Brother’s Keeper - 04 – O Terceiro Homem

Um conto erótico de Maze
Categoria: Homossexual
Contém 1654 palavras
Data: 01/08/2016 00:25:53
Última revisão: 01/08/2016 01:41:11

04 – O Terceiro Homem

Acordei no sábado por volta das 10am, já que não iria trabalhar. Sentei-me na cama e fiquei olhando para meus pés e esperando a tontura passar. Não sou daqueles que morrem de ressaca no dia seguinte, só tenho uma leve tontura, mas hoje estava difícil de passar, o que é estranho, pois não me lembro de ter bebido tanto.

Levantei-me eu fui tomar um banho. Quando acabei fui para a cozinha tomar café. Quando me sentei na bancada, Anderson entra na cozinha todo suado, ofegante e com um fone de ouvido. Pelo visto ele foi correr, mas aonde? O cara não conhece nada por aqui.

Antony: É bom ter alguém te perseguindo. – Disse tomando meu café.

Anderson: É bom pra saúde. – Respondeu ofegante.

Antony: Não, você ta suando e cheirando muito mal. – Disse repousando minha xícara na bancada.

Anderson: Éh, pode até ser. Mas é o único jeito que eu tenho de manter esse corpinho aqui. – Disse passando a mão pelo seu peitoral suado - Mas não se acostuma não, porque em alguns meses isso aqui tudo já era.

Antony: A academia, não é?

Anderson: Sim, como não vou mais fazer, isso aqui tudo vai acabar.

Antony: Não seja por isso, eu pago a academia pra você.

Anderson: Mas por quê? – Perguntou ele enquanto se sentava comigo na bancada e bebia um pouco de água da sua garrafa.

Antony: Bom, mesmo com esse frio você insiste em andar sem camisa pela casa. E se for para mim ficar te vendo sem camisa, que seja algo bonito de se ver não é mesmo? – Disse repousando a xícara na bancada.

Anderson: Cara, nem sei oque falar. – Obrigado seria bom. - Valeu, por tudo mesmo. – Disse ele enquanto se levantava e vinha em minha direção, querendo me abraçar.

Antony: Ei, espera ai. Você ta todo suado e fedendo. - Disse me afastando e fazendo sinal de pare, para ele.

Anderson: Éh, você ta certo. – Disse ele se afastando. – Mas não pense que eu vou me esquecer. To indo tomar um banho. – Disse saindo irradiante da cozinha.

Anderson é um cara que se contenta com o que tem e que se colocar uma ideia na cabeça, não há quem tire. Então sempre que ele ganha algo, a felicidade é instantânea e contagiante, igual criança.

Terminei de tomar meu café e fui para a sala de TV. O plano para hoje era bem simples: ficar em casa e fazer nada pela manhã, almoçar, fazer mais um pouco de nada e ir dormir. Vocês devem achar que eu sou bem antissocial, que vivo enfiado no apartamento e só saio para trabalhar. Vocês estão muitíssimo certos, ou nem tanto. Até uns dois meses eu estava namorando Dylan, ele era um loirinho um pouco mais alto que eu, bem parecido com o Gavin MacIntosh, mas uma versão mais evoluída. Nós namoramos por alguns anos, mas acabei que o peguei no flagra com outro, no meu apartamento.

A verdade é que a nossa relação já estava no fim, mas depois de eu ter a minha vingança é claro, nós acabamos conversando e hoje nós somos confidentes e melhores amigos um do outro. Já faz um bom tempo que não conversamos, acho que seria bom falar com ele e apresentar Anderson.

Sou despertado de meus pensamentos com Anderson se jogando no sofá do meu lado, novamente ele só estava de calção, mas dessa vez eu percebi que havia algo mais vivo entre as suas pernas, se é que me entendem. Ele estava sem cueca.

Anderson: Então, quais são os planos para hoje? – “(͡ ° ͜ʖ ͡ °)” Pergunta ele se acomodando ao meu lado no sofá.

Antony: Nada. – Digo entediado.

Anderson: Você tem amigos? Quando foi a última vez que saiu de casa? Kkkkkkkkk.

Antony: Tenho sim, engraçadinho. Só não tenho planos para hoje.

Anderson: Quem não faz planos para um sábado á noite? Eu não tenho certeza, mas acho que você deveria sair mais, quem sabe até arrumar alguém pra, você sabe.

Antony: Na verdade não sei não. – Estava me fazendo de desentendido, queria saber se ele se lembrava de que eu era gay. – Para o que?

Anderson: Ah, pra... pra aquilo lá... – Era maravilhosa a confusão em sua face.

Antony: Pra namorar, você está querendo dizer.

Anderson: É claro, um namorado.

Antony: Ham, por mais que você esteja certo, eu estou evitando isto no momento.

Anderson: Você sempre tão misterioso.

Depois de alguns minutos em silêncio, meu celular que estava na mesinha de centro, começa á tocar. Peguei ele e olhei no visor, era Dylan.

Antony: Falando no Diabo. – Atendi a ligação. – Fala Dylan, quanto tempo. Já voltou de viajem?

Dylan: Hey cara, felizmente já voltei. E tava querendo conversar com você, desde que viajei a gente não se falou mais.

Antony: Verdade, também tava querendo falar com você.

Dylan: Então, ta livre essa noite?

Antony: To sim, mesmo lugar e horário?

Dylan: Fechou então, até mais mô.

Antony: Até mô. – Desligamos.

Como eu disse, apesar de tudo que aconteceu entre Dylan e eu, nós ainda continuamos amigos. Mesmo não sendo mais namorados, nós ainda usamos esses apelidos fofos, mesmo não querendo, a ligação entre nós ainda é forte. Nós não temos vergonha de ficar pelados um na frente do outro, muito menos ficarmos excitados.

Anderson: Algum problema?

Antony: Não, na verdade já achei a solução para o seu “problema”. Temos planos para esta noite.

Anderson: Temos? Aonde vamos?

Antony: Ah, nada demais não, é só um barzinho.

Anderson: Ah legal, tava precisando mesmo. – Dizia ele tentando esconder a felicidade evidente em seu rosto.

Antony: Tudo bem então. – Dizia enquanto me levantava e saia da sala.

Dylan era um cara casca grossa, que em público se você olhasse você dizia “Esse cara é hétero, muito macho mesmo.”, um verdadeiro bad boy filhinho de papai, mas com a intimidade certa o cara se abre para você, digo sentimentalmente, pervertidos.

Chegamos por volta das 20:35, pois Anderson é pior que uma mulher se arrumando, que demora hein. Uma boa parte foi culpa minha, o cara não imaginava que estava indo em um pub gay, tinham que ver a felicidade dele sumir repentinamente quando nós entramos no pub, mas confesso que adorei essa pegadinha. Assim que entramos avistei Dylan em uma mesa mais reservada. Enquanto caminhávamos até Dylan, eram inevitáveis os olhares de todos em Anderson, oque acabou deixando o cara mais desconfortável.

Antony: Olha só, quem é vivo sempre aparece kkkkk. – Disse me sentando de frente para Dylan e ao lado de Anderson, que ficou encarando Dylan.

Dylan: Eu quem o diga. E você vai me apresentar o seu novo namorado? – Disse ele olhando para Anderson querendo começar a paquerá-lo.

Antony: Ele não é meu namorado, é meu irmão. Dylan este é Anderson, Anderson este é Dylan, meu ex. - Eles se cumprimentaram com um aperto de mão e um péssimo inglês da parte de Anderson, algo que acabou me deixando espantado, mas isso era uma conversa para depois. – E pode ir baixando a guarda ai, que ele é hétero.

Dylan: Bom, se você diz, mas é uma pena kkkkkkkkk. – Foi ai que eu percebi que Anderson não sabia lidar com o inglês. Mas pelo lado bom, eu e Dylan poderíamos conversar melhor.

Dylan: E qual o motivo de seu irmão estar aqui?

Antony: Ele veio fazer um curso por aqui, e vai acabar ficando lá e casa, enquanto isso. E você, como é Milão nessa época do ano?

Dylan: Cara é tudo perfeito. Um dia ainda vamos juntos. Tenho umas fotos depois eu te mostro. Mas o melhor mesmo de tudo são os caras por lá. É cada deus grego que eu vi e experimentei, kkkkkkkkk.

Antony: Safado como sempre, me conte mais.

Tudo correria bem, se não fosse por Anderson encher a cara e se comportar mais ainda como um moleque. Acabei percebendo que ele ficou meio de fora da conversa e tentou participar, mas como já não dominava bem o inglês e estava bêbado, estava nos fazendo passar vergonha.

Já eram umas 23:30 quando Anderson conseguiu virar seu copo em cima de Dylan e acabar com tudo, tive que me desculpar com Dylan e pedir ajuda para levar Anderson até em casa, pois nunca iria conseguir carregá-lo, até o seu quarto. Felizmente o cara apagou durante o caminho.

Dylan: Meu Deus, que peitoral maravilhoso. – Comentou ele depois que deitamos Anderson na cama e tiramos sua camisa. – Eu chuparia esse cara todinho, meu Deus. Me deixa dar só uma espiadinha na mala dele?

Antony: Não, vamos logo kkkkk. – Disse empurrando Dylan para fora do quarto de Anderson. – Cara me desculpa de novo por o que ele acabou fazendo.

Dylan: Tranquilo, quem nunca acabou bebendo demais da conta? Kkkkk. Bom mas eu vou indo, já ta tarde.

Antony: Por que você não dorme aqui? Você já é de casa mesmo.

Dylan: Não que isso, vou indo para casa tomar um banho e ir dormir.

Antony: Óh, fica aqui toma um banho lá no meu quarto, pode usar uma das minhas roupas. Amanhã eu te levo em casa.

Dylan: Você não vai desistir néh?

Antony: Você sabe que eu não desisto de nada.

Acabamos tomando um banho juntos, (͡ ° ͜ʖ ͡ °), foi só um banho mesmo, e depois de eu tanto insistir para Dylan não dormir no sofá, acabamos dormindo juntos, mas juro que não rolou nada.

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Esta é minha primeira história aqui na casa, então peço que votem e comentem sobre o que estão achando da história, o que acham que vai acontecer, sore a escrita e etc...

Peço desculpa pela demora pois tive alguns problemas com horário e tempo livre, por isso estou adiantando boa parte da história e estarei postando ela aos sábados, em algum horário do dia, geralmente á noite. Obrigado por lerem e votem e comentem o que gostariam que acontecesse, e principalmente sobre oque achara de Dylan, querem ver mais ele ou não e etc..

Fuiz...

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Comentários

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Sei exatamente de que outra história você está se lembrando Martines. Admito que uns bons detalhes eu tenha retirado dela, mas o enredo, os personagens e o contexto maior, terão um rumo totalmente diferente da outra.

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Perfeito, mas em partes essa história me lembra uma outra. E esse Anderson é uma figura!

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Arrumei os erros que vi, se vir mais algum, me avise por favor. Obrigado.

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CONTO MUITO BOM, MAS REALMENTE TEM PEQUENOS PROBLEMAS DE ESCRITA. SE PUDER REVER FICARÁ MUITO MELHOR.

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