Ao seu lado: Outro lado da moeda. Capítulo 24

Um conto erótico de Vick_Tinho
Categoria: Homossexual
Contém 4536 palavras
Data: 15/06/2016 23:47:29
Última revisão: 17/06/2016 01:10:22

Ps. Fatos narrados por Susan.

O meu nome é Susan Smith, vivo numa família que é de poder aquisitivo alto, minha família tem uma série de empresas, que vai desde supermercados até empreiteiras, minha mãe Rebeca Sant é responsavel pelos supermercados e as lojas de roupas, perfumarias, e etc. Já meu pai Edgar Smith é responsável pelas empreiteiras e postos de gasolina que temos aqui no Estados Unidos.

As coisas sempre eram muito perfeitas para mim, meus pais eram separados, e eu vivia com a minha mãe, embora ela não tivesse todo o tempo do mundo para mim, eu me sentia feliz, porque eu sabia que tanto ela quanto meu pai me amavam, e sempre me diziam isso.

Eu não posso dizer que me sentia carente, por que quando isso acontecia, ele sempre estava lá, Geremy, meu irmão gêmeo que mora com meu pai, é mais velho apenas por pouco mais de 2 minutos. Nunca permitia que nada nos deixasse triste, era o que eu pensava até começar a vê-lo triste em seu quarto quando ia na casa de papai, frequentemente passei a ver ele dessa maneira. Depois de uns dias eu e minha mãe tivemos que mudar de cidade, e ele veio morar conosco, eu não sabia muito bem os motivos de termos que sair de onde estávamos, mas depois disso Geremy passou a ficar bem mais triste do que o de costume e eu já não aguentava mais isso.

Em uma noite fui em seu quarto e ele estava tão triste que não suportei em vê-lo chorar daquele jeito, quando me aproximei dele e o abracei, seu choro se intensificou, até que perguntei o que tinha acontecido, mas ele se recusava a me dizer, então eu insistir, mas ele apenas disse:

- Se eu contar você vai me odiar para sempre irmã, e eu te amo. Não iria suportar isso. - Falou Geremy.

- É claro que não, da onde você imaginou uma coisa dessas. Eu nunca vou te odiar. - Disse.

- Você sabe por que o papai nos tirou do Alasca? - Questionou ele.

- Não Geremy, eu não sei. -

- Por que eu me apaixonei pelo Apollo, nosso primo. Ele e nosso tio nos pegaram transando, e nos bateram muito. É isso irmã, eu sou gay. Você vai odiar por causa disso, não vai? - Falou ele em choro ainda grudado em meu ombro.

- Claro que não vou te odiar, Geremy. Isso é normal, eu já beijei uma menina e nem por isso estou triste. - Disse.

- Susan, você também é gay? - Falou ele olhando nos meus olhos com seus cílios todos molhados de suas lagrimas.

- Claro que não, Geremy. -

- E por que você beijou ela? - questionou ele.

- Faz somente alguns dias. A minha melhor amiga, Jennifer, se declarou para mim quando soube que eu ia mudar. Falou que ficou com medo de ser rejeitada se tivesse falado antes, eu falei para ela que não me sentia atraída por mulheres, mas que queria dá um beijo de despedida nela. Só isso. - Disse a ele.

- Tudo bem. Mas então você não vai se afastar de mim não, né irmã. Por que eu te amo. - Disse ele.

- Eu! Claro que não, jamais. Só não acho que você deva continuar triste por isso. - Falei.

Mas ele se impôs dizendo:

- Não é só por causa disso que eu estou sofrendo, Susan. Eu confesso que não me aceito como gay, pelo menos não ainda. Mas o pior de tudo isso é que meu pai me proibiu de ver o Apollo, e eu o amo. Eu estava vivendo uma relação com ele a mais de 1 ano, e sinto que a cada dia o amo mais. -

- Calma, Geremy. Acho que com o tempo isso se resolve. - Disse.

☆☆☆

Aquilo era o que eu pensava que iria acontecer, mas não foi. O meu irmão passou a ocupar todo o seu tempo, começou a fazer musculação, jogar futebol e lutar boxe, tudo para não voltar a pensar em Apollo. Foi só o começo, ele ainda começou a sair com alguns rapazes, se tornou popular e experiente com relação as coisas intimas, teve algumas más influencias e acabou se apaixonando novamente.

Passei a achar estranho essa nova relação dele, eu nunca cheguei a ver o rapaz, só o conhecia por nome, era conhecido como "Tavinho".

No dia em que me falou que estava apaixonado, me disse que tinha tomado o caminho errado, mas que estava disposto a mudar, se tornar aquele garoto que sempre foi. Mas que estava difícil, por que quando tentava, o próprio Tavinho o fazia tomar decisões inadequadas.

Eu realmente não sabia o que fazer, passei a ser não só a irmã dele, mas amiga. Ele me contava tudo, como Tavinho o fazia se sentir, eles passaram a ter uma relação, ele fez com que Tavinho conhecesse as coisas, mas me contou que o rapaz ficou muito viciado em ter relações intimas com ele, e isso o preocupava muito.

Quando Geremy, falou para mim que realmente tinha esquecido Apollo, aquilo me alegrou, porque eu própria não aguentava ver ele se acabando por conta de uma relação que era impossível naquele momento.

Depois, disso foi muito estranho, Geremy e Tavinho se encontravam bastantes e passaram a treinar na casa dele. Geremy vinha conversar comigo e falava que estava desconfiado, porque o rapaz vivia estranho e desaparecia de vez quando, se entrosou com seu amigo que se chamava Robert, eu falava pra ele ter calma, mas ele apenas me dizia que ele não podia estar enganado.

Com o tempo ele só ficava mais apaixonado por ele. Em certa noite me chamou, falando que já fazia 2 anos que ele estava nessa relação com Tavinho e que tinha decidido pedir o rapaz em namoro, algo que fosse oficial para que ele não tivesse desconfiança. Ele falou que as relações deles eram fixas, mas que queria oficializar com um anel.

Eu e ele fomos em busca do anel que ele achasse apropriado, depois de comprado só faltava ele criar coragem para fazê-lo, ele ficou nervoso o dia todo. A noite ele passou por mim na sala e disse:

- Irmãzinha, me deseje sorte. - Saindo em seguida pela porta da frente.

Aquela noite foi muito estranha, depois que Geremy veio morar com mamãe e eu, as coisas realmente ficaram mais fáceis para mim, ele nunca deixava nossos dias monótonos, ele era um verdadeiro irmão, não havia brigas entre nós e ele sempre me defendeu de tudo e todos.

Cerca de duas horas depois recebo uma ligação de Geremy, ele estava chorando. Eu perguntei o que tinha acontecido e ele entre soluços disse:

- Ele estava com outro transando, eu peguei ele. -

- Como assim Geremy? Me explica. - Disse nervosa.

- Eu cheguei na casa dele, o procurei, mas não achei. Quando entrei numa pequena academia que o pai dele havia feito, ele estava transando com meu amigo. E agora maninha, eu não sei o que fazer, está doendo tanto. - Falou ele.

- Calma mano, isso vai passar. Onde você está? -

- Estou a caminho de casa. - Falou ele ainda tentando segurar o choro.

- Mano, por favor. Vem devagar, para que nada aconteça. -

- Acho que a pior dor que eu poderia sentir é a que estou sentindo agora. Ainda bem que eu tenho você minha Susan. - Falou ele.

- Eu também te amo muito, Geremy. -

Essa foi a última coisa que eu falei a ele antes de ouvir o carro batendo em algo. Eu fiquei desesperada liguei para minha mãe e falei o que tinha acontecido, minha mãe rapidamente acionou os bombeiros, mas nada mais podia ser feito, meu único irmão acabou morto. E desde então eu guardo uma forte dor emocional. Depois que tudo passou, fui tentar tirar satisfações com o tal de Tavinho, mas quando cheguei em sua casa soube que ele tinha fugido com o pai que estava sendo procurado por fraude em sua empresa.

Jurei me vingar dele, mas não sabia muito o que fazer, então decidi me preparar para isso, depois de um ano eu soube que ele estava no Brasil e que já estavam aprontando novamente. A partir desse momento comecei a focar na língua portuguesa, contratei um professor brasileiro pra me ajudar, era impressionante como as pessoas ricas conheciam muitos bandidos, soube por um amigo do meu pai que decidiu me ajudar que eles tinham trocado o sobrenome deles, então decidi fazer mesmo, só pra prevenir que o tal Tavinho não fizesse a ligação dos sobrenomes, já que eu havia entrado na Universidade Águia Dourada no mesmo semestre que ele, pra que quando eu começasse minha vingança, eu fosse transferida pra sala dele.

Quando cheguei ao Brasil foi no período de férias, fiquei dois meses estudando de que maneira ficaria mais próximo dele, então decidi entrar na empresa que ele trabalhava, virei secretaria, o que não foi tão ruim assim, mas eu tomava cuidado para que eu não me apegasse a ninguém sentimentalmente, e foi assim no começo, fui transferida para Águia Dourada do Amazonas e fiquei quieta no meu canto, só que as coisas começaram a ficar mais arriscada, descobrir que ele e o pai eram bandidos violentos, fiz um grampo telefônico e descobrir que o pai dele ia tentar matar um dos donos que afinal ia assumir a empresa, assim ele ficaria no lugar dele e conseguiria rouba-la, fiquei pensando em vários tipos de coisas pra evitar que aquilo acontecesse, mas no fundo não queria me envolver naquilo, por que minha briga era outra, mas passei um ano trabalhando lá, e o William, o rapaz que era o dono e ia assumir a empresa, passou a ser meu chefe, passei a conhecer ele de verdade, ele era um ótimo rapaz e pior, ele amava o rapaz com quem tinha se casado, ele podia ser meu irmão, numa de nossas reuniões um cara falou que só assinaria o contrato se ele fosse jantar com o cara, se ele fosse outro ele iria, não perderia essa chance, afinal são só negócios, mas ele se recusou e falou que quem não queria mais aquele contrato era ele, quando estávamos no carro eu perguntei porque ele não foi, já que aquilo seria um ótimo contrato pra ele, ele apenas disse:

- Eu tenho muito mais do que pedir a Deus, dinheiro e tudo o que ele pode me proporcionar, mas se eu perder o meu amor, eu realmente não saberei o que fazer da minha vida. - Finalizou ele.

Então como eu poderia virar as costas para tudo aquilo, já que eu mesma não acreditava em amor. Estava vendo que aquilo ainda existia. Quando eu chegava em casa, ficava ouvindo as escutas para ver se tinha algo que me interessava, mas nada, nada acontecia, nenhuma informação que eu pudesse usar.

As coisas na empresa estavam ficando tensas por conta que William iria assumir em poucos dias, ele teve que fazer uma pequena viagem em que eu não iria, porque Lucero me queria na organização da festa que seria dada na posse de William.

☆☆☆

Uma semana se passaram desde que William viajou e hoje ele estaria de volta já na festa. Tudo estava magnifico, tudo estava exatamente perfeito, as pessoas todas bebendo e esperando William chegar, quando estava indo para o banheiro, vi que Gustavo estava indo pra uma das salas de espera com o celular no ouvido, fui atrás dele, após ele entrar eu seguro a maçaneta e destravo a porta, abro bem lentamente o suficiente para ouvir o que ele falava. Mas o que eu ouvir não era muito legal, Gustavo apenas disse:

- Agora não pai, vão desconfiar se ele morrer no dia da posse dele. -

O pai dele fala alguma coisa, e Gustavo apenas diz:

- No aeroporto. Tudo bem, você sabe o que faz. -

Fiquei sem saber o que fazer o que fazer, então decidi sair ir até o aeroporto e encontrar ele pessoalmente e dizer tudo o que estava acontecendo, pelos meus cálculos ele chegaria em pouco tempo.

Sair de lá pelo salão de festa, eu estava com a cabeça na lua, apenas queria chegar lá rapidamente. Na frente do salão, chegando num carro que mais parecia um táxi, João, o enfermeiro da Universidade ia estacionar, entrei no carro dele e pedir, praticamente gritando para que ele fosse para o aeroporto, que era caso de vida ou morte, no caminho expliquei para ele o que estava acontecendo então ele acelerou o carro para que pudéssemos chegar a tempo.

Quando chegamos no aeroporto, os passageiros do voo que ele havia vindo já estavam saindo, então corri para o estacionamento e por traz de mim passou o carro de Felipe, que William costumava dirigir quando ia pra empresa, então corremos para o carro de João, e tentamos chegar a tempo de encontrar William, mas infelizmente não conseguimos, a única coisa que vi foi um caminhão empurrar o carro deles de uma só vez, que desceu um pequeno barranco, minutos depois quando conseguimos descer até lá onde estava o veículo vimos de longe uma pessoa ensanguentada puxando outra e a parte da frente do carro pegando fogo, João ajudou a puxar o corpo e quando olhei na face do rapaz ensanguentado, era Osvaldo, que estava tirando William de dentro do carro.

A princípio não acreditei, como ele poderia estar lá com ele no carro, se ele estava na festa. Mas não deu para perguntar nada, ele estava em péssimo estado e logo o carro explodiu e William acordou e começou a gritar dizendo que tinha gente no carro.

- Como assim tem gente no carro? - Questionei João.

- Tem três pessoas, mas não podemos ficar aqui Susan, mas eles não estão mais vivos, olha a situação do carro em chamas, vamos, ele vem matar William. Nos tira daqui por favor. - Implorou Osvaldo.

Não foi fácil ver eles daquele jeito, Osvaldo parecia estar em choque sendo movido apenas pelo seu instinto de sobrevivência e Felipe ficava gritando porque não sentia suas pernas.

Pedi para João carregar William para carro e ligar para os bombeiros. Enquanto isso perguntei quem que estava no carro, ele apenas disse que não conhecia, que eram dois homens da nossa idade e uma mulher. Fiquei pensando, mas não me vinha nada na cabeça, até que Osvaldo falou:

- O pai do Gustavo mandou matar o William, ele comprou a polícia eu sei. Nos tira daqui eles vão nos matar. - Disse ele.

Nesse momento tive a ideia, pedi o celular e os documentos dele, coloquei tudo próximo ao carro, em uma área onde tinha alguns trecos que obviamente tinha caído do carro.

Fomos logo para o carro nesse meio tempo fomos para o hospital particular que João havia trabalhado a algum tempo, onde ele disse que a mãe de William já havia estado internada. Nesse meio tempo Osvaldo falava coisa com coisa, a única coisa que eu entendia era que precisávamos sair da cidade.

Depois que Osvaldo foi atendido, ele estava calmo e fui até ele, William e ele estavam no mesmo quarto sendo atendidos, os médicos estavam dando os primeiros socorros, Osvaldo me explicou que era imprescindível que saíssemos de lá por que ele ia nos matar. Logo em seguida William foi enviado para sala de emergência, pois precisa fazer uma operação, pois sua coluna havia sido atingida.

Fui até o João e perguntei:

- João, por favor. Não deixe que ninguém saiba que estamos aqui, pelo que Osvaldo está dizendo se descobrirem que ele está vivo, ele pode sofrer represálias. - Falei tentando convence-lo.

Mas não havia sido difícil, por que ele logo concordou. Voltei para o quarto com Osvaldo que já estava mais calmo, e disse o que eu tinha feito, ele apenas disse para mim chamar o João assim fiz. Quando João chegou Osvaldo disse:

- João, nos ajude. Depois disso estamos jurado de morte. A Susan colocou nossos documentos próximo ao carro, vão achar que os corpos eram nossos a princípio, mas se eles fizerem exames vão descobrir que não. Tem como você fazer esses exames apontarem que é nós. - Falou Osvaldo.

- Tem, mas eu não vou fazer isso. Eu posso ser preso. - Falou ele, aparentemente com medo.

- Por favor João, nos ajude. Eu prometo que não deixo nada acontecer com você. Eu sou rica. Nos ajude e prometo que você não precisará se preocupar com dinheiro. - Eu disse o chamando para fora do quarto.

Fora do quarto falei para ele que aquilo era porque quem estava envolvido naquela tentativa de assassinato eram bandidos perigosos. Ele me falou que tinha conhecidos que podiam fazer aquilo, mas que eles iam pedir uma alta quantidade de dinheiro e que era obvio que ela não tinha naquele momento. E ele estava certo, eu não tinha aquele dinheiro em mãos e demoraria muitos dias para conseguir, então estavamos perdidos naquele momento.

Depois disso João me entregou o celular de William, que estava no bolso dele, quando as enfermeiras tiraram a roupa dele para a cirurgia. Nesse momento liguei o celular que estava desligado e tinha várias ligações, então pedi para João liga e dizer que William tinha sofrido um acidente que não havia sobrevivido, mas só que ele disse foi:

- Não. Sinto muito, não pudemos fazer nada. - Finalizou João. - E agora, que vamos fazer? - Questionou ele.

- Dá um jeito de fazer com que o celular de William vá para com os nossos, como se tivesse dentro caído com os nosso e o relógio dele que a enfermeira tirou, queime e ponha no braço de uma das vítimas pra parecer o corpo do William. Tudo bem? - Falei.

- Tudo bem. Mas lembra que para isso eles vão querer dinheiro e você vai ter que dá. -

- Ok, vai. - Disse eu

- Só mais uma coisa, eu estou fazendo isso pela mãe do William. - Disse ele saindo pelo corredor do hospital.

- Que seja. - Eu disse entrando no quarto com Osvaldo.

Conversei com Osvaldo e ele perguntou se ele tinha aceitado, falei que tinha, mas que para isso ele teria que ter dinheiro pra pessoas que ajudariam ele. Depois disso Osvaldo ficou chamando os piores palavrões e começou a chorar, eu o questionei e ele apenas disse:

- Eu ouvi toda a conversa do pai do Gustavo com um cara na sala da presidência, eles são bandidos, eles vão fazer coisa pior, eu não consigo lembrar de tudo, por mais que eu pense eu não consigo lembrar, depois disso eu corri para o aeroporto. - Falou ele.

- Ah sim. Aconteceu algo parecido comigo. Eu ouvir a conversa do Gustavo com e o pai lá na sala de espera perto do salão, ele dizia que seria naquele momento, por isso eu me desesperei e fui também para o aeroporto e me surpreendi de te ver lá. - Finalizei.

Depois disso as enfermeiras entraram e disseram que precisavam ceda-lo, para que ele descansasse e tomasse alguns medicamentos. Quando foi pela parte da manhã João chegou e disse que o perito havia aceitado fazer o que eu havia pedido, mas que eu teria que desembolsar o equivalente a um milhão de reais, mas ele acabou falando que era muito e o cara abaixou para 700 mil, mas só que eu não tinha da onde tirar aquele valor, e nem Osvaldo poderia ir no banco. Eu aceitei, mas ele deveria esperar um pouco para que conseguíssemos a quantia.

Depois que William acordou ele começou a gritar dizendo que não sentia as pernas, só se acalmou depois que o médico que o operou disse que aquilo era normal depois de uma cirurgia, explicamos tudo o que havia acontecido a ele, ele quis avisar logo para Felipe, mas Osvaldo o fez entender que Felipe estaria em perigo se soubesse de tudo logo, o convencemos a dar um tempo até ele se recuperar e explicamos tudo o que fizemos, mas ele ainda começou a se remoer de culpa por conta dos conhecidos dele que morreram, ele me fez prometer que falaria com a família e daria um jeito dos corpos irem pra ele, eu prometi que sim, mas que precisamos de dinheiro pra fazer tudo isso, então ele disse que tinha dinheiro vivo em uma casa que ele havia ganhado de Felipe.

Me falou a senha, me indicou a ir lá e colocar a minha mão 5 vezes para que desse erro na leitura de digital, para que eu pudesse colocar o código de segurança e depois a senha, depois que tirei os dólares, fui fazer minha parte, que era comprar tudo e preparar nossa viagem para fora do país. Preparei exatamente tudo, desde o aluguel do avião que nos levaria, com um médico e dois enfermeiros, pericias e entrega dos corpos para os familiares depois que tudo já tinha sido feito para não desconfiarem de nada, fazendo com que eles entendessem que foi um acidente e depois os ajudando financeiramente e dando o equivalente a 1 milhão de reais para o João pela ajuda e para ele não deixar que nada saísse errado enquanto estivessem vendo o caso. O que sobrou do dinheiro foi devolvido para William para quando ele tivesse alguma emergência.

Após chegarmos nos Estados Unidos William teve que fazer uma operação de emergência, pois ele corria risco de ficar paraplégico. No decorrer desse tempo não foi muito agradável está com ele, o médico avisou para ele que ele poderia perder os movimentos da perna, nesse momento ele ficou desesperado, foi extremamente triste ver ele gritar, chorar e pedir a Deus para que ele não ficasse assim.

Depois que o médico saiu do quarto, para se preparar para fazer alguns testes com ele. William ficava desejando a morte dele próprio, ele ficou muito sensível. Osvaldo o abraçava e dizia que ia ficar tudo bem, mas William não acreditava já que além de Osvaldo está muito machucado e também chorava tentando o acalentar. Depois que se acalmou ficava segurando choro e chamando por Felipe, se lamentando por não ter sido atento e não conseguir protegê-lo. Foi assim até ele voltar a dormir.

Por volta das 2 horas da tarde o Dr. Stiven veio fazer o exame nele, passando uma espécie de agulha em seu pé para testar os reflexos seus reflexos, e pra felicidade dele, ele sentia. Mas o sofrimento de William não parou por aí, depois que a operação cicatrizou ele começou a fazer uma série de exercícios diários para que suas pernas não atrofiassem, eu parei de estar com ele nessas sessões, eu passei a não conseguir ver ele sofrendo de dor e chorar por conta de tudo que ele estava passando, eu passei a lembrar do meu irmão, tudo isso poderia ser muito diferente se ele não tivesse conhecido Gustavo. Enquanto isso Osvaldo já estava quase sem hematomas e fazia das tripas-coração para não sair do lado de William.

Após 5 meses ele ainda não tinha resultados de seu tratamento e passou a fazer uma nova cirurgia, uma cirurgia simples, mas que fazia William se tornar um zumbi humano, ele não era mais nem sombra do que era, estava magro e triste, pra completar tinha momentos de desespero e gritava por Felipe, se lamentando a noite toda. Quando completou um ano e meio, ele já movimentava os pés, mas não tinha força suficiente para se apoiar, os treinos se intensificaram e foi mais uma penosa e dolorosa fase em sua vida. Nesse período o convencemos a voltar para a universidade, a princípio ele não quis, falou que era um inválido e que não precisava mais estudar. Mas eu precisava convencê-lo, então liguei para o Brasil, Primeiramente falei com a Gestora da instituição, ela ficou surpresa com a ligação, pedi para que ela guardasse segredo e viesse até a gente, e depois a pedido do Osvaldo, chamei o Arthur, marquei para que os dois viessem na mesma data, foi o que aconteceu, falei primeiramente com Arthur, contei tudo o que havia acontecido a ele e pedi para que ele além de convencer William a voltar a estudar, que ele nos falasse tudo o que estava acontecendo lá, para que não fossemos pego desprevenido, além de que ele não contasse pra ninguém, depois falei com a gestora, contamos pra ela o que tinha acontecido e ela ficou muito triste de ver William naquele estado, deixamos os dois conversando e quando ela saiu de lá, falou que ia mandar nossas transferências para a instituição do país para que pudéssemos terminar os estudos e nos afirmou que guardaria segredo enquanto fosse necessário.

Depois de voltarmos para a Águia, William continuou por fazendo seu tratamento, pouco mais de dois anos ele já estava dando alguns passos firmes, estava bem melhor e decidindo voltar para o Brasil, mas Osvaldo e eu insistíamos que aquele ainda não era o momento para isso, mas ele estava muito empolgado. Foi quando Arthur ligou para ele e disse que Felipe tinha casado com Gustavo em segredo, ele berrou como nunca tínhamos ouvido naquele últimos dois anos, chegamos no quarto com ele já tinha parado de gritar, porem estava na cama debruçado, chorando e nos disse que tinha decidido ficar, que estava decepcionado, explicando pra gente tudo. Depois desse tempo Arthur já não falava as coisas pra ele, já ligava pra mim ou pra Osvaldo e dizia o que acontecia e nós decidíamos o como devia ser contado.

William passou a se dedicar aos estudos, e a ir para um estúdio de dança com a fisioterapeuta que o atendia, 5 meses depois ele já até dançava e estava quase normal, se não fosse em alguns momentos que acho que sua perna perdia as forças e ele caía, a Doutora dizia que era normal e era por causa dos reflexos, já que ele estava se acostumando novamente com o andar.

Comecei a ver os dois como meus irmãos, os dois passaram a trabalhar na empresa de meu pai, que logo eu assumiria já que ele já estava velho e estava em briga com minha mãe. Depois começamos a bolar a melhor maneira de voltar para o Brasil, contei para os dois tudo que eu sabia sobre Gustavo e o pai, eles ficaram completamente surpreso em saber a história do meu irmão e falaram que nunca imaginariam que eu estava em Manaus para me vingar, o William falou que não sabia que Gustavo havia vindo fugido com o pai e que muito menos tinha trocado de sobrenome.

Falei pra eles que assim como ele havia trocado o sobrenome dele, eu também havia trocado o meu, e que da mesma forma troquei os deles aqui, para que pudessem usufruir de direito legais nos estados unidos, como por exemplo ter conta em banco, que só quem é legal no país poderia ter.

Eu tinha muitos conhecidos importantes no país, e alguns deles só me relacionei porque eu sabia que no futuro eu poderia pedir algum tipo de ajuda, como as que estou tendo agora.

O que eu posso dizer é que embora todo o sofrimento que todos nós passamos nesses últimos anos, acabamos no tornando irmãos, acho que foi a única coisa boa que veio por parte da morte do meu irmão. Estamos passando e ainda vamos passar por muita coisa até chegar ao Brasil, mas enquanto isso vamos nos preparar para destruir Gustavo e o pai.

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Muito Obrigado

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E desde já agradeço por todos que estimaram minha melhora

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Comentários

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É realmente não foi fácil tudo o que William passou espero que eles possam resolver tudo e dar um basta nesse bando de assassinos que se instaurou no meio deles.

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Conto perfeito meu e do tamanho que eu gosto volta logo gatinho

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Perfeito como sempre... o difícil é aguardar uma semana pra poder ler a continuidade.... roendo todas as unhas de ansiedade pelo próximo capitulo enquanto tenho q esperar

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