Apenas mais um conto III

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Homossexual
Contém 1236 palavras
Data: 25/04/2016 22:14:44
Assuntos: Gay, Homossexual

Gabriel

Cheguei à casa muito sorridente naquele dia - "acho que os alunos novos realmente mexeram comigo", pensei. E não vou mentir, mas passei o dia todo bem ansioso. A tarde demorou horas para passar, mas sem nenhuma novidade, e ao chegar a noite meu chegou com uma grande novidade.

- Pai?! Saiu cedo hoje, o que houve? - perguntei

- Ah filho, você não viu o bilhete? Vamos sair para jantar hoje, ela chegou recentemente na cidade e tem dois filhos.

- Ahhh Safadão - disse rindo para o meu pai, até que fazia bem para ele sair um pouco. Eu quase não o via sair com alguma garota, já estava desistindo.

- Vai se arrumar garoto e mais respeito- ele disse ficando vermelho.

Não demorei muito, em 40 minutos eu já estava pronto, coloquei uma camisa preta com alguns detalhes brancos. Calça jeans e meu melhor perfume. Quando desci meu pai já estava pronto e bem elegante por sinal. Fomos para o carro e ele me levou a um restaurante velho conhecido. Era um restaurante de massas, ficava próximo ao shopping do centro da cidade - aquele shopping era um dos meus lugares favoritos, não só por ser ali que meu pai e minha mãe se conheceram, mas por que também era propriedade do meu avô, não só o shopping, mas alguns prédios em volta entre eles aquele restaurante - talvez não fosse o melhor lugar para um encontro, mas era um dos melhores da cidade.

- Nervoso? - perguntei

- Que isso filho tá achando que eu nunca sai com um mulher? - disse ele rindo, um pouco depois ele se vira e pergunta - dá para perceber muito?

Eu ri. Entramos e nos sentamos, o garçom logo a mim e ao meu pai e nos levou para uma mesa um pouco mais reservada, meu pai havia pedido uma mesa com 5 lugares e depois de uns 10 minutos esperando eu não podia acreditar no que eu estava vendo.

- Uau - deixei escapar

A mulher que acompanhava meu pai estava muito elegante, como descreve-la? Gata, linda de olhos azuis. Um pouco mais que isso, ela era engraçada, um pouco tímida, mas era uma ótima companhia – seu nome era Melissa - e o melhor de tudo, seus filhos Kara e Luck - meu pai ficou muito animado quando soube que eles estudavam comigo, acho que ele tinha arrumado uma ótima desculpa para falar com ela mais vezes kkk. Kara usava uma roupa simples, mas estava muito bonita, quase não dei atenção a ela de vidrado que estava em seu irmão, ele usava uma blusa verde, calça jeans e um boné - "tá esse garoto está realmente mexendo comigo, só me resta saber se eu consigo mexer com ele também", pensei.

Tá, eu havia pensado nisso o dia todo, depois de umas duas horas pensando. Cheguei à conclusão que não tinha nada de errado com isso, eu estava sentindo alguma coisa, não era uma doença, eu só estava gostando de um cara – “Isso é uma coisa normal, quantos primos gays você tem, eles são felizes, talvez você devesse parar de pensar nisso e se dar uma chance de ser feliz também”, esse foi meu pensamento e vendo ele agora. Eu tinha certeza que era a coisa certa a fazer, mas eu precisaria de ajuda, conhecia o Luck há um dia e não sabia se eu poderia confiar nele ou na sua irmã.

O jantar foi tranquilo, conversamos sobre amenidades e quando eram 9 horas, resolvemos deixar o casal sozinho, chamei Luck e Kara para irem ao shopping, Kara ficou animada e disse que já tinha visto aquele shopping, parecia bem grande, mas não tinha entrado nele ainda – acho que nem ela e nem o irmão desconfiaram do nome na porta do edifício, talvez não soubessem meu sobrenome, mas devem ter estranhado o fato do segurança quase nos dar passagem VIP e perguntar se queríamos alguma coisa a cada segundo.

- Tá, esse shopping é enorme, onde fica o cinema daqui? – Kara perguntou.

- É melhor perguntar os cinemas – disse Luck, apontando para uma placa mostrando os anúncios dos 3 cinemas diferentes presentes no edifício.

- Menino esperto – elogiei, rindo. Acho que isso o irritou.

- Tem mesmo 3 cinemas aqui, se a gente correr talvez pegue algum com a sessão ainda aberta – eu disse, corremos e chegamos no primeiro, mas a sala já estava esgotada, então fomos tomar sorvete.

Eu pedi duas bolas, uma de chocolate e outra de morango. Kara pediu baunilha e Luck chocolate. Ficamos os três sentados até que uma garota chegou e começou a dar em cima do Luck, do meu Luck. Depois de alguns minutos assim eu já estava começando a ficar puto com aquela situação e resolvi andar um pouco, Kara acabou vindo atrás e quando eu vi , estava sozinho com ela.

- Luck não vai gostar de termos deixado ele lá sozinho – ela disse. Estava me encarando.

- Que nada, ele tem companhia – eu disse, como se não ligasse.

- Sei – aquela garota me encarava muito e aquilo já estava me deixando assustado – mas me conta, por que tantos ciúmes do meu irmão? Por acaso tá sentindo alguma coisa por ele?

Tá, eu gelei na hora. Como ela havia percebido e ainda tinha sido bem cara de pau para perguntar assim tão rápido. Eu fiquei sem reação.

- Tá fica tranquilo, eu não conto pra ninguém- ela disse – embora eu ache que o Luck pode gostar disso.

- Gostar?- eu perguntei, com um sorriso meio bobo.

Kara começou a rir.

- Mas ele não é hetero? Quer dizer tudo o que eu conversei com ele, ele não deu nenhuma pista...

- Cara, como você não percebeu, só faltou o Luck sambar na sua cara. Ele é a maior bixa que eu já vi – Kara ria sem parar.

Eu acho que fiquei com o maior sorriso do mundo quando perguntei para Kara.

- Mas e ele? Falou algo de mim?

- Cara, não sei, por que você mesmo não vai até lá e descobre – Ela disse meio seria.

Eu puxei ela pelo braço começamos a subir escadas. Ela só subia, até chegarmos em uma porta com a escrita – somente pessoal autorizado – ela vacilou um pouco, quando encontramos um funcionário da limpeza. Ele olhou para mim e para kara, mas antes que pudesse dizer algo arregalou os olhos e disse que não tinha problemas de eu entrar.

- Mas o que? – kara perguntou.

Eu ri e disse - não viu meu nome na porta do edifício?

- Seu nome? Você é dono desse lugar?!

- Meu avô, mas digamos que tenho alguns privilégios.

Continuei puxando Kara, até chegarmos em um lugar com vidros escuros, tinha visão para a praça de alimentação onde Luck estava, mas ele não podia nos ver. Eu acho que vi a cena que mais me deixou com ciúmes, era Luck e ele estava beijando um homem, até que ele o empurrou bruscamente – os fatos depois dali me deixaram muito puto. Quando eu vi quem era o garoto – forte, corte de cabelo no estilo militar, queimado de praia, era Caio – Sim, Caio o mesmo fdp que pegou minha namorada. Ele estava tentando agarrar Luck, Kara gritou e queria ir ajudar e tudo o que eu fiz foi correr, quando eu cheguei eu dei o soco com mais vontade que eu já dei no rosto de Caio. O garoto caiu no chão, mas antes que pudesse se levantar 3 seguranças haviam chegado e eu lhes expliquei a situação – creio eu que o garoto não colocaria os pés no edifício Carvalho tão cedo.

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