Questão de tempo - 17

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 4041 palavras
Data: 15/07/2016 17:04:04

Na noite seguinte, sentado no bar no The Arbor, observando Trip na pista de dança com seus amigos, eu me perguntei como tinha confundido um convite para jantar. Eu achei tomaríamos um drink, passaríamos para o jantar, e, finalmente, passearíamos e conheceríamos um ao outro. Eu tinha imaginado que ficaríamos sozinhos. Aparentemente, ele tinha imaginado sair para dançar no clube com os amigos. Ele tinha convidado uma meia dúzia de pessoas para se juntar a nós e, no momento, estava entre duas mulheres muito bonitas, dançando sensualmente. Quando olhei para eles, percebi que, o que eu tinha pensado ser algo particular, ele havia visto como uma oportunidade para festejar. E eu poderia chegar lá e fazer começar a dançar também, mas eu não estava a fim. Aos 22 anos, eu estava cansado de clubes. Eu preferia estar em casa passando as minhas roupas. Isso era o que acontecia quando você conseguia uma identidade falsa aos 16 anos. Na época que você realmente se tornava maior de idade e podia fazer todas as coisas que a lei autorizava, toda a emoção já tinha se acabado.

Recusei dois drinques que barman tentou colocar na minha frente, enviados por homens que eu não conhecia, e, em vez disso, paguei minha conta e me dirigi para a porta. Olhei por cima do ombro, mas Trip nem percebeu. Eu ia fazer uma fuga limpa.

Lá fora, na rua, meu telefone tocou e eu me recostei contra a janela de vidro e atendeu.

“Preciso falar com você,” Sam Kage disse, sem rodeios, na outra extremidade.

Eu estava surpreso por estar falando com o detetive de costumes novamente. Eu pensei que já tivéssemos passado pelo último encontro foi isso. Quando ele veio até o meu apartamento no meio da noite e gritou comigo por não deixar que ele me protegesse, eu pensei que eu tinha, finalmente, o afugentado. Eu esperava estar errado, esperava para que eu estivesse errado, mas temia estar certo. Sam Kage tinha um poder sobre mim que me deixava com dificuldade de articular e eu era geralmente tão bom em conversar.

“Jory.”

“Desculpe, por que você precisa falar comigo?”

“Você é minha testemunha, seu idiota.”

O marido da minha amiga tinha assassinado um homem e eu tinha estado por perto. Sam Kage era o detetive do caso. Unidos pelas circunstâncias, tínhamos encontrado algo mais, algo inesperado, que tinha progredido até que atingiu um problema. Sam considerava dormir comigo, me ter por perto, um desvio, quando eu estava pensando em termos permanentes. Eu tinha ido embora em vez de tentar convencê-lo dos seus sentimentos. E abandoná-lo quase me matou, mas eu sabia que seria fatal mais à frente. Eu ainda pensava nele frequentemente e, cada vez, meu coração doía. Mesmo estar ao telefone com ele era difícil. Mas assim que eu recuperasse meu fôlego, poderia adivinhar por que ele estava me ligando. Eu tinha sido perseguido por homens enviados para me calar e me impedir de testemunhar apenas algumas noites antes e ele, provavelmente, estava acompanhando o caso. Eu tinha ligado para seu parceiro, Dominic Kairov, em vez dele, e sabia que isso tinha sido mesquinho. Essa tinha sido a razão para o aparecimento de Sam na minha porta nas primeiras horas da noite. Ele tinha aparecido só para gritar comigo.

“Você está aí?”

“Sim, sinto muito. Vá em frente.”

Ele limpou a garganta. “Sabe aqueles caras que perseguiram você na outra noite, nós os trouxemos para...”

“Você sabe quem são eles?”

“Sim, nós sabemos quem eles são, porra.”

“Oh.”

“Oh,” ele repetiu como se eu fosse deficiente. “Jesus.”

“Talvez eu devesse des...”

“Espere,” ele disse rapidamente. “Espere.”

Soltei um suspiro longo e alto, mas não disse nada.

“Ok, então como eu disse, nós os trouxemos por acusações separadas e suas folhas corridas têm acusações de tentativa de homicídio, assalto à mão armada e tentativa de estupro. Sorte... você apenas teve sorte por eles não terem conseguido pegar você.“

“É,” eu concordei.

“É? Isso é tudo o que você tem a dizer?”

“O que você quer que eu diga?” Eu disse suavemente, esfregando a ponte do meu nariz, percebendo que eu não tinha jantado ainda e tinha bebido muito enquanto eu estava assistindo Trip dançar.

“Por que você esta falando estranho?”

“Estou bêbado,” disse categoricamente.

“Ah, é?”

“Sim.”

“Onde está você?”

“Estou indo para casa.”

“Que tal você me encontrar para jantar?”

“Não.”

“Por que não?”

“Você me odeia.” Eu disse e pareci petulante, até mesmo para mim.

“Eu não odeio você,” ele disse, e eu quase podia ouvir o sorriso em sua voz. A agitação que rolou através do meu estômago era realmente irritante.

“Bem, eu odeio você.” Eu estava soando como um moleque de novo.

“Não, você não me odeia.”

E eu não odiava. Eu era louco por ele, pura e simplesmente, e estava bêbado demais para disfarçar. Eu ri. “Bem, alguém odeia alguém ou estaríamos juntos.”

“Você é a rainha do drama, por isso não estamos juntos.”

Eu resmunguei.

“Vamos lá. Diga-me onde você está.”

Então eu disse e ele me pediu para aguardar cinco minutos. Eu prometi isso a ele. Estava brincando com o meu telefone, excluindo mensagens de texto antigas e baixando uma nova música para o meu toque. Era sempre uma boa diversão. Perdi a noção do tempo.

“Jory.”

Eu olhei para cima quando Trip parou na minha frente. “Ei, cara.”

“Onde você vai?”

“Eu vou embora,” sorri lentamente. “Vejo você depois.”

“Mas eu pensei que fôssemos sair.”

“Eu também, mas tudo bem.”

“Não,” disse ele, agachando-se ao meu lado, a mão nas minhas costas. “Eu quero...”

“J!”

Olhei para a rua e lá estava Sam saindo de seu tanque, que tinha estacionado ao lado do meio-fio. Eu realmente precisava perguntar por que ele sentia a necessidade de dirigir aquele carro monstro. Ele não precisava compensar nada.

“Quem é?” Trip me perguntou enquanto Sam dava a volta na frente do SUV e caminhava em nossa direção.

E eu tive um estranho momento de clareza, observando-o se aproximar de mim. “Aquele é Sam.”

“Jory.”

Meus olhos se voltaram para Trip.

“Quem é Sam?”

“Ei.”

Nós dois olhamos para o detetive Kage quando ele estendeu a mão para mim.

“Você foi rápido.” Eu sorri para ele, gostando da forma como as calças abraçavam suas pernas longas e musculosas, a fivela do cinto enorme e as botas de biqueira de aço que foram surradas. Uma camiseta branca aparecia sob uma camisa de flanela e a jaqueta jeans com forro e lã completava o traje. “O que você fez, trabalhou na construção hoje, detetive?”

Seu sorriso veio lentamente, aquecendo os olhos, fazendo-os brilharem ao olhar para mim. “Eu andei muito hoje. Não queria congelar meu traseiro por aí.”

“Inspecionando a vizinhança,” Eu sugeri enquanto pegava sua mão e ele me arrastava de pé.

“Por aí,” disse ele suavemente, com a mão no meu ombro. “Eu esqueci que você assiste TV, então sabe o que está acontecendo.”

Eu balancei a cabeça, concordando com ele que eu era um grande idiota, quando Trip se levantou ao meu lado. “Sam, este é meu amigo, Trip Ward; Trip, este é Sam Kage.”

Eles não apertaram as mãos, apenas acenaram com a cabeça para o outro enquanto a mão de Sam foi para a parte de trás do meu pescoço e ele me puxou para perto dele.

“Vamos arranjar alguma coisa para você comer.”

“Tudo bem,” eu concordei, oferecendo a Trip minha mão. “Te vejo depois, cara.”

“Espere, não – Jory, pensei que nós fôssemos...”

“Você está me deixando no vácuo aqui.” Eu sorri amplamente.

Em vez de tomar a minha mão, ele se aproximou e me abraçou apertado, suas mãos deslizando sobre minhas costas. “Nós deveríamos ter ido a algum lugar só nós dois.”

“Sim, deveríamos.” Eu apertei de volta, porque ele se sentia bem em meus braços. Eu precisava ser tocado, eu ansiava por isso.

“Temos que ir,” disse Sam, e senti sua mão emaranhar no meu cabelo, puxar suavemente, mas com insistência.

Eu soltei Trip e Sam agarrou a lapela da minha jaqueta.

“Se cuide,” eu disse.

“Jory, deixe-me leva-lo para sair amanhã. Vou buscá-lo no trabalho e vamos jantar e então nós podemos...”

“Ele vai estar ocupado,” Sam disse rispidamente, me puxando para frente com tanta força que quase caí. “Entre no carro antes que eu o coloque lá.”

“Ah, é?” Eu o provoquei, me afastando de sua mão, andando para trás. “Você acha que pode fazer isso?”

Ele resmungou e se moveu mais rápido do que eu pensei que poderia. Eu supus erradamente que um homem de seu tamanho não fosse capaz de se mover com agilidade, mas ele tinha agarrado meu braço antes que eu percebesse o que estava fazendo. “Deixe-me mostrar onde está o carro.”

Eu sorri, olhando para os meus pés. “Eu posso andar.”

“Você está mal consegue se manter na vertical. Quantas doses você tomou?”

“Eu não sei.”

“Por que você estava bebendo, afinal?”

“Eu estava sentado sozinho e fiquei entediado.”

“Por que você estava sentado sozinho?” ele perguntou enquanto abria a porta para mim, segurando-a aberta. Subi e ele fechou a porta atrás de mim. Eu olhei de volta para a entrada do clube e Trip ainda estava ali, me observando. Acenei e ele retribuiu o gesto.

“Era para ser um encontro entre você e esse cara?” Sam perguntou quando abriu a porta e deslizou para o banco do motorista.

“Eu acho que sim.” Eu me virei e olhei para ele. “Não é o que geralmente implica um jantar?”

Ele estendeu a mão e colocou a mão no meu rosto. “Você parece confuso, bebê.”

“Bem, ele me convidou para jantar, mas não sozinho. O que é isso?”

“Eu costumava convidar amigos se eu queria que a outra pessoa pensasse que não era realmente um encontro.”

Dei de ombros, afastando sua mão. “Então eu acho que não era realmente um encontro.”

“Acho que não,” ele concordou, dando partida no carro.

“Mas na noite passada, quando ele me convidou, ele disse...”

“Você passou o feriado com ele?”

“Com ele e com sua família, sim.” Eu estava mais do que bêbado ou eu não teria simplesmente começado a conversar com ele como se fôssemos amigos ou algo assim. “Eles são muito legais, mas ele chegou todo cheio de marra e tal, e então eu disse que não iria sair com ele, mas depois ele se desculpou por pensar que eu ia transar com ele e...”

“O que o fez pensar que ele ia conseguir transar com você?”

“Você olhou para ele? Ele é lindo, tenho certeza de que consegue sexo o tempo todo.”

Ele apenas acenou com a cabeça.

Eu sorri, apesar de mim mesmo. “Eu posso estar mais bêbado do que eu pensava.”

“Tá de sacanagem.”

“Mesmo bêbado, eu reconheço sarcasmo quando escuto.”

“Só cale a boca, merda.”

“Quer saber, se você vai ficar...”

“O que, J? O que você vai fazer? Eu posso fazer o que diabos eu quiser com você a partir de agora, e não há merda nenhuma que você possa fazer sobre isso. Então sabe de uma coisa... foda-se a comida. Vou levá-lo para casa comigo.“

“Espere, não, eu tenho que trabalhar amanhã. Eu...”

“Amanhã é sábado. Você não precisa trabalhar.”

“Sim, eu preciso. Tenho que entregar algo para o meu patrão. Tenho que estar lá, tipo...”

“Você vem comigo.”

“Eu não posso. Não...”

“Não o que? Não posso fazer o que eu quiser mesmo que você sempre faça o que diabos você quer?”

“Não, eu...”

“Você nem sempre consegue ter as coisas à sua maneira, então sente e cale a boca.”

Eu jurei que seria um dia frio no inferno antes que eu falasse com ele de novo. Braços cruzados, olhando para minha janela, eu nem sequer olhava para ele. Quando, de repente, ele estacionou em uma rua que eu não conhecia, eu me virei e olhei para ele.

Ele estava segurando o volante com tanta força que os nós de seus dedos estavam brancos. “Eu odeio essa merda.”

“O que?” O inferno estava começando a congelar mais cedo.

Ele se virou e olhou para mim. “Isso. Você e eu, eu odeio essa porra.“

“Então me deixe sair e eu vou...”

“Não,” ele rugiu e, no pequeno espaço, soou ainda mais alto. Ressoou pelo meu corpo todo.

“Eu não...”

“Isso está me corroendo.”

Vi-o engolir em seco, vi como seus olhos estavam cansados, como ele parecia abatido.

“Jory ....”

Eu era bom em mudar de assunto quando as pessoas estavam se afogando em muita emoção. Eu precisava ajudá-lo a não ser soterrado. “Naquela noite, quando você me viu, você realmente achou que eu parecia um garoto de programa?” Eu o provoquei, sorrindo preguiçosamente. Tínhamos passado um pelo outro, eu saindo com três das minhas colegas de trabalho, e ele entrando com seus amigos e uma bela loira pendurada em seu braço. Ele tinha deixado cair a observação abrasadora de que eu parecia um garoto de programa.

“Não.” Sua voz soava rouca, instável.

“Eu estava bonito?”

“Sim.”

“Eu estou bonito agora?”

Como resposta, ele avançou sobre mim, sua boca colada na minha, sua língua forçando uma entrada que eu, instantaneamente, permiti. Assim que meus lábios se separaram, sua língua me invadiu e ele me puxou para perto, esmagando-me contra ele, beijando-me dura e longamente, se familiarizando com cada parte da minha boca.

Quando me afastei para olhar seu rosto, ele mordeu meu lábio inferior para me manter perto. Eu sorri e ele acabou beijando meu nariz, meus olhos, ainda me segurando apertado em seus braços.

“Você dormiu com a loira?” Perguntei-lhe, prendendo a respiração.

Sua voz estava baixa e rouca, áspera. “Não, Jory. Eu não durmo com ninguém além de você.”

“Então por que dizer aquelas coisas que você disse, que queria se casar e...”

“Porque você estava sendo tão malditamente presunçoso,” ele grunhiu para mim, me soltando de repente, e me empurrando de volta para o meu lugar. “Depois que deixamos a casa dos meus pais naquele dia, você começou a falar como se fosse óbvio que eu ia fazer isso ou aquilo, falando como se você fosse a porra do meu dono, como se eu pertencesse a você... e para você é tão fácil, você simplesmente se apaixona e...”

“Quem disse que eu estou apaixonado?” Eu argumentei.

Sua expressão era sombria. “Oh, foda-se. Sei que você está apaixonado, por isso nem sequer tente sentar aí e fingir o contrário. Você fugindo daquele jeito, o que você fez – ligando para Dom em vez de ligar para mim – toda essa merda é você fazendo drama porque seus sentimentos foram feridos. Bem, foda-se, J. Você não pode simplesmente fugir se eu fizer alguma merda estúpida. Você me chama a atenção e me diz que eu sou um idiota e depois me diz o que fazer. É isso é o que você faz. Toda a merda que eu disse naquele domingo, você acha que alguma coisa era verdade?“

Eu só olhei para ele.

Seu riso soou mais como um latido. “Porra, você achou. Isso é engraçado. Eu pensei que você me conhecesse melhor.”

“Por que dizer algo que você não queria dizer?” Repeti minha pergunta anterior.

“Porque eu estava furioso!” ele gritou, a mão na parte de trás da minha cabeça para me puxar para perto, olhando nos meus olhos. “Você pode ser gay e ter sua vida e ser o que quiser, mas eu, se eu ficar com você, há coisas das quais eu tenho que abrir mão.”

“Então, talvez, você não deva abrir mão de nada,” disse eu, honestamente, olhando no fundo de seus olhos bonitos. “Quer dizer, você se ressentir comigo mais tarde não parece bom.”

Ele segurou meu rosto com as mãos, puxando-me perto para me beijar até que eu ficasse sem fôlego, me beijando por tanto tempo que eu podia ouvir meu coração batendo em meus ouvidos pela falta de oxigênio.

Afastei minha boca e suas mãos foram para meu traseiro quando ele me puxou do assento, sobre o freio de emergência para seu colo, seus lábios na minha garganta, mordendo, lambendo, chupando e beijando qualquer pedaço de pele que ele pudesse alcançar. Eu tremia muito sob suas mãos. Ele se sentia tão bem e eu nunca tinha pensado, nem em um milhão de anos, que ele estaria me segurando novamente.

“Eu não tenho mais escolha,” confessou ele, roçando seu nariz pelo lado do meu pescoço enquanto arrastava seus lábios sobre a minha pele. “Preciso de você. Não consigo dormir sem você, só você. Não há nenhuma mulher que eu queira... nenhum outro cara... só você. Eu estou completamente viciado em você.“

Ele estava? “Você está?”

“Sim.” Ele parecia tão miserável. “Merda.”

Eu sorri para ele. “Você não parece muito feliz com isso.”

“Porque seria muito mais fácil se eu não me sentisse assim.”

Olhei em seus olhos.

“Mas, veja, eu sou louco por você fazendo chá sempre que há um problema e por seu cheiro em meus lençóis e ter você perto de mim no meio da noite... Quer dizer, eu me acostumei com toda essa porra rápido demais.“

Ele estava uma bagunça e eu adorava isso.

“Você me deixou arrasado quando foi embora, e eu tenho estado tão... bravo... com você e, em seguida, naquela noite, eu vi você e você está parecendo tão bem sem mim, e – e eu só queria te levar para casa e... em seguida, aquela outra noite. E se você fosse ferido ou morto ou... que diabos eu vou fazer? E aquele idiota esta noite, ele acha que tem uma chance com você... todo mundo acha que têm chance porque eu não estou por perto e... Isso não vai acontecer, porra! Eu não vou permitir que isso aconteça. Eu quero você comigo todo o tempo – não posso permitir que outra pessoa toque em você ou... você pertence a mim. Você entende isso, certo? Você é meu. Eu acho que eu vou marcá-lo – colocar meu nome em você, para que todos saibam que você é...”

Era demais, por isso eu o interrompi, me movendo em seu colo de modo que minha bunda ficou pressionando sua virilha, passando os braços ao redor de seu pescoço e o beijando com cada gota de amor e ódio e tudo que eu tinha em mim. Eu estava faminto por ele, e o jeito que eu o beijei o fez gemer e soluçar. Isso me fez sorrir – um homem grande e forte, tremendo com a necessidade por seu amante. Era assombroso ser desejado, me afogar no calor do beijo, do abraço.

“Jure pela minha vida, Sam, jure que você vai contar a todos sobre mim.”

“Merda,” ele praticamente grunhiu e eu podia ver que ele estava agonizando.

“Caralho, eu odeio você.”

“Jure.”

“Eu juro,” ele quase gritou. “Mas você precisa aceitar a minha palavra de que eu vou contar. Você precisa confiar em mim.” Ele estava irritado, cansado de lutar comigo. Consumia tanta energia.

“Eu confio.”

“Eu realmente odeio você, porra,” ele rosnou para mim, suas mãos deslizando para cima e para baixo por minhas coxas enquanto eu me mexia em seu colo, empurrando minha virilha contra seu abdômen.

“Eu sei.” Eu sorri olhando em seus olhos azuis, estendendo a mão entre nós, deslizando-a ao longo da frente da sua calça jeans, esfregando suavemente, mas com firmeza.

“Jesus... Deus,” ele deixou escapar, jogando a cabeça para trás contra o assento. “Jory, eu juro, bebê, eu não fui para a cama com mais ninguém. Por favor, por favor, por favor, deixe-me ir para a cama com...”

“Sim, Sam.” Eu o interrompi. “Vamos para a minha casa.”

Ele me levantou e me jogou de volta em meu assento, e eu ri com a rapidez com que ele dirigiu, os pneus cantando, o motor acelerando. Eu disse a ele para colocar a sirene na parte superior do carro e ele me lançou um olhar mordaz que só me fez rir muito mais.

Na minha porta, ele pairou sobre mim, seus lábios grudados no lado do meu pescoço, e eu tive problemas com a fechadura. Ele pegou as chaves e abriu a porta e, em seguida, a fechou atrás de nós. Ele me levantou em seus braços e eu envolvi minhas pernas em volta de sua cintura enquanto ele me carregava para o meu quarto. Roupas foram arrancadas e deixadas onde caíram, nós dois caindo na cama ao mesmo tempo. Me arrastei em direção à cabeceira e ele veio para cima de mim, sua boca em mim, me engolindo por inteiro. Eu me arqueei contra ele e escutei quando ele remexeu na minha mesa de cabeceira. Quando os dedos deslizaram para dentro de mim, eu gritei o nome dele.

“Eu poderia te machucar,” confessou ele, erguendo os lábios de mim.

“Experimente,” eu respirei.

O ruído na parte de trás de sua garganta antes que ele levantasse meus quadris e se enterrasse em mim profunda e duramente, foi primitivo e gutural. E o impulso teria machucado, mas sua mão estava bombeando meu pênis e mantendo minha excitação fervendo. Ser preenchido e segurado ao mesmo tempo era o céu.

“Eu senti sua falta.”

Eu tinha sentido muito mais. Meus olhos estavam sobre ele, observando os músculos enquanto ele se movia acima de mim e, em seguida, a maneira como ele prendia a respiração enquanto eu empurrava contra ele, fazendo-o rolar sobre suas costas. Suas mãos agarraram as minhas coxas quando me levantei acima dele, estendendo as mãos para me puxar para baixo, para perto dele; ele foi tão gentil enquanto acariciava minha pele.

“Prometa-me que você não vai a lugar nenhum,” disse ele, meu rosto em suas mãos enquanto olhava em meus olhos, o pulsar do prazer correndo através dele enquanto eu me sentava, cada vez mais profundo.

“Eu prometo.” Eu sorri lentamente.

“Não me deixe. Vou acabar com você se você tentar e me deixar.”

Eu sorri olhando para seus olhos. “É? Você vai me machucar?”

“Jory,” sua voz falhou. “Por favor, bebê, eu...”

Mas a minha boca na dele o interrompeu quando eu o beijei até que ele esquecesse a preocupação. Quando eu recuei, seus olhos estavam nublados, os lábios inchados. Ele parecia totalmente devastado.

“Você sabe que a mulher estava certa.”

Eu estreitei os olhos. “Do que estamos falando?”

“Aquela mulher que veio com o meu vizinho naquela vez... você poderia ser modelo se quisesse. Você é tão bonito.”

Eu ri dele, tentando beijá-lo.

“Você é. Sua boca e sua pele e seu doce traseiro.”

“Eu não acho que ela estava falando sobre a minha bunda,” eu ri, amando a nossa conversa de travesseiro sem sentido.

Ele me ignorou. “Eu adoro a forma como os seus olhos ficam quando estamos fazendo isso. Jesus, J, é tão quente, porra.”

Passei minha língua sobre seus lábios antes de sugar o lábio inferior para dentro da minha boca. Senti seu corpo tremer sob o meu e me movi, abaixando-me sobre ele, o tomando todo dentro de mim.

“Deus, você se sente tão bem.” Sua voz estava áspera, rouca, suas pupilas dilatadas enquanto olhava para mim. “Esta merda vai me matar.”

E eu sorri enquanto fazia amor com o homem que eu amava. Eu era um idiota e a rainha do drama, ele estava certo. Ele era tão louco por mim como eu era por ele, e como eu não tinha reparado nisso, eu não tinha ideia.

“Por favor, volte para minha casa, J.”

“Não.” Eu sorri preguiçosamente, apertando meus músculos e ele engasgou. “Eu gosto daqui.”

Sua boca parecia estar cheia de areia quando ele, finalmente, conseguiu falar.

“Então eu posso ficar aqui com você?”

“Eu vou pensar sobre isso.”

Ele me colocou de costas um segundo mais tarde, minhas pernas ainda ao redor de sua cintura. “Eu quero dormir aqui com você, tudo bem? Posso fazer isso, por favor?”

“Sim,” eu disse rapidamente quando ele se empurrou para dentro de mim. “Fique.”

“Eu sou o único com quem você já dormiu, hein, J?”

“Sim.”

“Porque você confia em mim.”

“Sim.”

“Lembre-se disso, está bem?”

“Sim, querido.”

O jeito como ele estava olhando para mim fez meu coração doer. Minhas lágrimas de alegria brotaram e, quando ele as enxugou e beijou meus olhos, eu disse que ele poderia ficar para sempre se quisesse.

“Eu quero,” disse ele, com o rosto enterrado no meu ombro.

Eu não podia segurá-lo firme o suficiente.

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Comentários

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REALMENTE, ESSE CONTO É UMA DROGA VICIANTE MESMO. NÃO CONSIGO PARAR. VIU SÓ, BASTOU SAM VOLTAR PRA JORY E AS EMOÇÕES TRIPLICARAM. MAS E TRIP? E DANE?

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Toda essa porra de conto é maravilhosa. Eu amo esse conto. deus, como você escreve bem.

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Uau!!! A coisa só esquentou após a separação momentânea!

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Aaiiiiiiiiiii caracaa, meu pai, cada vez melhor esse conto, se é pra rir, nós rimos juntos, se é para chorar nós tmb choramos, caraca essa história é envolvente, muito linda.

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Kawaaaaaaaiiiiiii! Eles são tão lindos juntos. Toda essa merda de ciúme é linda neles.

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