O Gato Apaixonante Cap.8

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1017 palavras
Data: 12/05/2016 04:39:05

Cap.8

Ele olhou para mim, com o olho arregalado.

-O quê ? Mas... Mas – de repente ele ficou vermelho, e a voz sumiu.

-Responde sim ou não... Só isso garoto – ele sorriu...

-Tá bom... É... - olhou para os lados, para o chão, e então falou...- sim – sorri.

-Que bom... - falei o beijando em seguida. Parecia que eu estava sonhando com aquilo há muito tempo. Parecia que enfim eu voltei a ser completo de novo. Parecia ser isso que eu precisava. Uma pessoa novamente ao meu lado. Uma pessoa que apesar de poucas vezes ter dito uma palavra para mim, já havia demonstrado várias vezes que gostava de mim, e que era preocupado e confiável. Eu não entendia, mas sentia a mesma sensação que quando pedi Daniela em namoro. Parecia que ia ser para sempre.

DIAS DEPOIS

Alguns dias depois de tê-lo pedido em namoro, parecia que não havia sido uma escolha ruim.

“Estava deitado na cama, mexendo em alguns documentos que tinha no notebook, quando de repente ele se deitou na cama e colocou a cabeça sob o meu peito... Ri...

-O que foi ? - perguntei, massageando o seu cabelo.

-Nada... Só queria que você parasse de trabalhar e me desse mais atenção... - ri

-Então você quer mais atenção ? - perguntei, fechando o notebook...

-Quero...

-Então você vai ter mais atenção... - falei, começando a fazer cócegas nele.

-Naaaaooo... Não Miguel... Naaaooo kkkk – dizia ele, entre risos e falta de ar que nos proporcionava. Até que parei, o imobilizando, em cima dele.

-Vou entrar de férias – falei, olhando nos olhos dele.

-O quê ? Sério ?

-Sim... E nós iremos viajar...

-O quê ? Sério ? - ri, dele repetindo a frase duas vezes

-Só sabe dizer isso agora é ? - perguntei, puxando levemente o nariz dele. Em seguida sai de cima dele.

-Não... Mas é que eu não esperava...

-Pois é... Precisaremos tirar a segunda via dos seus documentos para fazer com que você possa viajar, já que você não tem eles... - ele parou durante alguns segundos, pensou.

-Isso seria um bom motivo de eu ir visitar o meu pai...

-O quê ? Sério ?

-Sim... Assim ele pode ver que apesar de tudo, eu estou bem. Não morri como ele queria que acontecesse...

-Você acha que ele chegaria ao ponto de desejar a sua morte ?

-Não tenho dúvidas... - fiquei meio que enojado aquele momento. Que tipo de pai é esse que deseja a morte de seu filho... - iremos a minha antiga casa. Vai ser mais fácil enfrentar o meu pai que ter que ir atrás dos meus documentos em cartório.

-Tudo bem... Se é o que você prefere... - me deitei de lado, olhando para ele... -Já tomou banho ?

-Sim... - sorri.

-Deixa eu ver – me aproximei dele, cheirei o seu pescoço e estava com aquele mesmo cheiro que sempre me fazia sorrir. Era o cheiro dele, que sempre que eu pensava nele, lembrava – está cheiroso mesmo – falei, o beijando...

NO DIA SEGUINTE

Sim, ele estava verdadeiramente decidido. No dia seguinte, cedo, ele quis ir a casa do pai.

-Você tem certeza ? - perguntava, ainda tomando café na mesa...

-Absoluta ! Vai ser melhor assim... - eu tinha medo do pai o magoar ainda mais. Mas se realmente ele queria, eu só podia levá-lo...

MINUTOS DEPOIS

Ele foi me guiando, de dentro do carro até a casa antiga dele. Quando chegamos lá, não era uma casa feia. Pelo contrário, era muito bonita. Fica em Botafogo. Havia um carro estacionado na frente.

-Ele está aí... - falou ele, olhando a casa – dá pra acreditar ? Nasci e cresci aqui, e depois fui escorraçado...

-E então me encontrou – falei, bagunçando levemente o cabelo dele... Estacionei o carro, sai dele. E fomos andando. Eu normalmente não ficava com medo das pessoas, mas naquele momento eu estava nervoso. Com medo do que poderia acontecer, de qual seria a reação deles dois. Ele bateu na porta. Uma, duas... Na terceira vez, a porta foi aberta. E um homem barbudo abriu. Quando o viu, arregalou os olhos...

-Você !? - eles pareciam muito. Logo julguei que ele era o pai dele. E que homem acabado ! Estava horrível ! Mal cuidado, cheio de barba, com a roupa mal passada.

-Sim... Sou eu... Surpreso ?

-É ele ? - perguntei eu...

-Sim, é ele Miguel... -O homem abriu mais a porta, me olhou...

-E esse aí ? Quem é ?

-Esse é o homem que evitou que eu morresse de fome, que me deu casa, comida, e uma vida boa, graças a Deus, depois que você deixou de ser o meu pai...

-E você está beijando ele também ?

-Estou... E é por isso que eu estou aqui. Quero os meus documentos, já que você me expulsou daqui sem me dar nada...

-E se eu não quiser dar ?

-Eu faço uma denúncia contra você... - o homem não parecia ser feroz. Parecia estar sem forças para brigar. Foi essa a sensação que eu tive.

-Entra... Pega os documentos... E depois suma da minha vida...

-Pode deixar... Não preciso mais de você para nada... - ele passou, de cabeça erguida. O homem parecia incrédulo. Olhou para mim...

-Quer dizer que você ajudou ele ?

-Ajudei... Coisa que você não fez não é ? Não só ajudei como fiz dele meu companheiro. E estamos muito felizes, ao contrário do que você queria... - o homem não falou mais nada... Apenas me olhou, e esperou ele voltar. Percebi que tinham outras pessoas na casa, e todas elas pareciam incrédulas... Logo ele voltou...

-Já está tudo aqui Miguel... Podemos ir... - ele apenas me puxou, e eu sai andando. Entramos no carro. Mas antes de sair, olhei para a casa e o homem parecia portar um olhar triste. Mas nada mais falou.

MINUTOS DEPOIS

Andavamos de volta para casa, e eu olhava para ele. Ele lagrimava.

-Como você está se sentindo ?

-Triste... - falou, deitando a cabeça dele sobre o meu ombro – me trouxe várias lembranças tristes. Meu coração doendo... Sinto saudade daqueles almoços de domingo em família...

-Eu espero que a gente se divirta nessa viagem. E que você esqueça tudo isso, e se divirta comigo.

-E em falar nisso, para onde vamos ?

-Vamos fazer um tour pela Europa...

Continua

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Comentários

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Eu também nunca vou entender isso, Raquel! Muitos pais que perderam seus filhos para o crime dariam tudo para tê-los por perto, ao passo que outros abandonam os seus por causa da orientação sexual... Que amor é esse?!

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eu juro que achei que qdo Pedro chegasse na casa dos pais dele eles estariam arrependidos e preocupados com o sumiço de meses e meses do filho... não entendo como que existem pessoas que fazem isso com os próprios filhos devido a sexualidade do msm...

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