O HOMEM QUE NÃO AMAVA AS MULHERES

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2435 palavras
Data: 05/05/2016 01:54:08
Última revisão: 19/01/2017 19:18:30
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

BELEZA MORTAL – Parte XIV

Quando acordou, Antônio viu Mirtes cochilando, sentada numa cadeira do hospital, ao seu lado. A garota assustou-se, quando ele pegou em sua mão. Mas ficou feliz pelo coroa ter finalmente despertado. Beijou-o efusivamente na boca, depois disse:

- Espere um pouco. Um moço pediu que eu o chamasse, assim que você acordasse, meu amor.

Ela correu para fora do quarto e voltou com Cassandra. O homenina falou com sua voz peculiar de timbre grave:

- Feliz por vê-lo acordado, meu velho. Como se sente?

- Como alguém que levou dois tiros – respondeu o motorista, arrancando risos da garota. Cassandra, impassível, deu os últimos informes:

- O cadáver encontrado por nós no endereço onde fomos com o teu amigo taxista, como era de se supor, não pertencia ao padre assassino. Este ainda está foragido. A madre continua em nosso poder, mas temo que devemos removê-la da sede da Polícia Federal, onde se encontra presa. Lázaro não vai medir esforços para libertá-la de lá, e nós dois sabemos que ele tem muita competência para resgatá-la. Estava esperando você se acordar para traçarmos planos.

Antônio esteve uns minutos pensativo e o rapaz com corpo de mulher, mas com um enorme caralho entre as pernas, soube ser paciente. Finalmente, o motorista falou:

- A mocinha aí também está em perigo, pois o padre já tentou tirar-lhe a vida uma vez e o fará de novo, se tiver chance. Precisamos escondê-la, enquanto não o capturarmos. Remova a madre e a mocinha aí para um local que só você saiba. Enquanto isso, iremos preparar uma armadilha para Lázaro.

- Eu não vou a lugar nenhum sem você, meu amor – afirmou Mirtes, não gostando nada de se separar do coroa.

- Será por pouco tempo, garanto.

- Você já me garantiu a vida e falhou em protege-la. E não acredito que possa fazê-lo, agora que está convalescente. Portanto, eu não sairei de perto de você.

Antônio fez um sinal quase imperceptível para Cassandra. Este acenou com a cabeça, evidenciando ter entendido a mensagem. O motorista continuou:

- Deixe uma arma comigo, pois perdi a minha. Chame Santo e mais dois agentes seus aqui, pois quero passar algumas ordens para eles. Mantenha a médica sob vigilância, pois o padre assassino também quer a morte dela. Deixe o celular sempre por perto, caso eu precise de você.

Cassandra aquiesceu com um gesto de cabeça e, assim que o coroa terminou de falar, pressionou um nervo do pescoço da bela Mirtes. Esta desmaiou imediatamente, mas ele a amparou antes que a mocinha fosse ao chão. Colocou-a quase sem esforço no ombro e saiu com ela. Pouco depois, Santo e dois agentes entravam no quarto de enfermaria, seguido da médica Bauer.

- Como está, papai?

- Confesso que já me senti melhor. Mas dois balaços não foram suficientes para me nocautear. Preciso que você me ajude a preparar uma armadilha para o padre, se já estiver recuperado da pancada na cabeça.

- Eu já estou bem, e os pontos recebidos no local já não doem. Breve, estarei tirando estes curativos – Disse o rapaz, apontando os esparadrapos na parte de trás da cabeça. O que houve com a mocinha?

- Nocauteada pela própria teimosia. Queria ficar comigo, ao invés de ser levada para um local seguro, longe do alcance do padre assassino.

- Ah, entendi. O senhor, realmente, está bem?

- Sim. No entanto, estou sentindo uma vontade louca de foder. Nunca me senti tão viril, meu filho.

- É efeito da droga injetada na mocinha. Ela libera uma toxina que acende a libido. Seu amigo taxista deve estar sentindo o mesmo que você. Infelizmente, é um efeito colateral do tratamento que ainda estou desenvolvendo - Informou a doutora Bauer.

- Quais os próximos sintomas?

- Ainda me são desconhecidos. Mas você irá sentir cada vez mais vontade de copular. Só espero que não comece a sentir dores de cabeça.

- Como assim? – Perguntaram Santo e Antônio ao mesmo tempo.

- As dores são sinais de pressão sanguínea altíssima. A cabeça pode, literalmente, explodir, como aconteceu com a esposa do teu amigo. Basta você ter predisposição ao câncer.

- Que porra de tratamento é esse, caralho? – Irritou-se Antônio.

- É um tratamento que descobri estudando os corais do mar, que se reproduzem de forma assexuada. Quando adicionei o líquido esverdeado, que eu chamo de Sangue de Cristo, que aplico em Lázaro e em Santo para aumentar a produção de esperma, à substância extraída dos tais corais, as células humanas passaram a se reproduzir de forma surpreendente, principalmente moldando os ossos. Achei que havia descoberto a cura definitiva para todas as formas de câncer, mas ainda não consegui domar as reações adversas. E, agora, percebo que a toxina liberada por esse processo é altamente contagiosa e perigosa.

- E por que o padre Lázaro se tornou teu inimigo?

- Ele foi a primeira cobaia indireta. A madre superiora está cancerosa. Foi a primeira a receber nas veias a minha fórmula. Nela, o tratamento quase deu certo. Porém, contaminou com a toxina liberada sexualmente seu companheiro. Com raiva de mim, por causa disso, querem tirar-me a vida. Mas sabem dos benefícios da fórmula, por isso querem roubá-la de mim. Devem negociá-la internacionalmente, a quem oferecer mais dinheiro.

- É a história de sempre: tudo que é descoberto para o bem da Humanidade, tem seus objetivos adulterados por mentes criminosas. – Disse Santo.

- Bem, continue ajudando-a com as suas experiências, mas sem exageros. Não quero que faça nada de que possa se arrepender depois.

- Obrigado, pai. Sabia que o senhor entenderia. Dessa vez, a doutora está do nosso lado.

- Ainda não confio totalmente nela. Porém, precisamos parar o padre assassino. Por uns dias, não poderei sair desta cama. Então, vou precisar de vocês por perto, para a nossa segurança. – Referia-se aos dois policiais federais, deixados por Cassandra para cuidar da segurança de Antônio, de Santo e da doutora Maria Bauer. Estes já tinham um plano traçado para atrair o ex-padre para uma armadilha. No entanto, precisariam transferir o motorista para a clínica da médica Maria Bauer, já que lá seria mais fácil implantar um esquema de vigilância através de câmeras. Antônio os ouviu com atenção.

*************************

Mirtes acordou sendo conduzida de carro por Cassandra. Levou a mão ao pescoço ainda dolorido.

- O que você fez comigo? Só me lembro de ter apagado, de repente.

Cassandra manteve sua atenção ao volante, mas respondeu:

- Um velho truque para desacordar pessoas. Logo essa dorzinha passará.

- Para onde estamos indo?

- Melhor que não saiba. Principalmente a coroa aí atrás.

Só então a mocinha viu a madre superiora, companheira do padre Lázaro, desacordada no banco de trás do carro. Calou-se e esteve pensativa, enquanto o homenina conduzia o veículo por uma estrada deserta. Parecia uma BR. A mocinha ficou ligada nas placas que ia vendo pelo caminho, mas não demonstrou qualquer interesse. Aí, sentiu aquela vontade de foder novamente. Com certeza, o efeito do esperma do jovem Santo havia passado. Passeou os dedos na garganta e percebeu que a cicatriz quase tinha desaparecido dali. Perguntou, finalmente:

- Você está sabendo que tenho necessidades especiais?

- Como assim? – Estranhou o rapaz.

- Preciso fazer sexo, quase de hora em hora. Senão, começo a passar mal e posso morrer.

- Ih, caralho. Com essa eu não contava. Eu não curto meninas, minha cara. Minha tara é foder cu de macho. Não de boiola, e sim de macho. Quanto mais o cara é másculo, mas eu gosto de meter-lhe na bunda!

Mirtes voltou a ficar muda. Pura falta de sorte – pensou ela. Olhou melhor para Cassandra. Percebeu os seios por baixo da camisa masculina, e tudo nele parecia ser feminino. Menos os gestos. Ele agia como homem. O jovem percebeu seu olhar investigativo. Sorriu, antes de abrir o fecho da calça:

- Se não acredita, olhe – disse ele, botando um enorme cacete para fora da cueca. - Mas ele detesta bocetas.

- Ele gosta de cu? – Arriscou a mocinha.

- Taí, faz tempos que tentei foder cu de fêmea. Não gostei da experiência. Deixe a gente chegar onde vamos, e eu farei um teste.

Nisso, a companheira do padre Lázaro acordou. Havia sido sedada na sede da Polícia Federal, de onde haviam partido. Levantou-se e ficou observando a estrada. Sorriu, quando descobriu onde estava. Só então, abriu a boca para falar:

- Mudou de lado, mocinha? Achei que Lázaro havia dado cabo de você.

- Ele, realmente, tentou me matar. Mas fui salva por esse moço – mentiu descaradamente a jovem. Cassandra entrou no seu jogo:

- Isso mesmo, eu a salvei a tempo. Portanto, acabou a lealdade dela a vocês, já que tentaram tirar-lhe a vida.

- Eu mesma a matarei, por haver passado para o lado do nosso inimigo. Isso eu te prometo – afirmou a megera.

Mirtes não disse nada. Sua cabeça fervilhava, engendrando um plano diabólico. Antes, porém, precisava do esperma do jovem para sobreviver. Então, o carro abandonou a estrada, enveredando por dentro do mato. Pouco depois, paravam num chalé escondido na mata. Cassandra levou algemada a companheira do padre Lázaro para dentro. Prendeu-a a um móvel pesado e depois cuidou de Mirtes. Esta já demonstrava fraqueza nas pernas, por causa da dependência de esperma. O homenina ficou nu, expondo seu corpo escultural, seus seios redondos e firmes e seu enorme caralho entre as pernas. Disse que iria tomar um banho rápido, antes de tentarem fazer sexo. Ela, no entanto, disse que não aguentaria esperar. Pegou seu sexo e levou-o à boca. O pênis dele não se manifestou nem um pouco. Aí, a companheira do padre assassino interviu:

- Venha cá, eu tenho mais experiência com isso e também preciso de esperma. Tenho a mesma doença que ela.

Cassandra pegou sua arma e caminhou para perto da mulher, seguido de Mirtes. Ameaçou:

- Se me morder, juro que atiro em você.

Ela não respondeu. Com a mão livre, acariciou o pau do jovem e depois levou-o à boca. Quando Cassandra sentiu o calor dos seus lábios, ficou imediatamente excitado. E ela tinha uma técnica toda especial de felação. Logo, o pau do rapaz estava duríssimo. A própria madre ofereceu o caralho para a outra:

- Pegue e mame-o até se fartar. Mas deixe um pouco para mim. Você sabe que eu também preciso.

A garota ajoelhou-se entre as pernas dele e chupou-o com muita gula. Ele pediu para ela ir com calma, pois o estava machucando. Ela lembrou-se de ter machucado o coroa com os dentes, então moderou as chupadas. Cassandra demorou um bocado para liberar a primeira gozada. Para ele, foi uma sensação estranha. Aquilo lhe estava sendo uma enorme agressão. Mesmo assim, gozou uma segunda vez na boca da mocinha.

- Agora é a minha vez – advertiu a coroa.

Mirtes cedeu o lugar a ela, que se ajoelhou entre as pernas do jovem. Este, por medida de segurança, entregou a arma à garota:

- Tome. E, se ela me morder, pode atirar na cadela. Mas não atire para matar, pois precisamos dela viva, para responder por seus crimes. Porém, não hesite em atirar-lhe nas pernas ou na bunda – disse Cassandra.

Mas a companheira do padre Lázaro não estava interessada em fazer-lhe mal. Precisava, realmente, do seu esperma. Já sentia as dores atrozes que a martirizavam desde que começou a fazer seu tratamento contra um câncer que lhe havia atingido uma das mamas. E, mesmo já tendo gozado duas vezes, o rapaz estava adorando ter sua boca quentíssima em seu falo. Seu amante era muito exigente, quando se tratava de sexo oral. Ela aprendera a chupar com as melhores prostitutas, contratadas por ele para ensiná-la. Desde jovem, aprendera a técnica, que passou depois para as integrantes do convento onde funcionava a antiga Ordem das Irmãs de Maria Madalena, formada por noviças que eram pagas para satisfazer padres ávidos por sexo. Por isso, sabia que o jovem policial não iria conseguir conter uma gozada por muito tempo. No entanto, foi surpreendida pela ação da garota Mirtes. Antes que Cassandra ejaculasse, foi nocauteado por uma pancada na nuca, dada com a coronha da arma que passara para a moça.

- Puta que pariu! Devia ao menos ter esperado que ele gozasse, cadela. Agora, me deixou mais afim ainda...

A jovem já procurava entre as roupas do homenina, em busca de um celular. Achou um. Entregou-o à amante do padre assassino:

- Tome. Ligue para o teu companheiro e avise que estamos aqui. Peça para ele vir nos resgatar.

A mulher estava abismada com a determinação da jovem. Sempre a considerou uma idiota. Mesmo assim, não aceitou o aparelho.

- Lázaro não atenderia essa ligação. Ele ignora qualquer número que não seja o meu. Tenho um celular entre as minhas coisas, que devem estar no porta-malas do policial. Vá pegá-lo.

Quando voltou com as coisas da amante do ex-padre, esta tentava arrastar o móvel ao qual estava algemada para alcançar as chaves que deveriam estar entre as roupas do rapaz. Mirtes, no entanto, foi taxativa:

- Antes, você liga para o padre. Quando ele chegar, tratará de te libertar. Não sei qual será a reação dele ao me ver viva, por isso não vou arriscar te deixar solta.

A madre não gostou nada de estar sob o comando da mocinha, mas resolveu-se a fingir que ela estava dando as cartas naquela situação. Pretendia reverter o processo, assim que o amante chegasse. Por isso, teclou o número e fez a ligação.

Quando atenderam, ela reconheceu a voz do companheiro. Mas era preciso convencê-lo de que aquilo não era uma armadilha da polícia:

- ... sim, ela continua do nosso lado. Deu cabo do policial responsável pela minha prisão e está me ajudando a escapar. Mas eu estou muito fraca, e preciso já do seu esperma.

Houve um momentâneo silêncio do outro lado da linha, como se o ex-padre estivesse desconfiado. Foi preciso a mulher dizer:

- Sou eu que estou te ligando, amor. Não precisa estar cismado. Bem sabe que eu preferia morrer a colocá-lo em má situação. Não é uma armadilha, nem ninguém está me forçando a te ligar, acredite em mim...

Ela desligou o telefone, com um sorriso satisfeito. Avisou que o companheiro estava vindo. Dera as referências do lugar onde estavam, pois conhecia bem aquelas bandas. Aquele era um antigo esconderijo da ordem das Irmãs de Maria Madalena, confiscado havia alguns anos pela Polícia Federal. Mas fazia sentido: o companheiro jamais iria pensar que ela estaria num local que já pertencera a eles no passado. O agente federal tinha sido muito esperto, mas não contava com a traição da jovem. Ia agradecer a Mirtes, quando levou o primeiro tiro, bem no meio da coxa direita. Nem havia acabado de gritar, quando recebeu o segundo tiro, dessa vez na coxa esquerda.

- Você prometeu que me mataria, megera. Eu não esqueci disso. No entanto, eu é que estou te matando...

FIM DA DÉCIMA QUARTA PARTE

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Ehros Tomasini a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários