2- Questão de tempo 4

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 10112 palavras
Data: 28/07/2016 13:20:46

"Fale."

"Eu não sou um cão, Sam."

Ele murmurou algo baixinho.

"Como?” eu perguntei e percebi que a minha voz saiu muito brusca.

"Eu disse..." Ele suspirou, e só quando olhei para ele, percebi como seus dedos estavam brancos no volante. Ele estava segurando firme. "Eu sei que você está puto, mas eu gostaria que você falasse comigo de uma vez."

"Por que eu deveria ficar puto? Foi há muito tempo, certo?"

"Sim, foi há muito tempo,” ele rosnou, passando os dedos pelo espesso cabelo acobreado. Quanto mais Sam envelhecia, mais seu cabelo escurecia, o que eu achava interessante. "Mas você está pensando sobre o assunto e está se concentrando muito, e se você simplesmente colocar pra fora o que diabos estiver acontecendo se passando em sua cabeça, isso seria ótimo."

Eu não estava pronto para colocar meus pensamentos em palavras ainda.

"Jory," Sam disse suavemente.

Porque qualquer coisa iria soar como uma acusação, e eu precisava que não fosse assim.

"Eu menti, certo?"

Ele havia mentido.

"Por que eu faria isso?"

Eu podia lembrar a discussão de forma tão clara. Eu perguntei naquele jantar com quantos homens ele tinha dormido, estivéssemos separados. O interrogatório começou comigo perguntando sobre as mulheres e depois, quando ele respondeu que não houve nenhuma, passou para os homens. Isso foi há sete anos.

"Jory?"

Virei o rosto para a janela em vez de olhar para ele.

"O que você faria se eu lhe dissesse naquela noite que eu tinha dormido com quatro caras, mas o quinto cara... daquele eu gostei?"

Fechei os olhos. Ouvir agora era doloroso. Naquela época, então ... Eu teria fugido.

"Durou apenas três meses."

Parte de mim realmente queria ouvir a história, e outra parte, não.

"Fui ferido, e ele retirou a bala de mim, me costurou e me deu uma injeção. Quando eu o vi uma semana depois em um bar, paguei uma bebida em agradecimento."

Eu já podia ver como isso teria progredido.

"Eu estava muito bêbado, as coisas não estavam indo bem ... um ano tinha passado e nós não estávamos mais juntos..." Ele parou.

A chuva estava desabando, formando riachos no vidro das janelas.

"Foi ficando tarde e ele se ofereceu para me deixar dormir em sua casa porque era perto.”

Meu corpo que estava esquentando, de repente, ficou gelado.

"Quando chegamos lá, quando a porta se fechou, ele queria algo mais, e eu ... você sabe. Eu não preciso te dizer."

Eu sabia.

"Foi bom ter um senso de normalidade no meio de toda a loucura, ter um pequeno lugar onde eu poderia ir apenas para respirar."

"Era um santuário," eu disse, segurando a minha respiração.

"Não,” ele disse, sua voz baixa e rouca." Simplesmente era só um lugar sem sangue no chão, meninos de dez anos de idade estavam matando uns aos outros na rua, e meninas que deveriam estar planejando festas do pijama, esavam se prostituindo e se drogando... simplesmente não era horrível."

"Eu pensei que você estivesse na selva."

"Eu estive em todos os lugares, J."

"Entendo."

Ele freou, estacionou o SUV, ligou o alerta, e se virou para mim. Não que eu o tenha visto, mas eu podia ouvir o ranger do banco de couro.

"Temos que ir para casa, Sam."

"Olhe para mim."

Virei minha cabeça para o lado.

Ele estendeu a mão e segurou meu queixo, seus dedos deslizando sobre a minha pele, o polegar traçando meu lábio inferior. "A nossa casa, minha e sua, aquele é meu santuário. O que eu tive com Kevin... Quer dizer, eu estava no meio de uma maldita confusão em um país estrangeiro, e eu estava cansado e sozinho, mas ainda assim, não serve como desculpa para o que fiz."

“O que você fez?"

"Por um minuto, ou um segundo, eu parei de pensar."

Eu não entendi. "Sam?"

Ele levou a mão esquerda para se juntar à direita, emoldurando meu rosto, alisando os polegares sobre minhas bochechas. "Eu me senti tão mal por usar Kevin ... Eu fui um sacana com ele. Eu transava com ele, comia sua comida, dormia em sua cama, e o tratava como um qualquer."

Eu me afastei e ele deixou suas mãos caírem.

"Era assim que as coisas funcionavam, e então quando eu percebi o que eu estava fazendo, tentei me desculpar com ele e acabar com tudo, e... "

"Ele não quis." eu o interrompi.

"Não." Sua voz retumbou em seu peito. "Ele não quis."

"Porque o que você pensou ser ruim era o sonho molhado dele.”

"Eu não diria..."

"Ele gostava de você em pedaços que ele tinha que juntar, ele gostava de ser o cara que se submetia a você, gostava de ser quem você pressionava e dava ordens. Ele queria que você ficasse em sua cama."

"É." Ele limpou a garganta.

"E então?"

"E então o quê?"

"Eu quero ouvir o final, Sam."

"E eu quero você em meu colo."

Levei um segundo para alcançar porque ele tinha mudado de assunto tão rapidamente. "O quê?"

"Se eu vou expor minha alma ainda mais, quero você em meu colo."

Eu balancei minha cabeça. "Não, eu não posso fazer..."

"Tudo bem, acabou,” disse ele, e virou-se para agarrar seu cinto de segurança.

Abri a porta.

"O que você está fazendo?” Ele gritou, movendo-se rapidamente, mas não rápido o suficiente quando a porta se abriu.

Eu me virei para olhar para ele. "Eu não vou me sentar em seu colo. Isso não se trata de um chilique que eu estou dando, e você não tem o direito de me tratar como uma rainha do drama ou uma criança petulante. Se trata de você pego em uma mentira que você mesmo inventou. Termine a história ou eu vou sair daqui e vou para casa, e você pode, então, voltar para o trabalho e me pegar mais tarde, quando for hora de irmos para a casa de sua mãe."

Seus olhos se fixaram nos meus.

"Você decide."

"Você está mais chateado do que eu pensei."

"Eu não estou chateado,” eu assegurei.

"Magoado, então."

Ele não ia receber uma resposta. Eu apenas esperei.

"Feche a porta,” ele respirou.

Inclinando-me para fora, peguei a maçaneta e puxei-a antes de me virar para ele. Fiquei surpreso pelo olhar em seu rosto.

"Você não pode me deixar,” ele sussurrou, e seus olhos estavam frios e escuros como a água sob o gelo. A transformação era assustadora.

"Sam?"

Seus olhos eram fendas estreitas. "Eu proíbo."

Proíbe? "Sam, do que você..."

"Nós não estávamos juntos, você estava fodendo qualquer cara que pedia, e..."

"Sam, não precisa ficar todo defensivo e mesquinho, está bem? Eu não estou magoado porque você dormiu com alguém, mas porque você mentiu sobre estar em um relacionamento com..."

"Não foi nada! Não foi merda nenhuma!” Ele gritou comigo, e eu ouvi a dor e a frustração, e, acima de tudo, o seu medo. " Você – não significou... eu só queria..."

"Pare." Eu levantei minhas mãos antes de me mover rapidamente, desafivelando meu cinto de segurança, passando sobre o console entre nós, e subindo em seu colo, meus joelhos em ambos os lados de seus quadris.

"Cristo,” ele rosnou, com as mãos nas minhas coxas, agarrando, os dedos pressionando meus músculos, ele me puxou para a frente de modo que meu traseiro ficasse sobre sua virilha, a protuberância em suas calças deslizando em minha abertura. "Não me deixe."

Eu empurrei para frente, contra ele, me esfregando, arrastando. "Por quê? Porque você quer continuar me fodendo?"

"Bem, sim, isso também." Ele fez uma careta, segurando meu rosto e afastando meu cabelo dos meus olhos. "Eu sabia a diferença na época, eu sei a diferença agora. É você, você é meu lar. Se não for você, não vai ser mais ninguém. Eu não vou me conformar com menos, é tudo ou nada."

Eu suspirei, olhando para ele. "Eu sei."

Ele se iluminou, e eu pude ver, e foi realmente tão lindo. "Eu te amo tanto que dói."

E eu também sabia disso. Havia muitos anos entre nós para que eu tivesse dúvidas sobre isso. Mas ele tinha mentido e isso não era típico dele. "Por que você estava tão assustado aquela noite que mentiu?"

"Por sua causa."

"Por mim?"

"Aham. Era novo, você confiando em mim novamente, e se eu estragasse tudo e você me mandasse embora... o que diabos eu deveria fazer, J?"

Olhei em seus olhos.

"De jeito nenhum eu iria perder você naquela época, da mesma forma que eu não vou deixar que isso fique entre nós agora. Sinto muito por ter mentido sobre Kevin Dwyer. Foi estúpido, eu deveria ter contado. Mas você era um coelho assustado naquela época."

" Não sou mais?"

"Não,” ele suspirou. "Você não é mais aquele cara faz tempo."

Inclinei-me e passei meus braços ao redor de seu pescoço, abraçando apertado, empurrando meu nariz contra o lado de seu pescoço, inalando-o.

"Oh, por favor,” ele murmurou, com uma mão segurando a parte de trás da minha cabeça, atando suavemente no meu cabelo, a outra na parte inferior das minhas costas, me segurando perto. "Eu sinto muito por nunca te falando Kevin Dwyer, mas foi há muito tempo e não significou nada, eu juro por Deus.”

Eu apertei meus braços, pressionei mais perto, e ouvi-o exalar em meu ombro. Ele precisava saber que estava tudo bem, era imperativo que sua casa estivesse em ordem. Ele precisava dela para que pudesse fazer o seu trabalho no mundo. "Ele é um homem muito bonito."

Ele resmungou, sem prestar atenção, inclinando minha cabeça para trás para beijar a base da minha garganta. "Tem uma sarda aqui que me deixa louco."

"Eu disse," repeti, "que ele é um homem muito bonito."

"Nós dois sabemos que você é a única coisa que eu vejo."

E era verdade. Eu estava surpreso e isso era tudo. "Vamos para casa, Marshal. Talvez eu tenha tempo para uma rapidinha antes do meu marido aparecer para me levar para o jantar na casa da minha sogra."

"Oh, sim, por favor,” ele sussurrou, antes de me beijar mais forte e me abraçar mais apertado.

Sam entrou na nossa rua e, em seguida, à esquerda na calçada que seguia pelo lado direito da casa. Ela seguia ao longo da cerca que separa nossa propriedade da dos Peterson, onde o circo havia chegado à cidade.

Havia pelo menos dez viaturas na rua e outras duas e uma ambulância na garagem. Não consegui nem fazer um pergunta; fui empurrado pela porta dos fundos da minha casa até a cozinha e me ordenaram que trancasse a porta atrás de mim. Corri para a janela e vi Sam caminhar de volta da calçada para a rua. Eu podia ver através da cerca de arame no gramado da frente dos Peterson; vi todos os vizinhos do outro lado da rua e vários policiais perambulando no quintal. Eu queria sair, mas isso seria uma má ideia, então eu caminhei até a porta da frente para ver se minha correspondência estava espalhada pela porta da frente.

Toda a minha vida eu tive uma caixa de correio; só desde que me mudei para esta casa que tenho uma caixa de correio, de modo que tudo era empurrado completamente. Como eu esperava, meu gato estúpido, Chilly – todo branco, exceto para o nariz e as pontas das orelhas, que eram pretas – estava deitado de costas sobre o correio, com os pés no ar. Por que ele fazia isso todos os dias, eu não tinha ideia. Sam pensava que talvez fosse algo novo entrando na casa em uma base diária que não cheirava a ele. Era muito estranho.

"O que você está fazendo?" Eu perguntei ao meu amigo felino.

Recebi a resposta de sempre, uma exalação suave, antes que ele rolasse até que ficasse de pé para se empinar mais e me cumprimentar. Ele era um "second-chance pet ,” o que significava que, quando o adotamos da sociedade humanitária, ele estava sozinho em um dos lados das jaulas dos felinos. Ele estava foi em uma das gaiolas metálicas empilhadas em vez da área de Plexiglas onde todos os outros estavam. Eu andei até ele e ele empurrou sua pequena pata através das grades e a colocou no topo da minha cabeça. Desde aquele segundo eu fui um caso perdido.

"Segunda chance" significava que ele tinha sido adotado e trazido de volta. Duas vezes. Aparentemente, ele era maníaco. Era uma união feita no céu!

Eu tinha recebido orientações específicas. Sam havia dito para ir até a sociedade humanitária e conseguir um gato mais velho sem garras, de pelos longos, que seria manso com as crianças. Ele gostava de gatos com pelos longos porque havia sido criado com eles. Sua mãe sempre teve gatos Persas ou Himalaios , então ele sabia como cuidar deles, a escovação que era necessária, e achava que seria bom para as crianças, para ensinar-lhes a responsabilidade. Um Maine Coon , ele havia me dito, também era perfeitamente aceitável.

Seria realmente um pedido fácil se ele tivesse enviado o homem certo. Obviamente, eu não era ele.

Quando eu trouxe Chilly para casa, ele fez xixi em si mesmo na transportadora porque estava apavorado. Eu me senti tão triste por ele, mas mesmo que eu quisesse que ele causasse uma boa impressão, eu não poderia me forçar a aumentar seu terror com um banho. Então, infelizmente, o gato que Sam viu pela primeira vez cheirava a urina, ainda tinha garras, e possuía uma espécie de ar enlouquecido em seus olhos. Não foi a melhor primeira impressão já causada.

Dylan me salvou quando apareceu com algum produto de banho para gatinhos que não precisava de água, mas depois Chilly ficou cheirando mais como lençol cheirando a mijo do que qualquer outra coisa. Sam não ficou impressionado.

Tínhamos um daqueles bonecos ecológicos que você compra no Walmart porque Kola queria um. Era basicamente uma cabeça, o Sr. Cabeça de Grama, e Chilly deu uma olhada naquela coisa e decidiu que precisava ser golpeado para fora da mesa de Kola e Hannah e jogado no chão.

Chilly ficou preso entre o parapeito da janela e da cadeira, preso de modo que suas pernas se cruzaram e ele ficou parecendo Tom Hanks em The Money Pit , quando ele é preso no chão em um tapete.

Ele se levantou sobre as patas traseiras e atacou o coelhinho de pelúcia de Hannah, Bunny (tão original), e a fez gritar.

Ele esvaziou a bola do Homem-Aranha de Kola com suas garras e derrubou o ventilador na cozinha. Tudo isso dentro da primeira hora dele morando conosco.

Hannah decidiu que queria um cachorro. Kola achava de deveríamos soltá-lo. Sam me disse que se eu o levasse de volta, talvez conseguisse um reembolso.

Eu disse a todos que se o levasse de volta, ele morreria.

Hannah, ainda consolando e confortando seu coelho, chamou Chilly. Ele correu mais, virou uma cambalhota para ela, agarrou o coelho, mordeu, chutou, e, em seguida, pulou e arrancou em outra direção.

"Espero que ele não sofra quando o sufocarem com gás,” Sam debochou.

"Querido," Eu gemi.

"Ele parece um demônio da neve,” Kola me contou.

"A neve é gelada, " Hannah me informou.

"Sim, é gélida,” Kola concordou com sua irmã.

"Gélido ! " Hannah gritou, batendo palmas.

" Chilly, o gato. " Kola balançou a cabeça, sorrindo radiante para mim. "Chilly! Chilly!"

E o maldito gato veio e trouxe uma das bolas verdes do Nerf Blaster de Kola com ele.

" Olha, ele sabe buscar! " Meu filho estava tão feliz.

"Aquele merdinha,” Sam murmurou baixinho, porque ele sabia, assim como eu, que era um negócio feito.

Eu tinha preocupações – como a forma como o gato simplesmente corria, sem motivo aparente, de uma extremidade da casa para a outra – mas sobre isso, Sam apenas levantava uma sobrancelha.

"Ele é instável, assim como você."

Fiz uma careta para o Marshal.

Foi marcado um horário para que fosse feita a onicectomia , mas na noite anterior à cirurgia, Sam tinha voltado para casa com uma variedade de arranhadores e uma coisa enorme tipo uma casa para Chilly subir e sentar-se.

Fiquei apenas esperando enquanto Sam arrumava tudo na sala de estar.

Ele limpou a garganta. "Vamos tentar isso primeiro."

Aparentemente, o que quer que Sam tivesse lido na internet sobre onicectomia, ele não gostou. Então, Chilly, que acabou gostando de sua infinidade de alternativas para a destruição do sofá, conseguiu manter as armas com as quais ele nasceu.

Kola adorava, e Hannah continuava chamando-o para fazer o truque que ele estivesse aprendendo de novo e de novo e ele ficava tão tenso que eu pensava que ele ricochetearia nas paredes. Ela cantava o nome dele, saltou sobre seus pés, e gritava. Minha menina estava apaixonada.

Meu menino estava apaixonado também. Ele ensinou Chilly a buscar de propósito e não por acidente.

Hannah ensinou a Chilly que empurrar as coisas do balcão – colheres, garfos, brócolis, pretzels, até mesmo iogurte com muito cuidado – lhe renderia muito carinho e recompensa. Quando ela estava pegajosa, inevitavelmente, o gato também estava, e eu acabava tendo que limpar os dois. Chilly nunca se afastava ou se inclinava para fora do alcance; em vez disso, ele permitia que mãos sujas o acariciassem em qualquer condição que estivessem.

As crianças adoravam carregá-lo, colocá-lo em mochilas com a cabeça de fora, e levá-lo na coleira, o que Sam pensava ser o cúmulo do absurdo – quem levava um gato para passear pelo amor de Deus – e dormir com ele. O fato de que ele ia dormir estendido ao lado deles em suas camas era hilário. E a parte em que meus filhos se contorciam em posições absurdas porque não queriam acordá-lo era ainda mais engraçado. Deus nos livre de perturbar o gato. Ele era um membro da nossa família, e até mesmo Sam ficava contente quando era saudado por todos nós na porta quando chegava em casa à noite. Chilly o repreendia se ele não conseguia seu próprio chamego, por isso Sam e ele tinham sua própria rotina. Sam andava até o sofá, para onde o gato corria, saltava para o braço para que meu marido pudesse se abaixar e Chilly pudesse se levantar e os dois tocar os narizes. Eu tinha tirado uma foto uma vez para mostrar para a mãe de Sam, e devia ter excluído depois. Eu ainda tinha.

"Por que você tem que marcar as cartas com seu cheiro?" Eu perguntei ao gato, que estava ronronando alto sob minhas ministrações.

Enquanto eu recolhia a correspondência dispersa, a campainha tocou. Quando eu atendi, o homem me mostrou o distintivo. Era um Marshal, como Sam.

" Boa tarde,” ele me cumprimentou. "Posso falar com o Supervisor..."

"Assistente White?" Sam disse, aparecendo ao meu lado, de perto.

O homem segurava um envelope pardo para Sam. "Estes chegaram para você, e eu me lembro de você dizendo que se algo chegasse de Phoenix, que fossem entregues de imediato."

" Obrigado,” disse ele, abrindo.

O Marshal enfiou as mãos nos bolsos, mas não disse nada. Eu estava desconfortável só de olhar para ele e me inclinei ligeiramente para chamar a atenção de Sam.

Ele se virou para mim, e eu abri um pouco meus olhos, e como era Sam e ele me conhecia, seus olhos foram para o Marshal na minha varanda. "Quer dizer alguma coisa?"

O jovem pigarreou. "Eu só... nós ... se o senhor precisar de nós, enquanto estiver lá fora, de férias ... não que o senhor precisaria, mas se precisar... estaremos em um avião em uma hora, de dia ou de noite. Só para que o senhor saiba."

Ele olhou para White. "Ninguém além de você, Sanchez, Kowalski, Ryan, e Dorsey sabem para onde estou indo, certo?"

"Correto, senhor."

Sam assentiu. "Bom. Então, só se alguma coisa..."

"Nós somos o seu time, certo? " Ele olhou para Sam no olho. "Tudo o que você precisa, é só chamar."

"Entendido."

White suspirou. "De verdade?"

"Sim."

"Porque você sabe se um desses Marshals de Nevada não estiver certo, então talvez..."

"Eu estou indo para uma reunião de família em Phoenix; em Scottsdale, na verdade, então por que você..."

"Nós só nunca perdemos uma testemunha em seu turno,” disse ele. "E todos nós sabemos que você nunca superou isso. Então, quando vemos você – você, Sam Kage – não usar canais regulares para ter as coisas entregues, sabemos que algo está acontecendo."

Sam ficou em silêncio.

"E o senhor nos conhece; nenhum de nós diria nada a ninguém sobre o que o senhor está fazendo ou onde está indo, mas nós queremos que o senhor saiba que estamos prontos para entrar em ação, caso seja necessário."

"Eu não posso usar vocês para acompanhar pistas, palpites e perseguições insanas. Isso seria apropriação indevida de..."

"Pare de falar merda. Nós..."

"Use outro tom comigo, Marshal."

White suspirou profundamente. "Vamos lá, patrão. Eu só quero dizer que, se for provado que os Marshals de Vegas forem sujos, mesmo um deles ... E a testemunha estiver em Phoenix agora e algo der errado ... nós estaremos lá, todos os cinco. Basta ligar. Prometa nos chamar. Essa última vez foi..."

"Já entendi," Sam o interrompeu.

Chandler White – Lembrei-me de seu nome depois de um minuto, estreitou os olhos e olhou para mim antes do entendimento florescer e ele sorrir amplamente. "Oh, ok. Não contou à sua cara-metade sobre o lance com Rico, né?"

Sam rosnou para ele, apontando para a rua, e disse que ele estava dispensado.

"Sim, mas..." seu sorriso tornou-se provocador "talvez eu devesse ficar por aqui e atualizar o Sr. Harcourt sobre os detalhes desse tiroteio se você não está disposto a prometer."

"Eu vou ligar,” ele rugiu para seu Marshal, antes de agarrar meu braço, me puxar de volta, e bater a porta na cara de White.

Eu ia dizer algo, mas podia ouvir White rir do lado de fora, e eu tinha peixes maiores para fritar de qualquer maneira. Fui direto para Sam.

"Não,” ele gemeu, afastando-se de mim, atravessando a sala, e deixando cair o envelope na mesa de café, antes de cair de bruços nas almofadas macias do nosso sofá de veludo marrom.

"Sam!" Eu gritei, indo atrás dele. "Do que diabos ele estava falando?"

Ele murmurou alguma coisa para as almofadas do sofá.

"Samuel Thomas Kage!"

Seu gemido foi pura agonia antes dele virar a cabeça para o lado. "Eu estou bem, você pode ver que eu estou bem. O que isso importa?"

Dei um peteleco em sua testa e ele riu em vez de gritar. "Merda."

"Sam!"

Outro gemido antes dele sorrir. Eu só vi seu lábio se curvar no lado esquerdo, mas isso fez meu estômago se retorcer de qualquer maneira.

"Tudo faz sentido agora."

"Oh Deus, o que faz?” Ele lamentou.

"Duas semanas atrás, quando se você arrastou para casa, tipo uma da manhã, disse que teve um dia de merda, tomou um banho, e caiu nu na cama."

"E daí? O que tem isso?"

"Você quase foi morto naquele dia, não foi?"

Ele resmungou, antes de se levantar.

"O que você está fazendo?"

"Eu já volto." Ele sorriu antes de se inclinar de me beijar.

Eu o olhei subir as escadas e joguei minhas mãos para o alto.

Quando a campainha tocou novamente, fui atender. Desta vez, o distintivo que me cumprimentou era de um detetive.

"Sr. Harcourt?"

"Detetive."

Ele estava tentando olhar em volta de mim. "Marshal Kage está em casa?"

" Sim, um momento. Gostaria de entrar? "

" Obrigado." Ele sorriu para mim antes de apontar para o meu olho. "Está tudo bem aí?"

"Discuti com um motorista nervoso mais cedo. Você sabe que a road rage pode fazer com as pessoas."

Ele assentiu como se eu não fosse muito certo da cabeça.

Fui até a escada, gritei para avisar a Sam que ele tinha um visitante, e foi lavar a louça do café, que estava empilhada na pia.

Sam desceu um minuto depois, os pés descalços, vestindo jeans desbotado e uma camiseta com bolso. Eu olhei para ele tempo suficiente para admirar a forma como o jeans envolvia seu traseiro redondo e firme e se agarrava às pernas longas e musculosas. O algodão esticado ao redor de seus bíceps, o contraste da camisa branca com sua pele dourada e seus braços nebulosos, também não dava para passar despercebido.

Em poucos minutos ele acompanhou o detetive até a porta e passou a tranca atrás dele.

"O que ele queria?" Eu perguntei.

"Falar sobre os Peterson,” disse ele, enquanto caminhava atrás de mim.

"Aham, eu não estou nem aí para isso,” eu assegurei. "Eu quero saber o que diabos aconteceu com você e Rico, e..."

"Seu desejo é uma ordem,” ele me interrompeu, os lábios percorrendo o lado do meu pescoço enviando um choque de calor puro partindo do meu estômago, por meu coração até meu pênis.

"Sam." Eu estremeci sob as que mãos agora seguravam meus quadris. "Eu quero falar com você."

Ele empurrou minha cabeça para o lado, expondo a pele entre o pescoço e o ombro.

" Sam," eu gemi, empurrando de volta contra ele, me esfregando em sua virilha.

Sua respiração quente tocou a minha pele antes de seus dentes. Suave e lentamente ele mordeu, e eu estremeci da cabeça aos pés.

" Eu... você,” eu murmurei quando sua língua deslizou até a lateral do meu pescoço para a parte de trás da minha orelha.

Um grunhido retumbou em seu peito, e eu perdi o controle. Não havia como não sucumbir aos sons que ele fazia, ao calor que emanava dele, e a seu corpo duro e grande.

Eu desliguei a torneira, me virei com alguma dificuldade, porque ele estava pressionado contra mim, e pule.

Ele me pegou com facilidade, dando um passo para trás para que minhas pernas pudessem envolver seus quadris, meus braços rodeando seu pescoço. Ele fundiu seus lábios com os meus, anulando todos os meus pensamentos, apenas o desejo permanecendo, apenas a necessidade.

Enquanto ele me carregava da cozinha para a sala, eu me contorcia em seu aperto, esfregando minha virilha na dele, amando a maneira como suas mãos seguravam minha bunda, apertando com força. Ele perdeu o fôlego ao me sentir.

"Você gosta de me tocar,” eu disse a ele.

"Sempre gostei,” ele disse em voz rouca quando se inclinou e me beijou novamente.

Sua língua me invadiu, tomando, devastando. Ele me chupava e mordiscava, e eu perdi a noção de tudo, exceto do meu desejo de me empurrar contra ele, de esfregar meu pau duro em sua barriga dura e gemer meu desejo no fundo da minha garganta.

Para baixo com ele no sofá eu fui, e nossos lábios nunca se separaram, mesmo quando as minhas mãos foram freneticamente para meu cinto e ele começou a puxar com força minha camisa.

Quando ele arrancou meus Dockers , me arqueei do sofá ao sentir o ar fresco tocar meu pênis vazando quando ele o libertou de minha cueca e saltou livre. Seus lábios se afastaram, então, e eu teria protestado, mas ele envolveu a cabeça do meu pau no mesmo momento.

"Oh merda, Sam!" Eu murmurei, arqueando e me enterrando no fundo de sua garganta, que se abriu para me receber. O movimento era fluido depois de tanto tempo, sua técnica perfeita, o puxar para trás, o redemoinho de sua língua, e a sucção forte e feroz.

As mãos na minha bunda eram insistente, e eu descobri para que ele tinha subido quando ouvi o barulho da tampa do lubrificante antes de um dedo deslizar entre minhas nádegas.

"Oh Deus, só... me foda de uma vez!" Eu gritei para ele, me contorcendo, balançando, tentando fazer o dedo entrar ainda mais enquanto deslizar para dentro e para fora de sua boca quente.

Dois dedos violaram minha entrada, pressionando para frente quando meus músculos começaram a relaxar e se abrir para ele.

"Você é tão apertado,” ele sussurrou quando meu pau deslizou entre seus lábios. "E você está todo escorregadio para mim."

Eu podia sentir meu traseiro agarrando seus dedos, três agora, empurrando para dentro e para fora, mais e mais, e, finalmente, se curvando para frente sobre a minha próstata. "Sam!"

"Sim, querido,” ele perguntou, sua voz rouca e tensa de desejo.

"O que você está esperando?"

"Eu nunca quero te machucar, você sabe disso."

Eu quase chorei. "Sam!"

Ele se moveu muito rápido – tirou os dedos de mim, rolou para frente, e jogou minhas pernas sobre os ombros. Eu senti a cabeça intumescida contra a minha abertura.

Meus calcanhares estavam em suas cosas, e eu me apoiei, erguendo-me, alinhando-me para seu impulso para baixo.

Ele tentou entrar com cuidado, pressionar devagar, mas eu estava morrendo, meu corpo tremendo, pronto para explodir, então eu o encontrei quando ele empurrou para frente, e roubei sua contenção bem-intencionada.

"Porra!" Eu gritei quando ele se enterrou até as bolas em mim.

"Jory!"

Nunca, jamais, parou de ser bom, deixou de ser o que eu queria, precisava e desejava. Eu estava esticado e cheio, e quando ele recuou para impulsionar para dentro em seguida, uma vez após a outra, aquele martelar tornou-se tudo o que havia.

Eu estava focado exclusivamente na minha anatomia, onde nós estávamos conectados, juntos, e o prazer latente afogava todo o resto: a queimadura, o aperto, e meus músculos doloridos. Apenas seu pau longo, grosso e duro roçando minha próstata importava, apenas suas mãos apertando meus quadris, só sua boca quando ele se inclinou e chupou e mordeu meus mamilos.

"Eu vou gozar,” eu gemi. "Não quero gozar."

"Você se sente também, porra." Sua voz era tão baixa, mais um grunhido que qualquer outra coisa, e eu senti a sua mudança de ângulo quando seu ritmo vacilou. "Oh merda, Jory, eu quero que você goze. Eu adoro a forma como seu corpo se sente quando você faz isso, como você se aperta em torno de mim..."

Quando ele envolveu meu pau, acariciando, puxando, arrastando o polegar através do pré-sêmen gotejando, eu implorei para que ele fizesse com mais força, mais rápido e fosse mais fundo.

"Agora,” ele rosnou para mim, e quando seu membro inchado e duro na minha bunda, pressionou minha glândula, gritei o nome dele.

"Ooh..." Ele estremeceu em meu interior enquanto meu orgasmo rugia através de mim, meus músculos se contraindo em torno de seu membro, apertando, eu tinha certeza, até o ponto da dor. "Porra, isso é incrível, você me aperta tão forte, tão rápido ... o calor e a pressão ... caralho!"

Eu estava gozando e isso era tudo o que importava: a liberação, a euforia enquanto eu me derramava sobre os músculos ondulantes de seu abdômen.

"Jory!” ele suspirou antes de se esvaziar dentro de mim, inundando meu canal, suas mãos apertando minhas coxas contra ele, mesmo quando ele se endireitava. Ele ficou de joelhos e me puxou para fora do sofá, comigo grudado em sua pele.

Ficamos ali, lutando para respirar, nós dois tremendo; até que, devagar, com cuidado, Sam me deslizou novamente para deitar debaixo dele e, em seguida, deixou meu corpo. Senti o líquido quente escorrendo de meu traseiro, rolando pela parte interna das minhas coxas, pouco antes de sua camiseta estar lá, limpando.

"Esta sala está cheirando a suor e sêmen,” ele murmurou, inclinando-se para me beijar com força. Ele chupou minha língua um momento antes de se afastar, o olhar em seu rosto o mesmo de sempre depois do sexo: presunçoso e satisfeito. "E você está todo esgotado."

"Você ainda tem que me dizer o que aconteceu com Rico," Eu informei a ele, explodindo sua bolha felicidade pós-coito.

Ele gemeu e levantou-se, e só então notei que sua calça jeans foi empurrada só até o joelho.

"Sério? Você nem sequer tirou a roupa?"

"Eu estava com pressa, " ele murmurou para mim, mas não conseguiu se segurar.

"O quê foi?"

Ele sorriu de repente, seus olhos se aquecendo rápido. "Eu nunca me canso de vê-lo todo marcado e relaxado após o sexo. É quente pra caralho."

Levantei-me na frente dele, a cabeça inclinada para trás, porque, tão perto quanto eu estava dele, não tinha escolha. Era incrível como ele era grande e quão pequeno e frágil eu me sentia cada vez que estávamos juntos. O homem era uma montanha de músculos duros, e eu não era.

"Amor?"

"Eu preciso que você converse comigo."

"Eu prometo, logo depois de sair do chuveiro."

Eu abri minha boca para argumentar, mas suas mãos rodearam meus quadris e ele me puxou para perto. Ele inclinou a testa na minha e fechou os olhos.

"Sam?"

"Eu tenho tanta sorte porque você me ama, as crianças me amam, até aquele gato idiota me ama. Minha vida é perfeita, e eu não vou fazer nada que comprometa a isso."

"Eu sei."

"Eu não amava Kevin Dwyer. Foi por isso que acabou. Você foi o único que eu amei."

Estávamos juntos, respirando baixinho, e eu senti a calma me envolver.

"Deixe-me dar uma olhada no envelope que White deixou aqui, e então eu posso explicar tudo, ok?"

Eu assenti, e ele beijou meu nariz antes de eu sair de seus braços e correr nu pela sala de estar até as escadas.

"Ei!"

Virei no primeiro degrau. "O quê?"

"Você fica bonito correndo nu por aí."

"Você é encantador, muito obrigado,” eu o provoquei antes de eu corri até o segundo andar.

Eu podia ouvi-lo rindo.

xxxx

Eu desci meia hora mais tarde, em jeans e um suéter de gola alta preta leve. Sam tinha mudado de roupa e seu cabelo estava molhado, então ele obviamente tinha usado o banheiro das crianças ou o de hóspedes enquanto eu estava usando o nosso. Ele estava usando os mesmos jeans, mas a camiseta tinha ido embora, felizmente, substituída por uma de mangas compridas. Como sempre, eu admirava as linhas do homem, e ele não estava tão perdido em seus pensamentos que não olhou para cima e sorriu para mim quando me aproximei dele.

"Você vai ficar feliz em saber que vesti uma cueca limpa."

Eu ri. "Obrigado por me avisar."

"Venha, sente aqui."

Eu me acomodei na mesa de café na frente dele, e ele me passou uma pasta de arquivo que eu não abri. "Primeiro Rico."

Ele balançou a cabeça. "Isso não é nada. Esta é a história."

"Sam." Eu era insistente.

Ele revirou os olhos e recostou-se no sofá, com os joelhos separados, dedos entrelaçados atrás da cabeça, e olhou para mim.

"Você prometeu."

"Tudo bem. O que você quer saber?"

"Basta começar pelo começo."

Ele respirou fundo. "Ok, então nós fomos seguimos a pisa de um fugitivo, e fomos prendê-lo."

"Você faz parecer tão simples."

"Foi simples."

"Obviamente não foi."

Ele se inclinou para frente, seus olhos nos meus. "Tudo o que tinha a fazer era entrar e capturar o cara para fora."

"Mas?"

"Mas..." Ele fez uma pausa, tomando minha mão na sua. "Nossa informação acabou por ser uma porcaria, e havia mais homens na casa do que esperávamos."

"E então?" Era como arrancar dentes.

"E eles pegaram Rico e eu fiquei em desvantagem."

Eu mal podia respirar. "O que aconteceu?"

Seu sorriso era grande, as linhas de riso nos cantos dos olhos dele ficaram profundas. "O que você gostaria de saber, J, porque, obviamente, eu estou bem."

"Como você está bem?"

"Só estou."

"Não, quero dizer, o que você teve que fazer para ficar bem?"

"Eu matei os homens que iam matar Rico e eu. Foi isso o que aconteceu."

Me joguei sobre ele e ouvi a expiração profunda antes de beijá-lo, e gemi fundo na minha garganta.

Sua língua deslizou sobre a minha, persuadindo, acariciando, o envolvimento lento e sensual. Passei meus braços ao redor de seu pescoço, e ele me levou em seu colo, em seus braços, e eu estava pressionado contra o peito musculoso e firmemente seguro. Sam era tão dominante que sempre que eu me submetia, ele precisava me mostrar que ele estava lá, poderoso e forte, pronto para cuidar de mim de qualquer maneira que eu precisasse. Ele era programado dessa forma.

Quando nos separamos, ele se afastou apenas o suficiente para que ele pudesse olhar profundamente em meus olhos.

"Eu sempre vou voltar para casa, você entende?"

Eu balancei a cabeça.

"Você é meu, meus filhos são meus, e nada nem ninguém vai me impedir voltar para vocês. Nunca."

"Certifique-se disso."

"Pode deixar."

Eu tremia muito. "Eu não posso te perder."

"Não,” ele sussurrou.

Eu me desembaracei, fui de volta para a mesa do café, e peguei a pasta de novo para que eu não sentasse nela. "Então você e Rico se saíram bem dessa situação."

"Sim." Ele sorriu para mim, colocando a mão no meu joelho.

"Você tem que me contar essas coisas."

"Eu vou tentar, mas é difícil. Quando eu termino um dia como esse, tudo o que eu quero fazer é voltar para casa, tomar um banho, e rastejar para a cama com você."

"Nu." Eu sorri para ele.

"Oh inferno, sim, nu é a parte mais importante."

"Tudo bem." Eu respirei. " Eu me assustei porque você não me contou."

"Você se assustou sem motivo. Você não pode ter medo se sabe como a história termina. Não pode."

Eu pensei que ele me conhecia. "Você poderia ter morrido."

"Mas não morri."

"Mas poderia ter morrido,” eu insisti. " Sam. Você poderia ter morrido."

Ele balançou a cabeça. "É por isso que eu não conto quando eu quase levo um tiro.”

"Se eu tiver que descobrir mais segredos hoje ... oh não, espere, tem mais um, não é?"

Ele gemeu.

Eu apontei para a pasta. "Vá em frente."

"Eu prefiro falar sobre os Peterson,” ele riu e envolveu uma mão ao redor da minha nuca para que poder me puxar e me beijar novamente.

Mas eu realmente precisava falar com ele, então eu me contorcia, empurrando-o de volta.

"O que você está fazendo?"

"Isso é sério."

Seus olhos encontraram os meus e eu segurei seu olhar.

Depois de um minuto, ele suspirou profundamente e caiu de costas contra o sofá.

"Sam?"

"Eu sei. Eu sei que isso é sério."

"E então?"

"E então eu prometo falar com você e não te atacar como um adolescente com hormônios furiosos." Ele sorriu para mim. "Eu não vou agarrá-lo e beijá-lo até você perder os sentidos."

"Sam..."

"Não, eu sei. Normalmente eu gosto de misturar a conversa com você sobre o trabalho com boquetes e minha mão na frente de seu jeans ou beijar você até que minhas bolas doam. Prometo que vou pular isso hoje."

"Mesmo?"

"Não fique tão feliz com isso."

"Não, não é isso, eu... isso é importante, certo?"

"É,” ele concordou.

"Ótimo. Agora, sobre a pasta."

"Tudo bem,” disse ele, inclinando-se para a frente. "Você se lembra do ano passado alguns de meus rapazes foram até Vegas buscar uma testemunha?"

"Aham. Houve problemas, porém, não foi?"

"Uh-huh. Eles foram comprometidos na primeira casa segura antes que pudessem entrar em um avião."

"É verdade. " Eu coloquei minha mão em seu joelho enquanto pensava por um segundo, como sempre gostando da proximidade. "Qual era o nome do cara ... uhm, algo Turner?"

"Muito bom." Ele sorriu para mim. "Sim, Andrew Turner."

"O que tem ele?"

"Este é ele,” disse, e abriu a pasta para que eu pudesse ver todas as fotos brilhantes em preto-e-branco de oito por dez de um homem de meia-idade, bonito, com cabelos e olhos escuros. "Este é Turner."

Eu gravei o rosto na memória.

"Então, eles tinham os Marshals ali, procurando, além do Departamento de Polícia de Las Vegas, mas ele desapareceu no vento."

"Eu me lembro. Você estava chateado porque eles culparam os seus homens."

"Mas isso nunca fez qualquer sentido, porque Kowalski e Ryan o perderam, sim, mas eles já estavam na casa segura, e de jeito nenhum isso simplesmente acontece."

"Você me confundiu agora."

"Bem, as pessoas simplesmente não encontram casas seguras, isso não é possível. Alguém deve ter avisado os caras que levaram a testemunha, e as únicas pessoas que conheciam o local eram os Marshals de Vegas e os meus rapazes."

"Por isso foi, com certeza, um trabalho interno."

"Absolutamente."

"E quem pensou isso, que era um trabalho interno? Só você e sua equipe?"

"Oh, não, todo mundo pensou assim na época. Meu chefe, o patrão do meu patrão... eles nunca poderiam provar, mas não há outra explicação. Ou todos os Marshals em Vegas estavam sujos ou apenas um, mas alguém nos vendeu."

"Mas ninguém sabe quem."

"Certo. Sem a testemunha para depor sobre como ele foi removido, não temos nenhum caso contra ninguém."

"Mas algo novo aconteceu."

"Isso." Ele acenou com a cabeça. "Quando Turner desapareceu, enviei a foto dele para fora a cada informante que eu tenho todo o país. Pessoas que eu coloco no sistema, contatos antigos de quando eu estava com a Polícia de Chicago, e apenas amigos, sabe?"

"Claro."

"Bem, até que, há dois dias atrás, consegui algo."

"Alguém viu o Sr. Turner?"

"Sim, um cara que eu conheço em Phoenix reconheceu Turner a partir da foto que enviei e me mandou uma mensagem de texto no meu celular que não está registrado para Marshal Kage ou Sam Kage."

"Por que isso é importante?"

"Porque ninguém no departamento monitora essse telefone."

"Você tem três telefones?"

"Sim, J." Ele sorriu para mim.

"Cara, como seria fácil para você ter um caso, né?"

Ele olhou para mim. "Sério? É nessa direção que o seu cérebro vai?"

"Desculpe." Eu sorri timidamente. "Mas então, quando eu envio mensagens pra você ... com fotos... eles podem ver?"

"Teoricamente, sim. Mas se alguém fica chocado com nossas mensagens particulares, que se fodam."

"Oh Deus,” eu gemi.

"Você está corando?"

"Sam!"

"Você está,” ele riu . "Isso é adorável."

"Não... fique longe de mim!" Eu gritei, afastando suas mãos. "Responda a pergunta!"

Ele limpou a garganta. "Ok, então eu tenho uma mensagem de texto e uma foto de Turner tirada por meu contato."

"Oh merda."

"Oh merda, exatamente."

"E então, o que é que isso significa?"

"Isso significa,” ele disse, inclinando-se para a frente, com as mãos sobre os joelhos, ”que eu tenho que ir a Phoenix e encontrar minha testemunha desaparecida."

"Ok."

"Porque, se a testemunha que foi tomada de minha equipe está realmente viva e bem e vivendo lá,” ele continuou, "Eu preciso encontrá-lo e trazê-lo para que possamos ter uma conversa e esclarecer as coisas."

"Como descobrir quem o levou e por quê."

"Sim, o porquê é importante," Sam me assegurou. "Quer dizer, eu verifiquei o caso Turner um milhão de vezes para tentar descobrir por que alguém iria se incomodar tanto para mexer com a divisão dos Marshals por uma prisão tão pequena."

"Então, no que você está pensando?"

"Estou pensando que Andrew Turner sabe algo sobre alguém que não tem nada a ver com o caso com o qual ele estava realmente envolvido. Eu acho que há outra história."

Então ele está chantageando alguém assustador?” Perguntei.

“Acho que sim . Quer dizer, com certeza alguém maior do que seu antigo patrão em Las Vegas, sim. É a única coisa que faz sentido."

"O chefe de Vegas, alguém o questionou?" Eu estava tentando juntar os pedaços na minha cabeça.

"Ele apareceu morto duas semanas após Turner desaparecer."

"Então, tecnicamente, não há ninguém de quem Turner estaria fugindo?"

"Exceto pelo fato de que ele ainda é considerado uma testemunha fugitiva até que se entregue e esclareça tudo,” explicou Sam, sua voz baixa e rouca. "Sua nova identidade nunca foi efetivada, então ele ainda está correndo por aí sendo Andrew Turner. Se alguém descobre sua identidade, faz uma busca através do sistema, o seu paradeiro exato ficará claro e Marshals vão aparecer onde quer que esteja."

"Uau."

"Eu sei."

"Então você acha que ele está vivendo feliz para sempre em Phoenix às custas de quem está bancando, chantageando-os?"

"Esse é o meu palpite, sim."

"Deus, ele precisa de bolas para isso."

"Sim, eu sei." ele concordou.

"Ok, então, qual é o seu plano? Quando estivermos em Phoenix, você irá aparecer para seu amigo Sr. Turner e trazê-lo de volta?"

"Se a minha informação estiver certa, então basicamente ... sim."

"É perigoso?" Eu estava verificando porque, rápido assim, eu estava preocupado.

"Não vou saber até eu chegar lá." Ele suspirou, tomando minha mão.

Era engraçado, porque todos que conheciam Sam – seus pais, irmãos, amigos, pessoas com quem ele trabalhava – todos eles viam um homem diferente daquele que estava sentado na minha frente agora. Só comigo e com as crianças ele abraçava e beijava e era reconfortado com o simples ato de tocar.

"Jory?"

"Então, se a informação vaza de que um ou todos os Marshals em Las Vegas estão sujos, o que acontece então?"

"Vão para a federal."

"Você não acha que eles podem querer machucá-lo para evitar que isso aconteça?"

"Teoricamente."

"Não, não na teoria, na vida real."

"Só que eu não acho que todos os oficiais eram corruptos. Talvez um, mas não todos."

"Mas se a tal pessoa descobrir que você está em cima dele, vai tentar pará-lo."

"Possivelmente." Ele encolheu os ombros.

"Possivelmente? Sam?"

"Se o meu paradeiro estiver sendo monitorado, então sim," ele concordou. "Mas é por isso que eu tenho o terceiro celular que ninguém conhece, que não está ligado a mim de forma alguma."

"Há uma enorme quantidade de perguntas que precisam de respostas."

"Sim, eu sei."

"E então?" Eu pressionei ele.

"Então, eu tenho uma conferência de vídeo em uma hora com meu chefe, e eu vou lhe dizer o que vou fazer, e ele vai me aconselhar, e vamos a partir daí."

"Você confia em seu chefe, Sam?"

Ele acenou com a cabeça. "Confio."

"Ok, então, quando estivermos em Phoenix, na reunião, vai estar trabalhando?"

"Eu não sei ainda. Se quiserem que eu me aproxime de Turner, então sim. Se não, então não estarei."

"Quando você vai saber?"

"Não tenho ideia, mas assim que eu souber, te digo."

"Tudo bem."

"Não fique tão triste,” ele disse baixinho, colocando a mão na minha bochecha. "Eu estarei por perto."

"E você não estará em perigo."

"Eu não posso prometer isso. Você sabe disso."

Eu balancei a cabeça. "Ok."

Ele me deu um tapinha e depois levantou-se, tirou a carteira do bolso de trás e retirou o cartão que o oficial lhe tinha dado no hospital.

"Então no final é quem você vai ter que lidar com a sua van como você queria. Eu posso deixá-lo no caminho ou você pode pegar um táxi. O que você quer fazer?"

"Vou de táxi,” eu disse depois que olhei para o cartão e vi o endereço. "Seu escritório é no sentido oposto."

"Ok."

"Vou encontrá-lo na casa dos seus pais às seis."

"Soa como um plano." Ele sorriu para mim antes de se inclinar para me beijar.

Sozinho em casa dez minutos depois, liguei para ele rapidamente porque eu tinha esquecido de perguntar sobre os Peterson.

"Sim,” ele riu maldosamente na outra extremidade. "O bandido nesse cenário é a Sra. Peterson. Ela era quem estava tendo o caso, e o bebê que ela está carregando agora não é do Sr. Peterson, já que ele fez uma vasectomia depois do nascimento do seu segundo filho."

"Puta merda."

"Aham."

"Ele está em apuros?"

"Não. Ele fica com seus filhos e ela vai morar com o namorado em Parkridge."

"Então ela vai simplesmente deixar seus filhos?"

"Sim."

"E o Sr. Peterson? "

"Sua mãe vai se mudar pra cá."

"Ahhh, cara.

"É melhor você e a Sra. Martinez e todas as outras harpias do quarteirão irem fazer as pazes. Prepare uma caçarola para o homem, J. Convide-o para jantar. Você deve isso a ele."

"Eu pensei que..."

Ele resmungou, me cortando. "Você é um péssimo juiz de caráter, sabe."

Eu sabia. "Eu não sou uma harpia."

"Não, você não é, peço desculpas. Você é muito bonito."

Rosnei, e seu riso baixo soava bem.

"Quando todos os policiais se forem..."

"Por que havia policiais para começar?"

"O namorado da Sra. Peterson veio buscá-la, e ele queria levar as outras crianças também."

"O Sr. Peterson não deixou seus filhos irem com eles, eu suponho."

"Claro que não. Eu também não teria deixado. Um homem não deixa ninguém tirar os filhos dele, especialmente um pedaço de merda traidor."

"Vou me lembrar disso se um dia eu tiver um caso."

Seu gemido me fez sorrir. "Nunca vai acontecer, J. Você é viciado em mim."

Sim, eu era.

"Eu sou o único homem para você."

"Você é muito vaidoso."

"Sou muito amado." Ele suspirou.

"Sim, você é."

Eu desliguei ao ouvir seu muito presunçoso grunhido masculino.

Quando meu telefone tocou minutos depois, fiquei surpreso ao ver o número de Aaron Sutter. Houve um tempo, antes de nos reconectarmos, quando éramos apenas ex namorados, em que eu nunca teria pensado que ele seria meu amigo. Mas acabou que ele me queria na sua vida e eu o queria na minha, de modo que ambos tínhamos trabalhado pra isso. Eu estava feliz, ele valia a pena.

"Oi,” eu o cumprimentei. "O que está acontecendo?"

"Onde você está?"

"Estou em casa, por quê?"

"Eu acabei de despedir as pessoas que estavam no comando do meu leilão de arte em Darwin Manor no próximo mês, e eu queria saber se você e Dylan e Fal queriam a conta antes que eu comparasse propostas."

"Eu disse a você para nos dar a conta mesmo quando você estava falando sobre isso."

"Sim, mas parecia grande demais para sua pequena empresa."

Eu desliguei na cara dele.

Ele chamou de volta 20 segundos depois. "Que diabos foi isso?"

"Pequena empresa?" Eu estava indignado.

"Jory..."

"Eu odeio quando você me menospreza!" Eu disse, tentando não rosnar.

"Eu odeio quando você desliga na minha cara!"

"Então?"

Ele rosnou em sua extremidade.

"Então?"

"Tudo bem,” ele virou-se para mim. "A conta é sua, mas se você estragar..."

"Sinto muito. Quando, exatamente, eu já o deixei na mão?"

"Merda."

"Vou precisar que o depósito seja feito amanhã e também de todas as especificações para o evento." Eu estava usando minha voz de Stepford Wife só para irritá-lo, uma bem alegre.

"Tudo bem." Ele resmungou.

"Bom.”

Houve um silêncio, o nosso habitual em que ambos decidiram descer de nossos cavalos.

"Então, você está com fome?” Ele disse finalmente. "Você quer almoçar?"

"Eu não posso, gostaria de poder. Tenho que ir até o centro procurar minha van e alugar outra."

"Por que você está alugando uma?"

Então eu expliquei sobre o homem enlouquecido da estrada e como eu fui nocauteado na manobra mais estúpida que nunca, e, em seguida, expliquei a parte mais importante sobre Kevin Dwyer.

"Você quer que eu vá pegar você?"

"Não, está tudo bem, eu..."

"Eu não me importo,” ele me disse. " E assim eu posso verificar Dwyer no caminho."

"O que você quer dizer?" Ele capturou meu interesse.

"Bem, nós pode fazer alguma pesquisa de fundo."

"Tipo, no Google?"

"Mais do que isso. Tenho pessoas para fazer esse tipo de coisa."

"Sim, está bem, venha me pegar."

"Já estarei aí."

Ele levou meia hora para chegar em minha casa, mas eu embalei umas roupas de última hora com as quatro malas em cima da cama no quarto de hóspedes: minha, de Sam, e uma para cada uma das crianças. Sam tinha dito que minhas roupas e as dele poderiam ir juntas, mas eu tinha sapatos para embalar, e casacos, e... Ele desistiu e arrumou uma mochila, já que eu estava levando um saco de roupa para seu terno e o meu.

No Lincoln Town Car, vintage, e impecavelmente mantido de Aaron, eu cumprimentei o motorista, Miguel, que havia trabalhado para ele durante anos.

"Prazer em vê-lo, o Sr. Harcourt,” ele sorriu ao fechar a porta atrás de mim.

"Você ainda está dirigindo essa coisa, Miguel?" Eu perguntei quando ele entrou.

"Mantemos atualizado, não deixe o lado de fora enganá-lo."

"Ah, não, eu sei que estou no carro do Batman."

Ele riu enquanto Aaron dava um tapinha em minha perna em saudação e me passava seu iPad. Estava escrito Kevin Dwyer, MD , e todos os seus stats.

"Isso é simplesmente..."

"Vá até a página dois,” disse ele divertido. "Para onde estamos indo?"

Passei -lhe o cartão, que ele leu para Miguel antes dos dois começarem a discutir lugares de aluguel. Miguel não gostava de onde meu carro estava, e sugeriu a Aaron movê-lo para um lugar que ele conhecia. Isso foi o máximo que eu ouvi, já que estava lendo.

Aparentemente, Sam tinha estado sob vigilância quando estava na Colômbia, e essas imagens, mesmo se confidenciais, não estavam fora dos limites para as pessoas que trabalhavam para Aaron Sutter.

Sam parecia mais jovem, mas basicamente o mesmo, e Kevin Dwyer parecia ainda melhor, o que era incrível. Foi difícil ver a maneira como ele sorria para Sam nas fotos, tocava-o, e quão perto eles caminhavam juntos. A única coisa que me impediu de perder o controle, porém, foi o olhar nos olhos de Sam. O sorriso não os alcançava. No instante em que reconheci isso, percebi que eu estava olhando para uma total falta de carinho, me enchi de orgulho inconveniente. Claramente o que Kevin Dwyer tinha pensado que havia entre eles não era o caso. Sam Kage nunca foi apaixonada por ele, e eu sabia do que eu estava falando. Eu podia dizer com certeza como o amor parecia no homem.

"Você parece feliz."

Eu grunhi para Aaron e, em seguida, passei os olhos por cima do histórico de relacionamento de Kevin desde Sam. Surpreendentemente, não havia um. Era como se ele tivesse desaparecido, antes de aparecer de volta em Chicago há seis meses.

"Isso é estranho, não é?"

"O jeito que ele simplesmente desapareceu após Sam deixar a Colômbia?"

"Aham."

"Eu pensei que fossem muito estranho, mas tenho pessoas boas e pedi-lhes para cavar."

"É?"

"Sim, e se encontramos alguma coisa, passo pra você."

"Tudo bem." Eu exalei.

"Tudo melhor agora?"

Eu balancei a cabeça e passei o iPad de volta para ele. "Obrigado. É trapaça, o que eu fiz, mas obrigado de qualquer maneira."

"Deve haver benefícios ser amigos com os ricos, sim?"

Eu balancei a cabeça e me inclinei para ele, batendo no ombro. "Você é o melhor."

"Eu continuo a dizer isso."

Eu ri para ele quando paramos. "Sei. Você não me quer mais, Sutter. Eu tenho bagagem agora, pessoinhas e um gato."

"Eu gosto muito de seus filhos, e suspeito que se eu der um carro de corrida a Kola e um pônei a Hannah, eles iriam me amar também. Seu gato só precisa ser baleado com tranquilizantes para se acalmar."

"Você quer medicar meu gato." Sorri quando eu saí, Miguel segurando a porta para mim. Aaron seguindo.

"Sim,” ele disse presunçosamente, abotoando o paletó antes de puxar o sobretudo e cachecol. "Vamos?"

Eu percebi que eu não tinha ideia de onde estávamos. Parecia uma concessionária de carros, não um lugar de aluguel. "O que está acontecendo?"

"Nós vamos comprar uma nova van."

"Mas eu gosto da minha. Eu só preciso alugar uma."

"Você gosta da sua coisinha Nissan."

"Sim, eu amo."

Ele resmungou, e as portas de vidro do que pude ver ser uma concessionária Mercedes –Benz se abriram.

"Oh, pelo amor de Deus, Aaron, eu só preciso de um aluguel."

Mas havia um grupo de pessoas na nossa frente, um homem e três mulheres, e quando um dos três pediu minha carteira de motorista, eu peguei minha carteira e passei para ela. Realmente, brigar com Aaron – especialmente na frente de outras pessoas, era inútil – a menos que eu estivesse preparado para ceder, o que eu não fazia mais.

"Estou com fome,” eu lhe disse vinte minutos depois.

"Nós vamos comer sanduíches de carne de Al após isso, tudo bem?" Ele ofereceu como se eu tivesse cinco anos, em vez de trinta e cinco anos.

Olhei para Miguel. "Você quer isso?"

"O meu favorito,” ele me assegurou. "Agora preste atenção. A senhora perguntou -lhe que cor você quer."

"Preto.” eu disse a ela.

"Que tal ardósia metálico em vez disso? " Ela inclinou a cabeça e sorriu para mim.

Eu gemi.

Dirigindo a nova minivan Mercedes – Benz R-Class da concessionária, eu estava confuso sobre se era alugada ou não. Parecia estar tudo pago e registrado em meu nome, mas me foi dito com muita firmeza que, se eu quisesse, poderia devolvê-la a qualquer momento durante o mês. Havia a cópia de um cartão de seguro no porta-luvas, e Miguel tinha ido para onde meu Nissan estava para pegar tudo o que havia nele e nos encontrar no Al. Eu não estava preocupado, Sam tinha um conjunto de assentos de carro em seu enorme SUV que poderíamos levar conosco em vez do conjunto de minha van, mas agora eu teria os dois.

A comida tinha acabado de chegar à mesa quando Miguel se juntou a nós no Al. Ele me fez dar as chaves para dois caras que vieram até para a mesa, e meu palpite é que, enquanto comíamos, eles mudaram tudo.

"Deve ser bom ter empregados,” disse Aaron.

"Muito bom, sim." Ele sorriu para mim.

Eu deixei pra lá, perguntou quanto custou a van, e ele me respondeu com a boca cheia de sanduíche de carne picante. "Eu amo as pimentas,” ele me disse enquanto engolia.

"Aaron."

Ele bateu o joelho contra o meu debaixo da mesa. "Sabe, Jory, a parte traseira de sua van foi completamente esmagada para dentro."

Olhei para Miguel. "Foi?"

Ele fez um barulho enquanto mastigava. "Aham. Alguém se chocou com você por trás, não foi?"

Eu não me lembro disso.

"Você sabe que a Mercedes é construída como um tanque, certo? As crianças estariam a salvo."

Quando eu olhei de volta para Aaron, ele balançou as sobrancelhas para mim.

"Eu posso comprar a minha própria nova minivan, se for preciso, com o dinheiro do seguro. Assim que eu receber, esta vai ser devolvida."

"Como você quiser,” ele concordou.

Uma vez de volta na van, percebi que tudo estava lá: a borboleta de ágata entalhada cor de marfim que estava pendurado do espelho, os assentos de carro, o gi de Kola, dois pares de patins, um portador do gato, um kit de primeiros socorros, e todos os meus cupons de porta-luvas.

"E você não tinha AAA , mas agora tem. Fiz o download do número e seu ID em seu telefone,” Aaron disse de onde ele estava encostado na minha janela aberta.

"Eu não preciso que você cuide de mim."

"Eu sei."

Eu olhava para ele. "Você acabou de me comprar uma van, ou isso é um aluguel?"

"Eu comprei uma van."

Meu suspiro foi longo. "Vou levá-la de volta logo que eu receber meu dinheiro de seguros e obter uma nova van."

"Como eu disse, se você decidir que é melhor, está tudo bem para mim."

"Não está tudo bem para você."

"Não, não está, mas eu nunca tive muita sorte em lhe dar presentes."

"Eu não posso me apaixonar por ela. Eu não posso me permitir isso."

"Você pode me dar o que receber por sua van da companhia de seguros e podemos deixar por isso mesmo."

"Mas isso não seria..."

"Mas poderia ser,” disse ele, com os olhos presos nos meus . "Pela primeira vez."

"Aaron..."

"Se os papéis fossem invertidos, você me compraria uma nova van? Quero dizer, se eu tivesse as crianças e um orçamento mensal rigoroso, você faria isso por mim?"

"Bem, sim, mas..."

"Faça o que quiser,” disse ele, inclinando para se livrar.

Eu agarrei seu antebraço. "Não seja um idiota."

"Então deixe-me fazer alguma coisa para você,” ele murmurou para mim. "Eu tenho muito dinheiro, e eu faço coisas por minha família e amigos. Eu não espero que você transe comigo só porque eu..."

"Ok,” eu ri pra ele.

"Ok, tipo, ok?"

"Ok, tipo eu vou dirigi-la por um mês e ver como é que fica."

"Tem uma classificação incrível de segurança."

"O carro custa mais do que eu ganhei no ano passado."

"Não, provavelmente os valores são iguais."

" Aaron..."

"Você nunca, nunca, me deixou fazer nada por você em mais de nove anos, quase dez anos de amizade. Talvez só desta vez, já que não é só para você e o seguro vai pagar por um terço facilmente..."

"Vou ver o que Sam diz."

"Bom.” Ele sorriu para mim. "Agora que você sabe, tudo está feito. O registro virá por e-mail, mas você tem cópias no porta-luvas em uma bolsa com zíper, ok?"

"E o seguro?"

"Lá também."

"Você transferiu meu seguro da minha van antiga para esta nova?"

"Não exatamente."

Eu fiquei olhando para ele. "O que significa isso?"

"Só ... me ligue quando você voltar de sua coisa reunião na próxima semana, e nesse meio tempo, eu vou enviar todas as informações sobre o leilão de arte para Dylan e Fal."

"Ok, dê um passo para trás. "

Ele se moveu, e eu saí e investi contra ele. "Obrigado."

Ele gemeu como se estivesse irritado. "Esta demonstração de apreço é tão..."

"Necessária,” eu disse a ele ao abraçá-lo apertado

==============================================================================================

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Bibizinha2 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Sam e Jory são demaisssssss!!!!! E o Aaron parece que se conformou em ser só amigo,bom pra ele né!😈😉👀🙆✌👄

0 0
Foto de perfil genérica

SERÁ Q SAM NÃO TEVE ALGO MAIS COM O MÉDICO DA COLÔMBIA?

0 0
Foto de perfil genérica

Vai dar treta... Não tenho estruturas nem para caso esses dois dêem um tempo ... Mas Kevin veio pra importunar e acho que Aaron pode ter a ver com isso... Enfim

0 0
Foto de perfil genérica

Gostei muito da atitude do J e depois a do Sam ao dizer toda a verdade sobre o relacionamento com o Kevin e sobre as demais investigações, Aaron até que enfim conseguiu fazer Jory aceitar um presente que não seria só para ele, mas para seus filhos tb, gostei muito, agora uma pergunta que não quer calar Kevin está envolvido com os traficantes, ou ele veio atrás do Sam iludido, achando que poderia retomar o caso que eles tiveram? Desta vez penso que a pessoa perseguida vai ser o Sam.

0 0
Foto de perfil genérica

ainda bem que eles n se separaram ufa tirou um peso aqui kkkkkkkkk a amizade dele com o Aaron ta melhorando espero que n estrague.

0 0
Foto de perfil genérica

Kkkkkkk Sam e jory sempre acalmando meu coração 😋😋amo d+ esses 2 😍😍😍😍😍😍😘

0 0