Mistress Extreme

Um conto erótico de PauloMasoka
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 2323 palavras
Data: 21/07/2016 00:27:52
Última revisão: 07/04/2018 16:26:32

Desde o dia que adicionei um e-mail nos meus contos, tenho recebido algumas mensagens, estranhamente, a maioria de mulheres, com diversos assuntos diferentes. Algumas perguntavam se os contos eram reais (já adianto que não são), onde compraria o vídeo etc. Outras elogiavam os contos e pediam a continuação. Entre os homens, a maioria foi de subs elogiando e alguns “mestres” querendo me dar ordens.

Claro que também recebi alguns e-mails com anexos ou links. Esses eu classifiquei como spam e deletei sem olhar.

Por algum motivo recebi mais e-mails que comentários aqui no site.

Um dia, chegou uma nova mensagem de “Mistress Extreme” com assunto “questionário”. Abri e, no corpo do texto, haviam mais de 400 perguntas onde deveria responder que já fiz, gostaria de fazer (classificando de 1 a 5 a minha vontade) e se não faria cada prática (muito bem explicado), além de características pessoais como peso, altura etc…. Era um texto bem detalhado e achei interessante responder e enviar de volta à remetente. Algum tempo depois recebi uma nova mensagem que copiei abaixo:

“Olá Paulo!

Achei que Masoka era um sobrenome japonês. Pelo que vi no questionário é uma corruptela de masoquista. Gostei.

Gostaria de conversar mais com você. Quem sabe descobrimos algo em comum.

M.E.”

Continuei a conversa. E foi evoluindo rapidamente. E rapidamente ela foi ganhando minha confiança, o que é raro. Cheguei a passar para ela o número do meu celular e conversávamos por horas pelo whtasApp. Ela tinha uma voz calma e suave com um leve sotaque do sul e parecia ser muito inteligente.

Os assuntos eram sempre amenidades, mas aos poucos foi virando para o BDSM. Quando ela percebeu que estava pronto para um encontro marcamos um hotel do centro de SP.

Eu deveria comprar uma venda, dessas de dormir, e mandar bordar “M.E.” em cada olho. Deveria chegar no hotel bem conhecido na capital paulista antes dela, alugar um quarto, colocar a roupa bem dobrada no chão do banheiro, tomar um banho, me enxugar, passar o número do quarto para ela por whats na hora exata que foi marcado, destrancar a porta e esperar nu, vendado e de joelhos no banheiro ao lado do vaso sanitário.

Realmente tinha a vontade de ser dominado por ela, mas não a conhecia, nunca a vi. Por isso tomei algumas providências; paguei adiantado o quarto (4 horas) e coloquei o resto do dinheiro num envelope junto com os documentos de cartões e colei embaixo da mesa. Uma muda extra de roupas sob o colchão e avisei um amigo o hotel e número do quarto.

O despertador tocou marcando a hora que começaria minha primeira sessão BDSM real. Mandei o número do quarto, destranquei a porta e fui para minha posição.

A adrenalina, que já estava alta, disparou quando ouvi a porta abrir, fechar e o som da tranca fez minha respiração ficar mais forte.

Ouvi o salto do seu sapato se aproximando do banheiro e depois se afastando. A televisão ligou em algum filme pornô.

A batida do salto do sapato no chão se aproximou novamente e pulei quando sua mão afagou minha cabeça.

Minhas mãos foram levadas às costas e atadas com uma corda macia. Meu pescoço experimentou, pela primeira vez o couro de uma coleira e a sensação da total perda de controle quando ela foi puxada para cima. Fiquei de pé e pude perceber que ela era um pouco mais baixa que eu, talvez 1,70 m ou um pouco mais.

Fui guiado para fora do banheiro, e, pelos meus cálculos, colocado de costas para a porta. Novamente a coleira é puxada, desta vez para baixo me obrigando a ficar de joelhos novamente.

A venda foi tirada e pude ver, bem na minha frente, os longos canos de couro preto de suas botas que iam até os joelhos, as meias de seda da mesma cor que saiam de dentro delas e acabavam na cinta-liga também preta mas com um lacinho vermelho.

Levantando um pouco a cabeça, fiquei a poucos centímetros de sua calcinha, acho que de seda, com o bordado “M.E.” também em vermelho.

Acima da fina cintura havia um corset, também de couro preto, com alguns detalhes de metal que cobriam de sua cintura aos seus seios de tamanho médio. Suas mãos estavam cobertas com uma luva que ia até acima dos cotovelos.

Apenas olhando para cima do corset que pude ver seus ombros e sua pele, branca, como se não tomasse sol ha algum tempo.

Seus lábios finos estavam cobertos por um vermelho forte e seu nariz, pequeno e delicado, sustentava a grande máscara que escondia sua identidade. Dava para ver que seu cabelo vermelho reluzente caia num rabo de cavalo, mas não conseguia ver o tamanho.

Enquanto me distraia com seu corpo, num movimento rápido, sua perna esquerda se levantou e a sola da sua bota foi de encontro ao meu peito. Não foi um chute e sim um empurrão que me inclinou para trás até bater na porta fazendo o barulho típico, só então senti seu salto, grande e de ponta fina, pressionar minha pele.

Diferente de uma reação normal à dor, apenas fechei os olhos, respirei fundo e permiti que a dor se misturasse com o medo. Isso me acalmou.

Senti a bota subindo pelo meu peito e, quando abri os olhos, o pontiagudo salto de metal estava na frente da minha boca. Lentamente abri os lábios e Mistress Extreme enfiou a salto, fazendo movimentos de vai e vêm.

Mistress Extreme? Será que era ela mesmo? Só havia ouvido sua voz e até agora não pronunciou nenhuma palavra.

Eu chupava o salto com certa vontade, mas não durou muito tempo. Rapidamente ela puxou a perna e colocou a guia da coleira no vão entre o salto e a sola e, lentamente, foi puxando para baixo até que meu rosto ficasse bem próximo ao couro que cobria seus pés. Entendi o que deveria fazer beijei cada milímetro que conseguia alcançar. Quando a guia se afrouxava eu subia um pouco. Quando trocava a perna eu começava tudo de novo. E sentia prazer nisso.

Demorou alguns minutos até a guia, que já não precisava mais ficar presa pela sua bota me puxasse para frente. Comecei a me levantar e levei um leve tapa no rosto, a rainha se inclinou um pouco acenou negativamente com a cabeça. Pude ver seus grandes olhos azuis, infelizmente, acredito que sejam lentes de contato.

Um novo puxão na coleira me fez caminhar de joelhos e com o corpo inclinado para frente fazendo um encaixe quase perfeito com a cama, o tronco sobre o colchão e as pernas no chão.

Pude ver que havia uma mochila rosa claro sobre a cama, mas foi só isso, pois a venda voltou aos meus olhos.

Tudo que eu tinha agora era a audição; ouvia meu coração bater, os saltos caminhando até onde estava a mochila e voltando e alguma atriz no filme pornô indicando que iria gozar em alguns instantes. Junto do falso e escandaloso orgasmo da moça na TV, aquele barulho típico de uma vara atravessando o ar chegou aos meus ouvidos, seguido do impacto em minha bunda. Me fazendo gritar, mais de susto que de dor.

Novamente ouvi passos até a mochila e uma mão puxando meus cabelos para levantar a cabeça.

Algo encostou em minha boca entreaberta. Totalmente submisso, abri o máximo que pude para receber aquela esfera emborrachada com tiras de couro que se uniram em minha nuca. Aquilo é realmente doloroso.

A bela moça retornou à posição inicial e continuou a espancar minha bunda. Ora fraco, oura forte e ora bem forte, Eu tentava gritar de dor e só conseguia fazer aquele som baixo e abafado tão comum nos filmes fetichistas. Não contei, mas foram 20 ou 25 impactos até que o cruel instrumento fosse jogado na cama, ao meu lado direito.

Mais alguns passos e sinto a guia sendo puxada novamente, paralela ao colchão que me obrigava a subir nele.

Na tela, duas mulheres se divertiam enquanto minhas pernas eram amarradas, bem abertas. Suas mãos deslisavam suavemente sobre minhas pernas em direção à minha bunda, as nádegas são afastadas expondo meu buraco, que entraria na brincadeira em breve. As mãos se soltam e um tapa atinge o lado direito seguido de uma mordida no lado esquerdo.

A mão sob a minha barriga me obrigou a levantar o corpo para ceder lugar ao travesseiro que deixaria minha bunda empinada para o que viria.

Um dedo com gel visitou meu orifício virgem sem invadir, uma nova mordida ao lado da anterior e alguns beijos percorreram minha espinha pulando meus pulsos ainda presos pela corda no meio das costas.

A mordida na minha orelha me relaxou, então minha algoz soltou seu corpo penetrando meu ânus com seu consolo preso à sua cintura. Colocou tudo de uma vez me iniciando sem dó e ali ficou, parada por algum tempo. Podia sentir sua respiração alterada no pescoço e o couro de sua roupa em minhas mãos.

O consolo não era muito grande e rapidamente me acostumei com o invasor. A Rainha tirava ele todo e soltava o seu corpo estocando, novamente, o máximo que conseguia. Às vezes mordia e puxava minha orelha, a sensação de prazer vai tomando lugar. Meu pênis, já duro, dava sinais que algo iria acontecer, até que ela… Parou.

Seu corpo ficou totalmente solto, caído sobre o meu e ouvi um longo gemido, o único som que ouvi de seus lábios até o momento.

Ao som de uma nova foda na tela, desta vez nacional, tive as pernas desamarradas e amarradas juntas, fui então virado de costas para o colchão.

De frente para minha cabeça, aquela deusa tirou a mordaça e a venda, deu um beijo em minha testa e acomodou suas coxas entre minha cabeça me deixando com a cara em sua, já molhada e desejada vagina. Como adoro chupar, me deliciei com aquele momento.

Enquanto me lambuzava com seu suco, meu nariz se encaixava entre suas nádegas chegando a tocar seus ânus, limpo e depilado. Meus mamilos eram fustigados com beliscões e fortes puxões. Em um certo momento, a misteriosa rainha soltou todo o seu peso sobre o meu rosto impedindo que eu respirasse ou conseguisse falar, assim indefeso, meus mamilos foram presos com prendedores de metal, realmente doloridos, e eram puxados com força. Eu me debatia não só pela dor mas também porque estava ficando sem ar. Ficou claro que ela estava gostando daquilo; meu nariz em seu ãnus e minha boca em sua pequena vagina enquanto me debatia na tentativa de respirar. Por diversas vezes ela subiu seu corpo para tomar um pouco de fôlego e voltava para sua diversão.

Foram, pelos menos, 3 orgasmos até que findasse minha prazerosa tortura.

Aquele monumento ao prazer se levantou e caminhou até o meio da cama, onde se sentou e pegou me pênis flácido com a mão direita, já sem a luva e começou a acariciar.

Com o auxílio de gel lubrificante, rapidamente ficou duro. A visão daquela mulher com seus olhos em mim e um sorriso de prazer e maldade enquanto brincava com meu membro me fez gozar lançando esperma para a minha barriga, peito e rosto. Com mais maldade que prazer o estímulo continuou, realmente torturante, não importava o quanto eu me debatia ou implorava para parar, isso só aconteceu depois de alguns minutos, quando gozei novamente, dessa vez o esperma apenas escorreu.

Ela se levantou, fez sinal para que eu ficasse alí, se me mexer e me vendou novamente. Tirou os prendedores dos meus mamilos. Tirar dói mais que colocar….

Fiquei triste quando ouvi o chuveiro, sinal que ela iria embora. Depois do banho o som das suas botas não atrapalhavam os gemidos no filme.

Minhas pernas foram desamarradas e, ainda deitado, ouvi os “brinquedos” serem colocados novamente na mochila.

A coleira foi puxada para me sentar na cama, colocar os pés no chão e ficar de pé, então, fui guiado novamente ao banheiro, onde tive que me ajoelhar novamente.

A corda que unia meus braços foi solta e minhas mão levadas aos meus joelhos pelas macias mãos de minha dominadora, a coleira abandonou meu pescoço e uma mova mordida me arrepiou, dessa vez na orelha esquerda, mesma orelha que, finalmente ouviu sua voz.

- Você foi muito bem hoje! Me diverti e gozei muito. Em breve entrarei em contato para fazermos algo mais...”extreme”. - Era a mesma voz que havia ouvido pelo celular.

Senti sua mão fazendo carinho em minhas costas

- Agora conte até 500 e pode se levantar.

Outro tapa estalou na minha nádega direita.

Comecei a contar mentalmente até ouvir a porta bater. Continuei a contar até uns 200, 210 até tirar a venda e me levantar. Era o mesmo lugar que estava quando tudo começou.

Olhei no quarto, estava sozinho. No espelho pude ver a marca do seu batom em minha testa e costas, o esperma secando em meu corpo, as marcas do spanking e das mordidas em minha bunda. Sentei dobre a tampa do vaso com cara de bobo, um bobo alegre…

Olhei no celular sobre a mesa, ainda teria uma hora para ficar no quarto. Fui então tomar um longo banho, mas com pena de apagar as marcas de batom daquela que me iniciou no BDSM. Quando fui me vestir, percebi que minha cueca havia sumido e, no lugar dela, a calcinha preta com bordado que ela usava. Fiquei meio receoso mas a cheirei profundamente e a vesti, seguido das minhas roupas, peguei o dinheiro e os documentos escondidos e fui embora.

Enquanto voltava para casa, no ônibus, decidi mandar uma mensagem à Mistress Extreme agradecendo os momentos incríveis que passamos. Percebi que seu contato não estava mais lá, será que ela apagou? Já em casa, meus e-mails voltaram como endereço desconhecido.

Há sim… Esqueci a roupa sob o colchão...

FIM

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