Belo desastre -16

Um conto erótico de Hello
Categoria: Homossexual
Contém 3369 palavras
Data: 27/05/2016 21:12:39
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Cobri os olhos com as mãos e fiquei paralisado quando senti a mão dele no meu pulso.

- De onde veio isso? - ele perguntou, olhando para a pulseira.

- É minha - falei, me soltando.

Ele não tirava os olhos do meu pulso.

- Nunca vi isso antes. Parece nova.

- É nova.

- Onde você arrumou?

- Faz uns quinze minutos que o Parker me deu essa pulseira - observando a expressão no rosto dele mudar de condusão para raiva.

- Que merda aquele babaca estava fazendo aqui? Ele passou a noite aqui? - Travis perguntou, erguendo a voz a cada questão.

Cruzei os braços.

- Ele saiu para comprar meu presente de aniversário hoje de manhã e me trouxe a pulseira.

- Ainda não é seu aniversário.

O rosto dele ficou vermelho, um vermelho forte, enquanto ele forçava-se para manter o mau humor sob controle.

- Ele não podia esperar - falei, erguendo o queixo com um orgulho.

- Não é de admirar que eu tive que te arrastar para fora do daquele carro, parece que você estava... - ele parou de falar pressionando os lábios.

Estreitei os olhos.

- O quê? Parece que eu estava o quê?

O maxilar dele ficou tenso e ele inspirou fundo, soltando o ar pelo nariz.

- Nada. Só estou bravo, e ia dizer alguma merda que eu não queria.

- Isso nunca te impediu antes.

- Eu sei. estou tentando mudar - ele respondeu, caminhando até a porta. - Vou deixar você se vestir.

Ele esticou a mão para pegar na macaneta, mas parou um pouco, esfregando o braço. Quando seus dedos encostaram na marca dolorida e arrocheada onde o sangue se acumulava, ele ergueu o cotovelo e percebeu o ferimento, para qual ficou olhando fixo por um instante. Depois se virou para mim.

- Eu caí da escada ontem à noite. E você me ajudou a ir até a cama... - ele disse, procurando as lembraças entre as imagens borradas de sua mente.

Meu coração estava quase saindo pela boca, e engoli em seeco quando vi que ele estava se dando conta do que tinha acontecido. Ele estreitou os olhos.

- Nós - ele começou a dizer, dando um passo na minha direção, olhando para o armário e depois para a cama.

- Não. Não aconteceu nada - falei, balançando a cabeça.

Ele se encolheu. Era óbvio que estava relembrando cenas da noite passada.

- Você deixou ass janelas do carro do carro do Parker embaçadas, te puxei para fora do carro e depois tentei... - ele disse, balançando a cabeça.

Então se virou em direção a porta e agarrou a maçaneta, os dedos brancos.

- Você está me transformando em uma droga de psicopata, Beija-Flor - ele rosnou por cima do ombro. - Não consigo pensar direito quando estou perto de você.

- Então a culpa é minha?

Ele se virou. Seus olhos seguiram do meu rosto para o roupão, para minhas pernas e depois para meus pés, voltando para meus olhos.

- Eu não sei. Minha memória está um pouco turva... mas eu não me lembro de você ter dito "não".

Dei um passo para frente, pronta para contestar aquele fato insignificante, mas não pude. Ele estava certo.

- O que você quer que eu diga, Travis?

Ele olhou para a pulseira e de novo para mim, com olhos acusadores.

- Você esperava que eu não lembrasse?

- Não! Eu estava bravo porque você tinha esquecido!

Seus olhos castanhos perfuraram os meus.

- Por que?

- Por que se eu tivesse... se agente tivesse... e você não... Eu não sei o motivo! Estava bravo e ponto!

Ele veio na minha direção e parou a poucos centímetros de mim. Suas mãos tomaram o meus rosto, e sua respiração acelerou enquanto ele me olhava cuidadosamente.

- O que estamos fazendo, Flor?

Olhei para o cinto dele, depois para os múculos e as tatuagens da barriga e do peito, parando finalmente nos castanhos cálidos das iris.

- Você é quem tem que me dizer.

- Kevin? - disse Shepley, batendo na porta. - A Mare vai fazer umas coisas na rua, e ela pediu para eu te falar, caso você precise sair também.

Travis não tinha tirado os olhos dos meus.

- Flor?

- Ah, sim - respondi ao Sheppley. - Tenho umas coisas para resolver.

- Tudo bem, então ela te espera - ele disse, e seus passos foram sumindo no corredor.

- Flor?

Peguei algumass coisas no armério e passei po Travis.

- Podemos conversar sobre isso depois? Tenho muita coisa para resolver hoje. - Respondi.

- Claro - ele disse, com um sorriso forçado.

Foi um alívio fugir até o banheiro. Entre e fechei a porta rapidamente. Ainda me restavam duas semanas ali no apartamento, e não tinha como adiar aquela conversa - pelo menos, não durante tanto tempo assim. A parte lógica do meu cérebro insistia que Parker fazia meu tipo: atraente, inteligente e interessado em mim. Eu não conseguia entender por que me importava tanto com Travis.

Qualquer que fosse o motivo, isso estava nos levando a loucura. Eu me sentia dividido em dois: a pessoa dócil e educada que eu era com Parker, e a pessoa confusa, irritada e frustrada em que me transformava quando estava perto de Travis. E a faculdade inteira tinha visto Travis passar de imprevisível para volátil.

Eu me vesti com rapidez, deixando os meninos para ir até o centro da cidade com América, ela me contou, entre risadinhas, sua aventura sexual com Shepley de manhã, e escutei assentindo quando achava que devia. Estava difícil me concentrar me concentrar no assunto com os diamantes da minha pulseira criando pequenos pontos de luz no teto do carro, fazendo com que eu me lembrasse da escolha diante da qual e de repente eu me encontrava. Travis queria uma resposta e eu não tinha.

- Tudo bem , Kevin. O que está acontecendo você anda quieto.

- Esse lance com o Travis... é uma confusão.

- Por quê? - ela me perguntou, e seus óculos de sol se elevaram um pouco quando ela torceu o nariz.

- Ele me perguntou o que estamos fazendo.

- E o que vocês estão fazendo? Você está com o Parker ou não?

- Eu gosto dele, mas faz só uma semana. Não estamos namorando sério ou algo do tipo.

- Você sente algo pelo Travis, não é?

Balancei a cabeça em negativa.

- Eu não sei como me sinto em relação a ele. É só que não vejo isso acontecendo, Mare. Ele não é coisa boa.

- Nenhum de vocês assume o que sente, esse é o problema . Vocês têm tanto medo do que pode acontecer que estão lutando contra isso com unhas e dentes. Tenho certeza que, se você olhasse nos olhos de Travis e dissesse o que quer, ele nunca mais olharia para outra pessoa.

- Você tem certeza disso?

- Sim. Tenho informações privilegiadas, lembra?

Parei de falar por um instante. Travis vinha conversando com o primo sobre mim, mas Shepley não encorajaria nosso relacionamento contando as coisas para América. Ele sabia que ela me contaria, o que me levava à uma conclusão possível: América tinha ouvido os dois conversarem. Eu queria perguntar o que eles tinham dito, mas achei melhor não fazer isso.

- Mais cedo ou mais tarde haverá um coração parido nessa história -falei, balançando a cabeça. - Não acho que ele seja capaz de ser fiel. E não me incomodo com a forma como as coisas estão agora. Podemos ser apeenas amigos.

América balançou a cabeça.

- Só que vocês não são apena amigos - ela suspirou - Quer saber de uma coisa? Estou cheia dessa conversa. Vamos arrumar o cabelo. Vou comprar uma roupa nova para você usar no seu aniversário.

- Acho que é exatamente isso que eu preciso - falei.

Depois de horas no salão de beleza coloquei minha roupara para minha festa, era uma blusa branca com uma estampa de ancora, uma calça beje escuro que ficava meio colada ao corpo um sapato mocassim da polo azul escuro.

- Agora sim! Esse é o Kevin que eu conheço e sdoro! - América disse, rindo e balançando a cabeça em aprovação ao meu visual. - Você tem que usar essa roupa na festa amanhã.

- Não era esse o plano? - falei com um sorriso convencido.

Meu celular tocou na bolsa e eu o levei ao ouvido.

- Alô?

- Está na hora do jantar! Pra onde vocês fugiram? - disse Travis.

- Nos demos ao luxo de sermos mimados hoje. Você e o Shep sabiam comerr antes de aparecermos. Tenho certeza que ainda conseguem.

- Não brinca! A gente se preocupa com vocês, sabia?

- Olhei para América e sorri.

- Estamos bem.

- Diga a ele que eu devolvo você em breve. Tenho que parar na casa do Brazil para pegar umas anotações para o Shep, e depois vamos para a casa.

- Ouviu? - perguntei a ele.

- Ouvi. A gente se vê depois então, Flor.

Fomos em silêcio até onde Brazil morava. América desligou o motor do carro e ficou encarando o prédio a nossa frente. O fato de Shepley pedir que ela passasse por ali me surpreendeu - estávamos a uma quadra do apartamento deles.

- Qual é o problema, Mare?

- o Brazil me dá arrepios. Da última vez que vim aqui com o Shep, ele ficou dando em cima de mim.

- Bom, eu entro com você. se ele ousar piscar para você, eu chuto as bolas dele, tá?

Ela sorriu e me abraçou.

- Obrigada, Kevin!

Fomos andando até os fundos do prédio, e América respirou fundo antes de bater à porta. Ficamos esperando, mas niguém apareceu.

- Acho que ele não está - comentei.

- Está sim - ela disse, irritada. Bateu na madeira com a lateral do punho cerrado e então a porta se abriu com tudo.

- FELIZ ANIVERSÁRIO! - a galera reunida ali dentro gritou.

O teto estava cheio de bexigas coloridas, com longos fios prateados sobre a cabeça dos convidados. O pessoal dispersou e Travis veio andando na minha direção com um sorriso, segurando meu rosto e me beijando na testa.

- Feliz aniversário, Beija-Flor.

- Mas é só amanhã! - falei.

Ainda em estado de choque, tentei sorrir para todo mundo que nos cercava.

Travis deu de ombros.

- Bom, já que avisaram sobre a festa, tivemos que fazer umas alterações de última hora para surpreender você. Surpreso?

- Muito! - falei enquanto Finch me abraçava.

- Feliz aniversário, querido! - disse ele dando um beijo estalado no meu rosto.

América me cutucou com o cotovelo.

- Ainda bem que eu consegui te arrastar comigo hoje pro salão, senão você estaria com cara de bunda!

Agora eu entendi o por que dela insistir tanto para mim usar minha roupa nova hoje.

- Você está lindo - disse Travis, analisando minha roupa.

Brazil me abraçou, pressinando seu rosto contra o meu.

- Espero que você saiba que esse papo da América de que o "Brazil me dá arrepios" foi só para fazer você entra aqui.

Olhei para América, que deu risada.

- Funcionou, não é?

Assim que todo mundo me abraçou e me desejou feliz aniversário, me inclinei para falar ao ouvido de América:

- Cadê o Parker?

- Ele vai vir mais tarde - ela respondeu num sussurro. - O Shepley só conseguiu falar com ele sobre a mudança de plano hoje à tarde.

Brasil aumentou o volume e todo mundo vibrou.

- Vem cá, Kevin! - ele disse, indo até a cozinha. Então alinhou diversos copinhos no balcão e pegou a tequila do bar. - Feliz aniversário do time de futebol, garotinho - ele sorriu, enchendo cada copo até a borda com tequila Patrón - É assim que comemoramos aniversários, você faz dezenove anos e vira dezenove doses de tequila. Você pode beber ou dar para alguem, mas, quanto mais você beber, mais dessas você ganha - disse ele, mostrando várias notas de vinte dólares em leque.

- Aí, meu Deus! - grite.

- Bebe tudo, Flor! - disse Travis.

Olhei em dúvida para Brazil.

- Ganho uma nota de vinte para cada dose de Tequila que beber

- Isso mesmo, peso leve. Calculando pela seu tamanho, acho que vamos perder só umas sessenta pratas, até o fim da noite.

- Refaça as contas, Brazil - falei, pegando o primeiro dos copinhos. Coloquei-o nos lábios, inclinei para trás para esvaziá-lo e o jogueina outra mão.

- Caramba! - exclamou Travis.

- Isso é desperdício, Brazil - falei, limpando os cantos da boca. - A gente vira Jose Cuervo, não Patrón.

O sorriso convencido sumiu de seu rosto, e ele balançou a cabeça e deu de ombros.

- Vai fundo então. Tenhos a carteira de doze jogadores de futebol aqui que dizem que você não consegue virar dez doses.

Estreitei os olhos e falei:

- O dobro ou nada e eu consigo beber quinze.

- Uau! - gritou Shepley - Só não vale ir pro hospital no dia do seu aniversário, Kevin!

- Ele consegue - disse América com o olhar fixo em Brazil.

- Quarenta prata por copo virado? - disse Brazil, sem parecer muito seguro.

- Está com medo? - perguntei.

- É claro que não! Eu te dou vinte por copo e, quando você chegar em quinze, duplico o total.

- É assim que se comemoram aniversários no Kansas - falei, virando outra dose.

Uma hora e três copos de tequela depois, eu estava na sala de estar dançando com o Travis. A música era balada de rock e ele ficou falando a letra para mim,só mexendo os lábios, enquanto dancávamos. Ele me abraçou e me curvou até o chão no fim do primeiro fefrão, e deixei os braços caírem para trás. Ele me levantou de novo e eu soltei um suspiro.

- Você não vai poder fazer isso quando eu estiver no décimo copo - falei, dando uma risadinha.

- Já falei que você está incrivel?

Fiz que não e o abracei, repousando a cabeça em seu ombro. Ele me apertou, enterrando o rosto no meu pescoço e fazendo com que eu esquecesse decisões, pulseiras ou personalidades divididas. Eu estava exatamente onde eu queria estar.

Quando o ritmo da música deu lugar a uma batida mais rápida, a porta se abriu.

- Parker! - chamei, correndo para ir abraçá-lo. - Você veio!

- Desculpa pelo atraso, Ké - disse ele, me dando um selinho.

- Obrigada - falei, vendo de canto de olho que Travis nos encarava.

Parker ergueu meu pulso.

- Você está usando a pulseira.

- Eu falei que is usar. Quer dançar?

Ele balançou a cabeça em negativa.

- Hum... eu não danço.

- Ah. Então quer me ver virar a sexta tequila? - falei sorrindo e erguendo minhas cinco notas de vinte. - Ganho o dobro se conseguir chegar a quinze.

- Isso é meio perigoso, não é?

Eu me inclinei para falar no ouvido dele.

- Estou enrolando eles. Eu brincava disso com meu pai desde os dezesseis anos.

- Ah - ele disse franzindo a testa em desaprovação. Você bebia tequila com seu pai?

Dei de ombros.

- Era o jeito dele se aproximar de mim.

Eu o puxei até a cozinha, peguei outro copo de tequila e o virei. Brazil me entregou mais uma nota de vinte, e fui dançando até a sala. Travis me puxou e dançamos com América e Shepley.

Shepley me deu um tapa no bumbum.

América deu o segundo, depois todos que estavam na festa fizeram o mesmo, menos Parker.

No número dezenove, Travis esfregou as mãos.

- Minha vez!

Esfreguei o bumbum dolorido.

- Pega leve! Já estou com dor na bunda!

Com um sorriso maldoso, ele levou a mão bem acima do ombro. Fechei os olhos com força. Depois de uns instantes, dei uma espiada. Antes de sua mão encostar no meu bumbum, ele parou e me deu um tapinha de leve.

- Dezenove! - exclamou.

Os convidados gritaram animados, e América começou a cantar uma versão alcoolizada de "Parabens a você". Ri quando chegou à parte de dizerem meu nome, e a sala inteira falou "Beija-Flor".

Eu e Parker estavamos dançando uma música lenta, e não demorei a perceber o por que de ele não dançar, toda hora pisava no meu pé.

Ele beijou minha test- O que você vai fazer na segunda-feira?.

- Jantar com você?

- Sim. No meu novo apartamento.

- Você arrumou um apartamento!

- Sim, vamos pedir comida. A minha não é exatamente comestivel.

- Eu comeria mesmo assi. - falei, sorrindo para ele.

Parker me leveou até um corredor, ficamos nos beijando por algum tempo, mas depois que sua língua penetrou a minha boca tive a nitida sensação de estar azendo algo errado.

- Ok, Parker - falei, fazendo uma manobra para me afastar.

- Está tudo Bem?

- Eu só acho grosseiro da minha parte ficar de amasso nun escuro quando tenho convidados lá fora.

Ele sorriu e me beijou de novo.

- Você está certo, desculpa. Eu só queria te dar um beijo direito antes de eu ir embora.

- Você já vai?

Ele pôs a mão no meu rosto.

- Tenho que acordar daqui a quatro horas, Ké.

Pressionei os lábios.

- Tudo bem. Vejo você na segunda?

- Amanhã. Passo na sua casa quando eu voltar de viagem.

Ele me levou até a porta e me deu um beijo no rosto antes de ir embora. Notei que Shepley, América e Travis me encaravam.

- O papai foi embora! - Travis gritou quando a porta se fechou.

O pessoal vibrou animado, e Travis me puxou para o centro da pista.

- Espera aí. Tenho um cronograma a seguir - falei, conduzindo-o pela mão até o balcão.

Virei mais doze de tequila e dei risada quando Travis pegou uma da ponta, virando-a também. Peguei outra e a engoli, e ele fez o mesmo.

- Mais sete, Kevin - Disse Brazil me entregando mais duas notas de vinte dólares.

Limpei a boca enquanto Travis me puxava para a sala de novo. Dancei com América, depois com Shepley, mas quando Cris Jenks, do time de futebol americano, tentou dançar comigo, Travis o puxou pela camisa e fez que não com a cabeça. Cris deu de ombros e se virou, dançando com a primeira garota que viu pela frente.

A décima dose de tequila deceu com dificuldade, e me senti meio zonzo em pé no sofá de Brazil com América, daançando como retardados desajeitados. Nós riamo de nada, balançando o braço com a batida da música.

Cambaleei, quase caindo do sofá, mas as mãos de Travis instataneamente me seguraram para que eu me equelibrasse.

- Você já provou seu argumento -ele disse - já bebeu bastante. Vou cortar seu barato agora.

- Nem ferrando que você vai me impedir! - falei erolado. - Tenho seiscentos paus esperando por mim no fundo do último copo de tequila, não vai ser você quem vai me dizer que não posso fazer algo extremo para descolar uma grana.

- Se você está precisando de dinheiro, Flor...

- Não vou pergar dinheiro seu emprestado - falei em tom de désdem.

- Eu ia sugerir que penhorar a pulseira - ele sorriu

Dei um tapa no braço dele assim que América começou a contagem regressiva até meia-noite. Quando os ponteiros do relógio chegaram ambos ao número doze, todos nós comemoramos.

Eu tinha dezenove anos.

América e Shepley beijaram, cada um, um lado da minha bochecha depois Travis me levantou, me fazendo girar no ar.

- Feliz aniversário Beija-Flor - disse ele, com uma expressão suave.

Fiquei encarando seus cálidos olhos castanhos por um instante, sentindo-me perdido dentro deles. A sala parecia congelada no tempo quando nos olhávamos, tão próximos que eu podia sentir a respiração dele na minha pele.

- Tequila! - falei, cambaleando até o balcão.

- Você parece detonado, Kevin. Acho que está na hora de encerrar a noite. - disse Brazil.

- Não sou de desistir - falei. - Quero ver o meu dinheiro. Ele colocou mais uma nota de vinte no balcão e gritou para seus colegas de time.

- Ele vai beber todos! Preciso de quinze!

Eles resmungaram e reviraram os olhos, puxando a carteira para formar uma pilha de notas de vinte atrás do último copo de tequila. Travis tinha esvaziado os outros quatro do outro lado das minhas quinze doses.

Virei os dois e esperei que a ânsia que subia à garganta assentasse.

- Beija-Flor? - Travis me chamou, dando um passo na minha direção.

Ergui os dedos e Brazil sorriu.

- Ele vai perder - ele disse.

- Não vai não - América balançou a cabeça. - Respira fundo, Kevin.

Fechei os olhos e inspirei pegando o último copo.

- Minha nossa, Kevin! você vai morrer de coma alcoólico! - gritou Shepley.

- Ele tem a manha - garantiu América.

Inclinei a cabeça para trá e deixei a tequila fluir garganta abaixo. Meus dente e lábios estavam amortecidos desde a dose número oito,e o efeito do álcool já tinha perdido a contundência fazia tempo. A sala inteira irrompeu em assobios e gritos enquanto Brazil me entregava a pilha de dinheiro.

- Valeu - eu disse com orgulho, enfiando o dinheiro no bolso.

Dançamos até o amanhecer, e a tequila corria em minhas veias me acalmou até eu me esquecer de tudo.

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CONTINUA

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Gente não deu pra responder os comentários, se não eu ia postar só depois de amanhã. Beijinhos!!!

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Comentários

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Festa de aniversário sem tekila não é festa! Abraços.

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Muito bom capítulo e sabe o que foi melhor, o Kevin com o Travis e o fato de ele nem ter dado bola pela saída do "Parker". Se deu mal por pensar que iria comprar o Beija-Flor com uma pulseira de diamantes kkkkk

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O capítulo foi massa! Tô achando que essa tequila yoda vai facilitar a aproximação deles dois! Louco pra ver os dois juntos! Beijos minha flor! Amando o conto cada vez mais.

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