A Obsessão S02C01 – Você acha que é simples assim?

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Homossexual
Contém 2798 palavras
Data: 06/07/2016 22:11:54

Capitulo 01 (2ª Temp)

Já se passaram dois meses depois do acidente e o Leo ainda não recuperou a memória, as vezes vou visita-lo mas acabo perdendo a razão ao tentar fazer ele se lembrar quem eu sou e o que nós éramos, ele me evita e muitas vezes nem me olha na cara, até parece que ele tem vergonha de mim, a falta de memória deixou ele mais solitário e fechado é quase impossível o diálogo, sinceramente, eu não sei mais o que fazer para mudar isso, já tentei de tudo, mais ele simplesmente não me dá atenção, faz pouco do que falo ou faço, Malia me disse que eu tenho que ser paciente, mais eu simplesmente não consigo, porque tem que ser tão difícil? As férias de meio de ano estavam acabando, e logo teríamos que voltar para as aulas do segundo semestre. Felizmente, não fui mais atormentado por aquele que me mandara as fotos, ainda tremo ao pensar em tudo que aconteceu? Será que aquelas coisas horríveis pararam de acontecer? Ou será que essa pessoa está apenas esperando a hora certa de atacar novamente? Estava perdido em meus pensamentos quando chega uma mensagem em meu celular, olhei a foto da pessoa e vi quem era, passei alguns minutos admirando ele, com o JP está bonito nesta foto, a mensagem era um simples “OI”, certamente estranhei, ele nunca havia me chamado pra conversar, porque agora? Resolvi responde-lo.

(Daniel) - ás 20h35

Olá

(JP) - ás 20h37

Tudo bem?

(Daniel) - às 20h38

Estou bem e você?

(JP) - às 20h38

Vou indo...

Olha, eu queria muito falar com você, será que rola de a gente se encontrar amanhã de manhã?

(Daniel) - às 20h39

Depende, o que você quer?

(JP) - às 20h40

Apenas conversar

Iai topa?

(Daniel) - às 20h40

Sim...

Onde?

(JP) - às 20h42

Naquela pracinha que fica perto da escola, as 9h00, pode ser?

(Daniel) - às 20h43

Pode sim

(JP) - às 20h45

Então até amanhã, boa noiteDepois de ler a mensagem deixei o celular de lado, o que será que deu nele, o que ele quer conversar comigo?

- Só indo ao encontro dele pra saber – pensei.

*NARRADO POR JP*

Alguma coisa me dizia que este era o momento certo para falar com Daniel, agora depois de muito tempo, criei coragem para tal ato, eu não sei o que dizer quando lhe vir, aquele rosto angelical me tirara toda a concentração, eu sou apaixonado por ele desde o oitavo ano, onde o vi pela primeira vez, aquele garoto meigo me despertou algo que eu nunca senti, porem eu fui muito covarde para admitir o que eu sentia, preferi guardar o melhor pra mim, e demonstrar o pior a ele. Eu sempre tive medo do que os outros iam achar, do que meus amigos iam achar, achei melhor guardar esse sentimento no fundo do meu coração e tratar aquele que eu mais gostava com desprezo e humilhação, isso me dói muito, mas agora depois de muito refletir, decidi que tenho como concertar tudo e tentar ser feliz de verdade, quero deixar a máscara cair para as pessoas conhecerem quem eu realmente sou e o que eu realmente quero.

...

Acordei bem cedo no dia seguinte, estava ansioso para vê-lo e para falar-lhe tudo o que estava preso à anos no meu peito, tenho medo da reação dele, ele está namorando, mas o Leonardo perdeu a memória e não liga mais pra ele, devo parar de pensar tanto no que vai acontecer, pode ser como eu imagino, mas pode ser que seja completamente diferente. Ele não tem motivos para gostar de mim, quem gostaria daquele que só te fez mal? Tomei meu café da manhã e fui para a pracinha que ficava perto da escola assim como combinei com Daniel, eu cheguei cedo, por volta das 8h30, faltava meia hora para a hora marcada, sentei-me em um dos bandos e fiquei observando as pessoas que ali estavam.

*NARRADO POR DANIEL*

Devo confessar que estou um tanto curioso para saber o que JP tem a me dizer, de todos que poderiam me pedir para conversar, JP era o único ao qual eu não esperava. Terminei o meu café da manhã e fui ao seu encontro, quinze minutos despois já estava na pracinha, o vi sentado em um banco, parecia distante observando algumas pessoas que passavam por ali, quando ele me viu abriu um lindo sorriso e acenou para que eu fosse ao seu encontro, ele estava muito muito, os olhos verdes tinham um brilho inestimável, sua pele branca refletia os raios do sol da manhã, eu podia sentir o cheiro das arvores e vi que aquilo era bom. O último mês foi difícil e acho que tudo estava melhorando, só me sentia triste pelo Léo e por não tê-lo junto a mim, as coisas entre mim e ele não estão boas, só posso esperar que sua memória volte e que ele se lembre de quem eu sou.

*NARRADO POR JP*

O vi de longe, então acenei para ele, ele estava lindo, seus cabelos loiros desajeitados sua boca vermelha como cerejas, e sua pele rosada por causa do sol, seu semblante era calmo e angelical, meu coração acelerou quando o vi, então sorri timidamente para ele, Daniel sentou-se ao meu lado no banco e ficou olhando para a natureza ao nosso redor, eu estava nervoso, nunca havia conversado com ele antes, não sei qual será sua reação quando eu contar dos meus sentimos para com ele. Ele espera eu tomar uma atitude e dar início a conversa.

- Oi – falei timidamente.

- Oi – respondeu ele ainda olhando para as arvores ao nosso redor – sobre o que você quer conversar – perguntou ao virar-se para mim.

- Eu queria pedir desculpas por tudo que eu já fiz à você, queria que me desculpasse pelas humilhações que eu e os meus amigos fizemos você passar. – falei olhando-o nos olhos.

- E porque isso agora? – perguntou confuso.

- Porque eu decidi ser quem eu realmente sou e me permitir sentir o que estava escondido dentro de mim, você sabe como é ser quem você não é para agradar os outros? – ele me olhava sério?

- Não, eu nunca precisei fazer isso.

- Pois saiba que é a pior coisa do mundo. – falei fitando o chão.

- E onde eu entro nisso tudo? – indagou.

- Eu sou apaixonado por você Daniel, desde o oitavo ano, eu sempre fui, só agora eu enxerguei isso, eu nunca te falei por medo, medo do que iam achar, medo da reação das outras pessoas, mais agora isso mudou, porque eu tirei a máscara, e com ela se foi tudo o que eu escondia de mim mesmo e dos outros, eu morria de ciúmes quando via você junto do Leonardo, sentia inveja dele por ter você e eu não.

- Eu não sei o que dizer JP – Daniel falou surpreso.

- Diz que me perdoa, por tudo o que eu te fiz – as lágrimas já caiam.

- Eu te perdoo JP, eu devo te confessar que eu também já fui apaixonado por você, mais eu tinha medo de te falar isso, você poderia me bater ou espalhar pra todo mundo que eu sou gay. – falou cabisbaixo.

- Foi por isso que eu te chamei, eu queria acertar tudo com você e te falar o que eu sinto, eu estou disposto a enfrentar tudo e todos por você. Isso se você quiser ficar comigo. – falei o fitando.

- Você acha que é simples assim? Depois de tanto tempo? – murmurou

- Eu sei que é um pouco absurdo, mais eu tinha que fazer, ou eu iria enlouquecer. – sussurrei, as pessoas já estavam começando a nos olhar.

- Eu tenho namorado JP e você tem namorada – falou um pouco desgostoso.

- Eu terminei com a Agatha, e o Leonardo nem lembra quem você é – falei tentando convencê-lo a ficar comigo, mais foi inútil.

- Ele vai se lembrar, eu sei disso – as lagrimas caiam de seus olhos.

- Por favor Daniel, eu te amo, quero estar com você – falei chorando.

- E porque só agora? Porque? – perguntou

- Eu já disse, eu tinha medo de ser quem sou, eu tinha medo da rejeição, aquele garoto insolente e amedrontador com pose de machão era um disfarce, porque eu não queria e não podia ser... – eu ainda não conseguia admitir pra mim mesmo.

- Ser gay? – Daniel completou a minha frase.

- Sim... Mas agora eu percebi que eu sempre fui e sempre serei – eu demorei um pouco pra falar a palavra, aquilo era mais difícil do que eu pensava – gay – admiti pela primeira vez, e isso foi libertador.

- Eu te entendo, mais eu não posso ficar com você, eu tenho o Léo e ele precisa de mim, eu o amo e não vou abandona-lo agora. – falou decidido – Eu tenho que ir embora. – falou levantando-se do banco.

- Deixa eu pelo menos te levar em casa? – levantei-me.

- Acho melhor não – falou seco.

- Posso pelo menos te dar um abraço? – perguntei.

- Sim – ele concordou e eu o abracei, o seu calor era único, me confortou me fez acreditar que ele é especial pra mim e que o amo, ele desfez o abraço, eu poderia ficar assim com ele pra sempre.

- Tchau – disse indo embora, eu fiquei sentado ali naquele banco pensando o que aconteceria dali em diante.

*NARRADO POR DANIEL*

Eu me sentia confuso, porque só agora? - pensei, será que a vida gosta de brincar com meus sentimentos? JP se declarou pra mim, se assumiu gay, deixou todo o seu orgulho e soberba de lado para ser quem era, para dizer o que sentia e para se prostrar diante de mim pedindo o meu perdão, devo admitir que isso mexeu comigo de uma forma absurda, o garoto que eu era apaixonado me correspondia, porem agora era tarde demais para declarações e palavras bonitas, eu segui em frente, e agora ele quer que eu esqueça de tudo, só porque ele abriu os olhos e viu o que estava diante de seu próprio nariz? Eu tenho o Léo, eu o amo, ele nunca me fez sofrer, também não tinha culpa de ter perdido a memória, eu como seu namorado e amante tinha que estar ao lado dele nesse momento, e não iam ser palavras de arrependimento que iriam me fazer mudar de ideia e deixar tudo ao qual me apeguei e conquistei de lado. Posso estar sendo egoísta, mesquinho e arrogante? Eu seria se deixasse Léo para ficar com JP, ainda mais nesse momento, que ele mais precisa de mim.

Cheguei em casa, subi para meu quarto e fiquei pensando em tudo o que havia ocorrido está manhã, acordei algum tempo depois com o som da campainha que tocava descontroladamente, desci correndo para ver quem fazia todo aquele alarde.

- Pensei que não estivesse em casa – Falou Malia entrando em minha casa, estava linda, com seus cabelos presos em um coque, e com seus óculos de sol, vestia trajes largos e floridos como os de praia – Vim te buscar pra gente ir à praia. – falou sentando-se no sofá.

- Praia? – perguntei confuso.

- Sim praia, mar...areia...sol...praia – falou achando que eu não soubesse o que era uma praia.

- Eu sei o que é uma praia, mais faz tanto tempo que eu não vou, nem sei se eu tenho a roupa adequada. – falei fechando a porta.

- Me poupe Daniel, eu espero você se arrumar, vai logo, deixa de ser chato, vai te fazer bem... – falou tirando os óculos e colocando sobre a cabeça.

Fui para o meu quarto rendido aos pedidos daquela garota, procurei no fundo da minha gaveta de cuecas uma sunga e achei uma que caiu super bem, vesti um short de malha e uma regata e coloquei meus óculos escuros, em poucos minutos estava de volta a sala.

- Vamos – falei

- Até que enfim, vamos – falou Lia levantando-se do sofá.

...

Era muito bom sentir a brisa em meu rosto, arrepiando meus cabelos, o sol sobre minha pele trazia consigo um calor agradável de se sentir, as ondas que iam e vinham molhando a areia quente, fazendo uma melodia agradável aos meus ouvidos e de quem mais de despusesse a escuta-la, eu sentia uma sensação boa, minha alma estava em extasse, sentindo o mais puro dos prazeres e uma paz que me fazia sentir certeza de que tudo ficaria bem. Seria tão perfeito se Léo estivesse comigo, segurando minha mão, admirando a beleza da natureza que nos cercava. Devo ficar confiante, tudo vai ficar bem, eu sei que vai.

- No que você está pensando – Malia falou tirando-me de meus pensamento – parece que você está bem longe, voando – falou calmamente.

- Estava só admirando a natureza e de como tudo é tão perfeito – falei fechando meus olhos e sentindo o vento soprar sobre minha pele – é tão maravilhoso, só sinto a falta do Léo, tudo seria perfeito se ele estivesse aqui – sussurrei.

- É seria... – indagou – vou dar um mergulho – falou levantando-se da areia e indo em direção ao mar.

- Espera eu também vou – gritei, e sai correndo ainda tirando o short, foi quando tropecei e cai de barriga na arreia.

Senti alguém se aproximando. Era uma garoto alto, forte e bonito, seus cabelos eram negros e seus olhos castanhos, a pele branca queimada pelo sol e um sorriso encantador. Parecia que estava sempre na praia a julgar pelo seu bronzeado sexy e tentador.

- Oi, meu nome é Thomas, você está bem? – falou estendendo a mão para me ajudar a levantar.

- Sim, não foi nada – segurei na mão dele e me levantei, passando a mão pelo corpo para tirar o excesso de areia – Prazer, meu nome é Daniel – falei estendendo a mão.

- Prazer Daniel – falou apertando minha mão, que mãos fortes ele tem, pensei, a carência não está me fazendo bem – já que você está bem eu já vou indo, minha namorada não está em seu melhor dia - falou virando-se para trás olhando para uma garota que estava parada com os braços cruzados e com cara de poucos amigos.

- Ela é muito bonita – falei, olhando-a dos pés à cabeça, realmente era muito bonita.

- Obrigado – Thomas falou simpático – Já vou indo, foi um prazer Daniel – indagou e saiu andando em direção a sua namorada.

- Quem era o boy? – falou Malia curiosa, estava toda molhada devido ao mergulho que dera.

- Só um garoto que me ajudou a levantar quando eu cai tentando te alcançar. – falei exasperado – Bela amiga você em?

- Um garoto gostoso daqueles vem te ajudar e você ainda reclama? Eu te fiz um favor, mal agradecido – falou caindo na risada.

- Besta – falei.

Depois de mais algum tempo na praia decidimos ir pra casa.

...

*NARRADOR OBSERVADOR*

(MOTEL MONTE CARLO, 22H15)

Depois da tranza, acendeu um cigarro e começou a fumar, estava ofegante e extasiado depois de uma foda intensa que tivera, a pessoa ao seu lado começara a se vestir, preparando-se para ir embora.

- Hoje você foi demais – falou assoprando a fumaça que estava presa em seus pulmões.

- Eu estou feliz, faltam alguns dias para o começo das aulas e será o momento certo para Mist atacar – indagou, referindo-se ao seu álter ego – O Daniel está contente demais, isso precisa acabar – falou pegando o cigarro de seu parceiro e dando um trago.

- Você sabe que eu estou à disposição para te ajudar em tudo que você precisar, assim como já te ajudei no sequestro do Daniel e no atropelamento do Leonardo – falou levantando e vestindo sua cueca que estava jogada no chão.

- É claro que eu sei, você é meu cumplice e lembre-se, se eu cair, você também cairá, não tente nunca brincar comigo, porque você sabe do que eu sou capaz – falou gabando-se de deus atos perversos.

- Eu sei disso – respondeu.

- Olha só o que eu consegui – falou se referindo a uma máscara que tirara de dentro de uma mochila, era uma masca tenebrosa que não tinha rosto, era lisa e branca, e nela os buracos para os olhos e nariz, sem boca. E também um capuz que ia dos pés à cabeça, parecia a morte – Tem uma pra você também – falou entregando uma réplica de sua fantasia ao seu parceiro.

- Você pensou em tudo mesmo – falou maravilhado.

- Vamos precisar disso para o que vamos fazer, se não quisermos ser pegos, esse disfarce ocultara nossas identidades – indagou – Vou embora – falou dando um beijo na boca de seu cumplice – A conta do motel fica com você – falou pegando sua mochila.

- E quando não fica? – murmurou.

- Será assim se você quiser continuar me comendo – indagou saindo pela porta.

Continua...

Olá meninos e meninas, tudo bom? Olha eu de volta com a nova temporada, espero que tenham gostado desse capitulo e dessa nova fase da história, vem muitas emoções por ai, deixem suas opiniões, elogios, criticas ai nos comentários, a participação de vocês é muito importante, um beijo no coração de vocês e até sábado com mais um capítulo.

Se você estiver no tédio, vem falar comigo, respondo a todos.

E-mail – luckinhass114@gmail.com

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Comentários

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Muito bom, prendeu minha atenção... Seu conto está cada vez melhor...

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