MESA PRA TRÊS 3ª PARTE - CAP 3 HAROLDO

Um conto erótico de Cookie
Categoria:
Contém 1351 palavras
Data: 18/06/2016 00:07:47
Assuntos:

3ª PARTE

CAPÍTULO 3

HAROLDO

- Aah, ok! - Disse Gabriel tranquilamente.

Mike se sentiu aliviado e o mesmo tempo incomodado com a frieza de Gabriel sobre o que ocorria ali, gostava da ideia de estar ao lado de um Gabriel despojado e não tão frenético quanto suas ideias, mas a diminuição do significado de que os dois nunca se veriam mais pairava na cabeça de Mike, ele não queria ser contrariado, porém não queria ter sua morte aceita de braços abertos e sem relutância.

Gabriel mantinha-se estarrecido alternando o olhar, olhava para Mike e para rua, mas parecia divagar em pensamentos vagos dentro de sua cabeça.

- Você vai lá. – Disse Mike respirando fundo – Pede o broche e vamos embora...

Gabriel arregalou os olhos ao ouvir aquilo, achava absurda aquela ideia.

- Como assim? Eu? O cunhado é seu! Você que entre! - Respondeu Gabriel na defensiva.

- Cunhado? Do que você tá falando? - Se defendeu Mike - Se eu entrar lá assim, eu vou esmurrar a cara desse moleque... E eu prometi... Enfim, pede o broche e vamos embora!

- Então só me promete uma coisa... Conta pro Jorge logo! Isso tá me matando. – E saiu do carro.

Gabriel estava tão aliviado por deixar a inospitalidade daquele carro que havia se esquecido completamente que estava prestes a bater à porta de um nazista.

Mike se olhou no retrovisor do espelho, fechou os olhos, inspirou e expirou profundamente. Tirou de seu pescoço um cordão cujo pingente era o símbolo singelo de uma árvore de prata.

- Você estaria rindo agora, não é Mônica? – Disse baixinho para sim mesmo. Mike fechou os olhos deixando a cabeça aberta para a visita de memórias e em seu rosto fez-se perceber as mais nostálgicas lembranças vividas por ele.

Mike abriu a porta luva com esperança e tirou dali uma pequena garrafa de whisky que havia comprado escondido de Jorge num posto de gasolina semana passada. Estava prestes a esvaziar o pequeno recipiente de uma vez só quando Gabriel entrou no carro chorando.

- O que foi agora? – Perguntou Mike emburrado!

Gabriel tentou fazer alguns gestos, mas tudo o que conseguia fazer era chorar. Pelos soluços e volume do choro Mike conferiu com os olhos o corpo de Gabriel para ver se este estava machucado ou algo assim, porém não encontrou nada!

- Ele é muito mal! – Gabriel conseguiu dizer depois de segurar o choro!

- Ai meu Deus! – Exasperou Mike revirando os olhos – Era só pegar o mísero broche! Que merda! - Gritou Mike socando o volante.

Gabriel chorava mais alto. – Mike virou a pequena garrafa do Jack Daniels. – Se livra disso aqui! Não deixa no carro, joga fora, sei lá! Já volto! - E saiu do carro batendo a porta.

Em 2 minutos Gabriel já havia se acalmado, suas lágrimas foram secas com a manga da camisa, havia achado outra garrafa de whisky, começou a pensar em Jorge, depois em Mike e depois no que Mike fazia e porque demorava, concluiu que não estava num estado psicológico muito bom para ficar à deriva. Resolveu voltar à casa e ver o que estava acontecendo.

Não sabia-se o certo onde terminava o quintal e onde começava a calçada, o bairro percebia-se pobre, a casa era branca e pequena, tinha a aparência envelhecida, haviam duas partes, a superior tinha as janelas cobertas com sacos pretos.

Gabriel percebeu que não andava normalmente, “maldito whisky”, “Talvez não tenha sido o que eu bebi, mas quão rápido eu bebi”. Entrou na casa.

- Mike? – Disse meio baixo. – A porta da casa continuava bem aberta e só o silêncio reinava. Gabriel observou o espaço todo e inconsciente rezou para que não houvesse sangue, não entendia o silêncio, reparou que na escada à direita havia um pé de tênis que Haroldo estava usando quando discutiu com ele. Entrou de vez na casa, se aproximou e percebeu que oito degraus a cima outro pé da mesma cor estava ali, subiu as escadas e pode ouvir alguém se movendo. Foram três passos do fim da escada até a porta. Gabriel pode ver Haroldo imóvel sentado com fita adesiva sobre o corpo todo circulando sus canelas até as costas, seu rosto estava vermelho, seu olho esquerdo mais escuro que o normal e sua sobrancelha direita sangrava.

- Que porra é essa Mike? – Disse Gabriel assustado!

Mike olhou para trás e ficou feliz que Gabriel havia entrado.

- Ah que bom que você está aqui, hoje estamos aprendendo sobre educação, não é? - Perguntou dando um tapa na cara de Haroldo que tentava gritar, mas em vão.

Haroldo tinha pouco mais que um metro e sessenta, também loiro, possuía os olhos bem azuis, de cabeça raspada tinha o número oitenta e oito grande tatuado na nuca, era forte e seu rosto se assemelhava ao de Mike, usava uma corrente de prata e uma regata vermelha que parecia ser uniforme de um time de basquete.

- Agora vou perguntar de novo, onde está o broche? – Dizia Mike calmamente.

Haroldo fazia expressões de raiva e de relance olhou para a penteadeira.

- Aah, ali? Viu como é fácil? - Disse Mike carinhosamente.

Gabriel não sabia ao certo o que estava acontecendo consigo, porém de repente a situação tinha se tornado extremamente confortável.

- Gabriel, querido, por favor? - Pediu Mike.

Gabriel apenas concordou com a cabeça e se dirigiu a cômoda, abriu a primeira gaveta e reparou que ali havia várias coisas além do broche.

- Mike... – Disse assustado.

- Taí? – Perguntou.

- Acho que você deveria ver isso aqui!

Mike sabia que não veria coisa boa, mas mesmo assim se levantou. Olhou para Haroldo e disse:

- É melhor eu não ver nada que me chateie, você não está numa posição muito boa – Advertiu.

Haroldo se esperneava ainda mais tentando se livrar das inúmeras fitas adesivas coladas pelo seu corpo.

- Que porra é essa?! – Disse Mike se surpreendendo.

Eram vários os objetos dentro daquela gaveta, botões, insígnias e mini aviões com emblemas de suásticas, várias estampas cuidadosamente dobradas, duas armas, uma pequena e uma média, mais de cinco tipos de canivetes, quatro luvas pretas, máscaras, soco inglês e um frasco de vidro tampado com um dedo negro dentro.

Gabriel levou a mão a boca ao se deparar com aquilo. Mike virou a cabeça para Haroldo, respirou fundo com malícia no olhos e disse:

- Que péssimo dia para ser você! - Disse mostrando os dentes ao rir.

Nesse momento Haroldo conseguiu se fazer desprender do pedaço de fita que tapava a sua boca.

- Você e esse negrinho, estão fudidos, vocês não são nada além da sujeira e imundície do mundo, vocês são –

E Haroldo foi interrompido com um pontapé na boca dado por Mike que fez dois de seus dentes voarem de sua boca.

- Não é assim que você fala com meu namorado! – Disse Mike, enquanto os dentes foram arrancados da boca de Haroldo ainda rolavam no chão!

- Namorado? – Repetiu Gabriel sem reação.

- Deixa eu adivinhar... Você também não gosta de gays, não é? Isso te faz nos odiar mais ou se odiar mais? Heim! – Ria Mike segurando o rosto de Haroldo. – Foi espancado por uma bichinha! Vai contar para os amigos? Que vergonha, não?

- Você me chamou de namorado? – Perguntou Gabriel sério.

- Não acredito que uma besta como essa engravidou minha irmã. – Disse se levantando e olhando para Gabriel.

- Eu estou tão excitado agora. – Disse Gabriel olhando para Mike!

- Tá, é? – Perguntou Mike mudando sua afeição.

- Aham! - Disse Gabriel analisando o corpo de Mike que parecia mais másculo do que quando havia saído daquele carro.

- Que bom... - Mike ergueu as sobrancelhas como se acabasse de pensar em algo brilhante - Eu tive uma ideia.

Mike e Gabriel estenderam todas as toalhas e bandeiras com suásticas por sobre a cama que existiam na gaveta e transaram ali em cima. Gabriel de quatro por sobre a cama gemia, enquanto Gabriel o socava por trás.

Três minutos se passaram, Haroldo chorava de olhos fechados.

- Pronto? – Perguntou Mike!

- Pronto! – Confirmou Gabriel.

- Pega o broche e vamos embora! – Disse Mike para Gabriel que levantava a calça e se dirigia à cômoda!

- Enquanto isso, eu vou deixar uma lembrança pra você... – Mike removeu a camisinha de seu pênis com cuidado para não deixar o sêmen escorrer.

- Já jantou hoje? – Perguntou Mike.

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