Ao seu lado: Meu passado me condena II. capítulo:08

Um conto erótico de Vick_Tinho
Categoria: Homossexual
Contém 3035 palavras
Data: 03/04/2016 13:41:17

Fatos narrados por Gustavo.

Lembro-me do meu pai falando enquanto estávamos saindo, que não queria saber de nada do que tinha visto ao adentrar em sua casa mais cedo (se referindo a ter me pego numa situação embaraçosa). Falei que achava melhor que fosse assim, então ele me olhou e disse:

- Mas se me expor ao ridículo em qualquer lugar que seja, irei resolver isso da maneira que sempre resolvi as coisas.- Então eu só sacudi a cabeça em afirmativa.

O resto do caminho fiquei calado, já estava tarde e fazia quase duas horas que estávamos no carro. Quando dei por mim, meu pai sacudia meu ombro, me acordando. Dormi enquanto olhava pro lado de fora do carro.

Nossa! Quando sai do carro, só observei que estávamos no meio do nada.

- Pai, onde estamos? Não estou entendendo. Não íamos para o aeroporto?

- Claro que não meu filho. Ouça bem, nós não temos mais nada aqui, nossos bens foram todos embargados. Já resolvi tudo para o pagamento dos empregados, porque precisava pagar eles. Quanto ao resto, te falo depois. Agora vamos andando, não é longe, é só mais uma pequena caminhada.

Depois dessa caminhada, que não tinha nada de pequena, chegamos em uma pequena rua estreita. Lá tinha mais 5 caras e uma mulher, que era esposa do Patrick, um cara que tava super elegante, com aparência jovem, cabelo preto e corpo de quem pratica esporte. Tinha um belo rosto e uma barba com cavanhaque perfeito, tava com terno e gravata. Todos estavam perto de um pequeno avião.

- Você não deve está entendendo nada, não é garoto?- Falou Patrick atenciosamente, enquanto os demais colocavam as malas no avião.

- Não!- Falei estranhando alguém falar comigo.

Fomos para o avião, e sentei lá no fundo, só eu. Eu não sabia detalhadamente o que estava acontecendo, e talvez não entendesse se me falassem. Então, depois do avião ter partido, Patrick se levanta e vem andando para trás da aeronave. Pede para sentar do meu lado. Eu afirmo, e ele se acomoda.

- Mas e sua mulher?- Perguntei.

- Não se preocupe com ela. Está acostumada a fazer viagens aéreas, então tem uma facilidade pra dormir, que é o que está fazendo agora.- Falou ele dando um sorriso maroto.

Na nossa frente tinha cerca de 7 pares de cadeiras até chegar onde meu pai e um outro rapaz estavam. Então eles não ouviriam nossas conversas, a não ser se falássemos muito alto.

Nesse meio tempo, Patrick me falou tudo que estava acontecendo, incluindo que o Brasil tinha sido o melhor lugar do mundo em que já tinha ido, e que tinha uma casa lá, porque gostava de passar as férias. Depois me falou que todos ali estavam fugindo pra não serem presos, incluindo ele. Mas que todos também tinham dinheiro no exterior, mas que não poderiam movimentar por enquanto, pra polícia federal não descobrir. Mas que nas malas, tinha cerca de 20 milhões de dólares, que seriam divididos entre eles, e que daria bastante para cada um deles, seria o suficiente para eles viverem por alguns anos sem precisar movimentar as contas do exterior. Depois de todas essas conversas, ele pega minha mão e diz:

- Não se preocupe, vai dar tudo certo. Ninguém será preso, e ninguém daqui viverá como pobre.- Falou ele sorrindo e com um ar de deboche.

- Porque você está dizendo isso?- Falei desconfiado.

- Porque sei que você não gosta de pobreza. Seu pai é meu melhor amigo, sei algumas coisas sobre você.- Falou ele colocando minha mão sobre sua perna.

Nessa hora me veio muitas coisas na cabeça. Pra mim tava claro que ele sabia de muitas coisas. E quando vi seu pau inchar por dentro da calça social, tive certeza. Então fui tirando minha mão lentamente, arrastando por cima de sua calça, até chegar em seu pênis, dei um leve amasso e tirei.

Logo depois ele tirou o sinto e ficou em pé, se voltou um pouco pra mim, inclinou-se e disse:

- Olha, tenho um apartamento privativo no Brasil. Se um dia quiser conhecer, me avise. Mas claro que esse será nosso segredo. Pense e depois me diga.- Falou ele dando um passo para ir para sua poltrona.

Puxei sua mão antes que ele se afastasse e disse:

- Não, não preciso pensar.- falei olhando para frente pra ter certeza que ninguém olhava pra nós, depois olhei para o rosto de Patrick que pareceu assustado com o que tinha dito.

Então puxei sua gravata até que ele chegasse bem próximo a mim. Então sussurrei em seu ouvido:

- Eu vou sim. Mas tem que valer a pena.- Falei, logo depois soltando sua gravata.

- Irá valer.- Falou ele indo em direção a sua poltrona.

A partir desse momento comecei a pensar que não seria tão mal assim ir para o Brasil. Que talvez tivesse coisas boas lá.

Chegamos e fomos recebidos por uma mulher, fomos para um escritório que não saberia dizer onde fica, mas lá, pegaram nossas assinaturas, e nossas digitais.

Achei engraçada a maneira como o Patrick de vez em quando dava jeitinho de falar comigo, ou tirar certas piadas. Fomos para um pequeno hotel, meu pai disse que no outro dia iríamos para Manaus.

- Manaus?- Falei assustado.

-Sim, Manaus. Porque, tem alguma coisa contra?- Falou meu pai irritado.

- Não. Mas Manaus não fica no meio da floresta?- Perguntei

- Sim, fica. E não tem lugar melhor pra ficarmos.

- Mas lá não tem onça no meio da rua?- Falei com um pouco de receio.

- Meu Deus do céu, não adiantou nada eu pagar um colégio caro pra esse menino, ele continua burro.- Sibilou meu pai olhando para o nada e balançando o rosto com uma cara desacreditada.

Continuou ele:

- Deixa de ser idiota Gustavo. Isso só existe na cabeça de pessoas ignorantes que não tem estudo suficiente para saber como de fato é a cidade. - terminou ele.

De manhã acordei com uns documentos em cima de mim, eram uma carteira de trabalho, identidade, CPF e passaporte, tudo com nacionalidade Brasileira, no documento tava que eu era nascido em Manaus e o meu sobrenome tinha sido alterado, para "Amorim". Então tudo fez sentido.

Cheguei em baixo e meu pai estava tomando café com seus amigos que vieram com a gente no avião.

- Meu filho. Vamos, sente-se e tome o café que temos que conversar sobre coisas importantes.- Falou ele.

- Tudo bem, pode começar.- Falei.

- Para começar, tente endireitar esse teu sotaque. Aprenda a falar um português bem melhor, pra que você não pareça estrangeiro. Nossa situação é frágil aqui, vou ter que me aproximar de alguém pra podermos conseguir uma estabilidade aqui. Sei que nossa relação não é das melhores, mas somos uma família e você não quer ser pobre, não é?

- Você está certo.- Disse eu.

Enquanto isso os colegas de meu pai se levantaram, disseram que iam comprar algumas roupas por lá por perto, já que trouxeram poucas, e nas malas não tinham tantas roupas, e sim dinheiro.

Depois disso pegamos um avião pra Manaus, já com os documentos em mãos, os documentos não eram falsos, era tudo legalizado. O que o dinheiro não compra? (Pensei). Chegamos na cidade e ficamos por cerca de um mês sem falar com ninguém, até meu pai falar com a Tia Sarah. Mas pra surpresa dele, meu tio e ela tinham voltado, então ele não pôde fazer o que estava na cabeça dele, que era conquistar ela, e entrar para a construtora dela.

Meu pai ficou com muita raiva naquela noite, ele bebeu muito no hotel onde estávamos. Quando foi pela manhã, me pediu para tomar banho e ir pra mesa conversar com ele.

- Olha meu filho. Meus planos eram conquistar a Sarah e ficar com o patrimônio dela. Mas não deu certo, porque o idiota do meu irmão voltou pra ela. Então fiquei pensando essa noite, você é meu plano B.

- Do que você tá falando?- Perguntei não entendendo nada.

- Quero que você invés de ficar chupando pau de qualquer um por aí, chupe o pau do meu afilhado, seu primo, o Felipe.

- Quê? Eu não vou fazer isso! Nem conheço ele.- Falei.

- Você vai fazer sim porra, se quiser ter dinheiro. Quero que fique com ele, prenda ele. Não importa o que você tenha que fazer. Se tiver que dá o cú pra ele, dê. Porque o importante é ele está sobre controle.- meu pai finalizou.

- Porque isso, em?- Questionei meu pai.

- Ele é o único herdeiro da Sarah. Ele vai ficar com tudo. Então reze pra ele ser um retardado, ou um viadinho. Você acha que consegue pelo menos conquistar ele?

Nesse momento eu não me importava mais com nada. O cara tinha dinheiro pelo menos.

Concordei com ele, mesmo inseguro com tudo isso. Eu sou um cara inteligente, gosto de tudo do bom e do melhor, então por onde entrar dinheiro fácil, estou lá.

Com o passar do tempo meu pai se aproximou do titio, e por alguns meses ficamos como uma família feliz.

Com essa proximidade das familias, logo vi Felipe, então não tive dúvidas, eu realmente queria ele pra mim. Me aproximei dele, mas ele não me dava brechas, e isso me deixava mais excitado por ele.

Mas pelo menos depois disso conseguir um belo feito, "ficar amigo dele". Eu pensei que nunca iria conseguir nada com ele, pois ele era hétero, mas ele me veio com uma bomba, era apaixonado por um garoto.

Aí pronto. Minhas esperanças ressurgiram. Já havia se passado quase um ano, e meu pai já estava trabalhando com a Sarah, ele deu um jeito de convencer meu tio a ajudar ele a entrar na construtora, alegando que poderia ajudar sua esposa (Sarah), mas ela era muito esperta, dizia meu pai sempre que chegava em casa. Então meu pai precisava cada vez mais da minha ajuda, e eu tava louco por Felipe.

Embora louco por Felipe, eu já me encontrava com o Patrick, amigo do meu pai, sempre no apartamento dele. Era bom demais.

Mas meu pai só vivia de cochicho com ele, então eu ficava inseguro que meu pai viesse a saber de algo. Até que o inesperado acontece. Meus tios morrem em um acidente de carro, seu corpos foram carbonizados com a explosão.

- Meu pai não ficou triste por isso. A única coisa que ele me disse foi: agora é a tua hora, não estrague tudo. Vai atrás do teu primo, seja o ombro que ele precisa.

Quando cheguei na casa de Felipe, ele tava pior do que eu imaginei. Ele me falou que ele não era ninguém sem os pais, e que tinha ido atrás de um tal de William, para avisar o que tinha acontecido, nesse momento fiquei pensado, então descobri o nome do cara que ele amava, mas me fiz de desentendido, já que quando perguntei quem era o menino na época que ele me havia me dito, ele não quis dizer o nome. Então prosseguiu:

- Fui atrás dele, e quando entrei na loja, ele estava beijando um rapaz. Não dei nem a chance de ele me ver. Saí de lá e falei pra moça não falar nada que fui lá.- Disse ele com um choro de sofrimento.

O chato foi que eu tive que ficar ouvindo ele chorar o tempo todo. Ele lembrava dos pais e chorava. Aquilo de fato era muito triste, mas eu não podia perder o foco. Aí eu comecei a deixá-lo só, ele não gostava, então estava aí o meu trunfo.

Foi dito e certo, eu deixei ele tão mexido com isso, que depois de 2 meses conseguir transar com ele.

Eu nunca tinha ficado com alguém como ele. Então decidi embarcar de cabeça. Ele tinha que ser meu, seria meu de qualquer jeito. Conversei com meu pai, falei que ele tinha me vencido, que eu iria ficar com Felipe pra ele conseguir o que queria.

Felipe me rejeitava e aquilo pra mim, era humilhante. Ele me rejeitava como homem. Ao mesmo tempo que eu tinha raiva dele por fazer isso, eu também o amava. Aquilo era minha sina. Amor e ódio.

Mas nas noites que ele fazia isso, eu ameaçava ir embora, e o comportamento de Felipe ficava estranho, ele parecia enlouquecer. Dava uns tics nele, ele balançava a cabeça como se estivesse tendo ataque, então eu o acalmava, deixando ele relaxado e fazia ele me comer para que eu ficasse lá com ele. Apesar da situação, eu adorava fazer isso. Ele era frágil, assim eu faria tudo que queria com ele, até passei a dormir lá, mas odiava ele tendo pesadelos, gritando pelos pais e por Felipe.

Ele acordava chorando todas as noites. Meu pai me mandou leva-lo no psicólogo e foi o que fiz. Por um tempo, ele também teve que tomar alguns remédios para depressão.

Era tedioso ter que ficar servindo de babá pra um marmanjo como ele, porém, me apaixonei. Comecei a gostar de ficar daquele jeito com ele.

Percebi que ele ficou em modo automático, ele fazia tudo apenas por fazer. Já tinha passado quase uma ano, e nesse período meu pai tinha ficado como tutor de Felipe, por ser o parente mais próximo.

Meu pai era esperto, conseguiu tirar 3 milhões de reais da fortuna dele. Mas isso logo acabou, Felipe completou 18 anos, então se tornou maior de idade. Felipe não investia o dinheiro em nada, mas também não gastava muito, só o necessário, e a empresa estava na mão de um acionista, que até onde eu soube era um amigo de confiança, e já estava na presidência há alguns anos.

Felipe era dono de 60% das ações da construtora. Enquanto os outros 40% estavam divididos com outros acionistas. Só sei que 20% é do atual presidente um velho. E os outros 20% era dividida entre 3 irmãos. Irmãos esse que venderam as ações para meu pai, só não sei como meu pai pagou por elas, porque ele não podiam ficar retirando dinheiro à toa.

Depois disso meu pai se aproximou de Felipe, e botou na cabeça dele, que desse sequência ao trabalho da mãe, e fizesse uma faculdade. Foi o que ele fez, entrou pra Águia Dourada (faculdade de Manaus). Ele tava bem, nossos amigos que fizemos nesse período estavam todos ansiosos para o começo das aulas.

Muitos dos nosso amigos não gostavam do meu jeito, porque sou grosso e falo a verdade de maneira crua.

Na primeira semana de aula foi tudo de bom. Mas a partir da segunda vi um bolsista. Eu não gosto de ficar no mesmo ambiente que pessoas que não tem onde cair mortos, então comecei a incensar com ele. Eu o observava na faculdade. Ele era bonitinho, tinha uma bunda empinadinha mas tinha o defeito que eu não suporto, ele era pobre.

Quando olhei para ele, odiei no primeiro momento. Me deu vontade de praticar o bullying com ele.

Quando cheguei em casa, meu pai estava com Felipe, falei do Aluno bolsista pra ele e marcamos de fazer da vida dele um inferno.

No período que observava ele percebi que o Christian olhava pra ele igual a um idiota. Eu sabia que ele queria ficar com ele, porque eu lembro que numa época, enquanto eu levava a galera pra casa do Felipe, pra fazer o ele sair daquela depressão, Christian e eu trancamos na casa do Felipe. Foi só uma vez, o teste drive para Mercedes, que era uma amiga nossa. Conheci eles todos através de Felipe, ela era a fim do Chris, era uma idiota, ela pensava que ia dar pra ele e ele ia ser fiel. Não deixaria ele ser fiel, eu ia fazer ele trair ela!

Todos os amigos de Felipe chamavam ele de "príncipe", por ele ser filho único, e herdeiro, então comecei a chamar ele assim também.

O príncipe não pôde ir pra aula na semana que o bolsista chegou. Mas o deixei a par de tudo que estava acontecendo, incluindo o interesse do Chris pelo novato.

Então quando o príncipe melhorou, eu fui pegá-lo para ir pra faculdade. Quando passamos por perto do restaurante estavam todos sentados, como se tivessem em reunião. Então me encaminhei pra lá, logo eu disse:

- Ôhhhh, príncipe. Esse aí de costa é o namoradinho do Chris, ele largou a Mercedes pra ficar com ele.- Falei mesmo, porque era verdade, o idiota do Chris tava afim de traçar o novato, isso tava estampado na cara dele.

Então Diana olha com raiva pra mim, e disse:

- Nossa, dessa vez foi maldade Guga.- Disse ela.

- Mas se é a verdade, temos que gritar pro mundo.- Falou o príncipe que estava do meu lado.

O príncipe falou tão alto que as outras mesas acabaram olhando pra gente, éramos o centro das atenções, isso me deixava feliz.

Eu sabia que o príncipe ia acabar falando algo, porque eu tinha havia falado barbaridades do moleque. Falei tanta coisa que acho que ele deve ter até raiva do novato.

Então, quando menos espero, o tal de William que estava de costa pra nós virou um soco que acertou a cara do Felipe. Não acreditei, aquele imbecil jamais poderia ter feito aquilo. Então todos se afastaram de perto da mesa, e como já era de se esperar o príncipe revidou, afinal, no período de recuperação do Príncipe, ele se tornou uma pessoa mais fria, fizemos até aula de Muay Thai pra ocupar o tempo dele, pra ele sair daquela fossa que ele tava. Mas pra minha surpresa, ele para o soco antes de atingir a cara do imbecil do William, eu via no rosto do príncipe que ele estava com raiva. Mas porque parou?-pensei-.

Nesse momento passou uma coisa pela minha cabeça. O nome do cara que o príncipe gostava também era William, eu não podia acreditar que era aquele cara. Então não falei nada. Só olhei pra Felipe e disse que mais tarde iríamos conversar. Ele negou posteriormente. Mas aquela história tava estranha.

Fiquei observando por muito tempo, agora sei que é ele. E vou ser paciente, porque ele sairá logo do meu caminho.

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Obrigado por acompanharem a história, espero que gostem.

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Comentários

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Nossa eser Gustavo e terrível 😡👎mas fora a revolta o conto tá ótimo eu não gosto de pessoas que pensam q dinheiro e tudo na vida 😐🙌

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Gente que loucura esse Gustavo em!!! Esse vai dar trabalho.

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