Por que tem quer ser assim? 12 Sufocado.

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 1996 palavras
Data: 29/05/2016 01:32:20
Última revisão: 29/05/2016 01:45:42

Barão - Arthur, eu conversei com sua mãe, e chegamos a conclusão, que neste momento seria bom você ficar na minha casa.

Arthur - obrigado, mas eu não quero não.

Barão - não estou pedindo tua opinião, Arthur. Estou só te informando.

- Meu filho. (Minha mãe se abaixou para poder ficar da mesma altura da cadeira de rodas) não tem condição de você ficar sozinho lá em casa.

Arthur - e qual o problema nisso?

Joana - quem vai te dar um suporte? Quem vai te ajudar a ir ao banheiro? Quem vai te fazer comida? Eu trabalho o dia inteiro meu amor.

Abaixei minha cabeça e em milésimos de segundos, refleti.

Arthur - eu posso me virar sozinho mãe. Nós nunca precisamos de ninguém.

Joana - mas agora é diferente meu amor. Você esta debilitado. (Falou minha mãe um pouco alterada).

Aquela palavra ''debilitado'' soou forte. Minha mãe percebendo que havia usado a palavra errada, levou a mão à boca.

Joana - me desculpa. (falou ela acariciando meu rosto).

Arthur - Ta tudo bem mãe. (falei abaixando minha cabeça). É assim mesmo que eu estou: debilitado.

Joana - não meu filho, eu não quis dizer isso.

Arthur - eu sei, mãe. (era difícil me manter firme).

Joana - eu irei separar suas melhores roupas, e amanhã eu levo pra você, ta bom!?

Confirmei com a cabeça.

Joana - Nícolas?

Barão - diga, Joana.

Joana - você pode me mandar seu endereço por mensagem?

Barão - claro. Me passe seu número.

Minha mãe saiu daquela posição desconfortável, e pausadamente passou seu número para o barão. Em seguida virou, ficando de frente para mim.

Joana - vai da tudo certo meu amor. (disse ela me dando um abraço).

Por cima do ombro de minha mãe, eu via a face do barão me encarando.

Joana - Nícolas. Obrigado por tudo viu?

Nícolas - que isso, Joana. Não precisa nem agradecer.

Joana - tenho que agradecer sim. Você ta sendo um anjo.

Nícolas - Imagina. (disse ele se fazendo de bom moço).

Após se despedir de Nícolas, minha mãe entrou em seu carro. O Barão me pegou em seus braços, e ordenou que o motorista fechasse a cadeira de rodas, e a colocasse no bagageiro.

Enquanto o motorista realizava a tarefa, o barão me pôs no banco de trás de carro, e sentou a meu lado.

Barão - como você ta se sentindo?

Arthur - eu ainda acredito que isso tudo é um sonho, e que amanhã eu vou acordar, e poder fazer o que eu fazia todos os dias.

Barão - infelizmente isso não é um sonho, Arthur. Mas você pode continuar fazendo tudo o que já fazia antes, sua vida vai seguir normalmente, é só aguardar o tempo pra o seu corpo e sua mente se adaptar a essa novidade.

Arthur - até meu jujitsu eu vou poder fazer? (perguntei escorando minha cabeça na almofada do carro e fechando meus olhos).

Barão respirou fundo.

O motorista entrou no banco da frente.

- Pra onde patrão? (perguntou ele).

Nícolas - casa, Damião.

Damião - pra casa vamos nós. (O homem começou a rir. Parecia ser aqueles motoristas bem humorados).

Naquele momento nada me fazia rir.

Discretamente eu tentava passar as mãos pelas minhas pernas. Queria uma resposta, queria entender aonde estava o defeito, porque eu não andava?

A noite estava bonita, com bastante estrelas no céu. Pela vidraça do carro eu via casais namorando, idosos conversando, crianças correndo - e era como se minha ficha não tivesse caído, eu não aceitava aquele sofrimento pra minha vida.

Barão - Arthur. (falou ele puxando assunto).

Arthur - Senhor? (virei e encarei seus olhos).

Barão - você quer passar em algum restaurante?

Eu balancei a cabeça indicando que não.

Barão - mas sua mãe disse que você queria comer picanha.

Calmamente eu respondi.

- passou a vontade.

E retornei a olhar a paisagem, pela janela.

Barão não mais tocou no assunto.

xxXXXX

Enfim chegamos.

Damião estacionou o carro, e em seguida abriu a porta para o barão sair.

Barão atravessou, e veio ao lado de onde eu estava, abri a porta, e ele tornou a pegar em seus braços, e saiu me levando para dentro de sua casa.

Damião - e a cadeira patrão?

Barão - sei lá, Damião, venda, leiloe, jogue fora. Faça o que você quiser.

Damião e eu ficamos sem entender.

xxXXXX

Barão - Mariaaaaa! (gritou o barão assim que entramos em sua residencia).

Maria - Oi senhor Nícolas? (apareceu uma senhora não sei da onde).

Barão - providenciou o que eu te mandei?

Maria - se o senhor esta falando do quarto, providenciei sim.

Barão - ótimo. Me acompanhe até la, por favor.

Barão e eu fomos na frente; a mulher veio atrás nos acompanhando.

xxXXX

- Vou ficar aqui? (perguntei assim que entramos no quarto).

Nícolas - sim. O que achou?

Arthur - gostei.

Nícolas - que bom. (disse ele me deitando na cama). Confortável?

Arthur - muito.

Nícolas - Maria. Prepara um banho pro Arthur, e depois prepara algo pra nós comermos.

Maria - preparo sim. Qual o menu o senhor quer hoje?

Nícolas - Picanha tá fácil de fazer?

Maria - Acho que não sr Nícolas. Provavelmente congelada.

Nícolas - então faz qualquer coisa, mas primeiro prepara o banho do Arthur.

Eu começava a me sentir mimado com aquela situação toda.

A moça entrou no banheiro para preparar o tal banho, e eu chamei pelo Nícolas, que arrumava umas almofadas pra dar um melhor conforto a minha cabeça.

Barão - fala, Arthur.

Arthur - o senhor já fez demais por mim: me socorreu quando eu precisei, me acompanhou no hospital, me trouxe aqui pra sua casa, mas eu estou me sentindo sufocado.

Barão - como assim?

Arthur - eu aceito ficar aqui numa boa, mas eu não aceito sua ajuda. Aquela moça que entrou no banheiro, quem é ela?(falei apontando).

Barão parou tudo o que estava fazendo.

- Aquela é a Maria. Trabalha comigo ha um bom tempo já.

Arthur - então deixa a Maria me ajudar.

Barão - Mas Arthur cara, qual o problema em aceitar minha ajuda?

Arthur - Por favor senhor Nícolas, por favor. Sei que parece besteira, mas eu não quero sua ajuda.

Barão - tudo bem. Tudo bem. (disse ele deixando cair a almofada). Eu vou deixar todos os empregados a sua disposição, e vou sair de cena.

Eu confirmei com a cabela, confirmando que eu concordava.

xxxx

Quando a moça enfim saiu do banheiro, o Barão já não estava mais.

Maria - seu banho ta no capricho.

Arthur - obrigado. (falei com um sorriso amarelo no rosto).

Maria - agora eu vou descer e preparar alguma coisa pro jantar. Você prefere comer aqui ou lá embaixo?

Arthur - como ficar melhor pra vocês. Não quero dar trabalho.

Maria - Então vou trazer aqui.

Arthur - ta perfeito.

Maria - até daqui a pouco. (disse ela se despedindo de mim).

Arthur - Maria? (a chamei, antes que ela saísse da minha vista).

Maria - oi?

Arthur - e o meu banho?

Maria - já ta pronto.

Eu fiquei parado olhando para ela.

Maria - o que foi? (perguntou ela inocentemente).

Arthur - eu não posso andar, Maria.

Maria - ai meu Deus, me desculpa. ( A mulher correu em minha direção).

Arthur - ta tudo certo, Maria. Eu só preciso que a senhora chame o Damião pra me ajudar a chegar ao banheiro.

Maria - ta bom. Vou num pé e volto no outro.

Arthur - obrigado. (agradeci simpaticamente).

Enquanto a Maria foi chamar pelo Damião, eu recebi uma ligação de um número desconhecido.

*****

Arthur - alo.

- É o João, Arthur!

Arthur ...

João - tou sabendo do que aconteceu.

Arthur - pois é.

João - eu sinto muito, Arthur.

Arthur - ta tranquilo, João.

João - falei com sua mãe, ela disse que você ta na casa do Nícolas.

Arthur - é só por um tempo.

João - Que bom mano. Aí você vai ser bem cuidado.

Arthur - já estou sendo.

João - qualquer dia eu vou aí te ver, e levar aqueles livros.

Arthur - vem não cara. Quero nem que você venha me ver, e nem quero esses livros.

João - Arthur, não é assim.

Arthur - pra mim é. Valeu pela ligação, mas não precisa você vir. Não curto hipocrisia.

João - e quem ta sendo hipócrita aqui?

Arthur - você, véi.

João - eu? Quando que eu fui hipócrita? Me explica. ( João em nenhum momento elevou o tom de vóz).

Arthur - agora mesmo você esta sendo. Descobriu algo sobre mim, e se afastou sem nem dar explicação, começou a me evitar como se eu tivesse uma doença.

João - você ta louco Arthur! Que conversa sem nexo é essa?

Arthur - estou mentindo? Você não se afastou de mim?

João - não pelos motivos que você falou.

Arthur - e tu ainda diz que não é hipócrita?

João - você esta na casa do Nícolas ne!?

Eu confirmei.

João - estou indo aí.

Arthur - Já falei que não precisa.

João - mas eu vou mesmo assim. Vou provar pra você que eu não sou nenhum hipócrita, e que eu tive motivos para me afastar de você.

Antes que eu pudesse contestar, João interrompeu a ligação.

******

Com a ajuda de Damião, eu tomei meu banho, e depois retornei para a cama.

Estava assistindo tv quando a Maria bateu no quarto e entrou com uma bandeja.

Maria - olha o prato que eu fiz no capricho pra você, filé acebolado.

Arthur - ta com a cara boa hen!? e o cheiro ta bom também!

Maria - e o sabor esta ótimo.

Maria sentou ao lado da cama, e me serviu uma fatia do bife, acompanhado de arroz e batata frita.

Arthur - Ta gostoso mesmo. (falei depois de engolir tudo).

Maria levantou a segunda garfada, mas eu tive que recusar.

Maria - por que Arthur? (perguntou ela).

Arthur - o sabor ta muito bom, mas eu não estou conseguindo engolir nada.

Maria - você tem que comer. Quer ficar desnutrido e voltar ao hospital novamente?

Arthur - eu sei que eu preciso comer Maria. Mas não ta dando pra passar nada pela garganta.

Maria - quer uma sopinha?

Arthur - não.

Maria - e sobremesa?

Arthur - também não, Maria. Eu só queria descansar um pouco.

Maria - então ta. Fazer o que né!?

Disse ela levantando com a bandeja.

Maria - antes de dormir eu venho ver como você esta.

Arthur - ta bom, Maria.

A mulher se retirou do quarto, e quando eu pensei em ajeitar minha cabeça na almofada, ouvi um barulho descomunal na porta.

O barão empurrou a porta, e entrou com a mesma bandeja que a pouco a Maria havia saído. Em seguida deu um coice fazendo a porta fechar novamente.

xxXXX

Arthur - nós não tínhamos combinado que os empregados iriam me dar suporte?

barão - foda-se o que combinados. Eu prometi a sua mãe que iria cuidar de você, e é isso que eu vou fazer. Abre a boca. (disse ele sentando ao lado da cama).

Arthur - tou sem fome.

barão - abra a maldita boca. (falou ele com um tom de voz elevado).

Abri um pequeno espaço entre os dentes, o suficiente para que o barão colocasse uma garfada la dentro.

barão - qual a dificuldade nisso?

Eu não pude responder, pois estava triturando o alimento.

barão - abra. (disse ele com o garfo levantado).

O barão só sossegou quando eu já tinha deixado o prato limpo.

Barão - e aí, doeu?

Eu balancei a cabeça que não.

Barão - vai ficar sempre um funcionário aqui no corredor, se você precisar de qualquer coisa, é só gritar.

Arthur - ok.

Barão me encarou por um instante, e depois se retirou do quarto.

Repousei minha cabeça no travesseiro, estiquei o braço, pequei o controle e liguei a tv.

Estava distraído quando alguém bateu a porta.

xxxXX

Arthur - ta aberta. (falei sem dar muita atenção).

- Oi Arthur. (falou aquela voz ao abrir a porta).

Arthur - João?

João - e aí, vamos esclarecer algumas coisas que estão ente a gente?

Continua...

Boa noite, amigos. Queria só esclarecer umas coisas que talvez vocês tenham entendido errado. Pra quem leu o meu relato, talvez tenha entendido que eu iria deixar de postar. A historia que está em andamento eu irei concluir, no caso está.

Não sei se vocês viram uma música que estava bombando no youtube, ela ficou muito famosa aqui no Brasil devido a um comercial da Unilever. Se já viram ou se não viram, gostaria de deixar a sugestão --> Aquilo - you there <-- Muito bonita, pelos menos esse foi meu conceito.

Boa noite, amigos.

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Comentários

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Esse barão parece um detetive de um conto que eu amo d+😍😍😍😍,Tava quase ficando com raiva do barão + agora to gostando dele 😊😊😉😘

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aguardado o próxima capítulo.... :) muito bom.... gostando muito da História.....

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Muito bom, quero ver qual vai ser a justificativa do João. Aguardando o próximo!!!

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#TeamBarão rsrsrsr, no outro conto torcia pelo Antônio, vamos ver se nesse aqui eu me dou bem no palpite, enfim espero que sua ausência seja por pouco tempo, pois adoro seus contos.

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Quero ver o que João vai dizer! Barão, apesar de td, tá sendo um ótimo amigo pra família? Arthur vai voltar a andar futuramente ou ele ficará pra sempre na cadeira de rodas? Abraços!

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Aí, esse João zZzZ. Cancela ele. Espero que o Arthur não dê ouvidos a esse babaca.

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Perfeito, mas esse João não merece ser amigo do Arthur. E o Barão tá muito prestativo kkkk já ouvi a música e tenho ela no meu celular...

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