o amor da minha vida.

-- Vai se vestir agora, tocar piano, sair no jardim, viver!

-- Não.

Eu jamais havia respondido meu pai, nem enfrentado minha família daquela forma.

-- Benjamim eu sou seu pai.

Não respondi, apenas entrei no banheiro e me tranquei lá até ele sair.

No dia seguinte minha mãe entrou no meu quarto logo cedo.

-- Ben, precisamos conversar seriamente.

-- O que foi?

-- Sua rebeldia está acabando com a paciência do seu pai.

-- Isso não me importa!

Ela suspirou e saiu.

Assim se passaram mais dias e já fazia 2 meses que eu estava agindo assim, foi aí que minha vida mudou, meu pai agiu pelas minhas costas.

Estava acordando quando ele entra no meu quarto.

-- Está na hora de agir e não passar mais a mão na sua cabeça.

-- Como assim? – Sentei na cama.

-- Você está noivo, negociei com uma família.

Levantei assustado.

-- Pai, você me entregou a uma pessoa que nem conheço?

-- Conhece sim, falei com ele esses dias...

-- Conheço? E quem é?

-- Bryan.

Comecei a andar de um lado para o outro igual um louco.

-- Como você pôde fazer isso comigo? Me entregar assim a uma pessoa que não amo? Pai você está acabando com a minha vida, sempre tive a certeza de que me amava, mas agora tenho minhas dúvidas.

-- Muito pelo contrário, eu te amo e estou te salvando, acabaria com a sua vida se te deixasse nas mãos daquele outro.

Comecei a chorar, desesperado, aquilo não estava acontecendo, só podia ser um pesadelo.

-- Eu não vou casar com esse homem, não vou!

-- Vai sim, isso não está em discussão.

-- Se você fizer isso comigo eu fujo e vocês nunca mais irão me ver novamente!

Ele cresceu os olhos.

-- Você não seria capaz.

-- Experimenta para ver, eu sumo.

Não estava me reconhecendo, nunca tinha falado assim com ele.

Ele fez uma cara de dor e pegou no braço esquerdo, foi caindo no chão aos poucos.

Me ajoelhei ao seu lado chorando, estava desesperado.

-- Mãe, Mããããe, corre aqui! – Gritava.

***********

Olá galera? Tudo bem?

Este é o meu primeiro conto. Espero que gostem e tenham um pouco de paciência comigo rsrsrsrsrsrs.

Desculpem qualquer erro!

Antes que perguntem, mesmo o conto sendo gay sou mulher e hétero, mas sempre senti vontade de escrever para este público...

Beijão.

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Comentários

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Esse conto parece que foi inspirado pelo o Livro Hey professor ! Estou amando ❤

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Gostei continua!!!!👏👏😍✌🙌

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Amei . CONTINUA ...bjs❤❤❤❤❤❤❤

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