FIZ MEU AMIGO HETERO SE APAIXONAR POR MIM (HISTÓRIA REAL) - Parte 1.

Um conto erótico de ...
Categoria: Homossexual
Contém 1499 palavras
Data: 31/03/2016 01:26:48

Que atire a primeira pedra quem nunca se sentiu atraído por um hétero, e ainda mais quando ele é bonito, charmoso, atraente, feliz, e seu amigo... (?!) Pra mim é (era) uma coisa normal porque isso faz parte da vida de um homem gay, mas eu não sabia no que eu tava me metendo... Lendo essas palavras, vocês já devem saber mais ou menos do que eu quero falar, e vou falar. Isso aconteceu comigo e com o Ícaro, há mais ou menos uns dois anos atrás. Espero que curtam essa história (mais do que eu curti).

Em março de 2014, recebi uma notícia, mas como recebi essa notícia e qual foi ela? Todas as manhãs, eu tenho um “TOC” de abrir meu e-mail para ver se tem alguma novidade do mundo ou alguma novidade no trabalho e etc. Num domingo, tinha acordado tarde, pois tinha curtido uma balada com os amigos no sábado e virei a noite. Chequei as minhas mensagens e uma me chamou a atenção. Abri e vi que era uma mensagem de um amigo de longa data: o Ícaro. Li a notícia e fiquei feliz da vida. Mas quem é Ícaro?

Nos tempos do colegial, Ícaro e eu éramos melhores amigos e a dupla que mais causava incomodo no pessoal. Nós estudávamos numa escola particular de freiras, onde tinha mais meninas do que meninos, o que eu gostava muito, mas ele não. As professoras eram chatas, duras, grossas e nos odiavam, e com razão. Bom, pra encurtar tudo: Ícaro era meu melhor amigo da infância e nós tínhamos nos “separados” por causa das nossas escolhas profissionais. Ele queria entrar para as forças civis do país e eu sempre quis ser um economista, mexer com dinheiro e contas. Desde que completamos o ensino médio, eu não o vejo. Me mudei pro Rio de Janeiro e nunca mais soube dele.

Li o e-mail, que dizia mais ou menos assim: “Cara, depois de muito tempo procurando, eu te encontrei. Tô voltando dos Estados Unidos e queria te ver para batermos um papo legal. Se ainda lembrar de mim, do Velho Ícaro, responda esse e-mail. Tenho coisas pra te contar”.

Fiquei feliz por dois motivos: O primeiro é porque eu tinha encontrado o meu amigo de infância, e o segundo é que eu tinha encontrado o ÍCARO. Nos tempos da escola, eu ficava babando por ele. Sem dúvidas, o cara mais bonito que tinha na escola. Alto, galego, olhos castanhos claros, sorriso lindo e tinha um volume razoável na cueca ou calça. Apesar de sermos amigos, melhores amigos, não tínhamos intimidade de ficar pelado na frente do outro... ou melhor, ele era tão preconceituoso que não havia isso entre nós. Na época, alguns caras se mostravam ser gays e ele fazia cada comentário homofóbico, preconceituoso... Eu ficava com medo de contar alguma coisa sobre mim pra ele... Estava louco para saber que novidades eram aquelas e estava louco para vê-lo novamente. O visual dele não poderia ter mudado tanto, e, se tivesse mudado, teria sido pra melhor.

Semanas se passaram e eu fui ao tal local que marcamos no e-mail. Sentei-me numa mesa, bebendo só água, e fiquei observando. Eu pensei demais antes de ir, pois não sabia o que ia ver e nem o que sentir ao ver o Ícaro novamente. Sempre tive sentimentos por ele, mas nada demais.

Um homem alto, forte, loiro e perfeitamente lindo veio em minha direção e eu fiquei esperando... Era ele! Ele tirou os óculos escuros e abriu um sorrisão já me cumprimentando. Não sabia como, mas ele tinha se lembrado do meu rosto. Eu mudei tanto: na época da escola, eu era magro, alto, barriga enxuta, cabelos lisos (e hoje sou bem diferente: entrei na academia, malho, tenho tanquinho, mas nada exagerado, tenho barba, sou moreno, uso um óculos, 27 anos de idade, e, levando em consideração a opinião de várias pessoas, homens e mulheres, sou lindo demais). Fiquei surpreso em vê-lo. Ele parecia aqueles caras bonitos e loiros de filme pornô americano. Levantei-me rapidamente e falei com ele também. Apenas apertos de mão, nada de abraços – ele não curtia essas coisas. Muita risada, muita felicidade entre nós. Um bom papo nos tomou. Ele começou.

– Nossa, mano, mas você não mudou nada...

– Sério que você acha isso? Tá brincando, né?

– Théo, cê não mudou nada, mano. Mesma coisa de sempre.

– Para com isso. Você tá querendo me rebaixar. Nos tempos da escola, eu era uma coisa tão feia... Você que tá bonito, aí.

– Ih, cara, que papo é esse? Deixa de homossexualismo, mano!

Nós rimos disso. Na verdade, eu só ri pra não deixá-lo sem graça...

– Cara, é muito bom te ver depois de todo esse tempo, Théo. Cê era meu melhor amigo naquele tempo e nunca mais nos vimos.

– Cê me disse pelo e-mail que tava nos Estados Unidos...?!

– Tava lá. Cheguei esses dias.

– Pensei que você servisse ao exercito...

– Isso foi idéia boba da minha cabeça, cara. Quando terminei os estudos, eu quis entrar lá e logo desisti. Fiz uma faculdade de odontologia e fui morar fora. Fiquei na Bélgica e nos Estados Unidos.

– Que bom, cara. Ainda bem que você conseguiu ter sucesso na sua vida profissional...

– Não só na profissional, mano. Eu conheci várias gatinhas lá nesses países e fiz arrastões, mas eu felizmente encontrei uma que me colocou num rumo certo. Vou me casar, Théo. A novidade era essa...

– Sério, mano? Nossa, que felicidade... Fiquei feliz por você, de verdade.

Sim, fiquei feliz, sim. O meu sonho era ver o Ícaro pelado, ver as coisas que ele guardava na cueca, e eu acho que esse era o meu sentimento por ele. Quando eu o vi de novo, aquela sensação, esse meu sentimento tinha voltado, e com mais força. Ele havia crescido, era um homem agora, e o seu volume também tinha crescido, e ele estava mais lindo do que era antes.

– Quero te convidar pro meu casamento, Théo. Vai ser aqui no Brasil. Aqui no Rio.

– Ela mora aqui com você?

– Não, cara. Você não entendeu? Eu a conheci nos EUA, mas ela é brasileira. Nós vamos morar aqui no Rio e o nosso casamento será aqui.

– Entendi, agora. Mas vem cá, onde é que cê vai ficar? A sua família ainda mora em Minas?

– Mora, mora sim! E cara, eu não sei direito onde vou ficar. Acho que em algum hotel daqui pro casamento... Vai ser próximo mês. Dá pra arrumar algum canto pra mim daqui pra lá.

– Cara, se você quiser, pode ficar lá no meu apê. É grande, tem três quartos, duas salas enormes, uma varanda com uma vista linda, dois banheiros, piscina no prédio, campo de futebol... Eu sei que/

– (ele me cortou e falou) Eu adoraria ficar lá. Se você me deixar ficar lá no seu apê, eu vou curtir muito. Pelo menos a gente se conhece...

– Ícaro, mano, você pode ficar lá sim. É bom que também tem alguém pra conversar. Fico sozinho lá.

– E cadê a namorada?

– Mano, tô dizendo companhia pra morar, entende? Namorada é bom pra passar noite...

– Ah, espertinho...

Engatamos num papo bom, e eu inventei que tinha uma namorada chamada Andressa, e ele acreditou. Não tenho jeito de gay – e não gosto de caras afeminados –, então não foi difícil dele não acreditar. Mas caras, eu acho que pensaram, pelas minhas palavras, que sou gay, gay mesmo. Na verdade, também curto mulheres, mas só quando tô bêbado, ou só por diversão... Depois que o papo terminou, eu fui mostrar o meu apartamento a ele, que curtiu muito, e disse que se mudaria em dias.

Em uma semana, um cara que eu gostava muito ia vir morar comigo. Em uma semana, eu arrumei a casa toda, fiz feira de mês, fiz faxina e arrumei uma namorada. Não, mentira, não arrumei nada. Uma amiga minha sempre fingia que era minha namorada pra quebrar alguns galhos, e muita vezes eu fingia ser namorado dela em noites de família na casa dela. Até hoje, os pais dela pensam que ela não é lésbica e que meu nome é Bruno. Enfim, só sei que de Jéssica passou a ser Andressa.

Em alguns dias depois, ele chegou no meu apê. Trouxe tantas malas que eu até me assustei. Ele disse que seria até o casamento, mas logo vi que ia ficar um pouquinho mais... Eu o acomodei em um dos dois quartos de hóspedes e ele arrumou as suas coisas.

À noite, pedimos uma pizza e sentamos à mesa, tomando cerveja, conversando e comendo. O papo foi sobre o que fizemos nesses anos... E um assunto pessoal dele tinha me voltado à memória.

– (ele falou, depois de umas sete cervejas) Théo, cê sabe por que eu tô casando, mano?

– Porque você gosta da sua noiva?!

– Arrependimento. É por arrependimento. Lembra do que rolou? Lembra do que rolou no passado, né? Você lembra, Théo?

Não respondi. Lembrei imediatamente do que tinha rolado no passado. Mal sabia eu que aquele assunto ia nos incomodar tanto...

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Comentários

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Kkkkkkkk... Quer dizer então que o cara dizer que não tem jeito de gay e que não gosta de afeminados é sinônimo de homofóbico e o caralho a quatro????? Kkkkkk, bando de malucos!

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Ia parar no "Não tenho jeito de gay", mas decidi continuar, depois li "Não curto afeminados" aí sim resolvi parar. Primeiro: qual o jeito de gay? Quer dizer que por seres machões tu não és gay? Tu és um g0y? Pra mim da no mesmo. Vomitar esse tipo de esterco em um conto "gay" não vale. Segundo: Entendo você não gostar de afeminados e irei defender seu gosto, mas... Espero que seu gosto não te tenha feito uma pessoa que ri de gays afeminados. Odeio isso.

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Nao gosta de afeminados mas são loucos pra achar um macho que te façam de putinha na cama ainda se acham "machoes" kkkk me poupe bichad enrustidas... Tenho mais apreço por esses afeminados que dao a cara a bater enquato vcs tentan se encaixar nas heteronormas bando de otarios hahaha

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Gostei do conto e se for real mesmo quero ver onde isso deu Hehehe e quanto aos comentários maldosos ali, gente é assim tem gays que falam que não gostam de afemimados, mas não quer dizer que tenham preconceito pelo amor né, só que não é de sua preferência, eu particularmente não gosto de afemimados também, porque sei lá não se encaixa na minha visão de parceiro, de um cara másculo que te passe segurança e essas coisas, mas tipo não sou afemimado u.u mas é assim que idealizamos um parceiro quando dizemos "mas não gosoto de afeminados" não é preconceito, só uma preferência nossa

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Gostei ainda mais pelas bichas com mimimi nos comentários

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