Vamos Nós Três - Parte 21

Um conto erótico de calango86
Categoria: Homossexual
Contém 3065 palavras
Data: 06/04/2016 06:22:49

PARTE 21

– Alô?

– Duduzito?! – uma voz grave que se esforçava para parecer animada soou do outro lado da linha.

Ahhh... Era ele. Odiava essa forma de me chamar. “Duduzito” brotou somente depois que ele saiu de casa, antes era apenas “Dudu”. Um modo de compensar a ausência por meio de uma intimidade artificial, fabricada. Como se trocar meu apelido por outro mais carinhoso fosse o suficiente para apagar meses de descaso.

– Tudo bem, pai? Ela não tá aqui. Foi pro negócio de tricô lá.

Escutei uma inspiração pesada e prolongada. A expiração que se seguiu foi igualmente audível. Ele suspirava, desapontado.

– Calma, eu nem perguntei de sua mãe, filho... Quero saber como você tá, também – ele falou, tentando disfarçar a frustração de não conseguir encontrá-la em casa.

– “Também”... Aham...

Minha fala reticente ia lançar a conversa na vala dos silêncios constrangedores, eu já sabia. Enquanto fazíamos cabo de guerra para saber qual respiração cederia primeiro e viraria uma frase, olhei para os quatro pinguins de geladeira que havia dado pra minha mãe, réplicas dos personagens de Madagascar. Desviava meu olhar de um para o outro à medida que as lembranças retornavam.

Há pouco menos de um ano, meu pai tinha terminado o casamento com a mamãe. A razão? Ele acabou se apaixonando por uma ex-cliente chamada Márcia. Meses atrás, essa mulher havia procurado sua clínica de psicologia para tentar salvar o próprio casamento com um obstetra de renome. Muitas sessões de psicoterapia e lenços de papel depois, largou o tratamento porque as louças quebradas em sua casa foram substituídas por jantares harmônicos e aulas de dança na academia local. Vivia um dia-a-dia morno e reconfortante, como um banho em águas termais. O papai havia salvado sua união conjugal, supostamente.

Porém, ela lhe confidenciou que as brigas não tinham parado por causa da terapia, e sim porque não ligava mais para o marido. Havia se apaixonado pelo meu pai, seu recém-dispensado psicólogo. Procurando-o, abriu o coração e ganhou, em troca, uma declaração e um beijo na boca. E ela fez isso na nossa casa, aparecendo no dia e horário em que presumivelmente o encontraria só. Mas eles não contavam com uma cagada do destino... Acreditando que estavam sozinhos, não repararam que eu tinha voltado da escola antes da hora, com enxaqueca, e descansava no meu quarto. Eu escutei tudo, vi o abraço efusivo que selava esse encontro de almas e nunca mais o perdoei.

Antes de presenciar essa cena, eu já fazia ideia de que o casamento dos meus pais não andava bem das pernas. As refeições estavam cada vez mais rápidas e silenciosas, os talheres cantavam enquanto meu pai aumentava o volume da TV para que ninguém escutasse nada além do telejornal. Quando minha mãe tentava discutir a razão desse distanciamento, meu pai falava que ela estava sendo desarrazoada e projetando suas inseguranças nele. Ela, revidando, gritava não aguentar mais aquele psicologuês todo e as tentativas dele de analisá-la a cada frase.

Engraçado... Ainda assim, eu sempre achei que eles iriam se acertar. Na minha cabeça, o amor deles era como um relógio velho de engrenagem enferrujada, que nunca parara de funcionar e só precisava de um ajuste para que os ponteiros voltassem a se mover. Mas a Márcia quebrou esse relógio com um beijo, naquela manhã.

Eles se separaram e minha mãe se casou com a igreja. Se ela já tinha uma vida espiritual forte antes disso, após o divórcio toda sua devoção se tornou compulsão. Orar, escutar o pastor e organizar encontros religiosos virou seu TOC, uma maneira de fugir do caos que a condição de solteira despejou sobre sua vidinha estruturada. Ela não havia se preparado para ficar só. Meu pai e eu éramos o seu mundo, e zelar pela unidade composta por nós três era o que ela acreditava fazer melhor. Perdi a conta de quantas vezes a peguei chorando, após o término, enquanto escutava as músicas que meu pai colocava nos sábados de churrasco.

Quanto ao papai, foi morar com a Márcia e descobriu, em poucas semanas, que tudo o que ele supunha saber dela por causa da terapia acabou desmoronado como castelo de areia em dia de vendaval. Eles tinham combinado de não ter filhos, o ex-marido dela era infértil e ela havia se casado com ele do mesmo jeito. Mas com meu pai era diferente, dizia, e a gravidez virou um sonho que ela sonhava sozinha. Além disso, a Márcia queria morar no litoral e o papai insistia em continuar vivendo em Brasília. Alguns desentendimentos depois, encontraram-se em polos opostos de uma geleira, tremendo e com frio. Terminaram rapidamente um amor de verão que nunca resistiria às outras estações.

Sozinho, ele descobriu no silêncio e na dor o que anos de Psicologia não o fizeram ver: a mamãe era a mulher de sua vida. A única. Tendo essa certeza, e acreditando que havia passado por toda aquela provação com a Márcia apenas para valorizar o sentimento que nutria por minha mãe, ele bateu na porta de casa com um buquê de lírios amarelos. Sentou-se na sala, muito emocionado, e contou tudo o que passou com a mulher que acreditava amar, mas que só serviu para indicar o caminho de volta para casa. Porém, já era tarde. A mamãe havia encontrado na igreja bastante espaço em seu coração para perdoar; para reconciliar, não. Aqueles lírios foram aceitos por educação, mas logo morreram devido à falta de cuidados. Não foram regados. Murcharam pouco depois que o papai saiu soluçando pela porta de entrada.

Então, ele passou a frequentar os cultos no mesmo horário que ela, e buscava sentar-se o mais próximo possível. Além disso, sempre que podia ele interfonava em casa na esperança de que ela o convidasse para subir e tomar café. Dizia que não tinha nada a perder com esse comportamento, porque já havia perdido tudo no dia em que a abandonou. Já eu, pensava que ele estava se tornando um ótimo stalker, um verdadeiro maníaco de carteirinha. Foi com esse pensamento na cabeça que quebrei o gelo, sendo o primeiro a falar.

– Pai... A mamãe não vai voltar pra você – e, respirando fundo, concluí. – Nem agora e nem nunca.

– Eu perguntei como você tá, Duduzito... – mas sua voz já falhava, como se fosse um baque escutar aquelas palavras do próprio filho.

– Tô ótimo. Passei na recuperação de português e finalmente posso marcar “ensino médio completo” nos formulários e no censo do IBGE... – e após ouvir um “que bom, filho” algo distante, continuei. – Tirei carteira de motorista, faço quatro meses de namoro com a Alexia hoje, to embarcando numa peregrinação pelas faculdades para descobrir que curso tentar no vestibular...

– Psicologia entra nessa lista de possíveis cursos?

– Freud me livre! Tá amarrado, pai...

Finalmente consegui fazê-lo rir. Ainda que um riso nervoso e discreto, uma faísca perto das risadas calorosas que ele dava quando éramos uma família. Como ele não desenvolveu o assunto, devolvi a pergunta:

– E você, pai? Tudo bem?

– Tudo indo, filho. Tudo indo... – ele parecia querer parar ali mesmo, mas alguma coisa surgiu em sua mente e alterou a voz de desanimada para elétrica. – Ahhh, sim! Apareceu um cliente novo na clínica que é a sua cara quando era criança. Aguardou a vez de fazer terapia como se estivesse na sala de espera do dentista. Mas, assim que entrou, pediu pra desenhar e fez uma girafa linda. Olhou, virou a cabeça pro lado e disse “Podia ter ficado melhor. Parece um queijo esburacado”. Tão esperto, Dudu... Você lembra de quando desenhava as coisas e pedia que eu adivinhasse o que você fez? Você viu isso no “Pequeno Príncipe”, acho... A jiboia engolindo o mamute... Você lembra, filho?

Pronto. Sempre que falava comigo ele acabava se lembrando de algo da minha infância, quando éramos mais unidos. Era sua maneira de dizer que sentia saudades. Que gostaria de fazer parte do meu cotidiano novamente.

– Lembro, claro. Eu também adorava colorir suas imagens dos Testes de Personalidade... – e já sentindo um pouco de pena dele, resolvi convidá-lo. – Erhh... Você não quer subir um pouco, pai? O porteiro deve tá achando bizarro a gente conversar por interfone como se tivesse no celular.

– Não, filho, eu... Eu acho melhor ir embora.

– Vai ficar bem?

– Vou ficar melhor agora que escutei sua voz e sei que você tá bem – e depois de um instante de hesitação, perguntou. – Posso te pedir um favor?

E sem esperar minha resposta, fez seu último pedido:

– Fala pra sua mãe que eu estive aqui no prédio, filho? Que eu passava por aqui e... me lembrei dela.

Apesar de toda a mágoa por ele ter abandonado minha mãe, e ainda para ficar com uma mulher que ele devia ter ajudado a manter o casamento, eu não conseguia deixar de sentir compaixão perante toda aquela tortura. Talvez eu me sentisse um pouco como meu pai por não conseguir abrir mão do meu namoro com a Alexia. Ele não conseguia aceitar o fim do relacionamento e eu não conseguia aceitar que tinha de colocar um fim no meu.

– Falo sim, pai. Pode deixar – menti, já que sempre achava melhor poupar a ambos dessa aproximação que nunca levava a nada.

Após nos despedir, com ele falando “eu te amo” e eu me limitando a um “você faz falta”, vi a Alexia no corredor que leva da sala à cozinha, semblante de quem fingia não ter escutado nada mesmo estando ali desde o começo do papo.

– Era o tio Paulo atrás da sua mãe de novo, né?

– O próprio – respondi, mas já mudando de assunto. – Se eu fosse você, ia correndo pra sua casa e começava a me arrumar pro jantar, bem! Você demora demais e não vai querer se atrasar pra nossa comemoração de namoro, vai?

***

Os dias no calendário foram sendo riscados até a folha de março ser arrancada. Abril chegou, afinal. Continuei minha odisseia atrás do curso perfeito (como se isso existisse), sempre a convite de amigos que já estavam na faculdade. Com o Mauro, assisti a umas aulas de Contabilidade na UnB. Descobri que fazer balancetes e distinguir o que era lançamento de “entrada” e de “saída” não estava nos meus planos de vida. A Vanessa me mostrou coisas mais interessantes em uma matéria de Biologia, só que ela falava tanto durante a aula que não consegui me concentrar direito:

– Velho, dizem que 70% dos estudantes de biologia querem ser peritos criminais ou sexólogos. Tudo se resume a morte e sexo, né? Viva o clichê... – e colocando um óculos de grau, tentando parece séria, me perguntou. – Eu tenho cara de qual dos dois, Du?

Eu ri, duvidando que essa estatística dela fosse verdade. Sempre tinha a impressão que a Vanessa era tão piadista que metade das coisas que falava era mentira, ditas apenas para arrancar risos.

Quanto à Alexia, ela passou o final de março e começo de abril focada em repetir na autoescola o seu sucesso na recuperação. Tendo sido aprovada na prova teórica, ela colocou na cabeça que não tinha coordenação motora suficiente para dirigir quando as aulas práticas finalmente começaram. Talvez por conta de seu nervosismo, nós não repetimos mais aquele momento quente do dia da sala. Ela só tinha cabeça para a direção, e sempre que dava me pedia dicas de embreagem e estacionamento. Além disso, nós raramente ficávamos sozinhos. A presença de minha mãe em casa e dos pais dela em seu apartamento era uma constante.

No único dia em que ficamos realmente a sós, uma quinta-feira relampejante, decidimos ver seriado na Netflix. Acho que ela estava de TPM, porque encontrava defeitos em tudo na hora de escolher a que assistir. “Esse deve ser muito bobo, vai faltar profundidade”, “esse é de chorar, certeza! Não quero borrar a maquiagem” ou “a Sandra Bullock é muito bonita pra fazer par romântico com esse ator. Não vou conseguir acreditar na história, bem!”. Resultado: acabamos vendo um dos mil episódios de Friends novamente. A Alexia completava os diálogos e ria pela vigésima vez das mesmas piadas.

E então o dia 9 chegou, um sábado que amanheceu com o céu claro e brisa agradável. Após me espreguiçar, deslizei o dedo na tela do celular para desligar o alarme, um passarinho extremamente desafinado cantando “Still Loving You”. Cocei o rosto, sentei na cama e, mexendo no celular, sorri para a foto recebida. Nela, a Alexia segurava uma página de caderno com os seguintes dizeres, em caneta hidrográfica: “Que o placar de hoje marque 7 x 1 e você seja a Alemanha!”.

Já havia superado a vergonha por ter chegado atrasado no dia da despedida e acabei combinando outro jogo de futebol para aquela manhã. Dessa vez, por garantia, ajustei o pássaro para berrar com duas horas de antecedência. Troquei de roupa, comi menos que a Miss Universo deve comer no café da manhã (o velho problema de intestino) e coloquei as chuteiras num saco plástico, para calçar apenas no momento da partida. Assistindo TV com a mamãe tricotando ao meu lado, esperava o Fabiano chegar.

– Qual é esse seu amigo mesmo, Du? – a mamãe perguntou, enquanto desviava o olhar para uma revista aberta em seu colo que exibia um modelo de echarpe rosa choque.

– O Fabiano, mãe. Das covinhas e cara de árabe. O pai dele é sócio daquele clube lá, que você me levou em fevereiro.

– Ahhh, sim... O que fala errado.

– Isso, o que fala errado. Mas ele fala assim só quando quer, não porque é burro – e troquei o canal de receitas por um de vida selvagem. Não queria despertar novamente os roncos da barriga.

– Ôxi...e quem escolhe falar errado sabendo que tá errado?

– Sei lá, ele é meio esquisito mesmo. Deve achar graça disso. Ou pensa que é charmoso. Sei lá.

A mamãe apenas balançou a cabeça de um lado pro outro com um sorrisinho divertido nos lábios. Colocando com cuidado a peça de roupa no apoio do sofá, ela se levantou e foi para a cozinha beber água. Ainda metralhando o controle remoto com meus dedos, lembrei-me de quando o conheci.

Costumava brincar que mesmo que eu não quisesse ser amigo do Fabiano, o destino acabaria forçando-o goela abaixo. Ele sempre estava ao meu lado. Literalmente. No primeiro dia de ensino médio, a nova diretora havia voltado de um mestrado na China repleta de ideias revolucionárias para organizar a escola. Desde contratar um instrutor de meditação que ensinava foco aos alunos (“mente vazia é mente receptiva ao conhecimento”) até entupir de vasos de plantas todos os parapeitos das janelas do colégio. Isso lhe rendeu o apelido secreto de “Feng Shui”. A diretora não entendia o motivo dos estudantes brincarem de espirrar falando isso no lugar de “atchim” sempre que ela passava. Dentre os novos métodos pedagógicos, o mais ortodoxo havia sido o bom e velho mapeamento, que calhou de me colocar lado a lado com o Fabiano no fundo da classe.

E isso não ocorreu apenas na sala de aula. Como nossos nomes eram próximos na ordem de chamada, também dividíamos a bancada no laboratório de química e a mesa no ateliê de artes. Mas o mais importante era que nossa parceria se estendia ao time de futebol do colégio. Nos campeonatos entre escolas de Brasília éramos uma dupla dinâmica. Jogando na mesma posição, ambos atacantes, estávamos sempre dando assistência ou recebendo a bola um do outro para marcar gol.

Por alguma razão que eu posso apenas supor, nosso professor de educação física acabou me escolhendo como capitão do time ao invés do Fabiano, um cara muito mais assertivo e menos inseguro que eu. Talvez por eu sempre ter sido bom em escutar os outros, achar um caminho do meio e direcionar esforços. Ou talvez porque o treinador e o Fabiano tivessem personalidades muito fortes, então ele quis evitar conflitos entre os dois caso decidisse colocar meu amigo como capitão. Vai saber.

O interfone tocou e eu voltei à realidade, um noticiário da CNN cobria algum conflito no oriente médio. Minha mãe já estava na cozinha e acabou atendendo. Conversou um pouco com o porteiro, disse uns três “aham” e desligou. Voltando para a sala com minhas chuteiras ensacadas na mão, ergueu-as para mim e disse:

– Toma, Du. O Josias disse que seu amigo já tá aqui embaixo te esperando. Vai com Deus e cuidado pra não se machucar!

Despedimo-nos com os três beijos na bochecha que ela me dava sempre que queria desejar boa sorte. Enquanto esperava o elevador, mandei uma mensagem pra Alexia. Falei que ligaria após o jogo para combinarmos de almoçar em algum lugar que não tivesse apenas mato pra comer. Cruzando o térreo do prédio apressadamente, notei que não havia ninguém à minha espera. Estranho...

– Josias! Mamãe disse que o Fabiano chegou, acabou de interfonar lá em casa. Cadê ele? – perguntei para o porteiro, que foi a pessoa que informou sua chegada.

– Rapaz, acho que não era esse Fabiano, não... Fabiano não é o de nariz grande, meio turco? Pois é, era outro. O moço tava sem graça de esperar aqui, onde muita gente passa... – e se inclinando para frente, falou baixinho e tapando a boca com a mão. – Acho que não queria que ninguém visse que ele tava... Com o nariz assim, meio...

“Machucado”, concluí pouco antes de escutar, atrás de mim, o Leandro gritando meu nome do estacionamento em frente ao bloco, a porta do motorista aberta e ele sentado dentro do carro.

– Edu!

E ali estava ele, na rua do lugar onde moro, como no pesadelo que eu parecia ter tido em outra vida. Virei meu corpo na direção de sua voz, um tambor no lugar do coração. Era realmente o Leandro. Continuava lindo, mas sem o sorriso e com o olhar opaco de quem estava ferido em todas as suas partes, do corpo e da alma. E o olho esquerdo um pouco roxo nem era o que mais chamava a atenção. Do seu nariz escorria um filete de sangue que ele tentava conter com uma gaze, sem graça por ser visto numa situação tão constrangedora. Mas ainda assim ele tentou sorrir quando me viu. A expressão de dor que se seguiu só confirmou o que eu imaginei. Contrair os músculos do rosto era sofrível.

Eu quis sorrir e chorar ao mesmo tempo.

(FIM DA PARTE 21)

***

Galera, obrigado por acompanhar e comentar! :D

E-mail: marcelo655321@gmail.com

Wattpad (nome da história lá é "Se For Com Você"): https://www.wattpad.com/user/marcelo_fonseca

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Comentários

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Ue, Hello, a história tá mostrando o conflito do cara que descobre gostar de outro mas vive no meio hetero, tem namorada, etc. O problema de quem reclama que "a historia ta muito hetero mimimi" é que falta paciência pra esperar, a história tem um desenvolvimento, galera... E continua sendo mais bem escrita que praticamente todos esses contos gays "picantes" que só tem putari4. Falo mesmo!!! Ótimos diálogos, personagens, enredo, tudo. Ótima história, enfim! parabéns!!!

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Adorei o capítulo. Vc é um ótimo escritor. Ansioso pra eles se acertarem.

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