O Ruivo da Foto || Cap. 2

Um conto erótico de Lucas<3
Categoria: Homossexual
Contém 1995 palavras
Data: 02/04/2016 10:11:11

- Espero mesmo não ter estragado sua foto – ele disse meio tímido.

- Não, fique tranquilo, aliás, já terminei e vou indo – falei colocando a câmera no pescoço e indo em direção à descida.

- Posso te convidar pra um café?

- Aceito – falei me virando e dando um sorriso para ele.

Saímos dali e fomos em direção ao centro, ele escolheu um Café que ficava bem perto do centro, a vista era bem bonita e aproveitei e tirei algumas fotos enquanto esperávamos nossos pedidos.

Já deve ter ficado claro que eu não namoro, tenho uma noite de prazer e depois cada um pro seu lado, claro que não saio ficando com qualquer um, o cara tem que me passar segurança e me prender, todos os caras que fiquei na vida foi assim, conheci num dia e no mesmo fui pra cama, alguns raros respondi a mensagens, mas nunca passou disso. Esse ruivo já tinha conseguido minha atenção e bem nem que fosse só para uma noite de prazer eu iria ariscar e fazer aquele charminho de quando queremos alguém.

- Nossa difícil acreditar que seja você – ele dizia após eu contar um pouco da minha história e ele dizer que tinha visto algumas das minhas reportagens na revista que trabalho.

- Pois é, mas sou humilde e não gosto disso me exibir – falei dando um sorriso pra ele e logo bebendo meu suco.

- Você é legal – ele disse tímido.

- E você um fofo – eu ainda com aquele sorriso safado.

- Me dá teu número? Podemos marcar para sair mais tarde, uma balada talvez, soube que tem uma, bem interessante perto do extremo norte da praia.

- Claro – disse dando um dos meus cartões pra ele – estou hospedado nessa área, seria uma boa, quem sabe podemos nos divertir um pouco – disse bebendo meu suco no canudo sem desfazer meu sorriso, que estava deixando seu rosto visivelmente vermelho.

- Tudo bem, te ligo mais tarde então, tenho que ir, foi um prazer – disse ele levantando da mesa e pedindo a conta.

- Ok, vou esperar – disse dando um beijo no rosto dele.

- Nos vemos – disse ele dando o dinheiro ao garçom e eu fui embora de moto.

Claro que durante toda nossa conversa eu fiquei dando em cima dele, acabei descobrindo que ele é solteiro e está de férias na Itália com a prima, bem não cheguei a perguntar se ele curtia, mas todo gay que se prese tem que ter seu sexto sentido e saber quando o boy curte, é quase uma regra, porque é chato você chegar na pessoa e perguntar “Oi, estava aqui pensando e você é um gostoso, mas quero saber se você curte?”, é meio constrangedor. Acho que eu me encaixo naquele tipo de cara que é taxado de “galinha” porque fica com um por noite e assim vai, sem se apegar a ninguém, mas veja bem não é que eu seja um “galinha” é que eu não tenho segurança para deixar as pessoas entrarem na minha vida e me conhecerem, por isso quero logo matar essa minha curiosidade naquele ruivo da foto e ficar com ele, claro mais uma vez não vai passar de uma noite de prazer, ou é isso que eu espero.

Cheguei ao meu hotel e devolvi a moto ao estacionamento e subi para o quarto, passava das quatro da tarde, estava com fome, só tinha tomado café da manhã e bebido suco com ele, e um cappuccino antes disso. Entrei no quarto e deixei a câmera sobre a mesa onde eu estava trabalhando e fui tomar um banho bem relaxante.

Durante o banho fiquei pensando nele, como ele era bonito, aqueles cabelos ruivos, barba um pouco fechada bem vermelha e aquelas tatuagens subindo pelo pescoço, como se o seu corpo branco fosse uma tela onde os desenhos criavam vida, isso só lhe dava um charme a mais e bem seu corpo era na medida certa, ombros largos, braços grossos, pernas definidas e tudo indica que tem um belo tanquinho. Fiquei intrigado de estar pensando tanto nele e acabei espantando esses pensamentos e terminei meu banho e fui me trocar para descer e comer alguma coisa.

Depois de alguns minutos terminei de me arrumar e desci para o restaurante do hotel, já era quase seis da noite, hora do jantar e eu indo almoçar, bem às vezes minha rotina é assim quando estou terminando trabalhos para enviar para revista. Sentei numa mesa e esperei pelo garçom que não demorou muito, acabei optando por um tradicional espaguete, por aqui eles levam a sérios essas coisas de massas, são muitos tipos de molhos e sugestões de vinhos, pedi que o garçom servisse o que ele acharia que eu fosse gostar, quando o pedido chegou, ele acertou em cheio estava um delicia.

Durante todas minhas viagens, sempre solitárias, nunca arrumei se quer um amigo, não sou capaz de deixar pessoas me conhecerem assim, entrarem e ir ficando por ali, convivendo e essas coisas, não sei pode ser trauma de adolescência que foi bem conturbada, mas não quero falar disso, durante esse tempo acabei ganhando muitos novos costumes, coisa de quem passa muito tempo longe do Brasil, como pegar um sotaque bem exótico que não se encaixa em nenhuma nacionalidade e é gostoso ser assim exótico, atrai olhares e falando neles, enquanto eu comia tinha um cara na minha frente que não tirava o olho, mas não dei nem bola e continuei a comer.

Quando terminei, pedi para colocar na conta do quarto e subi novamente, mas quando cheguei às escadas uma mão forte foi colocada no meu ombro e me fez para e me virar e ver que era aquele mesmo cara do restaurante.

- Avendo bisogno azienda?(Precisando de companhia?) – ele falou com o típico sotaque italiano que sou apaixonado.

- No grazie io sono più il tipo di lupo solitário (Não, obrigado sou mais do tipo lobo solitário) – disse forçando um sorriso e logo me virando e continuar a subir as escadas.

Eu geralmente que gosto de chegar na pessoa, não que eu não goste quando sou cantado e chegam em mim, mas geralmente esses caras são os piores que só querem transar, pensando bem eu sou assim, porém tenho meus motivos e justificações já eles fazem porque são assim, não é querendo me justificar nem nada só não gosto mesmo, mas claro toda regra tem suas exceções como ele , o ruivo da foto, ele chegou em mim, nada como ele ogro fez, pelo contrário foi de uma forma bem gentil e amável, e aqui estou pensando nele de novo.

Já de novo no meu quarto fui organizar as coisas para o meu novo trabalho, é assim que gosto de fazer, toda vez que sai para fotografar e conhecer o lugar faço muitas anotações e vou desenvolvendo um plano de como vou fazer e do que quero falar, e dessa vez foi falar do natural se misturando com o urbano e a interação do homem com eles, bem essa é mais uma serie, foi quase a mesma coisa que fiz em Milão só que agora vou fazer em Palermo e com uma pegada natural do que em Milão.

Durante esse tempo de eu organizava minhas ideias no computador me pegava olhando meu celular a espera de ele tocar e de ser aquele ruivo dos olhos verdes, eu não conseguia deixar de pensar nele e já estava me irritando. Salvei minhas anotações e fui navegar um pouco na internet vendo sobre a atualidade e postagens de amigos das redes sociais, pelo que falei devem pensar que não tenho nenhum amigo mesmo, mas tenho pena que estão lá no Brasil, também são os únicos, nos conhecemos na adolescência e bem eles sabem como realmente sou e só consigo confiar neles, mantemos contato frequente, já chamei alguns para passar algum tempo comigo e estou esperando até hoje.

Já tinha distraído meus pensamentos e passava das oito da noite quando o celular começou tocar e meu coração veio na boca e voltou, não era um número salvo, bem poderia ser ele, e eu torcia para que fosse.

- Hi – eu sempre atendo em inglês porque qualquer pessoa na terra vai saber que é um oi.

- Sou eu, Cauã – nossa ouvir a voz dele fez meu coração acelerar.

- Ah, oi – disse dando um sorriso ao telefone.

- Tá de pé aquela balada?

- Claro, porque não?

- Me passa o nome do teu hotel que passo ai nove e meia para te pegar.

Falei pra ele o nome do hotel e desliguei, fiquei todo contente que iria sair com ele que sorria feito um bobo, bem em menos de uma hora ele estaria aqui eu tinha que estar de matar só com um olhar, fui me arrumar. Com o tempo eu percebi que cada vez mais eu tinha mais coisas e uma hora não poderia mais carregar tudo isso num avião para onde quer que eu fosse como já estou na Itália há quase dois anos comprei um apartamento lá é onde minhas coisas estão só carrego o necessário para o tempo que vou ficar fora, bem e claro que sempre tem que ter o look mala para chamar mesmo a atenção de quem quer que passe, e falando em apartamento pedi para a revista ver um pra mim em Londres, já tem um na lista só estou esperando o contrato ficar pronto para poder então comprar e mais uma conquista para a lista que só aumenta.

Vesti uma calça preta bem justa que deixa minhas pernas bem torneadas, sou baixo e isso faz um charme sabe baixinho gostoso hehehe, uma camisa também preta com uma caveira branca, um sapato social, um cachecol e um chapéu, pronto perfeito ou quase, passei um perfume bem suave e fiquei esperando a hora, faltavam dez minutos, peguei meu celular e desci para o saguão do hotel e fiquei esperando.

Pontualmente ele apareceu adentrando o hotel, igualmente lindo com uma camisa branca, calça jeans e sapato. Não sei quanto tempo fiquei parado feito idiota olhando ele e babando, só sei que fui tirado do meu transe com ele me cumprimentando e dando um beijo no meu rosto que logo retribui e saímos andando, a prima dele estava lá fora esperando, fomos juntos andando para a boate que não ficava muito longe.

Acho que peguei pesado colocando um chapéu, mas aqui na Itália é bem comum, mas para dançar é uma droga, entramos na boate e ficamos num canto sentado numa mesa conversando e bebendo um pouco. Ele me apresentou a prima, Letícia, uma mulher bem legal e assim o papo foi se estendo e descobri a idade dele, um ano mais velho que eu, 26 e que morava em Belo Horizonte e que falava italiano e inglês além do português, perguntei se ele já tinha morado na Europa antes, só deu um sorriso e falou que morou um ano em Milão fazendo estágio da faculdade de Marketing. A noite estava bem animada, já tínhamos bebido um pouco e estávamos os três alegres e música já estava se tornando irresistível a não dançar, foi quando um cara tirou a Letícia para dançar, ficamos sós nos dois conversando quando chamei ele pra pista.

- Vem estou a fim de dançar – disse levantando e saindo da mesa.

- Vamos então – ele veio logo atrás e ficamos dançando curtindo a música e bebendo.

No meio de tanta gente dançando a coisa ficou mais empolgante e eu já me insinuava com mais nitidez pra ele, que só esboçava um sorriso safado, coloquei meus braços em volta do pescoço dele e continuei pulando e dançando, soltei ele e me afastei um pouco e continuei a provocar, não demora sinto ele me puxar pela cintura e me virar de frente para ele e me dar um beijo e que beijo era aquele meu Deus, nunca tinha visto um beijo tão bom, com pegada, caloroso, envolvente, enfim marcante e de tirar o fôlego, claro a noite estava só começando e meus objetivos com ele iam bem além de um beijo como esse.

#CONTINUA

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Lucas<3 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários