Clube de Machos Diamonds - Thiago

Um conto erótico de Thiago
Categoria: Homossexual
Contém 4762 palavras
Data: 07/08/2016 17:21:07

Antes de deitar naquela cama onde eu seria FODIDO, ou assim foi me dito, pensei um pouco sobre a minha vida e no que ela havia se tornado, órfão, enganado e roubado, com uma aparência que não atraía a maioria dos caras, minha vida não ia nada bem. Dizem que o fundo do poço é o mais baixo que se pode chegar, bom há pouco tempo atrás havia o fundo do poço, quinze centímetros de lama e abaixo estava eu, mas agora depois de uma pequena reviravolta no meu dia, um pequeno lampejo de esperança insistia em bruxulear no meu coração. Foi quando eu senti a sua língua ágil entrar em contato com o meu ânus... Huuuum, aquele contato e um tapa estalado em seguida me fez quase desmaiar de prazer...

1 ano antes:

Eu não conseguia me conter, em qualquer foto que você procurasse da minha formatura daria para contar todos os meus dentes, eu sorria abertamente depois de passar cinco longos anos estudando para tentar entender a psique humana, sim, me formei em Psicologia e fui muito festejado pela minha monografia que, diziam os professores, tinha potencial para virar um projeto de mestrado, doutorado, livro, enfim, potencial para uma carreira. Decidi por essa carreira a primeira vez que assisti O Silêncio dos Inocentes, enquanto todos usavam adjetivos pejorativos para descrever o psicopata, eu só conseguia me sentir cada vez mais atraído e maravilhado pela inteligência daquele personagem, a periculosidade dele nem me passava pela cabeça.

O primeiro passo após a euforia da festa foi tirar o CRP que me concederia a possibilidade para atuar como psicólogo de forma legal, fui junto com meus amigos de cinco anos, nós conversávamos dentro do carro de um deles de forma animada ouvindo músicas e rindo de piadas bobas, todos estavam em êxtase. Nada demais aconteceu, aliás, meus dias eram bem normais, sempre li muito, assistia algumas séries, mas evitava as que estavam no HIPE, pois sempre achei que a maioria era burra, então se a maioria gostava disto ou daquilo lá estava eu correndo na direção contrária.

Cheguei em casa e sentei no sofá velho da minha kitinete, decidi limpar tudo como sinônimo desta nova etapa da minha vida, agora eu estava: FORMADO! Limpei aquilo tudo, o que não era nada mais que um quarto e sala como existem aos montes pelo Brasil e fui tomar banho. Sentei-me no aparelho antes disso e fiquei divagando sobre coisas que eu sempre pensava, olhei em volta e pela primeira vez desde que me mudei para aquele imóvel o achei pequeno demais para mim. Por causa do meu tamanho, as pessoas á brincavam: “Não te cabe aí dentro” “Tem que entrar de lado”, sim, eu era, quero dizer, sou gordo ou gordinho, depende da sua visão. Naquela época eu costumava me definir como “enorme”, era assim que eu me via.

Tomei um banho rápido, preparei qualquer coisa para comer e decidi que começaria a correr no dia seguinte, não, melhor só caminhar vai que eu morro no esforço. Dormi cedo e acordei cedo, fui andar numa praça e senti que meu humor melhorava, ao chegar em casa verifiquei o meu celular e havia uma chamada não atendida de minha mãe. Retornei, conversamos um pouco e fiquei de ir visita-los e aproveitar aqueles dez dias até receber a documentação necessária para começar a clinicar. Fui até a rodoviária e comprei uma passagem, viajaria no dia seguinte pela manhã, resolvi tudo o que precisava e novamente dormi e acordei cedo e me dirigi à rodoviária, a viagem era cansativa pela manhã, o ônibus parava em demasiado, o ar condicionado não dava conta do calor, enfim eu já estava cansado antes mesmo de embarcar, fiquei lendo alguma coisa enquanto esperava o ônibus na rodoviária, ao meu lado um homem magro, porém definido, alto e de cabelos negros sentou, ele cheirava a banho recém tomado e um perfume gostoso se desprendia dele e entrava em meu nariz me excitando.

Rapidamente me ajeitei na cadeira, apenas para aquela vozinha na minha cabeça rir de mim: “Tá se ajeitando por quê? Acha mesmo que um homem desses te olharia?”, por que ela sempre tinha razão? Ele falava no celular animadamente com alguém, usava gírias e a mais em voga naquela época era o famigerado “TOP”, bom atestado de hétero! Voltei à minha leitura...

- Bom dia, você sabe onde fica a plataforma 28? – Ele me perguntou e eu desconfiei seriamente que ele fosse cego, pois o número 28 que estava em nossa frente, só não era maior que a minha baixa autoestima.

- É essa a nossa frente! – Respondi nervoso por ele se dirigir a mim – Ah, bom dia! – Sorri.

- Você já usou aparelho? – Oi?

- Desculpe, não entendi... – Falei.

- Aparelho ortodôntico, seus dentes... Digo o seu sorriso é lindo! – Ele sorriu e meus intestinos viraram água.

- Obrigado! – Sorri tímido.

- Eu me chamo André! – Estendeu a mão.

- Prazer! – Falei e sabia que faltava falar alguma coisa, mas não lembrava o que.

- Seu nome? – Ele falou de forma divertida.

- Ah sim, desculpa... Me chamo Thiago! – Estendi a mão novamente e ele a apertou com prazer.

- Vai viajar pra onde Thiago? – Ele parecia interessado em entabular uma conversa e bom... Se ele quisesse a minha alma eu daria.

- Russas! – Falei – Já ouviu falar?

- Na verdade não, estou perdendo algo? – Ele perguntou simpático.

- Só muito calor e poeira. – Nós rimos juntos desta minha piada sem graça.

- Ônibus das oito para Russas saindo! – O motorista gritou e eu me apressei, pois temi perder o ônibus.

- André, foi um prazer enorme, mas preciso ir. – Ele sorriu e nós apertamos as mãos nos encarando, saí correndo e quase caí, morrendo de vergonha olhei para trás e ele sorria de forma cúmplice. Fiquei extremamente envergonhado, mas consegui continuar a viver, sentei no fundo ônibus onde eu gostava de ficar, coloquei os meus fones de ouvido, abri o Spotify e coloquei a playlist do Queen, Bohemian Raphsody começou a tocar e o ônibus a se mover, olhei para as cadeiras onde eu estava sentado minutos antes ao lado de André e o vi conversando com uma loura peituda, ri de mim por achar que ele estaria interessado em mim, peguei dois comprimidos de Dramim e os engoli com uma água extremamente gelada, quando estava quase dormindo eu voltei para a música e a última coisa que lembro de ouvir foi:

“Open your eyes

Look up to the skies and see

I'm just a poor boy, I need no sympathy

Because I'm easy come, easy go

A little high, little low

Anyway the wind blows, doesn't really matter to me, to me”

Meus dias com meus pais foram iguais como sempre, uma ou outra rusga com meu pai, meu irmão falando: “Bolsonaro presidente em 2018” e eu e minha mãe rindo daquilo tudo, quando voltei para Fortaleza, dez dias depois minha mãe foi a única que me acompanhou a rodoviária.

- Morro de saudades quando você vai embora meu filho!

- Não demoro a vir te ver “mamis” – Falei lhe abraçando.

- Sei, nem lembra que tem mãe... – Ela sorriu. Nos abraçamos de novo, ela chorou, eu acabei me emocionando e tudo aquilo que sempre acontece. Quando eu passava mais que um fim de semana naquela cidade. Dois meses se passaram daquela visita e eu já estava atendendo na clínica há um mês os pacientes que meu ex-orientador do tcc me passou, trabalhava um turno em um equipamento do governo e com isso conseguia me manter. Chegou o mês seguinte e nada demais aconteceu e logo em seguida seria o meu aniversário, que também passou sem que eu percebesse maiores mudanças, eu continuava gordo, sem graça e a única mudança é que eu estava feliz no trabalho.

Foi numa manhã que o vi novamente, ele estava numa sala de espera com as chaves de um carro na mão, vestido com roupas de academia e aquele homem era um Deus... Se ao menos eu lembrasse o seu nome... A quem quero enganar, minhas últimas punhetas tinham sido embaladas por “André, me come com força seu puto!” imaginando aquilo tudo em cima de mim... Ele me olhou, mas não me reconheceu e eu entrei em minha sala, atendi meus pacientes e no dia seguinte soube que um dos psiquiatras da clínica havia sido vítima de um golpe do namorado, o coitado estava tão mal que falavam até em depressão.

- Você não soube? Ele foi depenado pelo pilantra, mas também quem é que ia acreditar que um homem como aquele iria se apaixonar por um velho como o Dr. Renato... Só numa cabeça senil como a dele! – Risada maldosa da Luciene, uma das atendentes da clínica. Saí de perto e lembro de ter pensado: “Coitado do homem, não bastasse ser enganado, ainda tripudiam em cima de sua dor.” Novamente os dias passavam rapidamente e eu não me envolvia com ninguém, não saia e vivia à base de séries e filmes de terror. Minha mãe me ligou, conversamos um pouco no domingo à noite e nos despedimos, no final da ligação ela disse: “Eu te amo muito, nunca esqueça disso”, sorri porque eu sabia que era verdade; na manhã seguinte meu pai me liga para avisar que ela havia amanhecido morta, meu mundo caiu, literalmente.

Eu achava que conhecia a dor até ter que enterrar a única pessoa que me amou sem limites por toda a vida, eu não conseguia conter as lágrimas em nenhum momento, nem apoio eu recebi, finalmente eu estava órfão, pois com meu pai eu nunca contei, meu irmão havia desenvolvido um nojo incompreensível de mim e eu não sabia como conversar com nenhum dos dois. Voltei para a minha cidade logo após o enterro e só retornei para receber um benefício referente a uma apólice de seguros que minha mãe pagava, por ironia eu era o único beneficiário, depois disso me sufoquei de trabalho e estudos para não pensar na falta que ela me fazia. Me afastei de tudo e de todos e fiquei ainda mais recluso que antes. Foi então que num dia o André reapareceu na minha vida, eu andava por uma praça da minha cidade e ele vinha na direção contrária correndo, suado, de regata, short e tênis, a barba bem delineada... Ele passou por mim e deu a volta na praça de novo, nós estávamos em direções contrárias.

Na terceira volta ele me parou: - Acho que te conheço... – Ele me olhava no fundo dos olhos e eu suspirei de medo, pois eu lembrava e muito dele.

- Não lembro se nos conhecemos... – Falei por fim, com medo de admitir que lembrava e muito dele.

- Thiago? – Ele falou e sorriu.

- O rapaz do aparelho? – Fiz um joguinho, como se lembrasse do que ele falou, mas sem lembrar do nome. Como se aquilo não me denunciasse também.

- André, cara! – Falou um pouco ofendido. Eu devia ter desconfiado.

- Ah sim, lembrei agora! – Falei batendo em minha testa com afetação exagerada. Dali nós conversamos muito, marcamos de nos encontrar e depois do primeiro encontro em que ele me comeu “com força” como eu implorava, meus dias se resumiam a pensar nele, falar sobre ele e querer estar com ele. Ficamos juntos exatos três meses, mas eu já estava disposto a me mudar para a encosta de um vulcão se ele assim quisesse. Algumas coisas me incomodavam muito, primeiro: As transas com André sempre duravam mais de uma hora, seu pau ficava extremamente duro e isso não me incomodaria se eu não achasse com certa frequência embalagens unitárias de um comprimido belga que eu não conhecia; segundo: Ele não queria que eu falasse dele no meu trabalho e não me apresentava aos seus amigos e terceiro: Ele só me comia de olhos fechados, eu sentia que ele não estava comigo. Porém no momento seguinte eu me convencia do contrário, eu queria acreditar nele e no amor que ele jurava sentir por mim. Oh homem de pouca fé!

Três meses ele me deu em sua companhia, provavelmente a lembrança de 65 noites de sexo demorado e um golpe, como o que ele aplicou no Dr. Renato. No bilhete que ele me deixou constavam apenas alguns insultos: “Gordo nojento, se você tivesse mais dinheiro eu teria passado mais tempo com você”, constavam mais algumas palavras de afronta, mas não ouso repeti-las. Um mês de cama, muitas garrafas de vodka e uns quilos a menos eu fui novamente à rodoviária, comprei uma passagem para a cidade com o maior nome no letreiro e levei duas malas, eu só queria sumir.

Chegando ao meu destino, encontrei um trabalho como estoquista num supermercado e um quarto de pensão onde um rato passava pelos meus pés, mas como ele parecia gostar de mim eu não o matei. Um dos rapazes do supermercado o mais “boyzinho” falou algo que me chamou atenção: - É como um bordel, só que somente rapazes trabalham lá, dizem que você ganha muito numa noite e que dá pra fazer a vida com isso.

- Onde você ouviu isso Maycon? – Perguntou o outro rapaz esguio.

- O dono dessa cadeia de supermercados aqui vai lá, dizem que apenas uma vez por mês por ser muito caro, se eu conseguir me infiltrar e tirar uma foto dele eu estou feito e nem vou ter que me deitar com nenhum homem! – Ele riu;

- Como é mesmo o nome do lugar? – Perguntou o magricelo.

- É Diamonds! Vou lá esses dias. – Saí de perto sem ser notado, mas aquela conversa ficou rodando em minha cabeça por muitos dias, ao que parece ele não só não conseguiu se infiltrar como foi escorraçado do lugar. Decidi ir até lá numa noite de sexta, eu havia ganho a folga do fim de semana e decidi que ao menos iria beber e olhar para as pessoas. Vesti minha melhor roupa e pela primeira vez em muito tempo me achei até bonitinho. Peguei um táxi e disse onde queria ir, minha carteira estava cheia de dinheiro, desci na frente da construção luxuosa e após o segurança perceber que eu não carregava nada que pudesse gravar lá dentro e nem nada comprometedor, me permitiu entrar.

Meu sapato social fazia barulho no chão de granito preto, alguns detalhes em dourado chamavam a minha atenção, o ambiente à meia luz, com alguns rapazes descamisados, alguns malhados e outros bem comuns que a primeira vista julguei serem apenas clientes e uma mulher de olhos misteriosos sentada no bar. Não sei dizer que tipo de atração se deu entre nós, mas ela me olhou no fundo dos olhos, usava um vestido sensual roxo, batom vermelho e saltos finos e altos, logo alguém cochichou algo em seu ouvido e ela deu uma risada estridente, quase infantil e muito gostosa. Sentei ao seu lado e pedi para o bartender:

- Um negrone, por favor! – Ela me olhou e eu sorri.

- Ora, uma pessoa bom gosto para drinques – Ela disse sorrindo e só faltava um cigarro entre suas unhas vermelhas para completar o charme de uma atriz de cinema daqueles filmes antigos – É a sua primeira vez aqui, não é? – Ela modulava a voz e nada mais nela parecia infantil, impressão minha ou ela estava tentando me seduzir?

- Sim, é... – Falei sorrindo tímido.

- Lady Nara, prazer! – Ela me estendeu a mão e eu pensei: “Que nome de puta pobre! Lady qualquer coisa...” mas fui simpático e logo conversávamos bastante. O negrone que o rapaz nos servia estava porcamente feito, não valia nem a metade do dinheiro que eles pediam pela bebida. – Não vai escolher nenhum menino? – Ela perguntou.

- Não, nenhum é do meu gosto – Menti, pois a maioria era, especialmente os que pareciam ser mais comuns.

- Gosta de bons drinques e é exigente quanto aos homens, você está se tornando muito interessante aos meus olhos. – Foi nessa hora em que eu desmoronei, não chorei, mas me permiti desabafar sobre minha mãe, André, minha família e minha vida até ali, o fundo do poço. Ela ouvia tudo atentamente, não esboçava nenhuma reação que fosse, apenas pedia que os drinques continuassem a vir, mas havíamos trocado para o Martini, que não exigia nenhuma preparação elaborada, quando me dei conta o salão estava vazio, só nós dois ainda estávamos lá;

- Acho que o expediente acabou! – Falei triste e ela olhou ao redor e viu que estávamos só nós e o bartender ali, com um aceno de mão ela dispensou o rapaz e quando eu ia levantar, sua mão segurou em minha coxa, um arrepio escalou a minha espinha.

- Espera aqui! – Ela acompanhou o rapaz e então fechou com a chave a porta principal, eu estava com um pouco de medo, mas extremamente excitado com aquela situação naquele ambiente cheio de luxúria. Ela passou por mim e foi para dentro do bar, pegou as bebidas necessárias para preparar o negrone e eu vi que ela também errou, mexeu a coqueteleira com barulho e nos serviu, experimentei o drinque e ele estava ruim, melhor que antes, mas ainda ruim.

- Eu faço melhor! – Falei embalado pela bebida.

- Se fizer eu te contrato! – Ela sorriu.

- Jura? – Perguntei animado.

- Minha palavra vale mais que uma jura! Vem! – Ela mandou e eu fui. Fiz exatamente a receita original, medindo os mililitros com precisão, coisa de virginiano e quando ela provou. – Caralho, tá uma delícia mesmo. Você começa amanhã! – Ela falou séria e eu ri. – Falo sério, porra!

- Eu de bartender num bordel de garotos de programa... – Falei quase rindo de mim mesmo;

- Aqui nós não vendemos sexo, nós vendemos liberdade meu querido! E você vai ser o encarregado pelas bebidas sim... – Sentei novamente em frente a ela. Nossos joelhos se tocaram e eu senti novamente uma atração por ela, mas não do tipo que me deixava de pau duro e sim do tipo que me deixava piscando. – Posso estar enganada, mas você é passivo, não é? – Ela perguntou na lata e eu fiquei envergonhado, afinal de contas eu sabia que dava pinta e gostava de dar, sempre encarei isso com tranquilidade, mas não sei por que me incomodou ela saber disso assim de cara, apenas confirmei com a cabeça. – Vamos conversar um pouco mais – Ela sorriu e minha boca estava seca, não sei por que eu fiz, apenas beijei a sua boca e para minha surpresa ela retribuiu. Achei que iríamos parar por ali, mas de forma dominante ela apertou os meus cabelos me fazendo gemer.

- Desculpa. – Pedi envergonhado.

- Pelo que?

- Por te beijar! – Falei.

- Algo me diz que isso é o começo de uma grande amizade... – Ela falou. Eu realmente comecei a trabalhar no Diamonds, ainda quis me manter no emprego do supermercado, mas não dava por conta dos horários. Então acabei saindo do emprego e Lady Nara me colocou como segundo bartender, eu servia o bar e algumas mesas próximas vestindo um colete, calças e gravatas prestas e uma blusa de tecido branca, recebia gorjetas e algumas cantadas de bêbados que tentavam alisar a minha bunda, mas ela sempre cortava. Engraçado como me sentia protegido por ela. Às vezes, ela passava por trás de mim e eu sentia como se ela se esfregasse de propósito.

Depois de um mês trabalhando lá ela me chamou para me dar o meu primeiro pagamento oficial, servi um negrone para ela e ficamos conversando.

- Só você acerta o meu drinque! – Olhei para o copo e vi a marca de seu batom vermelho. - Dá um gole – Ela mandou e eu obedeci.

- Está bom mesmo.

- Convencido – Ela sorriu – Te chamei aqui para te dizer que vou dispensar aquele incompetente do outro bar e quero que você treine o próximo rapaz que eu contratar.

- Sim, Lady Nara! – Já havia me acostumado a chama-la assim.

Naquela noite nós conversamos muito sobre tudo, ela me contou algumas coisas de sua vida, eu falei novamente de mim e não vimos o tempo passar, quando olhei para o relógio já ia amanhecer. Agradeci por tudo e ela me chamou antes de sair.

- Sim... – Falei;

- Senta mais um pouco, ainda não acabei. – Havia nervosismo em sua voz, mas ela era muito segura e isso passaria desapercebido para qualquer pessoa, menos a mim. Nara levantou de sua cadeira e veio em minha direção, segurou em minha gravata e com um gole matou o drinque – Faz mais dois! – Eu fiz e lhe entreguei um e bebi o outro, a atmosfera estava pesada, mas não de uma forma ruim. Ela calmamente alcançou os meus lábios, como não ofereci resistência sua língua tocou a minha e eu me entreguei àquilo, seja o que Deus quiser. Numa porta ao lado de sua mesa ela colocou uma daquelas chaves pesadas e antigas, a porta era adornada e ela me pegava pela gravata como se eu fosse um cachorrinho.

Lá dentro havia uma cama king size, um armário estreito e outra porta, que imaginei ser um closet. Ela me beijou de novo, o gosto do seu batom ficou marcado em mim e pensei em André, não com saudade, mas me dei conta de que desde que ele fez aquilo comigo eu não havia beijado mais ninguém. A língua de Lady Nara era afoita, dominante e macia, muito molhada. Fui deitando por cima dela e logo ela tomou a dianteira.

- Eu fico por cima! – Confirmei com a cabeça.

Logo ela se encaixou no meio das minhas pernas como os homens faziam e fez movimentos como se estivesse me fodendo com um pau, cruzei as pernas em volta dela e a puxei pra mim.

- Sabia que você entenderia! – Ela falou sorrindo. De repente ela levantou e estendeu a mão. – Fica nu! – Ela me deu as costas e comecei a tirar a roupa, ela deixou o vestido vermelho cair e vi que sua lingerie era de renda, provavelmente muito cara e negra, usava uma cinta-liga e saltos finos e altos, seu corpo era mignon e seus cabelos caíam pelas costas como uma cascata perfeita. Ela foi até o armário menor e vestiu algo que não entendi imediatamente. – Como estou vendo que é sua primeira vez nessa posição com uma mulher, vou te deixar escolher – Então ela abriu uma das gavetas e começou a puxar dildos lá de dentro – Esse tem 16cm – Falou sem entusiasmo – Esse 18, esse 20, esse aqui 21,5 e esse 23cm! – Ela sorria ao falar: 23 cm, acho que por isso eu o escolhi. Ela andou com ele até perto de mim, me deu um tapa na cara e falou: - Guloso! – Eu estava de cueca branca, daquelas bem comuns, ela me mandou ajoelhar e a expectativa daquilo cada vez mais me excitava.

- Não no chão, na cama! – Ela falou de forma doce, mas decidida. De um pulo subi na cama e fiquei de joelhos, ela encheu os dedos nos meus cabelos e os segurou com certa força, foi guiando meu rosto até o travesseiro – Você vai gostar disso quase tanto quanto eu! – Eu sorri, as unhas foram descendo pela minha espinha me causando um forte arrepio de excitação; a primeira palmada na minha bunda foi estalada, mas não forte e eu gemi – Putinho – Ela disse quase cantarolando e riu, a mesma risada do primeiro dia em que a vi. Senti então quando ela rasgou o fundo da minha cueca transformando-a numa jock strap improvisada, eu gemi indefeso novamente.

Foi quando eu senti a sua língua ágil entrar em contato com o meu ânus... Huuuum, aquele contato e um tapa estalado em seguida me fez quase desmaiar de prazer...

Ela me linguou por vários mimutos, meteu dedos em mim que iam diretamente em minha próstata, dava tapas em minha bunda, em outras palavras: ela dominava melhor do que qualquer homem jamais fez... Senti então ela encaixar a cabeça do dildo e tirava, a safada estava me provocando e me deixando a subir pelas paredes.

- Tá gostoso? – Ela perguntou;

- Hunrrum... – Falei manhoso. Ela continuou e me provocou ainda mais com a língua, ela já ia fundo e eu piscava sem controle ao ouvir os seus gemidos.

- Adoro ver como você fica rosado assim... – Ela disse acarinhando a pele lisa do meu bumbum.

- Por favor, eu estou morrendo de tesão... – Implorei desavergonhadamente.

- Meu bebê quer pau? – Ela passou o dildo na portinha de novo.

- Quero! – Implorei. Ela foi metendo devagar, eu não sentia dor nenhuma e ela meteu aquele caralho em mim com maestria, devagar, mas de maneira contínua, ele resvalava na minha próstata. Então ela ligou o vibrador do bicho e o que já estava bom, ficou maravilhoso, começou com um movimento cadenciado que foi aumentando e cada vez mais os soquinhos na próstata e o vibrador nela me deixavam alucinado, estava considerando seriamente virar o escravo particular de Lady Nara.

- Tá gostoso? – Ela perguntou já sabendo da resposta e eu respirando pela boca, suando e enlouquecido apenas confirmei. Ela me beijou com sua boca dominante e o caralho foi ainda mais fundo dentro de mim. Quis me masturbar, cheguei até a segurar o meu pau – Puto aqui na minha cama, goza pelo cu! – Ela sentenciou e eu gemi mais por estar totalmente a mercê dela, quando cheguei muito próximo de um gozo maravilhoso ela desligou o vibrador e eu gemi. – Quero te ver gozando, deita de barriga pra cima e se abre pra tua dona. – Ela disse e eu nem questionei sua ordem, apenas obedeci.

Ela meteu de um único golpe em mim, beijou o meu rosto e ligou o vibra e eu quase gritei, suas mãos seguraram em meus mamilos e ela entendeu o meu arfar, quando sua língua os tocou eu gemi de prazer e passei a rebolar naquele cacete maravilhoso. Ela sorriu e meteu mais forte, eu estava chegando às raias da loucura, me abracei a ela gemendo desesperadamente, senti sua pele suada, depois minha mão viajou até sua buceta e quando meti o dedo senti aquela sensação quentinha e molhada, como um abraço, Lady Nara também gemeu e aquilo me acendeu.

- Puto safado! – Ela gemeu gozando e aumentando os movimentos em mim, cada vez mais fortes e fundos, cada vez mais violenta e selvagem, um comichão começou a surgir dentro de mim como se fosse uma coceira forte e foi escalando meu corpo, ela sugou com gosto o meu mamilo e eu gozei pelo cu como ela havia previsto. Permaneceu dentro de mim com o vibrador ligado me causando a mesma sensação de quando alguém chupa o seu pau logo após o gozo, minhas pernas tremiam e eu temi pela minha sanidade, ela saiu de mim e deitou-se ao meu lado.

- Meu deus – Eu gemi ao seu lado, suado, acabado, arrombado como nunca antes.

- Quem diria hein? – Ela disse sorrindo.

- O que? – Quis saber.

- Que você é que era a oitava maravilha do mundo... – Ela veio pra cima de mim e me beijou, naquela cama e comigo ela era o melhor ativo com quem me deitei até hoje, quis falar isso, mas me limitei a lhe beijar. Adormecemos agarrados um ao outro e apesar de sentir apenas uma amizade com muito tesão por ela, não me senti mal por nada do que fizemos. Aquele era o ponto alto de minha vida, acordei depois de algum tempo sentindo o meu corpo moído, ela saía do banheiro com um roupão felpudo e uma toalha na cabeça. – Dormiu bem minha delícia? – Ela falou sorrindo pra mim.

- Bem até demais. – Sorri e fui levantando de forma preguiçosa.

- Gostei muito do que fizemos aqui – Ela falou nua na minha frente, apenas com a toalha na cabeça.

- Eu também... – Falei quase sem voz, mas não estava com vergonha.

- Eu quero te retribuir por isso, foi muito bom – Pensei que ela me ofereceria um pagamento como se eu fosse um de seus garotos e por um minuto me senti ofendido – Tem algo que você queira e que o dinheiro não pode comprar? – Ela falou como se fosse a dona do mundo – Me peça e eu vejo o que posso fazer.

- Como assim? – Quis entender melhor.

- Eu tenho muita influência, conheço muitas pessoas e posso te ajudar a chegar onde você quiser, ser barmen a vida toda não pode ser a sua ambição daqui pra frente...

Havia algo, havia sim...

- Eu quero a cabeça do André! – Testei. Ela me olhou por um minuto, me estudando com cuidado para saber se eu falava a verdade, como sustentei o seu olhar e minha feição de raiva, ela sorriu.

- Você é mesmo uma caixinha de surpresas... – Virou-se e quando colocou um sutiã rendado e preto – Considere feito! – Não vi seu rosto, mas soube que ela sorria.

“Quando eu acabar com você André, você vai desejar nunca ter cruzado o meu caminho”. Sorri e fui tomar um banho na banheira particular dela...

**************

estamos retomando o diamonds pessoal, espero que continuem nos acompanhando!!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Diamonds a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Já tinha lido esse no dia em que foi postado, rs, voltei pra comentar. Abraçuss

0 0
Foto de perfil genérica

Chocado real com esse final hahaha maravilhosoooooooo

0 0
Foto de perfil genérica

Esses André's rum sei não viu u.u Lady Nara melhor que muito ativo. PRECISO! Adorei hehe

0 0
Este comentário não está disponível