O Ruivo da Foto || Cap. 6

Um conto erótico de Lucas<3
Categoria: Homossexual
Contém 2282 palavras
Data: 10/04/2016 02:26:52

*COMENTÁRIOS*

flor de lis: Julian é meio complicado kkkkk, e obrigado pelo comentário linda bjs.

prireis822: kkkk obrigado linda espero que eu me safe dessa kkk, até eu quero bater nele rsrsrs, mas eu que faço as merda pro coitado kkkk, obrigado por comentar bjs sua linda <3.

❌Hello❌ : vamos descobrir rsrsrs, obrigado por acompanhar linda <3

Marcos Costa: esperamos rsrsrsrs, obrigado pelo comentário lindo bjs.

*CAPÍTULO DE HOJE*

No outro dia segui minha rotina de trabalho e visei muitos lugares da cidade, mas meus pensamentos estavam longe, ele iria viajar no outro dia e eu não podia fazer nada para ele ficar, ou podia? Tudo estava se perdendo dentro de mim, ideias, pensamentos, desejos, convicções e uma série de sentimentos novos e confusos que ele me provocou. Já estava um pouco desanimado com aquilo e decidi voltar mais cedo ao hotel e reorganizar meu trabalho e iria ficar pronto bem antes do prazo, no máximo com mais dois dias, assim voltaria logo a Milão e de lá direto a Londres, mas dentro de mim alguma coisa gritava e formava um vazio que me consumia e mergulhava em angustia.

Depois de terminar o que tinha que fazer, tomei um banho e desci para comer alguma coisa, enquanto comia ficava olhando o celular sobre a mesa e pensando se devia mandar uma mensagem pro Cauã, eu nunca tinha corrido atrás de alguém será que essa seria a hora? Fiquei assim pensativo até terminar de comer e tomei iniciativa e mandei uma mensagem pra ele.

- Vai amanhã mesmo?

Não demorou muito o celular vibrou fazendo meu coração acelerar junto.

- Vou sim!

- Hmmm, poço ir me despedir?

- Claro! Te espero lá, saio no voo das 11h.

- Pode deixar! Bjs.

Essa era minha última chance de ter ele pra mim, aquele ruivo que em algumas horas conquistou meu sorriso e em uma noite me levou ao paraíso, e em dias me fez pirar totalmente e não para de pensar nele, se eu realmente queria descobrir aquele caminho com ele não teria outra oportunidade seria agora ou nunca.

Durante nosso papo na balada, aquela noite em que transamos, conheci muito dele que jamais quis conhecer de alguém, ele por si só era interessante, mas sentando junto a ele e conversando você se surpreende muito com a maravilha de pessoa que ele era, sorria o tempo todo, contava de suas aventuras, dos seus estudos, gostos, música, filme, até do gatinho de estimação que sentia falta. Ele era de Belo Horizonte, e sua família era dona de uma rede de farmácia no estado, era tudo o que sabia dele no Brasil, o restante só coisas bobas que falamos para pessoas que estamos conhecendo, como o quão foi chato a faculdade, como era as coisas com os amigos etc.

Voltei ao meu quarto, me deitei sobre a cama e fiquei olhando o teto por um bom tempo, até senti minhas pálpebras pesarem e o sono me dominar, resultado acabei dormindo e acordando no outro dia cinco da manhã, o sono tinha se acabado, claro dormi muito cedo. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa, sai rumo à praia para fotografar a aurora, amo o nascer do sol ainda mais quando o céu vai ficando rosa e azul sentei na arei e fiquei esperando alguns minutos e logo ele vinha surgindo no horizonte e tirei o máximo de fotos possíveis e claro, essas estariam na minha edição, estava bem distraído com as fotos que nem percebi a presença que se fazia bem ali ao meu lado.

- Bom dia, também gosta de ver a aurora?

Virei surpreso por ouvir aquela voz e logo fiquei mais alegre.

- Gosto e bem são ótimas para meu trabalho – soltei um sorriso tímido.

- Que bom, mais um coisa em que somos parecidos – ele sorriu olhando o horizonte.

- Mas o que você faz aqui?

- Resolvi acordar mais cedo e me despedir do lugar e nada melhor que essa vista.

- Tá certo – falei me sentando na areia e ele fez o mesmo.

Um silêncio incômodo perdurou entre nós enquanto apreciávamos aquela vista espetacular o sol batendo no mar e as nuvens mudando de cor, algo realmente prazeroso aos olhos, uma vista como essa não se tem todos os dias foi realmente algo especial naquela manhã e ainda viriam mais coisas, ou era o que eu esperava.

- Posso perguntar uma coisa – ele disse quebrando o silêncio.

- Claro, diz ai.

- Você nunca namorou nenhum desses caras que ficou por ai? – eu fiquei atônito com aquilo que ele disse e engoli seco para responder.

- Não, eu nunca me apaixonei por ninguém... – e lá vinha aquele silêncio mortal de novo.

- Uma vez eu conheci um cara que... – ele começou a contar uma história – que era assim, coisa de uma noite e depois nem uma troca de mensagens, ele era bastante bonito, mas claro usava de sua beleza para seduzir e logo dispensava da maneira mais sutil possível, mas uma vez aconteceu algo que ele nunca imaginou que aconteceria, um cara se apaixonou por ele e ele não sabia o que dizer e só decidiu deixar partir, amigos dele comentaram que ele andava estranho, mas nada falava, um dia encontraram ele morto dentro da banheira do apartamento dele e ao lado uma carta que dizia que nunca devemos deixar partir a chance que aparece de sermos felizes, e ele fez isso com nós, me deixou ir, por medo por algum impedimento que nunca entendi – ele contava aquilo com lágrimas nos olhos e ao fim já as deixará cair sobre seu rosto e eu claro fiquei sem ação.

- Eu me apaixonei por algo que era impossível, eu pensava que era e ele se matou, não deu se quer uma chance pra nós, se ele tivesse falado alguma coisa eu teria voltado, mas não ele teve que ser cruel assim... – eu então o abracei de lado mesmo, pondo sua cabeça no meu ombro.

Aquilo me partiu o coração, saber que ele já tinha vivido uma história dessas, mas fiquei só mais confuso, eu sabia que estava apaixonado por ele, mas será que ele estava por mim? Por que me contou aquela história? Será que ela queria dizer alguma coisa que eu não entendia? Questionamentos sem respostas, ou eu que não as via.

- E... Eu sinto muito – falei então acariciando seus cabelos.

- Tudo bem – ele falou se afastando e enxugando as lágrimas.

- Até depois, quer dizer ainda vai se despedir de mim no aeroporto né? – ele falou já dando um meio sorriso.

- Vou sim... – eu disse aquilo e então ele virou as costas e ia saindo.

Não resisti mais àquelas vontades que me dominavam e incansavelmente pediam por ele, o puxei pelo braço ficando frente a frente comigo e um olhando nos olhos do outro, ele com os olhos verdes em tom de vermelho pelo choro olhando no fundo dos meus negros, levei uma mão até o pescoço dele e a outra até seu rosto acariciando e me aproximando de seus lábios para em fim cola-los e poder sentir novamente a macieis de sua boca e o sabor de seu beijo, como das outras vezes um beijo de tirar o folego e marcar na memoria com sabor de quero mais.

Afastei nossos lábios colando nossas testas e nos entreolhando, uma corrente elétrica passava por nossos corpos e eu queria muito ter ele pra mim, mas a coragem de dizer algo me faltou, por mais que no fundo meu eu gritasse para eu jogasse tudo o que estava sentindo pra fora, minha voz não saia, ficou engatada na garganta e quase me sufocando com tamanha angustia.

- Me desculpa – falei então.

- Já disse que tudo bem, entendo a vida de pessoas como você – então ele só não queria tentar algo por saber das minhas preferências, ele sentia algo.

- Nem eu entendo às vezes... – falei olhando o chão.

- Eu já vivi isso uma vez – disse segurando meu queixo e me fazendo olhar para cima, em seus olhos.

- Além do mais, você tem meu número... – disse dando um sorriso e saindo de vez me deixando sozinho com meus pensamentos.

Tá ele havia conseguido derrubar de vez qualquer dúvida que eu tinha, mas a coragem ainda era o grande problema, eu não conseguia por tudo para fora e com a história que ele tinha contado eu fiquei muito emocionado e com medo de magoar ele de novo como um cara como eu já havia feito, ele era perfeito em tudo e simplesmente me deixou extasiado por ele, meu corpo chamava pelo dele, minha boca pedia pela dele, meu nariz queria novamente o cheiro dele junto a mim.

Voltei para o hotel e fiquei pensando e esperando as horas passarem para ver ele novamente, tentei ocupar a cabeça e acabei adiantando ainda mais o conteúdo da minha edição, e agora com uma inspiração mais apaixonada, e coisas assim, tinha certeza que aquilo causaria estranheza ao pessoal da revistar por vim de mim, mas quem disse que eu estava ligando para aquilo? Meus estilos de reportagens sempre foram algo do tipo mais aventureiro e nada romântico, claro romântico aos amantes da natureza sempre foi, mas nada humano ou pior ainda a dois.

Uma hora antes de sair para o aero porto, fui comer, não demorei muito e fui pegar uma moto no serviço do hotel e parti para o aero porto, com o maior ar de apaixonado, nunca havia me sentido assim, esperançoso, abobalhado, ansioso para ver alguém, ele conseguiu me fazer sentir isso, nunca havia chegado a pensar que em algum momento da minha vida alguém chegaria assim abalando estruturas, derrubando muralhas e roubando meu coração.

Cheguei a frente ao aeroporto e procurei algum lugar para estacionar, sai à procura dele e da prima no saguão de embarque, não demorou muito avistei ele sentados esperando o voo ser anunciado, me aproximei e cumprimentei-os, me sentei e fiquei acompanhando o que eles diziam, eu não conseguia formular muitas palavras, então só ria junto com eles, porém isso não se prolongou muito, porque logo depois o voo deles foi anunciado, abracei a prima dele me despedindo e ela saiu na frente indo para o embarque.

- É acho que isso é um adeus – ele falou sorrindo.

- Eu não queria que fosse... – falei de cabeça baixa – você me fez me apaixonar pela primeira vez na minha vida e não quero que você vá – não sei de onde tirei coragem para dizer aquilo.

- Eu sinto muito Julian – ele disse passando a mão no meu rosto – mas eu tenho que ir, não sei se você está pronto para algo assim, como você disse, é de relações de uma noite de prazer e eu não, mas saiba que você também mexeu muito comigo, mas ninguém sabe o dia de amanhã...

- Mas... – comecei a chorar e olhar para ele sem acreditar.

- Vem aqui – ele disse me puxando para um abraço – você precisa de um tempo para você saber se é real, e eu não quero ter que passar por isso de novo, mas espero que você seja muito feliz e continuarei acompanhando seu trabalho – disse isso e beijou minha testa, seu voo foi anunciado de novo e ele se afastou de mim dizendo um adeus e indo para o embarque me deixando sem chão e aos prantos.

Eu não entendia o porquê de ele ter feito aquilo, mas no fundo eu sabia que era o que eu merecia, por tratar os caras como eu tratava, e embarcando nesses pensamentos imaginei quantos caras eu já devo ter feito passar por isso, só me partiu mais o coração, sai daquele aeroporto e voltei ao hotel. Passei toda tarde jogado na cama sem comer e só chorando e pensando o que eu devia fazer, demorou mais formulei o que tinha que fazer, seria firme e sairia dessa custasse o que for, tomei um banho e fui comer algo.

Ao contrário do que devem estar imaginando, não, eu não sai para a balada para curtir e encontrar um cara qualquer e ir para cama com ele, eu ia terminar o que tinha que terminar em Palermo e iria para Londres, confirmar a compara do apartamento e de lá pegar umas merecidas férias, se bem que eu vivia em umas constantes férias, e iria para o Brasil encarar aquele ruivo e dizer que ele estava enganado.

Assim fiz, após aquela despedida no aeroporto cuidei de terminar meu trabalho e voltar para Milão, resolvi algumas coisas no meu apartamento e passei na filial de lá, pedi a passagem para Londres e alguns dias depois já estava lá. Entreguei pessoalmente a minha edição na matriz e pela primeira vez vi rosto de pessoas que “trabalhavam comigo” há anos, pedi minhas férias, que não foram negadas pelo contrário meu chefe disse que eu estava mesmo merecendo e que já tinha pensado em me dar, afinal aquele tempo todo de revista e ainda não tinha tirado nenhuma féria, sai de lá e fui fechar a compra do meu novo apartamento, que já era mobilhado, na ia a Londres já levei algumas coisas de Milão para deixar lá, compra realizada, passei mais alguns dias esperando a liberação das minhas férias pelo RH da revista.

Para minha surpresa meu chefe me deu de presente a minha passagem para o Brasil, agradeci muito ele, e o mesmo disse que eu merecia, e rimos durante uma conversa que tivemos, ele dizendo que eu era seu melhor funcionário e o que ele menos via a cara, durante aqueles anos trabalho só havia me visto três vezes, após isso peguei minhas malas no apartamento e fui direto para o aeroporto.

- Ruivo da foto ai vou eu pegar de volta o que você me roubou – dizia eu com um largo sorriso ao entrar no avião.

#CONTINUA

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Comentários

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ai finalmente esse homem decidiu tomar uma atitunde ja tava na hora na kkk bjs

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Amei. Que bom que o Julian resolveu tomar uma atitude vamos ver no que dá.bjos

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