Meu chefe, meu príncipe – Assédio Moral

Um conto erótico de LuCley
Categoria:
Contém 1735 palavras
Data: 13/04/2016 10:47:38

Olá, fiquei de postar de madrugada, mas dormi (rsrs). Espero que gostem. Muito obrigado peloa comentários e por lerem. bjs :)

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Acordei a Bruna para mais um dia "chatérrimo" de escola; era assim que ela começara a pensar — de uma hora para outra — sobre o sua incrível missão de se alfabetizar. Disse muito calmamente que não pensasse que os estudos fosse o vilão de sua vida, pois um dia, ela agradeceria as livros à oportunidade de ter uma vida boa e estável. Tudo bem, talvez eu estivesse indo longe demais, fazê-la entender isso tudo, tendo ela dez anos, mas eu não tinha outro argumento. Enfim, ela se levantou e tomou uma chuveirada rápida; tomamos café e descemos pro meu carro (fofo). Era assim que ela chamava meu Jeep.

Deixei ela na porta da escola e esperei que entrasse. Ainda parado, cuidei mais uns cinco minutos para ter a certeza que a minha menina estaria segura. Dei a partida e resolvi dar uma volta na quadra. Quando passei novamente em frente à escola da Ruiva, vi a espertinha saindo como quem não quer nada pelo portão lateral. Que palhaçada é essa? Pensei eu já com os nervos à flor da pele.

A danadinha atravessou a rua e foi em direção a uma pracinha que ficava em frente à escola. Deixei o carro estacionado numa vaga de deficientes (não deveria) e fui a pé ver o que minha criança estava tramando.

De longe a vi, sentada. Estava mexendo na mochila, quietinha e parecia chorar. Fiquei abismado e curioso. Fui chegando mais perto e me sentei ao seu lado. Ela arregalou os olhos.

— pa-i? Eu estou encrencada, não estou?

— vai depender da sua explicação, mocinha! Pode me explicar o porquê de estar matando aula? E ainda por cima sozinha em uma praça? Você faz ideia do perigo que corre andando sozinha por aí? Como não te viram sair?

— eu não quero falar...— e abriu a bocona de choro.

Me acalmei, respirei e contei até vinte. Trouxe ela pra perto do meu peito e fui tomado por uma enchurrada de lágrimas. Ai meu papai do céu, pensei.

— amor, se você não me falar o que está acontecendo, como vou te ajudar?

— eu não quero falar, tenho vergonha.

— filha, está com vergonha de conversar com seu papai? Desde quando você sente vergonha de mim?

— ahhh, pai...pára!

Peguei o celular e liguei pro Edu. Ele atendeu no segundo toque e antes que ele pudesse falar qualquer coisa, disse o que estava acontecendo.

— quer que eu vá aí? — ele estava preocupado.

— se puder ...agradeço.

— já estou saindo daqui.

Ela me olhou, me pediu desculpas por não querer falar, mas me criticou por eu ter chamado o papi.

— isso é uma conversa em família. Teremos essa conversa em casa, nós três. A agenda do papi está livre, sem reuniões, por isso o chamei.

— vão me mandar de volta pro orfanato? — fiquei sem chão.

— Bruna, você acha que eu te amo tão pouco a ponto de te devolver?

— eu acho que você me ama muito e o papi também, mas eu fiz uma coisa feia.

— fez sim, muito feia. Olha la seu papi...

O Edu chegou e ela começou a chorar. Ele a pegou no colo e pediu que ela se acalmasse. Peguei sua mochila e caminhamos até meu carro Fofo. Que beleza, uma multa por estacionar na vaga especial. Bem feito pra mim. O Edu nos seguia e assim que chegamos em casa fomos os três pro escritório.

— posso saber o porquê da senhorita estar matando aula? Onde foi que você andou aprendendo essas coisas? — o Edu estava calmo, mas ela teimava em não querer falar. — Bruna, se tem algo que precisamos saber, fale, somos sua família. Como quer que te ajudemos se você não confia na gente? — ele incistiu.

— se eu falar, prometem que não irão falar pra professora? Eu não quero que vocês fiquem tristes.

— tristes? E o que tem a sua professora com isso, Bruna?

Ela ficou calada e ameaçou chorar novamente. Algo sério estava acontecendo e não estávamos sabendo. O Edu disse que poderia falar e "prometemos" não contar nada.

— eu não gosto dela. Ela é horrível. As vezes ela me trata mal. Fala que eu sou criada por duas aberrações. Eu nem sei o que é isso, mas pelo jeito que ela fala, não deve ser legal. Não gosto quando ela fala de vocês. — vi o Edu se controlar para não estravasar sua raiva na frente da menina.

— desde quando ela fala essas coisas pra você? — perguntei.

— desde o começo do ano. Eu adorava a escola, mas agora não gosto mais. Hoje eu fugi. Não queria ficar olhando pra ela porque sempre fica me olhando de cara feia. Eu não gosto que ela fala essas coisas.

O Edu se levantou e vestiu o paletó. Imaginei que ele iria na escola da Bruna e fui atrás dele pra pedir que ele se acalmasse, pois eu iria junto.

— conversa com a nossa filha. Você têm muito mais jeito do que eu. Quando eu chegar, falo melhor com ela.

— amor, você está com a cabeça quente...deixa eu ir contigo?

Ele segurou meu rosto com suas mãos macias...

— você é a melhor pessoa desse mundo. É meu companheiro, marido e melhor amigo. Nunca, em toda a minha vida, vou deixar que alguém fale da nossa família, de você ou da nossa filha. Ninguém vai ofender Família que construímos e regamos com muito amor. Outra coisa, ela pode até falar o quê falou, pra mim, mas nunca pra nossa filha. A Bruna só tem tamanho, mas ela é uma criança e não merece ouvir esse tipo de coisa. Fique aqui, dê seu amor à ela, anime ela...você faz isso melhor que qualquer um. Quando eu chegar, conversamos os três. Preciso resolver isso ao meu modo e do jeito que deve ser. Não se preocupe, estou calmo, sabe por quê? — nessa altura eu já chorava com tudo que ele dissera.

— não, me fala...

— porque quando eu olho pra você, eu sinto paz..continue me olhando assim, desse jeito... você é o alicerce da minha alma. O "carinha" lá de cima fez eu esperar por você. Porque eu sou uma pessoa tão explosiva que se não fosse por esses seus olhos que emanam tranquidade e amor, eu não estaria mais aqui. — e mais choro da minha parte.

Ele me beijou, me embalou em seus braços e disse que já voltava. Pegou o celular e ouvi ele dar bom dia ao Prestes, advogado da família.

Voltei para o escritório e a Bruna dormia no sofá. Peguei ela no colo e a levei para meu quarto. Ela adorava dormir na nossa cama. Fui até a cozinha e Maria perguntou o que estava acontecendo. Contei a ela e mais chororó.

— fica triste não meu filho. Gente assim não se cria na vida. Eu estou aqui todos os dias e sei o quanto vocês se esforçam pra dar tudo que essa menina precisa. Amor não falta pra ela, isso importa mais que tudo. Senta aí, come alguma coisa, espera teu marido chegar.

— eu não tenho vontade de comer. Não sinto raiva também, porque nem isso ela merece. Sinto pena, por ter que usar uma criança para descontar suas frustrações. Porque só pode ser uma pessoa muito frustrada e sem amor pra fazer uma coisa assim. O Edu já foi resolver isso e só quero paz. Quando ela acordar, vamos ter uma conversa com ela.

Minhas mãos tremiam. Nessas horas eu sabia muito bem a quem recorrer. Liguei para a minha mãe, contei toda a situação e ela achou melhor perguntar pra Bruna se ela queria trocar de escola. Achei meio radical, mas não queria ser como a maioria dos pais; que não escutam seus filhos. Eu era o Papai, o Mãe que ela buscava conforto quando tinha pesadelos a noite e vinha se esconder debaixo da minha "asa".

Uma hora e meia depois o Edu chegou. Percebi que ele estava meio alterado e fui até ele. O abracei, senti seu coração acelerado e com seu estado de saúde, não era bom ficar nervoso. Tirei sua gravata, o paletó e a camisa. Ele me puxou para seu peito aconchegante e puxou o ar com força, como se lhe estivesse faltando...

— ela vai responder legalmente. Assunto encerrado. Cadê a Bruna?

— dormindo na nossa cama. Acha melhor ela trocar de escola?

— não vai precisar. Ah, sua filha tem muitos defensores e sem querer, nos ajudaram muito. A "dita-cuja" pediu demissão, mas mesmo assim eu entrei com processo. A gente conversa com ela quando acordar. Como você está?

— não sei. Nunca imaginei que minha filha ouviria algo tão cruel de alguém.

— não se preocupe...vamos dar um jeito nisso.

Quando ela acordou e nos viu juntos, deu um belo sorriso. Conversamos bastante e explicamos que infelizmente em seu caminho, ela conheceria pessoas dispostas à dizer qualquer coisa só para vê-la magoada, mas que seria preciso confiar em seus papais, sempre, não importando se nos magoaria também, pois resolveriamos juntos.

Ela ficou mais tranquila e no dia seguinte a levei para a escola. A Diretora veio conversar comigo e pedir desculpas. Conversamos muito e acabamos esclarecendo certas coisas. A Bruna preferiu não trocar de escola e concordei.

Resolvi ir até a Construtora ver meu Véio e me deparo com sua pessoa saindo do elevador.

— surpresa boa. — ele disse.

— vamos?

— pra onde?

— dar uma volta comigo...

— agora? Estou indo vistoriar uma obra no centro.

— hum, eu te levo então.

— saudade do seu Véio?

— rsrs, estou mais para Carente do meu Véio. Deixa eu te levar?

— tudo bem.

Ele dispensou o motorista e seguimos até o carro Fofo. Disse que tudo havia voltado ao normal. Ele me fez parar o carro e desliguei o Fofo.

— que foi, Edu?

— vou te levar pra jantar amanhã.

— porquê não hoje?

— porquê hoje vamos fazer amor a noite toda. Arrume o quarto do jeito que você adora: velas, tulipas vermelhas, banheira bem cheia e sais de banho a vontade. Quero te encher de mimos e te amar como nunca te amei.

— impossível...você já me ama muito. — brinquei.

— me espere pronto.

— com toda a certeza. — ele me beijou.

— agora acelera o Fofo, já estou atrasado.

— rsrs, é pra já.

Deixei ele na obra e nos despedimos. Fui pra casa com o seu melhor sorriso e a missão de deixar nosso quarto preparado para receber nossos corpos à noite.

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Comentários

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Pois é, quem deveria ser exemplo comete um absurdo como esse. Como sempre maravilhoso. Foi lindo o capítulo. bjs

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Tadinha da Bruna. Muito bom, amo muito esse conto!

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Linda história e muito emocionante! Mais uma vez, parabéns!

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Muito triste essa situação com a Bruninha, infelizmente tem alguns profissionais que se metem onde não são chamados e fazem coisas similares!

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