COMO APRENDI A VIVER A VIDA. 03

Um conto erótico de Hugo - Isaac
Categoria: Homossexual
Contém 1635 palavras
Data: 13/06/2016 15:55:04

// COMO APRENDI A VIVER A VIDA //

Pessoal agradeço a vocês pela aceitação ao conto! Espero que continuem acompanhando; a vida de Paulo é muito complicada, acho que o titulo do conto faz jus a tudo o que ele vai viver!

Continuando...

Então pessoal... O tempo foi passando e logo fui esquecendo o que tinha acontecido entre eu e André, certo dia meus primos que já comentei sobre eles antes me chamaram para ir ao cinema; eu relutei muito, mas acabei aceitando.

Chegamos e logo que entramos na sala a primeira cara que vejo foi a de André, ele tinha um guri do lado dele, parecia ser bem novo e pelo visto era algum peguete ao qual ele estava provavelmente enganando. Passei por ele e percebi que ele estava com uma cara de assustado, fui pro lado dos meus primos e o filme começou no meio do filme meu celular começou a tocar, todo mundo começou a olhar pra mim, eu peguei o celular pra pôr no silencioso e vi que o numero era o de André, não atendi e o celular continuou vibrando em meu bolso, sai pra fora da sala para atender.

- Cara me ajuda, tou no banheiro e preciso de ajuda. – ele falou com uma voz estranha e logo eu fui pro banheiro do cinema.

Bati na porta e logo ele abre com um sorriso sacana.

- O que aconteceu cara?! Você esta bem? Passou mal?

- rsrs só falei daquela forma porque sabia que se eu te chamasse ao banheiro você não viria, vem entra aqui, tou louco pra beijar sua boca!

- Aah cara ver se me erra! Você consegue ser ainda mais ridículo do que eu imaginei! Vá se ferrar.

Virei minhas costas para sair do banheiro e ele me agarrou.

- Para onde o mocinho pensa que vai? – falou me pressionando contra a parede.

- Andrè! Me solta cara! Ta ficando louco!

- Só se você me der um beijo dessa boquinha aqui... – falou passando o dedo em meus lábios.

Eu mordi o dedo dele e ele me largou dando um urro de dor e em seguida me xingando e vindo pra cima de mim. Ele me segurou com os braços abertos na parede e ficou tentando me beijar, eu desviava o rosto e em um reflexo dei um chute no meio das suas pernas e corri do banheiro deixando ele se contorcendo no chão.

Sai desnorteado e quando recobrei os sentidos eu já estava chegando em casa a pé, peguei meu celular e vi algumas ligações dos meus primos, retornei para eles.

- Porra cara onde tu ta? Estamos a tempão aqui no cinema te procurando já reviramos tudo.

- Não estava me sentido bem e voltei pra casa, foi mau ai...

- Posha vey você podia ter pelo ao menos avisado, mas tudo bem, já ta melhor?

- Sim, tomei um remédio que minha mãe me deu e já tou melhorando.

Me despedi do meu primo e entrei em casa, fui direto pro meu quarto e me tranquei lá. Quando entrei vi que estava com marcas nos locais que o psicopata havia me segurado. Estava quase dormindo quando meu celular toca, tocou mais umas 15 vezes e eu não atendi. Recebi uma mensagem de texto.

“Melhor você atender! Ou vai querer que vá falar com você pessoalmente? Seria legal conhecer seus pais!”

Li a mensagem e logo atendi.

- Fala de uma vez o que você quer seu inútil!

- Não fala porra! Caralho o que tu fez comigo? Não consigo parar de pensar em você!

- Cara se afasta de mim! Você é um doente! Vai se tratar seu psicopata.

- Vou te dar uma ultima chance Paulo! Ou você fica comigo ou conto tudo pra sua família!

- Vá te catar! Não ficarei com você NUNCA! Eu tenho nojo de você cara, você é baixo! Você não seria louco de vir contar pros meus pais... Pra isso você teria que contar pros seus também.

- Meus pais foram embora, estão bem longe... Se fosse você não duvidaria...

- Se você fizer isso, amanha mesmo eu vou a policia e abro um B.O contra você! Tenho marcas no meu corpo de hoje... Digo que você tentou me estuprar.

- Viado do caralho! Vou fuder com a tua vida seu desgraçado!!

Ele desligou o telefone na minha cara, nesse momento me bateu um baita medo, aquele não estava sendo o melhor dia... Primeiro ele me ataca, depois me ameaça e agora estava transtornado de raiva.

Passei o resto da semana com um frio na barriga, todas as vezes que chegava em casa esperava pelo pior, ele não me ligava, não mandava mensagem. De inicio fiquei preocupado, mas com o passar do tempo acabei esquecendo tudo e segui novamente minha rotina que agora se intensificava, pois no fim de semana já era a prova do ENEM.

Fiz a prova e confesso que fiquei confiante, algumas questões estavam super difíceis, mas fui bem na argumentação da Redação. Peguei o gabarito e no fim da outra semana conferi com um gabarito que eles lançaram no site, quase enfartei quando vi que quase fechei a prova e que tinha tirado uma nota elevada na redação.

Fiquei eufórico, mas não contei nada a ninguém, resolvi dar a noticia quando saísse o resultado oficial.

Esperei mais alguns meses, e então chegou o dia, abri a pagina e lá estavam os resultados... Só pra ter mesmo a certeza, fiz os cálculos das notas e foi o melhor choro que tive na vida, valeu a pena me sacrificar tanto, estudar e ficar tantas madrugadas “comendo” livros. Enfim pela primeira vez na vida me senti feliz de verdade! Imprime os resultados na empresa e fui pra casa, quase não acreditava que eu ia estudar medicina! Liguei para meus primos e contei a eles primeiro e eles me levaram para uma pizzaria para comemorarmos, cheguei em casa já era tarde, quando entrei estavam todos na sala.

- Oi pessoal! Tenho algo pra contar pra vocês – eu estava radiante e com um sorriso de orelha a orelha.

Olhei para eles e estavam todos com umas caras estranhas.

- Que pouca vergonha é essa aqui Paulo! – Falou meu pai me estendendo um papel.

Peguei o papel das mãos dele e na verdade era uma carta, comecei a ler e à medida que ia lendo, comecei a tremer suar frio, senti meu peito doer, minha respiração faltar e minhas vistas escurecerem.

- Isso não é verdade! Não namoro com nenhum André! Nunca fiquei com ninguém!

- Tenho nojo e vergonha de você moleque! Você só me dá desgosto... Só de imaginar você com esse ai se esfregando encima de uma cama me dá vontade de te bater até tu virar homem!

- Pai, não tenho nada com ninguém ok?! Isso não passa de mentiras!

- Filho eu sempre soube, as pessoas dizem e é verdade a mãe sempre sabe...

- Mãe... Não é isso!

- Cala a boca seu vagabundo! Promiscuo! Tenho ódio de pensar que coloquei um lixo como você no mundo, tenho vergonha em saber que você saiu de mim! Devia ter ido pro ralo...

Meu pai veio até mim e me deu um tapa no rosto, coloquei a mão sobre o local que ardia e de cabeça baixa comecei a chorar.

- Aah agora vai bancar a mulherzinha indefesa e vai chorar é? Pois se quer chorar vai chorar com motivos – ele falou tirando o cinto da sua calça.

- Você não encosta um dedo em mim! – falei apontando o dedo para ele.

- O que? Vai bater de frente comigo agora?

- Só estou falando que você nunca mais encosta um dedo em mim, quem você pensa que é? qual moral você pensa que tem para me julgar ou querer ser pior do que eu? Eu pelo ao menos nasci assim e não preciso me envergonhar disso! Agora você um velho nojento e sem vergonhas, passou a vida toda mentindo! Você é um covarde! E quer saber?! Quem tem vergonha sou eu! De ser filho de um lixo como você!

- Paulo não fala assim, ele é o seu pai!

- Não mãe! Eu não tenho Pai! E quer saber? Ele mobiliou a casa da namoradinha dele! Esse lixo covarde!

Sai da sala e fui pro meu quarto, quando cheguei desabei em choro. Como aquilo doía meu coração apertava, chorei tanto que fiquei sem forças e dormi. Pela manha acordo com o barulho de coisas quebrando, não sai do quarto para ver o que era. Levantei, peguei duas malas e arrumei todas as minhas coisas. Liguei para meu Mila uma amiga minha e contei tudo para ela, ela entendeu e disse que eu poderia ir para a casa dela.

Peguei um taxi e fui para a casa de Mila, ninguém viu saindo. Cheguei lá, tomei um banho e fui trabalhar, no fim do dia pedi demissão... Explicando a motivo da minha saída e todos ficaram super felizes com a minha conquista. Fui para casa de Mila.

- Oi meu amigo, e ai se sentindo melhor?

- Sim, por incrível que pareça, é como se um peso saísse das minhas costas...

- Agora é vida que segue meu lindo, você vai começar a estudar, vai se tornar aquilo que sempre quis ser e quem sabe não encontra um médico por lá rsrs

- rsrs sua boba, mas realmente vida que segue...

- Ei vamos dar uma volta no parque?

- Vamos rs, vou só ligar para meus avós e nós vamos.

Liguei para meus avós aos quais eu tinha passado um tempo morando com eles e me abri com eles, eles disseram que já sabiam de mim e que entendiam, que a gente não escolhe de quem ou que tipo de gente vai gostar. Fiquei feliz, pelo ao menos o apoio deles eu tive e me senti bem naquele momento, contei a ele que tinha passado e que faria medicina, ele ficou muito feliz e disse que me ajudaria no que eu precisasse.

//CONTINUA\\

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