1 -Questão de tempo 5

Um conto erótico de Bibi
Categoria: Homossexual
Contém 11156 palavras
Data: 30/07/2016 19:16:15

Eu precisava que o trabalho terminasse para que eu pudesse voltar para casa.

Admitir isso era incrível, porque eu amava Nova York. Qualquer motivo para visitar, como comer no Hell’s Kitchen , caminhar pelo Central Park, ou se divertir na Times Square à noite, era válido. Então, o fato de que eu não podia esperar para ir embora me disse algo importante.

E tinha tudo a ver com Aaron Sutter.

Eu achava que sabia tudo sobre homens bonitos. Eu tinha dormido com um número suficiente deles. Gym Bunnies que eu peguei em clubes, twinks de joelhos em becos escuros, e rapazes que eu levei para hotéis que cobravam por hora. Eu nunca me preocupei se eles eram lindos ou não. Mas nenhum deles poderia se comparar com o milionário.

Bilionário?

Eu não tinha certeza, não tinha verificado. Ele era cheio da grana; isso era tudo que eu sabia. Não que eu me importasse. Não fazia diferença. Eu já estava disposto a cuidar dele, ser o homem – o homem dele – com quem ele pudesse contar. Que ele também estivesse no armário tinha sido o meu grande sinal de néon piscando de que eu estava, finalmente, no mesmo lugar que outra pessoa. Era assustador e surpreendente ao mesmo tempo.

Sempre que eu conhecia um cara em algum lugar além de um bar ou um clube, todos queriam que eu conhecesse amigos, que eu saísse para beber com eles, e, basicamente, deixar todos saberem que eu era gay. O problema era que eu não podia fazer isso. Eu era um detetive da polícia de Chicago; ser assumido e orgulhoso não era uma opção se eu quisesse subir na carreira. E embora eu soubesse que um detetive tivesse conseguido, ele não tinha ficado na força, mas se tornado um U.S. Marshal. Eu mesmo me enganei, por um curto período de tempo, e pensei que esse fosse o caminho que eu queria seguir também, mas eu gostava de ser um detetive de homicídios, trazendo uma resolução para a vida das pessoas, encontrando e punindo os responsáveis pelos crimes. Eu realmente queria continuar fazendo o que eu estava fazendo, e o cerne do problema era que, até então, eu não havia encontrado um homem importante o suficiente para escolher acima do meu emprego. O único relacionamento duradouro que eu tive, dois anos de minha vida, tinha terminado por eu não ser um gay assumido e orgulhoso.

O momento em que eu conheci Aaron Sutter, no entanto, um sinal de alerta disparou na parte de trás da minha cabeça. Eu sabia, só de falar com ele por alguns minutos, que a única maneira de estar com ele, era sendo sério. Ele não era uma foda rápida; ele era um cara com quem você fazia um lar. Estranhamente, isso não me assustava. Meu afinado alarme que me mandava cair fora não estava soando.

Não doía o fato de ele ser impressionante de se olhar. Com sua estrutura elegante e musculosa, traços angulosos e brilhantes olhos azuis, eu o desejei instantaneamente. Quando seu olhar turquesa encontrou o meu, um pulsar de desejo fez meu peito se contrair, e foi difícil até lembrar meu nome. Toda a minha vida, eu tinha caído de quatro pela beleza, mas no meio do jantar com amigos em comum, eu soube a verdade. Era mais. Eu faria qualquer coisa para passar algum tempo com ele, qualquer que ele permitisse.

Gostei da maneira como o homem falava. O som de sua voz – a ressonância, a qualidade rouca – decadente e sexy. Sua risada era gostosa, profunda, não era tímida ou quieta. Mais importante, ele era engraçado e sarcástico e rápido com as farpas. Ele era inteligente, e como cérebro era ainda mais quente do que aparência, eu era um caso perdido.

“Acorde, Stiel,” uma voz ordenou através do meu fone de ouvido.

Forçado para fora dos meus pensamentos, olhei para o outro lado da sala, para a entrada do clube.

“Cabeça no jogo. Evanston está chegando agora.”

Eu estava cobrindo a porta de trás, então não havia saída para o mafioso, uma vez que ele entrasse. Os dois homens que ele matou em Chicago, e os três aqui em Nova York, colocariam uma agulha em seu braço, se ele não rolasse sobre seu chefe. Todos achavam que ele morreria antes de entregar quaisquer nomes, mas eu conhecia um covarde quando via um.

Uma vez que isso estivesse terminado, eu poderia pegar um avião para casa, e quando estivesse em minha própria casa, eu ligaria para Aaron Sutter e perguntaria se eu poderia vê-lo.

Eu realmente queria vê-lo.

Depois da primeira vez que passamos a noite juntos, eu tinha que pegar um avião na manhã seguinte. Ignorar o chuveiro antes de sair foi minha escolha. A ideia de levá-lo em minha pele durante todo o dia tinha sido muito necessária.

“Você não quer se lavar?” Ele brincou, com um sorriso preguiçoso em seu rosto, enquanto me observava de onde estava, esparramado sobre sua cama Califórnia King .

“Não,” eu disse, minha voz rouca, porque só de olhar para ele, para sua pele coberta de marcas que eu tinha colocado lá, seus lábios inchados e cabelos despenteados pelo sono, fez meu coração parar. “Eu quero sentir seu cheiro um pouco mais.”

“Oh,” ele murmurou, obviamente pego desprevenido.

Tinha sido selvagem quando fechamos a porta de seu apartamento na noite anterior. No segundo em que a fechadura clicou, estávamos arrancando fora jaquetas e camisas.

Aaron pegou lubrificante e preservativo de uma mesa ao lado da parede, e empurrou-os para mim antes que suas mãos foram para seu cinto. Ele quase perdeu o equilíbrio quando eu o empurrei para frente, mas se recuperou o suficiente não cair contra a parede.

“Fique quieto,” Eu rosnei quando cheguei por trás dele, agarrando seu quadril para me certificar de que ele não se mexesse.

“Sim,” ele prometeu, a palmas das mãos sobre a madeira manchada de preto, a cabeça encostada em seu bíceps, sua respiração rouca e trêmula.

Empurrei minha cueca e calça jeans até os joelhos, rolei o preservativo, e abri a tampa do lubrificante.

“Duncan,” ele gritou, e eu gostei meu nome sussurrado com anseio.

Sacudindo a cueca e calça jeans até os tornozelos, alcancei ao redor e agarrei seu pênis com uma mão untada com lubrificante, banhando meu pênis com a outra.

“Por favor,” ele implorou, com a voz entrecortada e baixa. “Eu quero você em mim.”

O tremor que corria por ele era bonito de se ver, o desejo e a confiança eram uma dádiva. Quando eu deslizei dois dedos dentro dele, percebi o quão apertado ele estava. “Diga-me a última vez que você foi fodido.”

“Não é possível,” ele assobiou. “Nunca fui.”

Eu congelei.

“Não, não, não,” ele gemeu, arqueando as costas, empurrando seu traseiro para trás. “Eu quero. Você não tem ideia de quanto tempo eu... – mas não está em mim pedir. Eu não posso. Eu não...”

Quem estava com ele tinha que simplesmente saber, e leitura da mente era um show difícil.

“Eu – Duncan!”

Eu entendi. Ele era o maldito Aaron Sutter, e bilionários poderosos e assustadores não pediam a ninguém para fodê-los. Nunca. Até agora, até eu chegar.

Mas a forma como ele empurrou contra meus dedos, rolou a cabeça em seus ombros, e gemia sem parar, era demais. “Pegue o seu pau,” eu pedi.

“Deixe-me – Eu preciso... Eu quero sentir você;”

Acreditei em sua palavra, espalhei os globos redondos deslumbrantes de suas nádegas, e alinhei a cabeça do meu membro com seu buraco rosa.

“Vá devagar.”

Não fara nada além disso.

Ele confiava em mim, me desejava, e eu faria o ato terno e gentil. Eu faria por Aaron Sutter o que eu queria para mim.

“Duncan... eu preciso de você.”

Eu me mexi como o melado derramado no inverno, cobrindo-o, meu peito contra suas costas, o braço direito em volta de seu pescoço, minha mão em seu quadril, segurando-o parado enquanto eu entrava nele.

“Duncan!”

“Calma,” eu o acalmava, beijando-o atrás da orelha descendo pelo lado de seu pescoço. Sua reação a cada toque da minha boca – o lento relaxar, a calma em seu íntimo – mostrava o quanto ele me queria lá.

Uma fina camada de suor irrompeu sobre os ombros, e ele ofegava baixinho mesmo enquanto seu corpo se apertava ao redor do meu. Eu desejava estar enterrado nele, me enterrar fundo, mas entrar lentamente em Aaron, centímetro por centímetro delicioso, era algo que eu descobri ansiar ainda mais. Seu corpo aberto, que se estendia ao meu redor, me querendo lá dentro tanto quanto ele me queria fora. A guerra, os músculos ondulando ao meu redor, era quase mais do que eu podia suportar.

“Você se sente tão bem,” Eu rosnei contra sua pele, amando o gosto salgado de seu suor, chupando, lambendo, e, finalmente, mordiscando-se ao lado de sua garganta.

“Não pare.”

Não parei. Eu deslizei mais, empurrando, rompendo, e então, de repente, eu estava lá, enterrado até o fim, minhas bolas contra seu traseiro. Ele virou a cabeça, e me estiquei por cima do ombro para beijá-lo, a minha língua tomando posse absoluta – invadindo-o até que eu senti o último vestígio de luta no homem desaparecer.

“Você poderia...” Ele engoliu em seco. “Mais apertado.”

Ele estava tão vulnerável, nu de uma forma que não tinha nada a ver com a roupa. Eu queria que ele soubesse que ele poderia me usar, que ele me tinha.

Abracei-o com força para que ele pudesse sentir meu coração batendo contra suas costas.

Suas mãos se se moveram da parede para os meus quadris, e ele lentamente ondulou contra mim.

“Oh merda,” eu disse, e ri em seu cabelo suado, esfregando o queixo sobre o ombro. “Eu não vou durar se você continuar fazendo isso.” Cada formigamento, arrepio elétrico o fez estremecer contra mim, e os músculos de seu traseiro se contraíram em torno do meu membro.

“Por favor.” A palavra foi quase inaudível, mais um sopro instável de ar do que um som. Seus olhos vidrados de paixão levantaram-se para mim. “Use-me.”

Eu não podia me retirar alguns centímetros e, em seguida, mergulhar de volta dentro dele como faziam em todos os melhores pornôs. Eu estava muito inchado com a excitação e ele, muito apertado. Tudo o que eu podia fazer era me movimentar o mais suavemente possível.

“Duncan,” ele gritou, e seus músculos espremido apertado, arrancando uma resposta de mim, o calor escaldante fervendo na base da minha espinha.

Eu queria sentir o meu corpo encaixado no dele, queria dar e receber, a construção lenta e a descarga de adrenalina e a onda de euforia antes da queda. Eu queria fodê-lo com tanta força que só o satisfaria dali pra frente. Uma vez nunca seria o suficiente.

“Eu preciso de você,” ele grunhiu.

Eu sabia disso.

“Não me deixe.”

“Não,” eu prometi e empurrei contra ele.

Ele falava alto, e eu adorei, porque não havia necessidade de adivinhar o que ele queria, e as suas lágrimas não eram importantes porque eles eram por causa de paredes ruindo e não devido a algo ruim.

Eu me enrolei em cima dele; meu rosto colado na parte de trás do seu pescoço, beijando suavemente, antes de pegar seus quadris e começar o ritmo de pressionar e recuar.

“Mais forte,” ele gemeu.

“Goze!” Eu exigi, porque eu estava muito perto, muito inchado dentro dele, mas eu precisava que ele ficasse saciado primeiro.

“Eu... Duncan...”

Mudei meu ângulo e não precisei adivinhar se achei o lugar que eu estava procurando. Ele perdeu sua língua; houve apenas um grito gutural antes que ele se derramasse na parede à sua frente. Meu clímax foi segundos depois dele e, enquanto estávamos juntos, tremores passaram através de nossos corpos, eu percebi que estava, provavelmente, segurando-o muito apertado.

“Oh,” eu disse baixinho e tentei me afastar.

“Não,” ele me parou, contente dentro do casulo de meus braços. “Fique.”

E eu fiquei toda a noite, mas eu tentei sair com meu orgulho intacto na manhã seguinte. Dizer ao homem que eu queria carregar o cheiro do seu suor em mim todo o dia, que lavar seu sêmen seco de meu estômago de seu segundo orgasmo da noite não era algo que eu queria fazer, era provavelmente muito para a manhã depois do nosso primeiro encontro. Eu iria assustá-lo até à morte.

Quando ele se sentou e olhou para mim, eu fui rapidamente em direção à porta. Eu não queria ouvir que estava sendo estúpido, e sentia muito ter dito mesmo enquanto dizia. Eu tinha uma tendência a me apegar muito rápido.

“Duncan.”

Eu parei e olhei por cima do ombro.

“Você vai me ligar quando voltar?”

Precisei de todas as minhas forças para não virar, jogá-lo na cama e beijá-lo até que ele me pedisse para ficar. Ele parecia tão gostoso, tão tentador, tão em casa, eu tive que engolir meu coração para não me mover. “Sim,” eu disse com a voz rouca, “se você quiser.”

Ele acenou com a cabeça. “Por favor.”

Eu tentei sorrir, mas saiu mais uma careta de dor do que qualquer outra coisa, eu tinha certeza. “Okay. Te vejo depois. “

“Você não precisa do meu motorista para...”

“Nah. Tenho um táxi esperando lá fora.”

“Oh,” ele exalou.

Eu não queria dizer “okay” de novo, então eu abri a porta e saí.

Parecia errado deixá-lo. Ficar parecia certo, mas eu estava com muito medo de contar a ele. E mesmo que eu só o conhecesse há doze horas, desde o jantar na noite anterior, a ideia de deixa-lo era fisicamente dolorosa.

Eu nunca ficava. Eu sempre fugia na manhã seguinte. Às vezes, eu ia para casa com outros, mas assim que terminávamos, eu inventava uma desculpa para ir embora. Eu tinha que sair. Eu nunca quis dormir com alguém e abraçá-lo até, primeiro Nate, meu ex, e agora, de repente, um homem que eu não esperava.

Compartilhar uma cama com Aaron Sutter era algo que eu não conseguia tirar da minha cabeça. Depois de uma semana, o desejo estava ganhando de mim. Eu estava morrendo de vontade de vê-lo.

“Aqui vamos nós.”

Sacudido de volta para a tarefa em mãos, vi dois homens entrarem no clube. O segundo era familiar, mas eu não consegui reconhecê-lo instantaneamente.

“Visual confirmado. Todo mundo se mexendo.”

Eu assisti Evanston tecer seu caminho através da multidão no clube de dança e parar em frente à mesa de Joaquin Hierra.

“Esperem – esperem – jogador novo, novo jogador! Todas as unidades esperem.”

Assim que eu vi o terceiro homem empurrando para passar pela multidão, eu o reconheci imediatamente. Uma vez reconhecendo-o, tudo se encaixou, e era uma bagunça.

Porra!

Me movendo rapidamente, eu estava atrás de Joaquin e me inclinei para sussurrar em seu ouvido antes que eu tivesse tempo para informar qualquer um de minhas intenções.

“Esse cara com o seu garoto está quente, Chefe,” eu disse suavemente. “Ele tem um agente federal grudado no rabo dele.”

Ele enrijeceu, agarrou a lapela do meu paletó, e segurou firme enquanto ele olhava Evanston e Dr. Kevin Dwyer, o homem que eu pensei que parecia familiar. “Tem certeza?”

“Aham. Bem ali atrás dele, você vê?”

Joaquin se aproximou, olhou ao redor de Evanston, e tinha que ver Sam Kage abrindo caminho no meio das pessoas no clube repleto, vestido como ele sempre estava no trabalho: em um terno com um top coat sobre ele, crachá em seu cinto e um coldre com a para o lado oposto.

“Você pode me tirar daqui?”

“Eu vou criar uma distração; você sai por trás com Benny e Andre.”

Ele agarrou minha camisa. “É Evanston? Ele está sujo?”

Eu tive um segundo para decidir se eu ia ser o cara. Eu seria aquele a andar com a escuta, ou passaria o bastão para outra pessoa?

Tinha sido muito simples: eu estava à paisana para esperar Evanston para aparecer. Ele era um executor para o cartel Delgado e tinha sido enviado para Chicago para limpar duas pontas soltas. Infelizmente, Jared Gibson, 15, foi pego no fogo cruzado. Eu prometi à sua mãe, quando descobrimos como seu filho morreu, que eu iria trazer o homem à justiça. Ela contava comigo.

Riley Evanston havia sido despachado por Esaú Modella que era responsável pela segurança e fiscalização para a família do crime. Segui Evanston para Nova York porque era a minha prioridade, trazê-lo para que ele pudesse ser julgado. Era a preocupação do chefe do meu departamento.

Em Nova York, para onde o nosso fugitivo tinha corrido, a polícia estava seguindo Arjun Ruiz e as drogas que se mudaram para a cidade. Eles estavam a ponto de apreender um dos maiores fornecedores de drogas na cidade de Nova York. Nós estávamos atrás de um assassino. Compreendi que nossos objetivos não se encontravam, mas minha capitã, Lorena Gaines, tinha certeza de que o departamento de homicídios de Chicago e a delegacia de costumes de Nova York poderia encontrar um terreno comum. Mas não foi assim.

Porque nenhuma cooperação interdepartamental aconteceu neste caso, os federais entraram em cena para coordenar uma força-tarefa que, supostamente, levaria a todos nós alcançarmos nossos objetivos. Como eu já estava no local seguindo Joaquin, trabalhando como seu músculo, eu fiquei, junto com outros que eu não conhecia. Era estranho pensar que alguns dos homens que conheci estavam à paisana, assim como eu estava.

Eu tinha sido contratado por Hierra com base em um passado falso, e vários criminosos encarcerados tinham testemunhado por mim em troca de novos privilégios e outras concessões. Tinha sido fácil de conseguir, e mesmo que eu estivesse à margem trabalhando para Hierra – o próprio homem era apenas um peão no vasto tabuleiro de xadrez que era a família Delgado – isso me deu acesso a Evanston, que tinha sido enviado para recolher o pagamento de Joaquin por seu trabalho desleixado em Chicago. Por que os superiores tinham enviado Evanston para obter o dinheiro da família Delgado de Joaquin, eu não sabia. Evanston lidava com drogas; seu fim não era assassinato, por isso não fazia muito sentido. Talvez ele estivesse sendo testado, preparado para ser promovido – isso pouco importava para mim. O importante era que Evanston estava na minha mira. Eu poderia acabar com meu disfarce e prendê-lo. E isso parecia ser o plano até aquele segundo.

Levaria meses para conseguir que outro cara chegasse perto de Hierra, e eu estava ali, bem ali, pronto para mostrar minha lealdade de uma forma enorme, prestes a me tornar o homem mais confiável ou simplesmente desaparecer no final da prisão.

Eu poderia ir para casa, ou poderia ficar e trabalhar com a delegacia de costumes em Nova York. Se eu salvasse Joaquin de um agente federal, o que eu faria, ele iria me querer de forma permanente na folha de pagamento. Porque sim, chegar perto de Joaquin Hierra nos renderia Riley Evanston, mas se eu fosse mais fundo com Hierra, nós poderíamos ter acesso, eventualmente, a toda a operação, os peixes grandes, à camada superior do cartel de drogas Delgado. Agora eu estava num baixo nível, mas eu poderia entrar, apenas porque ele achava que eu o estava salvando de uma prisão federal. Talvez Sam Kage aparecer naquela hora não fosse uma coisa tão ruim.

E talvez tenha sido a pior.

Eu tinha apenas alguns segundos para decidir.

“Ele tem que estar sujo,” eu disse sem rodeios, olhando para o homem com inabalável respeito. “Ele trouxe os federais até aqui.”

“Como você sabe?”

Eu inclinei minha cabeça na direção de Sam e menti. “Esse é o mesmo cara que levou Javier Musa em custódia protetora. Eu o vi no tribunal quando o peguei depois que ele testemunhou contra Pascal.”

Seus olhos se arregalaram; ele se levantou e passou por trás de mim. “Hoje à noite,” disse ele, e então ele se afastou no meio da multidão.

“Onde diabos ele está indo?” Evanston rosnou para mim.

Eu contornei a mesa, Andre apertou meu ombro quando passei por ele, e Benny deu um tapa em minhas costas quando eu enfrentei o capanga da máfia. “Que porra você está fazendo trazendo um maldito agente federal na área de Joaquin?”

“O quê?” Ele engasgou, cabeça girando em direção a Kevin Dwyer. “Você está sendo seguido?”

“Não,” Dwyer zombou ao mesmo tempo em que Sam gritava Parado! sobre a música trance.

“Seu babaca estúpido,” Eu rosnei para Evanston, me jogando para cima dele.

O homem tinha uns bons cinquenta quilos de músculo a mais que eu, e com 1,93 metros e 99 quilos eu não era pequeno. Então, quando ele bloqueou meu lance e dirigiu o punho na minha cara, eu sabia que ia doer.

Foi uma luta então, com gritos e xingamentos, debandada para as saídas, socos voando, e, finalmente, armas sendo sacadas.

Acabei na parte inferior de uma pilha, pisado, chutado, socado, e cortado. Eu não tinha ideia de quem tinha a faca, mas o desvio criou uma oportunidade irresistível para quem pretendia acabar com um rival. Meu dinheiro estava em Pedro, que nunca tinha gostado de mim. Eu tinha tomado o lugar de seu amigo Musa no círculo de seu chefe depois que seu amigo foi preso por tráfico de bens roubados. Ele nunca tinha feito segredo de que ele não confiava em mim, e mesmo que ele tivesse, na verdade, um bom motivo, já que eu estava à paisana, ele não sabia disso.

No momento em que eu consegui ser arrancado de debaixo de todos os outros corpos, eu estava sangrando o suficiente para saber que eu precisava de pontos.

“Esse precisa ir para o hospital antes de ser fichado,” Sam Kage gritou, puxando-me sobre os meus pés rápido, mas mais suavemente, eu tinha certeza, que ninguém seria capaz de discernir.

Quando ele me empurrou contra a parede, eu gemi.

“Quebrado?”ele perguntou, inclinando-se para perto, falando no meu ouvido quando ele me prendeu lá.

“Machucado,” eu murmurei, dando-lhe o estado geral das minhas costelas. “Só perdendo sangue.”

“Aguente firme,” disse ele de modo que só eu pudesse ouvir.

Como se eu tivesse escolha.

Dez minutos depois, eu estava em uma ambulância, de costas, olhando para Sam Kage.

“Idiota,” eu latia como a EMT tentou parar o sangramento.

Ele encolheu os ombros enormes.

“Como diabos o cara conhece o meu rosto?” Nós não poderíamos falar nomes na frente do EMT de aparência cansada.

“Antes do cara ser contratado como músculo para a família, ele trabalhava para o meu cara.”

“Que é, na verdade, o médico.” Eu resmunguei.

“Na verdade, o médico é o malvado de toda a história,” Sam me zombou. “Quero dizer, se você está preocupado em ser preciso.”

“Como diabos Salcedo está andando por aí para começar?” Eu gritei, usando seu nome antes que eu pudesse me parar. “Eu pensei que ele estava sob custódia federal?”

“Tivemos mais um vazamento,” Sam me informou. “Mas estamos todos bem agora, obviamente.”

“E se você perdê-lo de novo?”

“Minha equipe está em cima dele,” Sam me assegurou. “Minha. Você entende?”

Eu fiquei quieto, a dor tomando conta de mim. “Sim.”

Ele ficou comigo, o que eu não esperava. À medida que as horas iam passando no hospital, enquanto eu levava vinte e sete pontos no meu lado esquerdo sobre as minhas costelas, enquanto as drogas me deixavam um pouco tonto, e enquanto um inventário completo de cortes, hematomas e um lábio partido foi feito, Sam permaneceu.

“Por que você está aqui?”

“Porque ninguém mais está,” disse ele, francamente, levantando a sobrancelha como se eu fosse estúpido.

E porque ele me fez sentir um lixo com essa resposta, eu o ataquei. “Então, como é que Jory se sente por você estar trabalhando com seu ex?”

“Eu não estou trabalhando com ele, idiota, estou capturando-o, e Jory está feliz por ele estar de volta sob custódia.”

“E isso é tudo?”

“Ele me conhece, Duncan; ele sabe quem eu amo e para quem eu não dou a mínima”.

Eu o encarei. “Sim, mas você e esse cara, Salcedo, estavam tipo Donkey Kong, na Colômbia, né?”

Ele ficou horrorizado. “O que eles te deram?”

Tinha que ser algo forte, porque eu estava sorrindo como um idiota e usando referências de jogos da Nintendo. Meu instinto de auto-preservação tinha desaparecido.

“E não foi assim.” Ele balançou a cabeça.

“Eu ouvi tudo sobre isso, Kage,” Eu bufei. “Você esteve com o bom médico por um ano, enquanto você...”

“Para sua informação,” Sam me cortou, sua voz baixa e sombria, deixando-me um pouco nervoso. Sim, nós éramos amigos, mas o homem era ameaçador, sem brincadeira. “Eu fodi o médico por três meses enquanto eu e Jory estávamos separados. Nunca significou nada. Se eu pudesse voltar atrás, eu voltaria? Oh inferno, sim, voltaria, mas não pelo que você acha.”

“O eu acho?”

“Eu nunca pensei nisso como se eu estivesse traindo Jory,” explicou. “Um ano se passou. Ele estava dormindo com alguns caras a essa altura, e eu também. A razão pela qual eu gostaria que não tivesse acontecido foi por causa de como isso me fez sentir.”

“Como você sentia?”

“Como um merda,” ele latiu para mim. “Sabe quando você confessou-me que transava com caras em saunas e lugares como esse?”

“Obrigado por trazer essa merda à tona,” eu me queixei.

“Só – você se lembra?”

“Sim, eu me lembro, porra!” Eu falei, nervoso.

“Sabe como você se sente sujo quando faz isso?”

“Sei.”

“Era a mesma coisa.” ele confessou. “Eu não me importava mais com Kevin Dwyer do que você com todos esses caras que você fode e esquece, mas...”

“Mesmo a partir do pouco que sei de Jory, eu aposto que ele não acha que não foi nada.”

“Porque durou mais de uma noite,” ele resmungou. “Jory fodeu uma tonelada de caras enquanto estávamos separados, mas aquele com quem ele passou algum tempo...”

“Aaron,” Eu completei.

“É. Por Aaron ele tinha sentimentos.”

“Então, já que Jory se importava com Aaron, ele acha que você se importava com o médico.”

“É.”

“Mas você não se importava?”

“Não,” Sam suspirou. “Nem um pouco.”

“Mas vocês ficaram juntos quanto tempo?”

“Três meses.”

“Então, isso foi, tipo, uma cafajestagem que você fez lá.”

“Sim, eu sei,” ele latiu para mim. “Eu já lhe disse isso.”

“Ok, o que Jory pensa disso?”

“Jory pensa que eu era tão ligado a Salcedo como ele era a Aaron, porque ele acha que nós temos o mesmo tipo de coração. Na verdade, ele acha que o coração de todos funciona como o dele.”

“Mas não funcionam,” eu disse com tristeza.

“Não, não funcionam. Mas é por isso que estou aqui, para protegê-lo.”

Era engraçado ouvir palavras gentis de um homem tão feroz.

“Eu nunca amei ninguém além dele, e foi por isso que eu tinha que conquistá-lo novamente. Quando você se depara com a verdade, você tem que agir sobre ela.”

Parecia que ele estava tentando me fazer admitir alguma coisa.

“Você amava seu professor?” ele questionou.

Ele estava falando sobre o meu ex, Nathan Qells, o único homem com quem eu tive um relacionamento real.

“Você o amou do jeito que eu amo Jory?”

“Por que você está me perguntando isso?”

Ele deu de ombros antes de se inclinar para trás em sua cadeira. “Desculpe, amigo; foi você quem quis nadar nas águas profundas.”

Estudei-o um minuto. Ele estava certo. Eu tinha começado a tentar a arrancar segredos. E eu sabia o porque. Eu estava entupido de drogas. Se não estivesse, eu nunca teria tido a coragem de falar com Sam tão abertamente. “Não.”

“Não o quê?”

Limpei a garganta. “Não, eu nunca estive apaixonado por Nate da mesma forma que você ama Jory. Eu escolhi o meu trabalho sobre ele. Você escolheu Jory sobre o trabalho.”

“Na verdade, eu nunca tive que tomar essa decisão,” disse ele, pensativo. “Tive sorte. No momento em que Jory e eu estávamos prontos para assumir nosso relacionamento, eu tinha um capitão que entendia e uma nova parceira que não se importava com quem eu dormia. Logo depois disso me tornei um marshal.”

“E agora?”

“Agora eu estou muito bem acomodado. Faço o meu trabalho bem e ninguém me incomoda. Se olharem de perto, verão que eu tenho um parceiro, mas por que se incomodariam em olhar?”

“O seu próprio não pergunte, não diga, não é?”

“Isso é menosprezar muita dor aí.”

“Eu não estou menosprezando nada. Eu só não tenho o luxo que você fez. Eu não posso sair e trabalhar com a narcóticos por dois anos e mudar para a homicídios ou depois costumes e me tornar um marshal. Eu gosto do meu trabalho. Eu gosto de pegar o cara mau. Isso é tudo que eu sei como fazer.”

“Então faça isso, mas não se esqueça que eu vi como você olha para Jory.”

Meu coração quase parou. “O que diabos você está falando?”

“Não desse jeito, idiota.” Ele olhou para mim. “Eu vi você olhar para Jory e como ele olha para mim, e eu sei que você quer isso. Você quer um homem para te esperar em casa. Eu entendo.”

Eu zombei. “Então você acha que Jory pensa que você anda sobre as águas, hum?”

“Não,” disse ele com voz rouca. “Jory pode ver cada um dos meus defeitos. Ele apenas os perdoa. E eu sei como ele olha para mim. Eu sei que sou amado. Quem ama você?”

E era uma pergunta que eu não podia responder.

Depois de Sam finalmente sair, eles me mudaram para outro quarto e fixaram todos os relatórios com o meu nome falso, Tucker Ross. Logo depois, o agente da narcóticos, Derrick Chun, e seu parceiro, o agente Maxwell Owens, foram levados até meu quarto pelo agente especial Conner Wray. Ele me agradeceu, apertou a minha mão, e me alertou para ter cuidado. Foi bom que ele me deu o seu cartão com o seu número de celular rabiscado no verso, e disse para ligar se eu tivesse problemas. O olhar que ele atirou aos dois agentes da narcóticos não foi gentil. Sim, eles estavam todos trabalhando juntos, mas era mais do que óbvio Wray pensava que eles poderiam causar a minha morte.

“Nós não vamos deixar você ser morto” foi a primeira coisa que Chun comunicou.

Ele não inspirou confiança.

Eles saíram rapidamente, prometendo estar em contato, me deram um celular indetectável para esconder, o que não foi uma ideia genial, considerando que eu estava no hospital; e então eu fiquei só, a considerar o estado da minha vida. Estava fodida, essa era a realidade.

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O hospital queria me manter lá durante a noite caso eu tivesse uma concussão, mas eu já tive o suficiente delas na minha vida para saber a diferença. Eu não estava enjoado, nem tinha uma dor de cabeça lancinante atrás do meu olho direito, mas acima de tudo, e este foi o argumento decisivo, foram as cores certas. Minha visão não estava turva ou irregular, por isso, contra o aconselhamento médico, me assinei minha própria alta.

Eu estava saindo do meu quarto quando vi Joaquin e os outros na estação das enfermeiras.

“Ei,” eu os chamei.

Joaquin se afastou do balcão onde estava inclinado e correu até mim, Benny e Andre logo atrás dele.

“Você está bem?” Ele perguntou, preocupado, seu olhar encontrando o meu, e quando ele chegou a mim, sua mão foi até meu ombro. Era engraçado, mas parecia que ele honestamente se importava.

“Sim, eu estou bem.”

Ele não parecia convencido. “Então, onde fica o seu berço, cara?”

“Brooklyn,” eu disse segundo estava programado.

Ele balançou a cabeça. “Nah. Agora você vive na antiga casa de Musa. Eu limpei tudo pra você”.

“Oh não, Chefe, você não precisa fazer isso.”

“Sim, ele precisa,” Benny me assegurou.

“Sim, eu preciso.” Joaquin riu enquanto Andre deslizou o braço em volta do meu ombro.

“Vamos, cara, vamos lá. Vamos pegar suas coisas em primeiro lugar.”

“Você está uma merda.” Benny contraiu o rosto como se eu estivesse fedendo.

“Eu vou ficar bem.”

“Quantos pontos?” Joaquin queria saber.

“Apenas quinze ou alguma coisa assim,” eu menti. “Não foi grande coisa.”

“Eu disse distração, amigo, não a Terceira Guerra Mundial.”

“Eu acho que Pedro estava com a faca.”

Joaquin concordou. “É. Acho que ele está chateado com você desde Musa.”

“E me mudar para a casa dele não vai ajudar em nada,” eu disse com franqueza.

“Eu vou cuidar de Pedro.” Benny sorriu daquela forma sinistra que só ele sabia. Parecia muito como o-gato-que-engoliu-o-canário.

“Oh não, eu não quis dizer...”

“Não, não,” Joaquin me acalmou. “Não desse jeito. Acalme-se.”

“Eu só não quero causar um problema.”

“Não, cara. Você os corrige, tanto quanto eu posso dizer.”

“Essa merda foi federal,” Andre me lembrou, com a voz baixa, me aliviando para o lado, então eu tive que lhe dar um pouco do meu peso. “Esse filho da puta do Evanston trouxe um cara até nós com um marshal em seu rabo.”

Eu balancei a cabeça.

“Você sabia que Evanston baleou um garoto em Chicago?”

Sim. “Não, não sabia.”

“Sim, ele vai pegar perpétua por essa merda, ou uma agulha no braço.”

“Se ele não rolar e abrir o bico.” Benny sorriu. “Você sempre tem pensar nessas merdas com caras como ele.”

Joaquin balançou a cabeça. “Esse o problema é de Modella. Já liguei para ele.”

“Pena que nós não conseguimos o nome do marshal,” Eu pesquei. “Nós poderíamos ter tomado conta disso também.”

“Oh pro inferno com isso,” Andre resmungou. “Nós não vamos mexer com nenhum maldito marshal. Ele não estava nem aí para nós; tudo o que ele queria era aquele pedaço de merda do Evanston.”

“Ninguém precisa desse tipo de calor,” Andre opinou.

Fiquei feliz em ouvir que Sam não estava nem mesmo em seu radar. “Tudo bem.” Eu estremeci. “Vamos antes que todos os meus remédios para dor parem de fazer efeito.”

“Eu tenho um monte de merda para dor,” Benny me assegurou. “Basta dizer a palavra.”

Mesmo que eu estivesse liberado para usar drogas, se necessário, para manter meu disfarce, não achava que tomar qualquer coisa mais forte que Tylenol para os pontos era o que alguém nos bastidores de uma força-tarefa deveria ter em mente.

O apartamento era pequeno e limpo, em um edifício antigo que tinha sido restaurado. Não era muito longe da zona de teatros, perto o suficiente para andar, se você estivesse a fim de dar um passeio de vinte minutos. Era como se hospedar em um hotel, e Joaquin sugeriu que eu conseguisse uma planta ou um gato. Benny sugeriu que eu encontrasse uma mulher, em vez disso, e esquecesse qualquer outra coisa. Andre foi até os melhores lugares para buscar doces, tapas, ou para tomar uma bebida.

Foi bom porque, em seu caminho para saída, Joaquin apertou a parte de trás do meu pescoço e me mandou para a cama. Ele me deu as chaves: uma para a porta de segurança do lado de fora, um para entrar no foyer, onde as caixas de correio ficavam, e a última para o apartamento.

“Eu não quero ver a sua cara até, pelo menos, segunda-feira.”

Como era noite de quinta, isso me dava um bom fim de semana de três dias. Talvez eu pudesse voar de volta para Chicago e ver Aaron Sutter. “Ok,” eu concordei.

Uma vez que eles foram embora, eu liguei para o agente Chun, relatei o que aconteceu, e depois desliguei. Prometi falar com ele no mais tardar até terça-feira. Pensei em tomar um banho e mudar minha camiseta ensanguentada, mas simplesmente não consegui reunir a energia. Tanto o meu paletó e camisa tinham sido sacrificados na linha do dever, primeiro perfurados com a faca usada para me esfaquear, e depois picotados pelos paramédicos. Muitos artigos de vestuário tinham sido perdido dessa forma ao longo dos anos. Eu tinha que somar o que a polícia de Chicago me devia em lavanderia e em substituição de guarda-roupa um dia destes. Tinha que estar na casa dos milhares.

Deitado no sofá, peguei meu próprio telefone da mesa de café e liguei para Aaron.

Ele atendeu no segundo toque. “Duncan?”

“É. Como você sabia?”

“Eu...” Ele tossiu. “Coloquei o seu número no meu telefone.”

Foi bom ouvir isso. “Então,” eu disse, minha voz baixa e rouca. “Como você está?”

“Estou bem,” ele disse rapidamente. “Você?”

“Só levei alguns pontos.” Eu sorri, porque, Deus, ele soava bem. “Então, eu estou um pouco abatido, se você quer saber a verdade.”

“Você levou... quem o machucou?”

“Eu sou um policial. Você sabe como é.”

Ele limpou a garganta. “Não sei, na verdade.”

Eu resmunguei. “Isso acontece. Eu vou viver.”

“É mesmo?”

Por que ele parecia assustado? “Você está bem?”

“Eu não quero te assustar.”

“Por que você faria isso?”

“Eu, uhm,” ele se esquivou: “Eu estou em Nova York. Estive aqui por uma semana.”

Tinha que haver mais.

“Duncan?”

“Sim, ainda estou aqui.”

“Está... isso está te deixando em pânico?”

“Você faz negócios em todo o mundo, não é?”

“Sim.”

“Então você provavelmente deve vir muito à Nova York, né?”

“Muito, sim.”

“Acho que não compreendo por que você estar aqui seria estranho.”

“Eu só” – sua voz falhou – “não quero que você pense que eu estava perseguindo você ou algo assim.”

“Oh, isso não seria algo diferente,” eu pensei alto.

“Algo diferente?”

“Sim, quero dizer, isso seria legal, certo? Quantos caras poderiam dizer que Aaron Sutter os perseguiu? Eu queria ter essa sorte.”

Ele gemeu.

O som praticamente arrebentou o pouco controle que me restava. Dolorido e cansado, com o último zumbido das drogas acabando, eu estava malditamente necessitado. “Talvez você queira me ver?”

Silêncio.

“Aaron?”

“Sim, por favor,” ele murmurou. “Eu adoraria vê-lo. Onde você está? Eu vou pegar você.”

“Não. Não é seguro. Diga-me onde você está, e eu vou chegar até você.”

“Que tal isso,” disse ele com voz trêmula. “Você anda uma rua de onde você está, e eu vou estar lá em um carro em dez minutos para pegar você. Pode ser?”

“E se eu não estiver na cidade?”

“Tudo bem. O tempo que for preciso,” ele bufou. “Onde você está?”

“Tenth Avenue com 49th Street.”

“Oh cara, eu estou a minutos de você. Estou hospedado no The Pierre na 5th Avenue”.

“Eu não conheço esse lugar. É chique?” Eu o provoquei.

“É.”

Claro que era. “Tudo bem. Será que eles vão me deixar entrar?”

“Você vai estar comigo.”

“É verdade.”

“Então – você está trabalhando?”

“Sim.”

“Entendo.”

“Mas não até segunda-feira.”

“Oh?” Levantou a sua voz, e eu podia ouvir o alívio e a felicidade.

Eu fiz um ruído que não chegava a qualificar-se como comunicação.

“Talvez você gostaria de ficar comigo alguns dias?”

“Aham. Sabe, eu estava pensando em voar de volta para Chicago só para te ver,” eu disse, sem sequer pensar de como eu soava um psicopata assustador. “Awww merda.”

Vários longos momentos se passaram, mas eu estava muito apavorado para falar. Eu não tinha filtro, e agora eu iria pagar por isso.

“Você estava pensando em voltar a Chicago por apenas dois dias?”

“Bem, na verdade três,” eu o corrigi. “Mas, sim.”

Expiração rápida e afiada. “Ok, você venceu. Foi uma das coisas mais bonitas que alguém já me disse.”

Foi? “É?” Eu estava perplexo. “Merda, com quem você tem andado?”

“Com pessoas que gostam de meu dinheiro,” disse ele, cortando as palavras. “Estou saindo agora. Você pode andar?”

“Sim, eu posso andar,” eu resmunguei.

Ele riu. “Apresse-se, tudo bem?”

O telefone ficou mudo, e eu percebi que ele tinha, basicamente, me pedido para levantar meu traseiro e me mexer. E embora eu tivesse começado a sentir dor, levantei-me de qualquer maneira para vestir algumas roupas limpas.

Era um bom carro: uma espécie de grande BMW sedan preto com vidros fumados, um trabalho de pintura brilhante que refletia todas as luzes da cidade, e cromo brilhante. Quando rolou até o meio-fio ao meu lado, eu fiquei ali olhando para a minha reflexão por um minuto antes da janela rolar e eu olhar para Aaron Sutter.

Olhos aqcua luminosos, franjas com cílios longos dourados, olharam para mim da escuridão do carro. Eu quase engoli minha língua. “Oi,” eu disse sem muita convicção.

A porta se abriu. “Entre!”

O motorista estava, de repente, ao meu lado, estendendo a mão para minha mala. Eu entreguei para ele quando vi o porta-malas aberto e entrei, fechando a porta atrás de mim. Quando me virei para Aaron, ele engasgou.

“Ahhh, não é tão ruim assim.” Eu sorri, tentando parecer normal e não como se meu coração estivesse prestes a bater o seu caminho para fora do meu peito.

Suas sobrancelhas estavam franzidas, e seus olhos brilhavam na luz fraca. “É pior, na verdade,” ele me assegurou, estendendo a mão para colocar a mão no meu rosto.

Inclinei-me contra seu toque. Não consegui evitar.

“Jesus, eu entendo perfeitamente agora,” disse ele.

“Mmmm?”

“Aham. Toda essa coisa de confortar-um-policial,” esclareceu. “Não é de admirar que eu nunca tivesse uma chance com Jory. Isto é assustadoramente viciante.”

“O quê?”

Ele balançou a cabeça; em seguida, disse ao motorista que estávamos prontos para ir.

Quando o carro se afastou do meio-fio, cobri sua mão com a minha e a deslizei pelo meu rosto antes de virá-la para beijar sua mão. “Estou muito feliz em vê-lo,” eu disse, olhando para ele, memorizando cada reação quando eu me inclinei, incapaz de resistir à tentação de sua orelha. Gentilmente, eu chupei a carne macia apenas com meus lábios e mordiscou lentamente ao redor da curva de seu lóbulo.

Ele estremeceu com força e inclinou a cabeça para longe, apenas um pouco. Eu segui o movimento de seu corpo, movendo a boca pela pele macia atrás da orelha e, em seguida, arrastando pelo lado de seu pescoço, beijando e sugando. Usando o cabo de músculo como meu guia, eu lambi e, finalmente mordi, não o suficiente para machucar, apenas o suficiente para que ele pudesse sentir meus dentes.

“Duncan.” Ele sacudiu, afastando-se.

“Merda, des...”

“Não,” ele me parou. “Eu só não quero atacá-lo aqui mesmo no carro. É meio sem classe, não? “

“É mesmo?”

Ele fez uma careta. “Deixe-me levá-lo à minha suíte. Você pode tomar um longo banho quente, eu vou pedir serviço de quarto, e pode se sentar no terraço e apreciar a vista do Central Park.”

“E então?”

“E depois que eu cuidar de você e me certificar de que você está bem, então eu sou todo seu.”

Ele estava acostumado a dar ordens; eu não estava acostumado a recebê-las. “Dane-se isso,” resmunguei, colocando seu rosto em minhas mãos e puxando-o para um beijo.

Eu nem sequer tive que pressionar: ele abriu para mim no segundo em que nossos lábios se tocaram. Deslizando para dentro de seu calor úmido, eu esfreguei minha língua sobre a dele, provando, lembrando-lhe que eu tinha feito isso antes. Ele se derreteu contra mim, flexível e disposto, seu gemido profundo e gutural. Ele não fazia ideia do quanto eu amava ruídos de entrega, como meu pau estava grosso e doendo de repente, quase dolorosamente inchado dentro do meu jeans.

Quando ele me beijou de volta, roçando nossas bocas juntas, acariciando minha língua com sua, chupando meus lábios, as mãos flutuando na lateral do meu pescoço, eu soube que ele era meu para fazer o que eu quisesse.

“Você tem um gosto bom,” eu quase não consegui falar, me mexendo para o lado, puxando-o para o meu colo para que ele montasse meus quadris. Ele tentou desembaraçar-se, mas eu o beijei, dura e asperamente, e drenei a luta dele.

“Duncan,” ele gemeu baixinho quando eu finalmente o deixei respirar, empurrando sua virilha contra meu abdômen, necessitando da fricção, com as mãos segurando meu peito, quando ele começou, um ritmo lento e constante. “Eu senti sua falta... eu...” Ele não conseguiu terminar, suas palavras embolando.

Descobri que aquilo era incrivelmente quente.

“Esse não sou eu,” disse ele.

“O quê?”

“Eu nunca... necessito.”

Ele necessitava de controle. Eu entendia isso. Ele era rico e poderoso; Aaron Sutter não deveria ser o tipo de homem que ficava excitado ao esfregar seu pênis contra o meu abdômen. Mas ele era, e a fome e o desejo eram sua perdição. Ele estava desmoronando em meus braços, e eu queria vê-lo, senti-lo em minhas mãos ainda mais. Fiz um rápido trabalho em seu cinto, e tinha suas calças e o zíper abertos segundos depois.

“Você está ferido,” ele disse, com a voz embargada quando ele soprou ar sobre a minha pele, úmido e quente.

Puxei seu pênis de sob sua cueca, e envolvi a mão em torno do comprimento longo, grosso dele, amando a sensação de pele sedosa, espalhando o líquido vazando sobre a cabeça larga e, lentamente, sensualmente, o acariciando.

Ele empurrou para frente contra meu toque e gritou para o motorista ao mesmo tempo. “Estacione o carro!”

Quando você valia bilhões, imaginei, as pessoas só entendiam o que você queria dizer. Mas eu estava apenas perifericamente consciente que tinha ido em uma direção diferente. Eu estava muito focado no homem de tirar o fôlego no meu colo, contorcendo-se com a necessidade, empurrando para dentro e fora do meu punho.

Eu levantei minha mão esquerda até seus lábios. “Chupe meus dedos. Deixe-os realmente molhados.”

Ele entendeu, abrindo de imediato, tomando-os profundamente em sua boca, revestindo e lambendo meu dedo indicador e médio, até que, quando eu os puxei livres, eles estavam escorregadios com saliva.

Paramos, e eu ouvi a porta abrir e fechar, estava ciente do som das travas elétricas e, em seguida, os passos de sapatos sobre concreto.

“Levante-se,” eu pedi, e ele se levantou, inclinando-se para frente e curvando as costas para que ele roçasse o teto do carro em vez de bater com a cabeça quando eu coloquei minha mão sob a parte de trás da calça.

“Eu nunca... Eu não... eu...”

Ele era bom, apropriado, e só era pecaminoso por trás de portas fechadas. Ele era Aaron Sutter, porra. Ele não derramava inibições em público; era inadequado. A ideia de que ele estava tão entregue que toda a sua reticência foi jogada para fora da janela, era a coisa mais quente que eu conseguia pensar.

Eu apertei seu eixo enquanto pressionava meu dedo médio dentro dele. Ele saltou para frente e me machucou – minhas costelas, meu lado – mas só bruscamente por um segundo e não o suficiente para parar. Sua cabeça jogada para trás, o arco de sua coluna, como ele estava mordendo o lábio inferior: ele era uma visão, e eu não podia ser incomodado com o meu conforto. Tudo o que importava era ele.

Eu arrastei o meu dedo sobre sua próstata, e ele balbuciou algo incompreensível enquanto empurrava dentro e fora do meu punho. “É bom?” Eu provoquei, minha voz retumbando, porque vê-lo era um presente.

Sua boca estava aberta e tudo o que eu ouvia eram suspiros enquanto eu adicionava um segundo dedo, abria, relaxando os músculos tensos, sentindo-os ceder quando eles se abriam e eu pressionava profundamente dentro do canal quente e apertado.

“Duncan, por favor,” ele me implorou, as mãos crispadas sobre meus ombros, tomando meus dedos até as juntas, levantando-se e empurrando de volta para baixo, mais e mais.

“Vire-se e eu vou enfiar minha língua na sua bunda.”

Seu gemido foi cru e estrangulado; ele quase chegou ao clímax com apenas a sugestão.

“Você quer que eu faça isso? Huh? Aaron? Você quer que eu te foda com a minha língua até você gritar?”

Ele estremeceu e disparou sêmen na frente da minha camiseta cinza, gritando o meu nome enquanto seu orgasmo corria através dele, congelando todos os seus músculos.

Eu não me movi. Deixei os tremores rolarem através dele, senti o arrepio começar enquanto o sêmen vazava de seu pau que amolecia lentamente.

Suas mãos relaxaram sobre meus ombros, e ele se inclinou para baixo, cavando meu peito enquanto eu aliviava meus dedos de sua passagem que ainda sofria espasmos. Sua inspiração afiada, seus braços em volta do meu pescoço apertado, e seu rosto contra minha garganta transformou a paixão em posse num instante. Tive o impulso irresistível de exigir que ninguém nunca fosse autorizado a vê-lo assim, a não ser eu. Eu queria dizer a ele que ele pertencia a mim, mas era muito rápido, e eu estava com medo de assustá-lo.

Eu não queria que fugisse. Mais importante, eu não queria que ele me pedisse para ficar longe dele.

“Abra sua calça pra que eu possa te chupar,” ele dirigiu suavemente, ainda se contorcendo, com o corpo super estimulado, excessivamente sensibilizado, e tremendo com a sensação de descer da euforia de seu orgasmo.

“Deixe-me segurá-lo, tudo bem?” Eu disse, recolhendo-o nos braços, apertando-o com força contra o meu peito sem me importar com a dor, e beijei sua testa. “Posso ser seu abrigo por apenas mais um segundo?”

Ele me deu seu peso, meio que se derreteu sobre mim, e eu suspirei profundamente. Ele estava vulnerável, e eu estava lá para ele. Era bom, não apenas ser desejado, mas necessário também.

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Ele não queria que nos separássemos para entrar no lobby, mas eu insisti. Ele saiu primeiro, e, minutos depois, eu o segui, tendo recolhido minha mochila do porta-malas e agradecido ao motorista. Eu não tinha certeza se deveria dar gorjeta, mas eu achava que, pelo fato dele não pegar mais ninguém e simplesmente ir embora, Sr. Sutter já o havia compensado.

No interior, Aaron esperava, e me juntei a ele em um elevador que você tinha que inserir uma chave antes que os botões acendessem e o elevador o levasse para os pisos superiores. Aparentemente, estávamos hospedados na suíte da cobertura.

“Puta merda,” eu disse, impressionado com o espetáculo, uma vez lá dentro.

O quarto era enorme; dava pra ver o horizonte e o parque do enorme terraço, e as janelas e as luzes da cidade... Fiquei impressionado.

“Isso é lindo,” eu murmurei.”Obrigado por me convidar.”

Ele parecia estar com dor.

“O que há de errado com você?”

“Por que você não me deixe te tocar?”

Eu dei um bufo de riso muito pouco digno.”Você está brincando?” Abri os braços para ele. “Venha me tocar. Coloque as mãos em cima mim”.

“Eu quero chupar seu pau,” ele quase gritou comigo.”Por que você não quer me deixar?”

“Você acha que eu simplesmente vou gozar em sua garganta sem te mostrar um papel provando que eu estou limpo? Que tipo de idiota cruel que você acha que eu sou?”

Ele veio correndo do outro lado da sala, parando a poucos centímetros de mim, olhando no fundo dos meus olhos.”Eu sei tudo sobre as suas muitas e muitas conquistas. Eu verifiquei a sua vida de cima a baixo, só para você estar ciente, Detetive.”

“É mesmo?”

“Sim, é mesmo.” Ele estava inflexível. “Eu queria saber de cada pequeno segredo sujo seu, e o que? Além da coisa de ser gay e foder qualquer coisa com um coração pulsante, você não tem nenhum esqueleto no armário.”

Mas isso era uma mentira, e nós dois sabíamos disso, porque se ele tivesse me investigado como ele disse, então ele sabia que havia um pedaço da minha vida que estava escondido. Mas nós não estávamos falando sobre isso, não sobre a história antiga; estávamos falando sobre agora. E não havia nada recente, isso era verdade, nada de novo. Havia coisas que ele nunca saberia a menos que eu contasse.

“Você pode pensar que é todo cheio de marra, mas em comparação à pessoas que conheço, é só um escoteiro.”

Ele estava tentando soar todo chateado e durão, mas tudo o que eu via eram os lábios inchados, a marca da barba que roçou em seu rosto, o rubor do sexo, e os chupões no pescoço. As pupilas alargadas, o ligeiro tremor e os cabelos despenteados eram todos indícios de paixão saciada.

“Você quer ir para a cama?”perguntei.

“O que?”

“Você... quer que eu... o leve para a cama?”

Ele acenou com a cabeça enquanto olhava para o meu rosto.

“O que aconteceu com me dar um banho quente e me alimentar e toda essa merda?”

Seus olhos estavam turbulentos.”Eu.. eu me sinto meio fora de equilíbrio.”

Eu sorri.”Tudo bem. Eu também.”

Ele fez uma careta.”Como é que você simplesmente diz o que quer?”

“Por que não? “Eu encolhi os ombros. “Você gosta de mim, né?”

“Gosto.”

“Eu também,” eu disse sem rodeios.”Quando eu estou com você, me sinto muito bem. Eu quero isso.”

Ele balançou a cabeça.

“O que?”

“Você não acredita em jogos? Não se faz de difícil?”

Eu encolhi os ombros.”Por quê? Isso é novo, eu não estraguei tudo ainda, e você está olhando para mim como se eu fosse especial. Vamos continuar assim.”

Ele me estudou.

“O que?”

“Você não se preocupa que eu vá perder o interesse sem o mistério?”

Eu encontrei o seu olhar. “Estou entediando você?”

“Não.”

“O que você quer?”

“Para passar um tempo com você.”

“Bem, aí está.” Ri de seu comentário. “Então, nós estamos na mesma página, e você ainda está afim de mim, pelo menos até agora.”

“Até agora,” ele disse, sua voz rouca.

Tudo turvou por um segundo, e eu estreitei os olhos até que minha visão clareou.

“Talvez você devesse se deitar.”

“Talvez,” eu concordei.

Ele estava lá, rápido, com o braço em volta de mim, e eu me inclinei enquanto caminhávamos para o quarto.

“Esta suite custa, tipo, um milhão de dólares por noite, hein?”

“Mais ou menos isso,” ele disse, e eu podia ouvir o sorriso em sua voz enquanto íamos da porta de entrada até a cama, e ele me deitou.

“Retiro o que disse.” Eu gemi, deixando cair os braços abertos, as pernas também, a cama California King capaz de me acomodar por inteiro, mesmo esticado. “Você está tentando me matar.”

“Não,” ele suspirou, sentando-se ao meu lado enquanto meus olhos se fecharam. “Eu prometo a você, essa é a última coisa em minha mente.”

“Isso pode não ter sido a melhor ideia,” eu consegui falar. “Acho que eu vou desmaiar e te deixar sozinho.”

“Tudo bem.Vá em frente.”

Eu ia discutir, mas a cama era tão boa e macia, que eu exalei e prometi a mim mesmo que iria descansar apenas por um minuto.

ALGO cheirava incrivelmente bem. Meus olhos se abriram, e eu encontrei um Aaron Sutter com olhar divertido sentado ao meu lado vestindo camiseta e bermuda de pijama.

“Merda,” eu gemi.

Ele fez uma coisa curiosa então: se inclinou e me beijou.

“O que fiz para merecer isso?”

“Porque está chovendo lá fora e estamos quentinhos aqui, e eu me sentei na cama e assisti a um filme enquanto você dormia ao meu lado. Foi muito bom.”

“Cara, você é fácil de agradar.”

“Não normalmente,” disse ele com a voz rouca.

Eu rolei para seu colo, envolvi meu braço em volta de seu quadril, e o usei como um travesseiro enquanto focava meus olhos na enorme tela plana à minha frente. “CNN? – Tá falando sério?”

Seus dedos se enroscaram languidamente pelo meu cabelo. “Deve-se ficar informado, Detetive.”

“A esse inferno de hora em uma noite de quinta-feira?”

“Sempre.”

“Por que você não assiste O Senhor dos Anéis ou algo assim?”

Ele resmungou.

“Vamos lá, Viggo é quente.”

“Você acha?”

“Você não?”

“Eu prefiro Sean Bean.”

“É mesmo?”

O ronronar me fez agarrá-lo com mais força.”Homens grandes me deixam excitado.”

Foi uma boa resposta.”Legal.”

“Você está com fome?”

“Faminto, na verdade.”

“Bom,” ele disse, torcendo a mão no meu cabelo grosso. “Coma, tome um banho e depois deite-se comigo.”

“Como isso vai ser divertido para você?”

“Ninguém nunca me deixa cuidar deles. Se você me deixasse – seria bom.”

Por que eu iria discutir? Levantei até estarmos nos olhando nos olhos. Ele segurou o meu olhar, e lá estávamos nós, nos encarando por longos minutos, aparentemente contentes apenas em fazer isso, até que me inclinei e o beijei.

“O que você pediu para mim?”

Ele passou os braços em volta do meu pescoço e apertou. Foi muito bom, apenas ser segurado, apenas ser desejado.

O hambúrguer que ele ordenou era enorme. Estava coberto de anéis de cebola, molho barbecue e queijo azul. Aparentemente era um original de Sutter, o chef só preparava para ele. Eu comi salada Coleslaw e batata-doce frita e um espeto de cogumelos salteados com um milkshake de chocolate grosso para empurrar tudo para baixo e uma jarra de água gelada. Normalmente, ele disse, ele me dobraria com álcool, mas com uma possível concussão, ele não estava disposto a arriscar.

Depois que eu comi, precisava ser limpo, não tendo tomado banho quando cheguei em casa do hospital.

O chuveiro era enorme, e tinha uma cabeça removível, o que tornou as coisas muito mais fáceis. Eu estava dolorido, então tive o cuidado de lavar em torno dos pontos. Quando estava fora e analisando meu rosto vermelho, olho inchado, e os vários arranhões e cortes, eu percebi que devia ter parecido pior quando Aaron me viu antes.

“O que você está olhando?” Ele perguntou quando entrou no banheiro atrás de mim.

Eu o encarei, me recostando contra o balcão, a única coisa que estava vestindo era a toalha em torno de meus quadris.”Eu não te entendo.”

“Você está mudando o as...”

“O que há com você e a ‘favelização’?”

“De que maneira eu estou ‘favelizando’?”ele quis saber, aproximando-se, seu olhar quente correndo sobre mim.

Cruzei os braços e as pernas como eu examiná-lo, e ele deslizou a mão por meu bíceps esquerdo, os dedos traçando os músculos e veias sob a minha pele pálida.”Como é que você não tem um namorado rico?”

Ele colocou a mão no meu ombro e a deixou lá, enquanto os dedos da outra mão alisavam meu abdômen para cima e para baixo. O movimento era calmante e erótico ao mesmo tempo. “Isso faria sentido, não faria?”

“Para mim, sim.”

“Tenho certeza de que faria para a maioria das pessoas,” disse ele, me cercando, colocando as duas mãos no meu rosto quando se inclinou para mim. “Poder ligar para alguém e marcar um encontro com ele em Paris num piscar de olhos.”

Murmurei alguma forma de concordância antes que seus lábios selassem sobre os meus.

Mesmo em comparação com o que eu sentia com Nate, meu ex-que eu pensei amar quase desesperadamente, era mais com Aaron Sutter. Eu não tinha esse sentimento avassalador que ele estava prestes a me abandonar. Eu não me sentia como se o homem à minha frente, um dia fosse simplesmente sumir; o que era estranho, já que, por direito, ele não era nem mesmo meu.

Sua língua pressionou exigindo entrada, deslizando sobre a abertura dos meus lábios, e eu me abri enquanto ele como que caía para dentro de mim.

Eu estava perdido na sensação: o calor de seu corpo, sua virilha contra a minha roçando através da toalha, as mãos sobre meus quadris trabalhando para abri-la.

Meu tremor foi incontrolável e ele recuou, interrompendo o beijo. “Não estou ‘favelizando’,” ele arquejou, enquanto olhava nos meus olhos. No momento seguinte, ele conseguiu abrir minha toalha antes de cair de joelhos.

Meu pênis se esticou em direção a ele, e quando ele o tocou com a língua para provar a fenda, um profundo e gutural gemido surgiu de dentro de mim.

“A maioria das pessoas...” Ele fez uma pausa para me segurar e lamber uma linha longa das bolas até a coroa, achatando a língua enquanto o fazia, antes de se afastar para continuar. “me faz chorar de tédio. É difícil fazer com que eu me importe, ou mesmo me interesse, porque eu já vi muito; durante toda a minha vida inteira pude ter o que eu quis, inclusive agora.”

Minha respiração ficou curta quando ele se inclinou para trás e chupou a coroa dentro de sua boca quente. Ao vê-lo toma-la entre os lábios apertados, a cabeça balançando com o movimento, a sucção e a coisa redemoinho que ele fez, eu tinha que pará-lo após apenas alguns minutos para que eu não gozasse.

Seu sorriso era malicioso quando ergueu os olhos para mim.”Você não me deixa entediado.”

“Isso é bom,” eu disse, minha voz tensa enquanto eu me encostava na pia free-standing, sem armários embaixo, apenas o balcão.

“É ótimo,” ele concordou e depois me chupou até o final em um movimento suave, seu reflexo gag algo inexistente.

A forma como a garganta se abriu em torno de mim, suas mãos apertando a minha bunda, tornou impossível para mim não impulsionar mais profundamente. Quando eu bati em sua garganta, ele chupou, engoliu em seco, e eu entremeei meus dedos por seu cabelo e agarrei.

Empurrei-o e, em seguida, o puxei de volta, fodendo sua boca, fazendo-o tirar tudo de mim mais e mais, enquanto seus dedos massageava minha bunda, espalhando minhas nádegas. Foi tão bom, e eu percebi que o desejava dentro de mim mais do que queria me derramar em sua boca. Afastando-o, vi o desejo em seu rosto por um segundo antes de colocá-lo de pé.

“Duncan....”

“Não,” eu o interrompi, me virando para a pia, as mãos espalmadas sobre o mármore frio, afastando minhas pernas, e deixando minha cabeça cair para frente.

Suas mãos estavam imediatamente em meus quadris, e eu senti a boca entre as minhas omoplatas.”Eu nunca fui fodido antes daquela noite com você,” disse ele, beijando a minha espinha. “E foi tão bom deixar que você... eu... Eu nunca gozei daquele jeito.” Ele pressionou mais beijos até a parte inferior das minhas costas, e então sua língua tocou o topo da minha racha.

Instintivamente, eu me curvei para trás, e ele estava de joelhos novamente, as mãos separando minhas nádegas enquanto sua língua deslizava sobre meu buraco enrugado. Ele lambeu minha entrada, colocando a ponta dentro de mim apenas por um momento antes de falar novamente. “Mas Duncan,” disse ele com a voz rouca, “Eu não posso tirar a ideia de foder você da minha cabeça.”

Eu tremi.”Onde estão seu lubrificante e preservativos?”

“Lá. Gaveta direita.”

“O banheiro do seu hotel já vem abastecido?”

“Não. Eu liguei antes e mandei colocar aí uma vez que você concordou em me encontrar.”

“Eu,” eu eu engasguei “ou qualquer...”

“Você,” ele rosnou e mordeu minha nádega direita. Eu gritei e ele riu, se levantando e batendo na outra nádega antes de abrir a gaveta com força e pegar o tubo de lubrificante fechado e um preservativo. “Eu não...,” ele começou, e eu pude ouvir o estalo da tampa. “Eu nunca convidaria qualquer um para dormir comigo, na minha cama. Você entende isso?”

Agarrei a borda do balcão para me equilibrar e olhei no espelho. “Sim.”

“Tem certeza?” ele verificou, a voz abafada pelo preservativo que eu podia ver pendurado entre os dentes quando ele deslizou um dedo lubrificado em minha bunda.

“Aaron,” eu sussurrei, meus olhos fechados antes que minha cabeça caísse para trás em meus ombros.”Não precisa de toda a preparação e ... é só coloque a luva e me foda.”

“Precisamos ir devagar,” ele murmurou, e eu ouvi o rompimento do invólucro de alumínio.

“Não.”

“Eu me recuso a te machucar,” disse ele, puxando e empurrando de volta, mais profundo, acariciando a ponta do dedo sobre a minha glândula, me fazendo me remexer contra o balcão.

“Ninguém nunca me fodeu, exceto...” Eu engasguei. “...uma pessoa.”

“Seu ex, eu sei,” ele me acalmou. “Eu sei que sua submissão é um presente.”

Inclinei-me, desejando-o quase dolorosamente. “Por favor.”

“Eu vou cuidar de você,” ele prometeu antes da cabeça de seu pênis me abrir. Ele pressionou dentro, o lubrificante facilitando a violação e o alongamento, meu músculos o apertando enquanto ele empurrava com força.

“Jesus, Duncan, você é tão apertado,” ele sussurrou, acariciando meus lados, beijando meus ombros, inclinando-se comigo, dando ao meu corpo tempo para ajustar-se à intrusão.

A pressão no interior, o jeito que ele me encheu, o ligeiro recuo antes do impulso áspero, tudo isso era bem-vindo. Eu o queria lá.

“Eu tenho que me mexer.”

“Sim, faça isso.”

Ele recuou para fora e entrou de volta em mim.

Eu gemi seu nome.

“Essa porra de camisinha,” ele rosnou. “Eu odeio isso.”

“Tire!” eu rosnei de volta. “Você me investigou. Eu sei que você está bem. Livre-se disso!”

Ele se afastou e logo estava de volta, mergulhando dentro de mim, e eu podia sentir a diferença, o arrastar da pele contra pele, mesmo enquanto sentia suas mãos apertando minha bunda.

“Eu vou gozar vendo meu pau deslizando para dentro e para fora de seu buraco,” disse ele, sua voz baixa e áspera. “E eu não vou sair e gozar nas suas costas. Vou fazer isso dentro de você, está entendendo?”

Eu assenti.

“Diga que sim.”

“Sim,” eu disse roucamente.

E não houve mais conversa, apenas ele com as mãos sobre meus quadris para me segurar enquanto enfiava em mim com tanta força e tão rápido quanto podia. Eu agarrei meu pau e puxei, jogando a cabeça pendendo para trás quando gozei sobre o balcão.

Eu o apertei de repente, meus músculos se contraindo ao seu redor, e ele me fodeu enquanto eu estremecia e gozava. Quando aquele calor úmido sedoso encheu meu canal, eu engasguei com a sensação há muito esquecida.

“Promete que posso fazer de novo, sempre que eu quiser?”

“Sim. Sempre que você quiser.”

“Ninguém mais,” disse ele, sua voz falhando. “Não é seguro.”

“Essa não é a razão.” Eu olhei para ele por cima do meu ombro.

“Não,” ele concordou, e eu o vi estremecer. “Eu não quero que você veja mais ninguém além de mim.”

“Então eu não vou. E você também não.”

“Eu prometo,” ele sussurrou e, em seguida, desabou nas minhas costas.

Porque eu podia, porque eu era grande e forte, mesmo machucado como eu ainda estava, eu segurei a nós dois de pé. O jorro de fluido quando ele se afastou foi um lembrete do que eu tinha permitido, e ele se moveu rapidamente para ligar o chuveiro.

“Vem cá; deixe-me cuidar de você.”

Eu entrei e saí de forma rápida; ele foi ligeiro com a esponja e a ducha removível e muito mais cuidadoso com meus pontos do que eu. Uma vez na cama, me foi dado um par de Tylenol, dirigido a beber o copo de água, e então eu estava do meu lado no escuro, as luzes da cidade sendo a única iluminação no quarto enorme.

“Você pode assistir TV,” eu disse enquanto ele se acomodava contra as minhas costas, virilha pressionada contra minhas nádegas, rosto no meu cabelo, bíceps debaixo da minha cabeça, e sua mão em meu peito. “Não vai me incomodar. “

“Não, eu quero dormir com você, Duncan. Eu estive esperando.”

Eu grunhi enquanto meus olhos se fecharam e ele se ajeitou ao meu redor.

“É verdade,” ele insistiu.

“Fico feliz,” assegurei. “Me dê um beijo de boa noite.”

“Vire a cabeça.”

Eu me inclinei para trás e levantei. O beijo foi doce, apenas um roçar de lábios mas, de alguma forma, muito íntimo.

“Vá dormir, querido.”

E eu dormi, seguro em seus braços.

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Comentários

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Muito legal Tava acostumado com jory sempre falando até parece que eu tava ouvindo ele fala como uma voz totalmente diferente =\ + gostei desse capítulo tava viajando nem deu pra lê esses dias + voltei a ativa bju 😍😘😘

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Perfeito! Eu queria muito ver a história dos dois!

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REALMENTE, ANTES SAM SEMPRE ATIVO. AGORA DUNCAM PASSIVO OU FLEX. ISSO É INTERESSANTE.

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Gente que lindo Aaron até que enfim encontrou um amor para cuidar e que tb cuidará dele, show

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gostei dessa pespectiva diferente hehee dá mas sabor ao conto

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