Zane imaginara como seria ser fotografado para a capa de uma revista. Experimentaria alguns trajes, faria diversas poses, umas caras sexys, o fotógrafo tiraria uma dúzia de fotos e tudo estaria resolvido.
Não podia estar mais equivocado.
Eram quase quatro horas da tarde, e a sessão de fotos começou pouco depois das oito horas da manhã.
Zane não imaginou que trocar roupas, se sentar e se levantar e ficar em diferentes posições fosse tão cansativo. Além do mais, se sentia uma verdadeira fraude. Não era modelo e os profissionais não ia o transforma em uma beldade por mais competentes que fossem, eles não faziam milagres. Zane olhou e viu Rafe usando o telefone celular. Ele o estava acompanhado na sessão de fotografias. Embora houvesse ficado afastado, ele tinha consciência de que ele estava por perto, e isso o fazia se sentir melhor. Um estilista ajustou a gola da camisa de Zane, e outro passou um pó na sua cara. O fotógrafo, invisível atrás da iluminação potente, pediu que ele sorrisse.
Ele o fez e ouviu o dique rápido das máquinas fotográficas. Inclinou a cabeça para o lado, ergueu o queixo, pensou em alguma coisa engraçada e orou para que tudo terminasse logo. Estava com fome, com sede e queria voltar para os Estados Unidos junto com sua irmã.
Uma hora depois, a sessão de fotos terminou, e ele foi dispensado.
— Vi uma feira ao ar livre — Zane disse ao entrar no BMW que Rafe dirigia naquele dia. — Podemos parar lá, no caminho de volta? Por favorzinho Rafe? Zane pediu manhoso.
— Você está muito manhoso, acho que você está ficando mimado. - Rafe disse rindo
Zane começou a ri, ele não era manhoso, nunca foi. Mas com Rafe, ele queria ser mimado.
-- Não sou mimado, Calado. Estou sentindo Cléu tão distante, meio triste, sabe?
Rafe mão queria causar intrigas e nem problemas para Zane, mas resolver falar o que ouvira pelos corredores do palácio, ele não tinha certeza da veracidade da informação, mas ele achou certo falar,. Ótimo! Ele estava se saindo um ótimo fofoqueiro. Rafe revirou os olhos, ele tinha que voltar para o trabalho dele e logo. Ser guarda costas estava o domesticando.
-- Ela te falou que ela, é ... , ficou com o príncipe Haadan? Rafe disse meio constrangido por falar da vida sexual alheia.
— ELA FEZ O QUÊ? Zane gritou dentro do carro.
Jesus, que Zane não se zanga-se com ele nunca. Só esse grito dele.
— Pare o carro Rafe, Me conte tudo e não me esconda nada. Como assim ficaram, Tipo transaram? Perguntou Zane vermelho.
Rafe parou o carro em uma esquina. Achando engraçado o rubor de Zane. Como ele queria beija-lo.
— Sério, que você está com vergonha? – Rafe estava achando graça da reação dele
— Pare de me enrolar homem, me conte. Não me faça te bater.
Zane estava impaciente, isso podia explicar porque sua irmã tinha ido embora. Cléu nunca foi o tipo de garota que ia para cama sem um tipo de relacionamento, e com certeza não transaria com uma pessoa que ela não gostasse, se ela foi para cama com Haadan... Ai meu deus. Cléu se apaixonou pelo Príncipe. Uma Plebeia e um Príncipe. Que conto de fadas de merda.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
— Parece que ela e Haadan foram para a ilha dele, e depois de alguns dias, o príncipe propôs a Cléu um relacionamento.
Rafe franziu o cenho, ele já estava até escutando o grito.
— Tá, Então meu irmão pediu minha irmã em casamento. Ai Que lindo, Parece ate filme da Disney. Vou ligar para Cléu agora e perguntar porque ela recusou-o.
— Zane, é... o príncipe não pediu ela para ser sua esposa.
— Han? Não entendi. Zane perguntou confuso
— Ele queria-a para amante.
Rafe estava tentado a colocar a mão nos ouvidos.
— O QUE ? QUE MERDA É ESSA? QUEM ELE PENSA QUE MINHA IRMÃ É? EU VOU FALAR UMAS VERDADES PARA ELE. QUE DESGRAÇADO. AMANTE? AMANTE? O QUE ELE PENSA QUE CLÉU É?
Rafe estava impressionado, ele gritou isso em um só folego. Uau
— Zane, calma.
Rafe estava ficando preocupado com a pressão de Zane. Pessoas de 28 anos têm infarto ou AVC? Porque Zane estava quase lá. Merda, ele não tinha nenhum CD de musica de Yoga.
— Rafe, me leve até Haadan. – Zane estava possesso, quem aquele principezinho de meia tigela achava que era, para fazer sua irmãzinha sofrer.
— Zane, acho melhor você falar com ele depois. Primeiramente se acalme.
— Rafe eu quero muito dar para você, você sabe disso, sou doido por você. Mas se você não me levar até o príncipe Haadan AGORA, eu vou te matar com requintes de crueldade.
Rafe começou a ri, Zane estava adorável zangado, e ele era hilário, ele nem chegaria perto dele para mata-lo. Ele poderia facilmente se apaixonar por Zane.
— Rafe, vamos. – Zane quase gemeu
Ele sabia que os príncipes e a princesa , assim como Hassan estaria em um jantar com os embaixadores da Europa, Alemanha e Noruega. Levar Zane lá irritado assim seria um erro, mas se não levasse Zane o mataria. Bem, que o príncipe Haadan se preparasse. Rafe ligou o carro e guio-os para o restaurante. Os dois em silencio, Rafe pensando na explicação que daria ao rei depois do escândalo e Zane provavelmente no que ia gritar com o príncipe. Rafe sufocou uma risadinha.
Não demoraram nem quinze minutos para chegar no restaurante cinco estrelas que era o preferido do monarca e da família real. Zane estava tão impaciente que não esperou Rafe inspecionar a área. Zane abriu a porta e caminhou para a recepção do restaurante. Rafe sempre se impressionava com a riqueza e ostentação do restaurante.
— Boa Noite Senhores. Tem reserva? – Perguntou o recepcionista sorrindo amigavelmente
Zane pelo o visto não estava para gentilizas no momento. Sua postura estava altiva, um perfeito príncipe.
— Sou o Príncipe Zane, e quero ser levado a mesa do meu pai e dos meus irmãos.
Rafe se posicionou atrás de Zane e aguardou o espetáculo. Olhou ao redor para observar se havia algum paparazzo. Porque ele tinha certeza que teria um barraco real essa noite. Ele tinha que se lembrar de não ri.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Um garçom acompanho-os até a mesa do monarca. Zane reconheceu os seus altos e morenos irmãos, seu irmão Rafael e seu marido, o Príncipe do deserto Kardal , seu pai na cabeceira da mesa e alguns rostos desconhecidos. Ele estava com todo o discurso em sua cabeça, ele iria ser cortês e gentil ao interrogar o príncipe. Ele não queria se indispor com sua nova família.
O rei o viu e se levantou, colocando o guardanapo na mesa.
— Meu filho, pensei que você iria voltar ao Palácio. Se sente conosco. – Ordenou o monarca sorrindo
Zane estava respirando compassado para tentar manter a calma. Zen ,Zane, Zen. Essa ladainha foi tudo foi por agua a baixo quando olhou para Haadan.
— O QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO AO TRATAR MINHA IRMÃ COMO QUALQUER UMA? EM HAADAN, ME RESPONDA? ELA NÃO ERA BOA SUFICIENTE PARA SER A BOA ESPOSA DE UM FODIDO PRINCIPE? SÓ ERA BOA PARA SER SUA AMANTE? SEU PEQUENO SEGREDINHO SUJO? QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA TRATAR MINHA IRMÃ ASSIM? RESPONDA-ME
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Rafe teve que usar seu todo seu auto controle para não soltar uma gargalhada, a cara dos príncipes e do rei eram impagável. Ele desejou que tivesse uma câmera nesse momento.
— Responda-me. - Zane nitidamente estava tentando se acalmar.
O rei estava com a boca aberta meio aberta, acho ele não esperava que o calmo, medroso e ansioso Zane tivesse esse fogo dentro de si.
— Zane, não foi assim. Calma ... Haadan se recuperou do choque e tentou se explicar.
— Não foi assim? Ele disse que não foi assim. – Zane sussurrou apertando a fronte do nariz de cabeça baixa.
— Como foi então Príncipe Haadan, Ilumine-me? – Zane perguntou com um rosnado
O som foi direto para a virilha de Rafe, Zane zangado desse jeito o estava o excitando como nunca. Ele reprimiu um gemido.
— Me apaixonei por ela, mas Ela me disse que não queria um relacionamento publico, que era melhor assim. Então propus isso. – Haadan disse com sinceridade e dor nos olhos
— Ela também está apaixonada por você idiota. Ela apenas estava com medo , você é um fodido príncipe, e até duas semanas atrás nós nunca tínhamos visto alguém da realeza antes, isso é foda assustador. Isso a assustou . Te dou doze horas para resolver isso. Porque se você pensa que vou deixar irmã minha irmã sofrendo lá, Você está enganado em todas as formas geométricas, não só redondamente. Quando acordar quero minha irmã aqui , nesse pais, no palácio, ou eu vou mandar Rafe te torturar, ele sabe um monte de coisas dolorosas.
Rafe riu, ele não conseguiu segurar. Zane estava ameaçando um Príncipe? Uau, isso foi pior do que ele pensava. A mesa estava silenciosa e o clima tenso, mas a risada histérica do rei e de Rafael quebrou o clima tenso e constrangedor.
— Eu vou resolver mano. Desculpe. Eu verdadeiramente amo minha baixinha. Pai , Senhores, com licença. –Disse Haadan levantando-se e saindo.
O Rei e Rafael estavam lacrimejando de tanto rirem.
— Pai, irmãos. Vou voltar para o palácio. Boa Noite. Senhores, Um prazer conhece-los
Zane nem percebeu que chamará o rei de pai pela primeira vez. O monarca parecia que iria chorar de emoção. Zane virou-se e saiu do restaurante.
Rafe pegou o carro com o manobrista e abriu a porta para Zane. Rafe achou melhor ficar em silencio. O humor de Zane não era o melhor.
Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
— Agora podemos ir à feira? – Zane perguntou sorridente
— Você é bipolar? – Rafe perguntou meio chocado
— Só porque eu quero ir a feira? – Zane perguntou magoado
— Esquece, Claro. Já é tarde e não deverá ter muita gente. – Rafe achou melhor deixar quieto.
Rafe dirigia calmamente no trânsito da noite, e Zane recostou-se no banco de couro.
— Sinto-me como se houvesse trabalhado o dia todo na lavoura. Que loucura! Tudo que fiz foi posar para algumas fotografias e gritar com Haadan.
— Parece ser um trabalho muito pesado. Ambos.
Zane sorriu.
— Suspeito que está sendo gentil, mas agradeço a intenção.
— Pronta para trocar seu trabalho para se tornar modelo?
— Não. Eu adoro lecionar.
— Conte-me sobre seu trabalho, suas aulas.
Ele riu.
— Rafe, você odiaria conhecer o teor das minhas aulas. Os únicos rapazes que as frequentam o fazem por serem realmente bons em física ou estão lá para tentar namorar as garotas.
— Talvez eu seja um pouco feminista.
— Pois sim... Não acredito.
— Eu realmente penso que as mulheres são tão capazes quanto os homens.
— Coisa rara, e ainda não acredito.
— Estou tentando ser um homem sensível. Você deveria encorajar-me.
Rafe entrou em uma rua lateral e estacionou. Zane saiu do carro e respirou o aroma da cidade. Era uma mistura do cheiro do mar e temperos exóticos. O ar era pesado e tornava a respiração difícil, mas ela não queria voltar para o palácio. Não agora. Alguns minutos de liberdade na feira o fariam esquecer a sensação de estar preso em uma armadilha.
Rafe se aproximou dele e apontou para um canto.
— Vamos virar à esquerda. A feira se estende por três quarteirões. Não se afaste de mim pois pode se perder.
Ele lhe deu o braço enquanto andavam.
— Não quero me perder. Posso pechinchar?
— E comum pechinchar, e eles serão mais acessíveis porque você é americano.
Dúzias de pessoas se amontoavam ao redor das bancas ou caminhavam em grupos que conversavam muito e em voz alta. A rua de pedra era lisa, mostrando que muitas gerações haviam andado por ali.
Por detrás das bancas, velhos prédios punham sombras no finalzinho de tarde.
Zane olhou para um arco e viu duas crianças brincando em uma fonte. Um cachorrinho pulava ao redor delas, latindo. As risadas chegavam até Zane, que sorriu.
Olhou para cima e viu uma pilha de tapetes sobre cadeiras e rolos de barbante. Outros estavam enrolados e guardados em vasos de plástico. A esquerda havia um homem vendendo frutas, desde tâmaras até bananas e pequenos melões. Uma tenda de objetos de bronze chamou sua atenção, e ele pegou um objeto com formato da lâmpada de Aladim.
— Vai querer esfregar a lâmpada? — Rafe perguntou.
Ele riu.
— Primeiro teria que pensar em um desejo.
O vendedor aproximou-se.
— É um objeto precioso — ele afirmou. — Se estiver procurando por alguma coisa mais funcional, tenho lanternas. A senhorita gostaria de entrar?
Zane começou a se mover, mas trombou em alguém. Olhou para a adolescente e sorriu.
— Desculpe-me.
A garota, que aparentava cerca de dezesseis anos, tinha lindos cabelos escuros e vestia short e camiseta, olhou para ele.
— Tudo bem. Eu estava olhando... — A garota abriu a boca. — Oh, meu Deus! Príncipe Zane.
•Rafe xingou, prendendo a respiração, e Zane não entendeu o motivo. Virou-se para perguntar, mas foi subitamente carregado por uma multidão que se formara praticamente do nada.
O povo o rodeou, pegando-o pelas mangas, tocando seus cabelos e fazendo perguntas. Era pior do que o pronunciamento à imprensa pois era puxado, mãos o agarravam, era empurrado para frente e para trás até quase cair.
— Príncipe Zane, venha jantar em minha casa.
— Príncipe Zane, tem de conhecer meu filho.
— Príncipe Zane, você é realmente americano?
— Ele não é lindo?
— Está mais bonito que na televisão.
Palavras e frases soavam ao redor, e Zane tentava se libertar, mas não sabia que direção tomar. Mal podia respirar e tinha a sensação de que ia cair. Lágrimas assomaram em seus olhos.
De repente um braço forte circundou sua cintura. Imediatamente identificou o cheiro do homem que ele não conseguia ver e relaxou, pois sabia tratar-se de Rafe. Em um segundo, sem temer mais por sua vida, Zane viu-se no carro, que se afastou em velocidade.
— Tudo bem? — ele perguntou.
Zane tentou responder, mas não conseguiu. Só então, percebeu que estava soluçando e cobriu o rosto com as mãos.
— Não vou conseguir — ele sussurrou. — Você precisa me tirar daqui, Rafe. Leve-me embora da Bahania. Por favor Rafe.
=======================================================================================================
Kkkkkk . Será que Cléu voltará?
Está ai. Bjss
Até mais Tarde. Vou postar outro a noite. Eeeeh
