O que a vida me ensinou - Parte 27

Um conto erótico de Júlio Caio
Categoria: Homossexual
Contém 3785 palavras
Data: 26/07/2016 00:43:18

- Juca você não pode fazer isso! - diz Mel com olhos enormes e falsamente úmidos. Tenho certeza que ele pôs colírio para ficar assim, mas é tão lindo.

- Não só posso como fiz meu amor. - ah, mas isso dói mais em mim que em você.

- Mas... Mas... E meu castigo? - diz tentando entender - eu ia ser castigado com Juca Junior, não ia?... Recuso-me a acreditar, poxa eu estou com saudade.

- Ué, mas você esteve com ele noite passada - digo totalmente pelado encostado com o ombro na porta do nosso banheiro. - e nem me chamou de amor foi tudo carnal, achei que já havia se saciado. - vejo Mel dobrar seu beicinho e isso me faz querer botar o dedo na garganta e vomitar a porra do remédio.

- Julio Caio de Almeida Villar, seu.. seu... seu cretino! - diz agora em pé sobre a cama apenas de cuequinha, justo a que eu comprei antes dessa palhaçada toda acontecer. Ela é toda branquinha com o desenho do urso pooh comendo mel, eu ri tanto quando a vi, mas o que me ganhou é que eu poderia comer o Mel, meu Mel sem tira-la, a porra não tem a parte de trás e caralho por mim Mel só usaria essas cuecas, claro que desisti da ideia quando Ostrinha me falou que todos iam notar a bunda do meu amor.

- Mel sinceramente o castigo parece mais para mim do que para você, porra afinal sou eu que ficarei a noite inteira coladinho nessa bunda gostosa e o corpo do homem que tirou de mim o ar que respiro que me mostrou que sem ele eu não sou mais nada - digo me aproximando. Sinto meu pau mole balançar de um lado para o outro. - imagine eu grudado em você sem poder fazer nada. - falo agora olhando firme em seus olhos e acariciando sua pele lisa, já que ele abandonou a pouca barba que tinha.

- Não é nem um castigo para o senhor, Peter pan. - fala quase que num tom de magoa o meu pequeno príncipe. - você está mole - solto uma risada ao ver sua carinha decepcionada olhando meu caralhão que agora não levanta nem com Ô boquete.

- Vem meu amor, amanhã teremos uma segunda rodada de conversa, hoje o dia foi longo demais e terminou de um jeito que eu não esperava, mas estou feliz.

Coloco Mel deitado em meus braços e o envolvo num laço firme. Não posso mentir para mim mesmo, sei que ainda temo o abandono, não que ache que ela vá me deixar assim de uma hora para outra, mas instintivamente meu corpo quer protege-lo, mantê-lo firme comigo.

- Eu sabia desde que sai daqui pela manhã que voltaria, porém ainda imaginava que voltaria com o orgulho ferido. - fala fazendo pequenos círculos no meu peito. Sinto que em alguns momentos os desenhos são de corações.

- Meu amor, me deixa triste saber que você pensava isso de mim.

- Não vou mentir para você e dizer que estava voltando acreditando que tudo o que vi não era real - começa a beijar meu peito - mas isso não irá mais acontecer, estava tão cego pela dor que não enxergava o que agora está tão claro. - Mel envolve meus lábios nos seus e me dá um beijo sem língua, apenas nossas bocas brincando de papai mamãe.

- Queria te comer agora. - falo quando ele se afasta.

- Espero que esse remédio passe logo o efeito, e você está proibido de tomar novamente. Onde já se viu Juca - fala agora num tom não mais amoroso e brincalhão e sim do jeito que sei que falará quando os meninos fizerem algo errado. - e se lhe der alguma reação no coração? Pelo Amor de jesus como que você toma um remédio tão forte para controlar a pressão junto a inibidores.

- Prometo não tomar mais esse remédio - esse pelo menos, mas você ainda vai sofrer um pouco Melanio, oh se vai.

- Queria tanto fazer amor - diz Mel mais aconchegado em meu peito - está sendo muito malvado.

- Não meu príncipe, pode ter certeza - digo beijando seus cabelos.

Meu coração não poderia estar mais repleto de amor e isso é tão engraçado, pois se há algo que eu tinha certeza é que não me apaixonaria afinal mulher bonita, gostosa e inteligente e sim porque um cérebro sempre é atraente e essas nunca faltaram na cama do meu abatedor. Mas mal sabia eu que amor não se trata de beleza, corpo ou mesmo sexualidade. Acho que muitas pessoas nunca saberão infelizmente o que é amar e se entregar apenas pelo fato de sempre precisarem de rótulos para cada coisa, e puta que pariu a única coisa importante deveria ser o amor, mas não a porra do ser humano tem que por seu ego, suas crenças, posição social e a caralhada toda a frente de tudo isso.

- Eu te amo demais meu pequeno príncipe e mesmo que tenha pisado no meu coração mais do que fez eu não resistiria a você, a perdoar-lhe - falo agarrado da forma que posso ao homem menino que faz dos meus dias e noites melhor que tudo - te amo Mel e é tão bom falar assim mesmo que esteja dormindo e não por um sms.

Dormir com quem se ama é algo inigualável. Acho que por conta do remédio que tomei não acordei no horário de sempre que saio para correr, quando despertei e senti o vazio na cama e meu peito disparar.

- Puta que pariu! Não acredito que foi um sonho - foda, foda, foda...

- SEU CRETINO!! - ar volta a circular pelo meu peito. Ele está aqui! - PAT...

Levanto sentindo-me mais seguro, vou ao banheiro para escovar os dentes e passar uma água na cara. Dou uma checada no meu saco e até me assusto porque nem sinal de vida ou gozo.

- Amigo eu prometo que vai valer a pena - digo segurando Juca Junior para que ele me encare enquanto falo com ele. - eu sei que está foda ficar sem o buraquinho guloso do nosso Mel, mas te garanto que cada segundo de espera valerá a pena por que iremos ensina-lo a não nos deixar assim de novo.

Sigo para o quarto e pego um short qualquer. Hoje nem sob decreto saio de casa ou permito que Mel saia.

Assim que me encaminho para onde vinha todo o barulho passando pela sala vejo que tem diversas caixas e muitos outros objetos em sacos bolhas.

- Que porra é essa? - digo pegando um troço que mais parece alguma coisa... flores... - Diabos é isso?

Fico tentando entender se isso chegou hoje ou estava aqui desde ontem? - para que raios essa cortina? Isso não bloqueia nada, que cor essa? Isso é branco com...

- Meu amor bom dia- sinto braços esguios me envolvendo pelo pescoço.

Mel fica com as pontas dos pés e me dá um beijo tão gostoso que não resisto e envolvo sua cintura, aproveito e grudo seu corpo do meu até com certa violência, desço minhas mãos por sua bunda gostosa pra caralho. Puta merda que homem gostoso. Com minhas mãos de forma forte levanto Mel pela bunda Maravilhosa fazendo-o me envolver com suas penas. Meu amor está mais leve.

- Eita que a pornô é servida com o café da manhã? - ouço a voz irritante de Pat - vou pegar meu pratinho e sentar aqui e curti a performance.

Sinto Mel travar e ficar constrangido, a contragosto porque sei que ele não vai deixar continuar comendo sua boca, o ponho no chão.

- Cara você não podia ter o hábito de foder pela manhã não? - digo para Pat - que você está fazendo aqui tão cedo?

- Cedo? - fala Mel - Meu amor são dez horas da manhã. - Diz Mel despreocupado - e não se preocupe que dessa vez desmarquei tudo.

- Que bom meu amor - solto um pequeno beijo em seus lábios.

- Vocês são muito gays - diz Pat rindo - estou feliz de estarem se acertando.

- Sim estamos e antes que pergunte você dormir desse jeito foi uma reação do remédio - fala Mel encostando os lábios perto do meu ouvido - liguei para Roberta. Fiquei triste, estava contando que você me sujaria inteiro como fez da primeira vez que dormimos juntos.

- Dá para parar com essa melosidade de casal, eu estou de estomago vazio ainda. - diz voltando para varanda.

- Mel, queria entender o que é isso tudo - digo olhando para a bagunça ao nosso redor.

- Bem, isso tem dois motivos - diz levantando o indicador esquerdo - primeiro, eu não queria e não quero lembrança daquela vaca na minha casa e muito menos no meu precioso quarto, então ontem nós saímos cedinho eu e Jozuelo porque queria mudar tudo. - isso me pega de surpresa, eu realmente achava que ele apenas não queria estar comigo. - essa casa também é minha, certo?

- Sempre foi meu amor, desde o primeiro dia que pôs os pés aqui.

- Então, de cara você não me permitiu mudar o quarto - fala com um riso nos olhos que está começando a me deixar louco de tesão, por mais que esse tesão esteja em todo meu corpo menos no meu pau - porém eu além de dono da casa sou dono do seu coração e como você não tocou no assunto eu mesmo toco, ou seja, em segundo lugar sou a pessoa que tem direito de mudar quarto.

Uma lembrança corre em minha mente

" - Ok você tem carta branca, só que apenas um lugar da casa quero que mantenha como está.

-Qual?

- Meu quarto.

- Por quê? Claro se eu não estiver me intrometendo...

Dei um riso, pois ele poderia me perguntar qualquer coisa que eu nunca o acharia intrometido, ele sempre busca os porquês e o melhor de tudo ele faz isso evoluir e dar sentido.

- Bem eu nunca trouxe nenhuma mulher pra mostrar a minha masculinidade – e ele revira os olhos agora com os braços cruzados.

- Hum, ok então não posso mexer lá porque você considera meus gostos de mulher e eu vou mexer na sua masculinidade, sinceramente Júlio achei que já tínhamos passado deste ponto.

- Não Mel, você não entendeu e não me chama de Júlio. O que quero dizer é que esse canto eu provavelmente vou dividir com a minha futura namorada ou mulher, então quero que em algum canto da casa ela possa montar algo do gosto dela, tudo o que você fizer aqui eu quero manter então só isso, desculpa se isso te passou outra ideia, mas desta vez sou totalmente inocente. – falei forçando o olhar para parecer ofendido e felizmente parece que o convenceu.

"

- CARALHO!! - digo me sentindo o cu da galinha depois de por um ovo - Mel, amor desculpa eu simplesmente... eu...

- Calma amor, eu te perdoo lembre-se que eu sou um ser muito evoluído - e começa a justificar as peças - sei que comprei muita coisa, mas tudo bem vou levar as coisas antigas a uma loja, é tipo um brechó, mas de moveis e objetos de decoração - fala abaixando e recolhendo uma caixa plana mas longa - eles fazem um trabalho incrível, revertem todo o dinheiro com a venda dos objetos para obras assistenciais.

- Mel você vai dar tudo do nosso quarto? - pergunto não acreditando nisso. - não tudo amor, a decoração você sabe: pequenos objetos, cortinas, mesinha, criados, luminárias e enfim não discuta comigo porque sabe que não vale a pena.

- Sou a porra de um homem dominado. - digo envolvendo sua cintura novamente fazendo-o deixar a caixa que parece ser leve cair. - vem cá bebezão.

- Juca o quadro. - fixo meus lábios no pescoço dele.

- hmmm - diz já ficando mole - não me torture - fala em um suspiro - Roberta disse que iria ficar impotente por mais uns dois dias. Ahh que gostoso. - Mel respira fundo e começa a sair do meu amasso - isso está muito bom, mas temos muita coisa a fazer e como fazer amor não é uma delas é bom irmos tomar café.

- Estraga prazer.

- Sei estragar se o prazer for a me torturar - faz um bico lindo que só meu amor consegue. - vem.

Sentamos a mesa e Mel discorre um discurso inteiro de como Pat não pode brincar com os sentimentos dos outros e que ele foi irresponsável e Dan é uma pessoa extraordinária, que se ele quisesse algo com Danilo agora séria mil vezes pior. Eu concordo com cada palavra, Dan é um cara especial demais para mim e não o quero sofrer novamente por homem nenhum.

- Olha Pat, eu disse desde o começo que ele não era para você, mas sinceramente eu estava começando a enxergar o contrário. Confesso que não deveria ter falado para ele ontem que você estava indo dormi com o bonequinho de pano - vejo Pat me fuzilando - mas foda-se, olha como está! Seu pescoço todo roxo e essa camisa não está escondendo nenhum vergão vermelho então de certa a foda foi boa, espero que tenha sido suficiente para valer perder o Dan.

Pat baixa a cabeça, parece que agora enfim ele entendeu as coisas.

- Eu vou dormir um pouco. Mel você se importa de eu não lhe ajudar?

- Tudo bem, é bom porque assim Juca e eu falamos sobre algumas pendências. - fala a Pat.

- Obrigado maninho. - diz deixando um beijo nos seus cabelos - fica um pouco comigo mais tarde tá.

- Pode deixar.

Assim que Pat sai Mel me olha e enfim vê a cara de bunda que com certeza estou fazendo.

- O que houve? - diz pondo um pedaço de mamão na boca.

- Nada de conchinha!

- Hum? – diz como desentendido.

- Vocês ficam de conchinha um com o outro. Não o quero de conchinha com esse pervertido.

- Júlio Caio ele é meu amigo irmão - diz segurando um copinho de iogurte e tomando com a colher com uma cara de que a vida é bela - e não sou praticante de incesto então pode ir parando aí, não me dobro a essa sua vontade idiota.

Ficamos tomando café da manhã e eu querendo convencê-lo que isso não era certo, porém mais uma vez Mel me ensinou algo novo e mais uma vez vi o papel idiota que estava fazendo.

Não é algo fácil enxergar seus erros e defeitos, principalmente quando esses estão disfarçados de cuidado com o outro. Vivo levando rasteiras da vida, mas a cada vez que me ergo me sinto um homem melhor com a visão mais aberta e mais envergonhada de como eram meus pensamentos e ações.

Depois do café meu decretou o inicio dos trabalhos.

Começamos pelo quarto. Mel trouxe uma infinidade de plástico bolha, jornais, minha caixa de ferramentas que na verdade ele tinha pedido anteriormente para Pat carregar antes de eu ter acordado.

- Vamos fazer assim amor, eu irei embrulhar os pequenos objetos e você vai desmontando os móveis que não passam pela porta da cozinha ou que não entram no elevador de serviço. - Mel estava safado e provocante. Ele pôs um shortinho tão curto que eu via as polpas da sua bunda e além disso a regata que usava era bem frouxa, mas totalmente aberta nas laterais, eu conseguia ver os seus biquinhos por ela. – Vamos por tudo na área de serviço e na segunda o pessoal do brechó vem recolher.

- Ainda vou te foder com essa roupa.

- Pois tente hoje, não irei usa-la tão cedo novamente.

Ficamos até às duas horas da tarde desmontando o quarto que no final só tinha nossa cama, o porta retrato digital e as nossas roupas no closet.

- Amor, estou morrendo de fome. – digo sentindo meu estômago tocar uma sinfonia.

- Espera que vou pedir para mandarem nosso almoço, e enquanto isso pode começar a montar os móveis novos. Os papéis de parede colocaremos no decorrer da semana, não quero o cheiro de tinta.

- Não entendo essa pressa Mel, poxa poderíamos fazer isso aos poucos ou até contratar uma equipe para isso.

- Nem pensar - fala com cara ofendida - ninguém me tira esse prazer, isso aqui é como se eu estivesse fazendo xixi em você, estou marcando território.

Rio com sua comparação boba, mas o compreendo - Amor, mas nesse ritmo vamos terminar muito tarde e eu queria ver os meninos, queria mostrar para eles que estamos juntos.

- Juca você acha mesmo que eu ia deixar meus pimpolhos até agora sem saber de nada? - fala com se eu tivesse dito uma sandice - eles estavam nervosos ontem então antes de eu sair do carro na casa daquela lá...

- Ela em nome e você sabe que não é bem assim como você disse.

- Que seja não me importa agora. Bem avisei que estávamos bem e juntos e que era para dormirem tranquilos. - fala pondo as mãos nas costas e esticando-as - acordei bem cedo amor e fui ao lar, eu solicitei que eles possam passar o dia de amanhã com a gente. Eles já estão cientes.

Fico paralisado. Como assim ele conseguiu isso?

- Mel que porra você fez para lhe darem esses privilégios? - estou puto! – Caralho, estou tentando que eles passem uma mísera tarde comigo e mão consigo.

- Own meu amor - Mel vem e me faz sentar no chão, em seguida senta-se em meu colo. - eu sou alguém que sempre consegue o que quer, não vê você - diz sorrindo e segurando meu rosto soltando beijos por ele - digamos que o fato de eu contribuir muito para o lar com minha simpatia e ajudando a criar como diz uma das irmãs um roçadinho, agrada a dona Adeilza.

Tudo bem, vou procurar não me irritar com isso. Mas me conte mais como fez essa proeza.

Enquanto Mel me conta sobre as obras no roçadinho nossa comida chega e comemos no chão do quarto mesmo. Depois de finalizar o Almoço entramos num ritmo acelerado para montar os móveis, quero meus filhotes comigo sem nada para atrapalhar amanhã.

As sete da noite terminamos tudo. Bem meu quarto não está mais tão viril, mas também ele não é só meu e se Mel se sente bem assim.

- Eu fiquei intrigado com isso, diabo é isso Mel? - falo apontando para o objeto que me deixou inquieto mais cedo e que agora estava no novo criado mudo ao lado de nossa cama, eram dois agora e com a cor branca e um de cada lado.

- Amor, é um vaso de flores não está vendo? - fala me mostrando - mas são artificiais porque isso é só um disfarce - fala segurando o objeto - coloque a mão dentro.

Faço o que ele me manda e encontro algo roliço, quando tiro me depara com um frasco de lubrificante.

- Tem outras coisas que precisamos, mas não podemos deixar simplesmente na gaveta - fala rindo e dando uma corada, mas por quê? - já imaginou Caleb achando isso? Não quero explicar para meu filho como isso funciona.

Dou uma gargalhada ao notar como é bom ver que Mel está tão entregue a tudo isso e o melhor foi que a vida se encarregou de mostrar a cada um.

- Amor, vai tomar um banho, eu irei ficar com Pat, quando estiver próximo as dez eu venho para o quarto para conversarmos. - diz me beijando. Não sei o que Mel tem na boca, mas seu beijo simplesmente apaga tudo ao meu redor e só a sensação de seus lábios e seu gosto prevalecem em meus sentidos.

- Vai lá - digo dando um tapa em sua bunda - eu não vou nem implicar com esse seu projeto de shorts, mas não se acostume Melanio.

Tomo meu banho e fico repassando o rumo que minha vida tomou esses últimos meses e o quanto eu não poderia estar mais feliz com tudo isso.

- Caralho estou muito cansado.

Fico vendo o quarto e realmente está irreconhecível, cortinas escuras formando uma base e translucidas peroladas dando o acabamento, rio internamente ao lembrar da cara do Mel me dando essas informações e se mostrando ofendidíssimo por eu não entender o conceito que ele estava imprimindo ao nosso "ninho de amor".

Deito para descansar um pouco e nem percebo que sou levado ao mundo do inconsciente.

Acordo sentindo uma boquinha sapeca no meu pescoço.

- Acorda amor. - começo a rir, simplesmente me sinto feliz por ele estar aqui. - vem levanta. - fala mais sério.

- Ok, me diga sobre o que quer falar - sento-me na cama encostando-me a cabeceira e trazendo Mel para sentar em colo de frente para mim com suas pernas em minha volta. - está tão sério pequeno príncipe.

- Bem amor - fala visivelmente nervoso - eu vou ser direto. Quero participar de tudo durante a gestação da Fernanda.

- Não. - digo firme.

- Juca, essa criança pode ser o seu filho biológico, mas também é meu. - diz bravo - entenda que o que faz parte de ti também fará de mim.

- Mel eu não o quero próximo dela. - digo olhando para o lado tentando uma forma não tão grosseira de falar - Eu não quero saber de nada, quando ela tiver a criança pediremos a guarda. Eu não quero acompanhar nada e nem vou permitir que faça.

- Você não está entendendo Júlio Caio de Almeida Villar - eita que a porra ficou séria - não estou lhe pedindo nada, essa criança é nosso filho e ela está totalmente desprotegida e vulnerável na barriga daquela louca. - Mel agora muda sua feição para algo mais amoroso - Amor eu entendo que a princípio você esteja transferindo para essa criança a raiva de tudo que passou, que passamos, mas Juca se há realmente alguém totalmente inocente é ela.

Baixo a cabeça porque a vergonha é grande. Porra, não posso ser um canalha, mas não quero estar próximo daquela vagabunda.

- Olha para mim peter pan. - sinto os lábios doce do meu bebê - estou com você para tudo amor.

- Tudo bem Mel, mas entenda que no começo ela vai te provocar porque não sabe que descobrimos tudo, isso só pode ser revelado depois que os meninos estiverem comigo, com a gente então ela vai fa...

- Fazer um inferno - diz sério - eu sei que ela irá provocar dizendo que essa criança é fruto de uma noite quente de vocês - Mel começa a fazer uma cara de psicopata que me assusta levemente - mas eu é que irei inferniza-la meu amor.

- Não estou entendendo.

- Ela adora ver eu me quebrando diante de suas maldades, mas eu irei mostrar que nada disso me abala - Mel ri cinicamente - vou fazer ela se irritar, não muito porque não quero fazer mal ao meu filho.

- Não sei como consegue encarar isso tão bem amor.

- Simples amor, a vida que irei me lembrar é só uma, então decidi parar de chorar pelas pequenas coisas. Sabe amor quero encarar tudo como um presente e uma forma de modificar aquilo que não é tão bom em algo maravilhoso.

- Ah meu amor, só você mesmo. - digo abraçando Fortemente meu príncipe e é então que vejo um dos quadros que Mel pendurou em uma das paredes, um quadro amarelo o quarto amarelo. - Mel, porque não me atendeu quando fui à casa do Quim? Eu quase derrubei aquela porta.

- Juca, não fique nervoso com o que vou lhe contar, mas aconteceu algo grave – sinto Mel tremer em meus braços.

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