Caminhando por uma estrada desconhecida... Teu coração

Um conto erótico de Nando Mota
Categoria: Homossexual
Contém 1970 palavras
Data: 27/03/2016 14:48:18

Quando comecei a perceber os sons dentro de casa, ruídos abafados que nada me diziam, finalmente abri os olhos e vi que estava sozinho na grande cama de casal que dividia com Ana Amélia Novaes Brandão há exatos vinte anos.

Nossa história havia começado desde o tempo do Colégio em que estudávamos e fazíamos séries diferentes, eu o terceiro ano e ela o segundo do tal Ensino Médio de hoje. Ana Amélia era um ano mais nova que eu e com certeza era a menina mais linda e a adolescente de 15 anos mais cobiçada pela turma de futuros marmanjos, ops... Bons partidos, que dariam a vida para tê-la em seus braços. Só que ganhei a parada e em menos de seis meses ela engravidou do Diogo Brandão, nosso filho mais velho, atualmente com 21 anos de idade.

O medo maior era ter que ser pai aos 16 anos de idade. Minha família começou a pressionar de um lado e a dela me via como um demônio que teria que morrer na fogueira por ter desonrado a família e a filha deles... Como se ela também não tivesse culpa no cartório. Só sei que casamos quando eu diz 18 anos de idade e ela já estava grávida do nosso segundo filho Renato Brandão, atualmente com 19 anos de idade. Aí a família dela viu que não tinha mais jeito e passou a nos ajudar, coisa que a minha família já fazia há tempos. A gente era muito cúmplice, amigos para todas as horas e situações. Um não dava um passo sem que o outro aprovasse ou desaprovasse. Éramos perfeitos e nos encaixávamos que nem panela e tampa, desculpem a comparação. Era bom tê-la por perto nessa estrada que resolvemos partilhar juntos.

Nó meu último ano de Faculdade, Engenharia Civil, Ana Amélia que cursava Arquitetura, engravidou novamente e dessa vez vieram gêmeos, Eduardo e Melissa Brandão, atualmente com 15 anos de idade. Encerramos a produção em série e recebi dos meus irmão TJ ( Tarcísio Junior), Alex ( Alexandre ) e Carol ( Carolina ) o apelido carinhoso de Coelhinho. Por que será?

Levantei após espreguiçar e fui do jeito que tava, Nu e Ereto até o banheiro que ficava numa daquelas portas dentro do meu quarto. Estava atualmente com 37 anos de idade, era um homem altom - moreno, cabelos negros, olhos castanhos escuros, excelente físico, porte másculo e simplesmente lindo, juro que jamais fui narcisista. Minha doce e querida filha Melissa sempre me chamava de Coroa Enxuto... Pode isso? Ela podia me chamar assim e sempre dizia que eu fazia o maior sucesso entre as amigas do Colégio.

_ Agora Saulo de Mesquita Brandão, você esta preparado para enfrentar o mundo... Garoto. Terminei o banho quente a que me propus e após passar pelo closet do casal, desci as escadas que me conduziram quase que por osmose até a sala de refeições do duplex, já que tava quase morto por causa da fome que sentia.

Apenas meu primogênito e meu caçula ainda estavam por lá com a maior cara de sono do mundo...

_ Bom dia filhotes. Os beijei no rosto e eles retribuíram.

_ Bom dia velho... Disse Eduardo de Novaes Brandão. Quando nossos olhos se encontraram ele pôde perceber que não havia gostado do seu bom dia e imediatamente começamos a rir.

_ Pô filho, velho? Tô com 37 anos, garoto.

_ Ele só esta tirando uma com o senhor, Velho. E Diogo de Novaes Brandão riu com vontade ao ver meu olhar em sua direção.

_ Desisto dos dois... Onde estão meus outros queridos?

_ A mamãe, arrastou a Melissa e o Renato até o shopping. Parece que foram comprar o presente do Tio Alex.

_ Eles foram com ela porque sabem que alguma coisa poderá ser acrescentada nessa compra de presentes. Oportunistas, os dois... Falou Diogo com a cara fechada.

_ E por que você também não foi junto? Tenho certeza que sua mãe lhe daria alguma coisa que você quisesse com o maior prazer. Baguncei seu cabelo loiro - Ele era a cópia perfeita de Ana Amélia - até fazê-lo sorrir.

_ Não gosto de aproveitar dos outros pai. O senhor já me conhece.

_ Nisso filho, você saiu a mim. Sempre gostei de conquistar as minhas coisas.

_ Então foi por isso, por ter essa determinação aí dentro desse velho peito, que o Vovô Tarcísio te nomeou o Presidente da Brandão Engenharia, pai? Mudou de assunto o caçula Eduardo.

_ Nesse caso filho eu poderia dizer que você esta certo em seu raciocínio. Batalhei muito pra ter esse cargo na nossa Empresa. Tj seria o herdeiro da cadeira do seu Velho avô, só que ele resolveu ser Médico... Seu avô acha que a Tia Denise tem culpa nisso. Aí as fichas foram pra cima do Tio Alex que preferiu ser Advogado e graças a Deus é o Diretor Jurídico da Empresa. Sua Tia Carol, que era da mesma turma da mãe de vocês na Faculdade de Arquitetura foi a minha rival direta... E olha que ela é três anos mais velha que eu.

_ Aí o vovô bolou um desafio que vocês dois teriam que participar e aquele que ganhasse a parada ficaria com a cadeira e seria o novo Presidente da quarta maior Construtora do País e décima quinta do mundo, certo? Falou o apressado Renato de Novaes Brandão entrando na sala e vindo em minha direção para me beijar o rosto...

_ Isso mesmo meu garoto. Retribuí o beijo e ele bagunçou meu cabeço.

_ Bom dia pai. Fui te chamar pra ir com a gente no shopping e você tava lá todo largado na cama. Fiquei com dó de te acordar, coroa...

_ Ana Amélia, eu tô tão velho assim? Perguntei... _ Já é o segundo filho que me chama de coroa em menos de uma hora.

_ Você ta ótimo querido. Na verdade tá um coroa super enxuto.

Melissa estava tão entretida com o novo aparelho celular que nem falou comigo. Levantei da cadeira e fui em sua direção...

_ Será que posso ter a atenção da minha princesa só um minutinho? E tomei o aparelho da sua mão fazendo a caixa cair ao solo.

_ Paiiiiiiiiiiiiii... Ela deu aquele típico gritinho infernalmente adolescente bem próxima a mim. E demos algumas voltas à mesa. Finalmente paramos e ganhei um abraço bem apertado de minha única filha Melissa de Novaes Brandão.

_ Amo você, coroa insuportavelmente chato... e subiu as escadas tal qual foguete.

_ Você ouviu isso, Ana Amélia? Coroa Chato? Eu? E me voltei para minha mulher que estava abraçada a Diogo e Eduardo vermelhos de tanto rir.

_ Aceita, pai... Falou Renato. Ela também te ama muito, ok? Os três subiram para o andar superior nos deixando sozinhos e largados no sofá da sala...

_ Ela terá que ficar de castigo, Ana Amélia.

_ Você é o culpado de toda essa situação. Precisava tomar o aparelho novo da menina? Você sabe que eles tem nesses eletrônicos a razão maior pra viver. As vezes acho que eles gostam mais dessas coisas que de nós. Agora vou tomar um belo banho quente e logo em seguida a gente vai pra casa dos seus pais.

_ Eu pensei que o Alexandre e a Patricia fossem fazer o almoço na casa deles, Ana Amélia.

_ Eles convidaram meio mundo e na casa dos seus pais havia mais espaço... Pelo menos foi o que a Patricia alegou ao dizer a mudança de lugar da festa.

Peguei o jornal e fui até a varanda. Antes de fazer a leitura do Caderno Economia do jornal, única que me interessava, olhei a vista e mais uma vez agradeci a Deus por suas bençãos. Quando estava terminando a leitura, Diogo foi até a varanda...

_ Posso falar com o senhor, pai? E meu filho mais velho sentou a meu lado e me encarou.

_ Claro, campeão. O que tá pegando? E coloquei entre aspas a palavra final da pergunta fazendo ele rir.

_ Mandou bem na gíria, coroa... E sorriu de volta.

_ Sou todo ouvidos, filhão.

_ Um amigo da Universidade que faz Contábeis ta atravessando uma fase difícil, entende? Ele é classe média e parece que o pai dele perdeu o emprego e o que a mãe ganha como Funcionária Pública, ela é professora numa escola estadual, não tá dando pra sustentar a casa e os outros dois irmãos. Ele me contou um monte de coisa. Sabe o que é o estranho disso tudo? Ele não sabe quem eu sou ou mesmo que nossa família é responsável por mais de quinze mil empregos diretos. Eles estão lá cheios de dificuldades... Aí eu pensei que poderia dar uma força pra ele e sua família.

_ E onde seu velho e coroa entra nisso tudo, Diogo? Ele estava um pouco envergonhado e baixou o olhar para o piso de granito cinza da varanda.

_ Teria como ele ser chamado para um estágio lá na Construtora? Ele é bom no que faz pai.

_ E o que ele faz, meu filho? Ele já trabalhou antes? Fiquei curioso...

_ Ele é muito bom com números. E ele me disse que já foi vendedor numa dessas lojas de shopping.

_ Filho, somos uma Construtora e não uma loja de shopping. O que esse rapaz faria lá?

_ Que tal se ele pudesse vender os imóveis que a sua Construtora ergue? Ele tava quase suplicando.

Renato Brandão pra variar ouviu nossa conversa enquanto descia as escadas...

_ Ele é bom mesmo com os numero, pai. Se o Diogo tá falando do Fernando Castro, eu acho que você deveria dar a ele uma oportunidade. O Senhor acredita que todo dia ele leva uma média de cem salgados pra vender num depósito e antes da aula começar, o tal depósito já esta vazio? Ele é meu amigo de turma e...

_ Já vi que esse Fernando Castro é a bola da vez dos meus dois filhos, acertei? Os dois apenas se olharam em expectativa.

_ Manda o garoto me procurar amanhã depois das 16:00 h, pois terei uma hora livre antes de voltar pra casa. Não prometo nada, ele é quem vai me dizer se topa a parada. Fui claro, garotos?

_ É por isso que amamos você, coroa... falaram Diogo e Renato ao mesmo tempo.

_ Ei, eu também amo o nosso pai, caras... Gritou Eduardo do último degrau da escada.

_ Quem ama mais ele sou eu, bando de bocós... Falou a beldade da família Brandão, Melissa.

_ Mais eu amei primeiro que qualquer um de vocês, meu filhotes lindos... falou Ana Amélia.

Depois dessa declaração explícita de amor por mim, subi para um outro banho quente e assim que descemos a família Brandão partiu para a casa dos meus pais Elisabeth Gaspar de Mesquita Brandão ( Beth Brandão para os íntimos ) e Tarcísio de Farias Brandão, o homem que havia começado sua empresa após formar na Terceira Turma de Engenheiros da Faculdade Federal do Ceará.

Eu, Ana Amélia e Melissa fomos no meu carro e os garotos, Diogo, Renato e Eduardo foram no carro do irmão mais velho. Os três era super unidos e isso me deixava meio saudoso do início da minha juventude passada ao lado dos meus irmão Tj, Alex e Carol.

Finalmente chegamos na casa dos meus pai e nos deparamos com um mar de pessoas por todos os cantos da mansão.

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Olá meu querido Povo do Lado Esquerdo.

Como notaram, acabou de começar mais uma jornada...

Dessa vez uma nova atração e um outro amor farão parte da vida do renomado Presidente da Construtora pertencente a família Brandão. Rejeição, medos, vergonha e até negação farão parte dos seus universos.

Que o amor possa vencer sempre... Ajudem-me a tornar possível esse novo intuito.

Um beijo em cada coração... Nando Mota.

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Comentários

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Bom dia meu querido amigo..Saudades de você, ando meia atribulada com umas coisas da vida...mais sempre vou conseguir um tempo para as suas histórias maravilhosas . Já gostei muito desse começo é dessa família que parece ser incrível. Bjos seu lindo.

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Oh,oh, apenas hoje que vi que escrevi "siúme", onde se deve ler "ciúme".

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ebaaaa mais um contoo..ja vi q vai ser mais um sucesso de Nando Mota...♡♡

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Agora eu tomo coragem........ depois de te acompanhar até aqui nestes contos que decifram almas, eu peço humildemente que me dê a chance de um dia fazer parte do teu lado esquerdo. Nando Mota, ate aqui eu vivi complexas mudanças e posso afirmar que foi com seus contos que mais me inspirei para viver uma vida mais desamarrada de preconceitos pois toda a forma de amor e valida, afinal todas são AMOR.

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Nando acho que vou adorar esta historia ,pois estou vendo que vai dar pano pra manga ,pois o tema vai ser forte se ele se apaixonar pelo o rapaz protegido dos filhos...Nandinho um beijo no coração meu escritor favorito

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Ansioso pela próxima parte. Abraços.

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Amigo lindo do meu coração, já estava cheia de saudades, tanto que mandei um email para você hoje, me responda por favor, temos muitas figurinhas pra trocar. Realmente, uma nova estória começou e pelo jeito será meio bombástica, as dicas da estória envolvem um pai de família tradicional, vai pegar fogo. Beijos lindão!!!

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Muito bom, já gostei Nando. Esperando o desenrolar de mais um romance, na maior expectativa das descobertas e reviravoltas na vida de Saulo Brandão kkkkk. Abraços meu amigo

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ai pre vejo muitas lagrimas e dor por vir... mais tenho a certeza que sera perfeito como sempre....

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Nando vc de volta *-*, super feliz aqui, ansiosa para ver o desenrolar dessa nova trama...

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Dessa vez vou poder acompanhar tudo do início. haha Bjs Nando

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Que delicioso presente de páscoa. Nando pelas suas palavras novas situações e sentimentos farão parte da família Brandão? Ansiosa para descobrir todo esse novo mundo que o jovem Fernando embarcará. Um cheiro e um super beijo da sempre VITALidade.

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Nandão, mais uma sessão de bastante futebol com caraoque em japones

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Ai, Nando, pelas tuas últimas palavras deduzo que o amado pai de família se apaixonará pelo amigo dos filhos. Isso trará muitas complicações e sentimentos complexos - amor, rejeição, negação e, talvez, siúmes, se um dos filhos já estiver de olho no amigo. Tem como maneirar a coisa e suavizar a mão? De qualquer forma, seguirei como leitor fiel de teus contos. Um abraço carinhoso,

Plutão

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