Paulo Cabral Cap.4

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1282 palavras
Data: 08/05/2016 05:50:04

Cap.4

No dia seguinte eu entrei na internet. Começei a procurar em alguns sites, até que encontrei um homem que me encantou. Com um rosto lindo, quase que perfeito. Branco, loiro, de olhos azuis, parecia ter sido desenhado por anjos. Em um primeiro momento não acreditei que um homem como aquele estava ali, entre um site de prostituição. Mas sim, ele estava. Quando abri a página, lá estavam as características dele.

“25 anos, universitário, aberto a realizar qualquer tipo de coisa. Sigiloso e educado”

Peguei o número, pensei em ligar, mas fiquei ligeiramente nervoso. Sabe quando você sente como se estivesse fazendo algo errado ? Assim eu me sentia. Mas não havia nada que me impedisse. Não tinha mais uma mulher, nem ninguém que pudesse me cobrar por isso. Eu iria fazer isso. Liguei. Chamou, chamou, até que atendeu.

-Alô ?

-Ah, alô... É o paulo187 ? - esse era o nick dele no site, não havia nome nenhum.

-Sim. Quem é você ?

-Li o seu anúncio em um site...

-Claro, quanto tempo você quer ?

-Prefiro não marcar o tempo. O tempo que durar eu pago pra você.

-Só queria lembrar que eu vou cobrar 500 reais por hora ok ?

-Tudo bem, dinheiro não é problema...

-Ok... Aonde quer ir ?

-Não sei, aonde você mora ?

-No Leblon...

-Ok, posso te pegar na orla e de lá a gente vê para onde vai ?

-Tudo bem... Até mais

-Até... - aquela voz me deixou ligeiramente animado. E então uma pequena descarga percorreu o meu corpo. Parecia que eu ia perder a virgindade de novo. Corri para o banheiro para tomar um banho e me arrumar...

NARRADO POR PAULO CABRAL

E mais um cliente me ligava...

-Você pode ficar com o Gabriel durante algum tempo ?

-Claro, já estou subindo... - meu amigo morava no mesmo prédio que eu, então facilitava muito as coisas.

Mais uma vez eu ia me submeter a algo que detestava fazer. Que sempre que fazia ficava com ódio de mim mesmo. Mas que acabava me rendendo um bom dinheiro. Tomei um banho, depilei algumas partes que achei necessário, lavei o cabelo. Me vesti, me perfumei. Preparei o meu “kit”, com preservativo, gel e um canivete, para o caso do cliente ser um maníaco (brincadeira kkkk).

-Você vai demorar muito ?

-Não... Talvez umas duas horas, no máximo. Ainda tenho que ir para a faculdade amanhã. Tem comida na geladeira, é só você esquentar. Se quiser pedir algo para comer em vez de esquentar, pode pedir. Eu te devolvo o valor depois.

-Ok... - e lá fui eu, mais uma vez fazer aquilo que me dava o sustento. E que ninguém mais sabia que eu fazia...

MINUTOS DEPOIS

Andava pela orla do Leblon, esperando o cliente aparecer. Havia mandado mensagem a ele, avisando perto da onde eu estaria e que tipo de roupa estava vestindo. De repente recebi uma ligação.

-Alô ?

-Tô nesse carro preto aqui... - fui andando, e logo encontrei o carro. Me aproximei, bati no vidro, logo ele abriu.

-Oi – falei, entrando...

-Oi... - quando olhei para ele, parece que o cupido disparou uma flecha em mim e que fez meu coração disparar. O homem era com toda a certeza o mais lindo cliente que eu já havia tido. Igualmente alto e malhado, branco, estiloso, de cabelos pretos e olhos castanhos. Estava hiper bem vestido, exalava masculinidade e ao mesmo tempo beleza. Pela primeira vez desde que começei a fazer aquele trabalho, eu não estava tranquilo. Estava nervoso.

-Oi... - ele começou a dirigir, mas logo riu.

-O que foi ?

-Eu nunca fiz isso...

-O quê ? Nunca transou ?

-Não... Nunca sai com um homem dessa forma...

-Sério ? Então porquê está saindo agora ?

-Bem... Eu sempre quis saber como era ir para a cama com um homem e... A oportunidade mais rápida é essa... Pra onde vamos ?

-Tem um motel na Avenida Niemeyer, vamos para lá.

-Tudo bem... Você é bem sério né ? - olhei para ele naquele momento.

-Você gostaria que eu fosse sorridente ?

-Não, é que, sei lá... - ele parecia realmente nervoso. Mas não era jovem. Devia ter experiência naquilo... Enquanto andavamos, eu reparei nele. Ligeiramente sério, tinha algumas olheiras, não parecia tranquilo. Reparei olhando no carro que tinha uma criancinha em uma foto com ele, no painel do carro.

-Sua filha ? - perguntei, apontando ?

-Sim... A razão da minha vida... - sorri.

-Eu tenho um garotinho também... Não é bem meu filho de sangue, mas é como se fosse... - dizia, olhando para a janela.

-E alguém sabe que você faz isso ?

-Além dos meus clientes, não... E não quero que saibam...

TEMPO DEPOIS

Entramos no motel, ele que iria pagar. Estacionou o carro, fomos andando para o quarto. Entrei primeiro que ele no quarto. Ele entrou depois. Parecia ligeiramene acanhado.

-Você já tinha entrado em um motel ?

-Na verdade não... É a primeira vez... - falou, fechando a porta...

-E então ? Tem alguma preferência para a noite de hoje ?

-Na verdade, eu não sei nem por onde começar... - ri.

-Vai me dizer que com essa idade você nunca foi para a cama com ninguém ?

-Já fui... Mas é a primeira vez com um homem...

-Ah, então você é um curioso...

-Sim... - depois de alguns anos fazendo essas coisas, a gente perde a timidez. Acaba tomando a iniciativa quando o cliente é acanhado... Me aproximei dele, olhei de cima a baixo. Por algum motivo eu não estava conseguindo olha-lo como apenas um cliente. Por algum motivo ele não estava me dando nojo. Isso estava me intrigando.

-Eu posso beijar você ?

-Pode... - sorri. Me aproximei dele, toquei em seu rosto. Meu coração acelerou. Porquê eu não estava me sentindo daquele jeito ? Eu não tinha o costume de beijar meus clientes, só se realmente eles quisessem. Com ele foi diferente, eu queria beija-lo. E beijei. Ele retribuiu, como eu esperava. Minha mão começou a caminhar pelo corpo dele, pude sentir ligeiramente os seus musculos, e pela primeira vez na história, começei a me excitar sem estimular. Aquela noite estava totalmente diferente das outras... Fui descendo a mão, quando chegou na beira da calça, eu o puxei para a cama... Me joguei em cima dele, continuei beijando, deslizando minha mão pelo corpo dele. Quando de repente, ouvi a voz dele – para ! - abri os olhos, olhei no olho dele e percebi que ele não estava gostando. Sai de cima dele...

-O que foi que houve ? - perguntei, me pondo sentado ao lado dele... - Eu fiz algo de errado ?

-Não... Você é lindo... - falou ele, pegando no meu rosto... - o problema é comigo... - falou ele, olhando para mim.

-Você quer uma massagem na hidro ? Para tentar se animar ?

-Quero... Mas antes... Qual é o teu nome ?

-Paulo Cabral... - ele olhou para mim...

-Paulo... Você já sofreu algo que achou que nunca iria superar ? - porquê ele perguntou aquilo ? Imediatamente minha mãe veio a minha cabeça...

MINUTOS DEPOIS

Tirei a roupa, liguei a banheira, entrei...

-Vem, pode entrar...

-Mas pelado ?

-Qual o problema ? Eu já ia ver de qualquer forma... - ele riu... Começou a se despir na minha frente, quase que como numa sedução. Não consegui, olhei atentamente ele tirando a roupa. Tirou o paletó, a roupa, a gravata, a calça, o tênis. Ficou só de cueca. Os músculos dele me deixaram sem graça. E então ele tirou a cueca. E eu fiquei ainda mais sem graça... Logo ele veio, e então entrou na banheira. Ficou entre as minhas pernas e eu o abraçei... A maioria dos meus clientes não gostava de carinho, tinham pouco tempo então queriam direto ir para cama. Mas ele era diferente, quando o vi percebi... - qual é o seu nome ?

-Marcos...

-Ah... Marcos... Tem sim, algo que eu sofri e achei que não iria superar...

Continua

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Comentários

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👏👏 Pela mor! Posta logo o próximo! Anciossima pra ler!!!

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Ta de parabéns, não demora para postar mais capítulos por favor, rsrsrs... 10

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