Paixão Secreta | 1ª Temporada | Capítulo 25

Um conto erótico de Misteryon McCormick
Categoria: Homossexual
Contém 1876 palavras
Data: 30/05/2016 12:04:07
Assuntos: Gay, Homossexual

É TUDO MINHA CULPA capítulo vinte e cinco________________________________________

S

essenta e seis dias. Havia se passado sessenta e seis dias desde a tragédia na “WCSK Advocacy/Law Firm” que agora se chama “Partners Advocacy”. As festas de fim de ano também haviam se passado, eu e meu pai havíamos passado sozinhos. Na empresa tudo estava do mesmo jeito, a tensão ficou presente apenas nos primeiros dias. Um memorial tinha sido colocado na frente da empresa com os nomes das pessoas que morreram naquele dia trágico e todos os dias eu trazia flores e colocava em frente ao memorial em sinal de respeito.

Não tinha conhecido ninguém em todo esse tempo, eu saia com Denny às vezes para festas ou bares, mas não rolava nada. Porque eu não queria. Não queria relacionamento e quando saia com Denny era apenas para satisfazer meus desejos carnais.

Acordei naquela segunda-feira, o fim de semana tinha sido cansativo, mas estava pronto para outra semana.

- bom dia! – falou meu pai abrindo a porta cantarolando.

- bom dia – falei olhando para ele.

Meu pai veio até mim e se deitou ao meu lado.

Eu me estiquei todo me despreguiçando e bocejando.

- pronto pra mais um dia? – perguntou meu pai.

- sim senhor - falei alongando os braços.

- e como está lá no trabalho? – perguntou meu pai.

- Está tudo ótimo. Se melhorar estraga. Sabe como é – falei me levantando e tirando a camisa e pegando minha toalha – não é engraçado pai? Em menos de um ano sofri tanta coisa, você e a mamãe devem ter me batizado com água de esgoto.

- você não é batizado, você é Judeu.

- eu sei pai, é só uma piada.

- por falar nisso filho eu estava pensando em voltar a frequentar a sinagoga semanalmente e gostaria que você fosse comigo. Não precisa ser todo dia, mas talvez uma vez por semana. Talvez seja por isso que tantas coisas ruins vem acontecendo. Nós estamos longe de Deus.

- tudo bem – falei – Se é importante para o senhor eu concordo.

- ótimo – falou meu pai vindo até mim e dando um tapa bem forte na minha bunda.

Eu dei um grito de dor.

- seu filho da...

- Não xinga o pai não – falou ele rindo e saindo do quarto.

Eu então fui tomar meu banho e depois que sai tomei café da manhã com meu pai.

- hoje eu vou te levar para o trabalho – falou meu pai.

- ótimo – falei tomando um gole do suco.

Depois de arrumar a cozinha eu fiquei sentado na sala esperando meu pai ficar pronto e decidi ligar a televisão e assistir ao telejornal. Foi quando começaram a falar sobre uma tragédia em uma escola. Um atirador tinha entrado e matado crianças. Eu não aguentei aquilo e desliguei a TV.

- vamos? – falou meu pai.

- vamos – falei me levantando e pegando minha mochila.

Logo nós colocamos o pé na estrada.

Assim que chegamos meu pai parou o carro. Desci e dei a para me despedir de meu velho.

- até a noite – falou meu pai.

- até.

Mais uma semana turbulenta passou-se e tinha finalmente chegado à sexta-feira. Tinha trabalhado igual um condenado a semana inteira e estava louco para descansar. Eu cheguei animado. Cheguei ao 20º andar, fiz o que tinha que fazer e começou o expediente.

A cada hora que passava era um momento mais perto do fim de semana.

- bom dia – falou Adam saindo do elevador.

- bom dia – falei com um sorriso.

- está animado hoje? – perguntou Adam.

- muito, o fim de semana está chegando e eu estou tão cansado.

- agora eu fiquei até sem graça. – falou Adam.

- por quê?

- eu vou ter que acabar com sua alegria.

- pode acabar, alegria de pobre dura pouco – falei rindo.

- eu vou precisar que você fique aqui comigo para terminarmos as planilhas. Isso vai levar a noite toda. – falou Adam.

- não tem problema – falei rindo.

- faz assim, pega folga na segunda – falou Adam.

- olha eu não vou recusar.

- ótimo – falou Adam – fica combinado então.

Adam entrou na sala e logo Gray chegou.

- bom dia – falou Gray apertando minha mão.

- bom dia Dr. Collins e o Dr. Adam White

- ótimo – falou Gray entrando na sala de Adam

Voltei ao trabalho sem mais interrupções. Depois de um longo tempo Gray se foi e no elevador que ele entrou saiu um dos estagiários.

Esse estagiário nem olhou pra mim e foi direto até a porta de Adam e ficou batendo. Logo o meu telefone tocou.

- Mike, quem está batendo na minha porta?

- Eu não sei Dr. White – falei.

- Fala pra ele que aqui não é a casa da sogra, ele precisa falar com você primeiro antes de vir aqui. Eu odeio que fiquem batendo na minha porta se quem eu esteja esperando por alguém.

- tudo bem.

- vê com ele o que ele quer e me liga pra saber que eu vou recebe-lo – falou Adam irritado.

- ok – falei desligando o telefone.

- Com licença, você precisa passar por mim primeiro antes de ir até a sala do Adam, ele acabou de me ligou irritado.

Ele veio até mim.

- o que você quer? – perguntei.

- tenho uns cheques que a Dr. Vanessa Smith mandou para ele assinar – falou ele.

- quantos cheques? São pagamentos? recebimentos? São com urgência?

- olha eu estou com pressa.

- qual o seu nome?

- não te interessa.

- com licença, mas interessa sim. Eu trabalho nessa recepção e você só fala com o Dr. White depois que me disser o que você quer.

- eu quero que você já se ferrar Mike Fabray. Quer saber meu nome? Meu nome é Jesse e Jack era meu melhor amigo. Ele morreu no seu lugar.

Nesse momento eu me lembrei do díade Halloween. Jack era um dos quatro que tinham morrido naquele tiroteio.

- Olha, sinto muito por sua perda, mas não precisa ser arrogante.

- eu não estou sendo arrogante, só estou dizendo a verdade nua e crua. Ou será que você quer que eu floreie? Quer que eu fale com você como se fosse uma criança?

- o que está acontecendo aqui? – perguntou Adam saindo da sala. – que escândalo é esse aqui? – falou ele vindo até a recepção.

- você quer alguma coisa Jesse? – perguntou Adam olhando para o estagiário.

- eu tenho uns cheques para que o senhor assine.

- ok. – falou ele pegando os cheques e assinando. – que gritaria era essa? – perguntou Adam assinando um dos cheques e depois outro.

- não é nada Senhor – falei nervoso. Eu não queria que Adam soubesse sobre o que era a gritaria.

- pronto – falou Adam entregando os cheques para Jesse. Adam então olhou pra mim.

- Mike, gostaria que não ficasse gritando aqui na recepção eu tenho muito trabalho lá dentro e não estou aqui brincando e acho que você também não. Você é o primeiro contato que qualquer um tem comigo. Imagina se um cliente chega e você está aqui gritando? Estou decepcionado.

- desculpa senhor não vai acontecer outra vez – falei me sentindo envergonhado e me sentando. Em todos esses três anos de empresa eu nunca tinha sido chamado a atenção. Eu estava envergonhado e com raiva de mim mesmo.

Adam então olhou para Jesse.

- E você Jesse, aqui não é a casa da sogra que você entra e sai na hora que bem entende, toda as vezes que você vier aqui é para você passar na recepção. Se a recepção estiver sem ninguém você vai ficar aqui em pé em silêncio esperando eu sair. Eu não quero que você bata naquela porta outra vez enquanto eu for dono dessa empresa.

- sim senhor – falou Jesse.

- depois eu vou ter uma conversa com seus chefes, você tem quatro supervisores lá embaixo e nenhum deles te explicou o fluxograma da empresa? Eu fico irado com isso – falou Adam.

O elevador chegou

- pode ir – falou Adam.

Jesse entrou no elevador e se foi.

Fiquei sentado mexendo no computador e Adam entrou na sala.

Esperei alguns segundos e arrumei minhas coisas para ir ao horário de almoço. Eu apertei o botão do elevador e fiquei esperando. Eu estava com muito ódio de mim mesmo. Pela briga e por saber que por minha causa quatro pessoas tinham morrido.

Logo nós fomos embora e eu cheguei à empresa. Eu voltei para a recepção mais cedo para adiantar algum serviço, eu estava com vergonha de Adam, não sei com que cara eu iria olhar para ele, mas o jeito era esquecer aquilo e torcer para não acontecer mais.

Estava digitando um contrato no computador quando Adam chegou no andar e saiu do elevador.

Olhei para ele discretamente e continuei a digitar ele foi direto para a sala dele. Eu continuei digitando chateado pelo o que tinha acontecido, eu estava triste, não por Adam ter brigado, afinal ele é o chefe, mas estava chateado comigo e por ter feito o que fiz.

As quatro e maia da tarde liguei para meu pai e avisei que não iria embora. O telefone chamou e logo ele atendeu.

- fala filho – falou meu pai atendendo o telefone.

- pai hoje eu vou precisar ficar até mais tarde no trabalho.

- tudo bem – falou ele – você vai vir embora mais tarde ou só amanhã de manhã?

- sinceramente eu não sei pai, mais a noite eu vou saber ai eu te ligo para avisar.

- tudo bem – falou ele.

- até mais pai.

- até, beijo.

- beijo – falei desligando o celular.

Logo que eu desliguei o meu celular Adam ligou na recepção.

- pois não? – falei atendendo.

- Mike, vem aqui por gentileza.

- ok – falei desligando o telefone e pegando a agenda eletrônica. Eu abri a porta – com licença.

Eu então fui andando até ele e parei em frente à mesa.

- você pode, por favor, enviar um e-mail para o Leon?

- sim.

- você vai até o arquivo e pega os documentos do caso de Nova Iorque e digitaliza todas as folhas de todos os dois lados, ai você envia pra ele com cópia pra mim.

- sim senhor.

- depois você pode, por favor, ligar para minha esposa e avisar ela que não vou embora hoje?

- sim senhor. Mais alguma coisa?

- só isso – falou ele digitando algo no computador.

- com licença – falei saindo da sala e fazendo o que ele tinha me pedido. Logo chegou o fim do expediente e eu comece ia digitar as planilhas. Por volta dás 18h15min Adam saiu da sala.

- Mike, você já bateu o ponto?

- já.

- o que você está fazendo?

- comecei a digitar as planilhas.

- não digita agora, me espera porque não pode ter erros – falou ele – eu tenho uma reunião agora no com os outros sócios e vou demorar um pouco, você pode desligar seu computador e ir pra minha sala e ficar me esperando.

- sim senhor – falei.

Ele logo entrou no elevador e eu desliguei meu computador, desliguei a fonte, coloquei comida para os peixes e desliguei as luzes da recepção e entrei na sala do Adam. Eu abri as planilhas e me sentei em uma das poltronas da sala e fiquei sentado na sala silenciosa.

Olhei para os lados e escorei a cabeça para trás. Eu fiquei por um bom tempo, olhei no relógio e a hora não passava e Adam não chegava.

Me levantei e fui até um dos sofás e me deitei. Iria apenas descansar o corpo afinal ficaria até mais tarde. Eu comecei a bocejar, meu corpo estava realmente cansado, eu não poderia dormir, mas não deu outra, cai no sono esquecendo-me de tudo.

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