Ao seu lado: Passado, presente e um soco de recordações. capítulo:03

Um conto erótico de Vick_Tinho
Categoria: Homossexual
Contém 3697 palavras
Data: 27/03/2016 14:45:00

Quando senti seu punho próximo ao meu rosto, a única coisa que senti foi um calafrio em saber que poderia estar com o rosto machucado naquele momento, se Felipe não tivesse parado o soco.

Mas particularmente, não sei o que estou sentindo. Quando éramos adolescentes, por impulso eu fugi dele em um único Beijo que havia me dado de surpresa, mas depois que parei pra pensar no que tinha acontecido, eu sabia que o amava, eu não tinha como negar, mas tudo aquilo aconteceu tão rápido, no mesmo dia em que minha mãe sofreu um enfarto e foi hospitalizada, que não deu nem tempo de raciocinar, e tive logo o choque de vê-lo com outra pessoa naquele hospital.

Lembro-me quando estávamos em sua casa, quando deitavámos pra descansar, e sabia que ele estava acordado quando deitava e alinhava a cabeça sobre meu peito, e então só depois de sua cabeça está devidamente alinhada ele adormecia, e eu não me importava, porque sabia que ele era frágil emocionalmente, e se sentia protegido comigo.

Mas logo após ter me beijado, ele se jogou nos braços de uma outra pessoa. Acho que ele poderia ter esperado e conversado comigo, invés de falar apenas "que aquilo não iria mais acontecer", ainda por cima no hospital com minha mãe em estado grave e podendo morrer.

Apesar de tudo, eu não quis ninguém, e também comecei a trabalhar pra ajudar minha mãe logo depois do incidente. Um ano depois, quando eu já estava firme na loja, entrou um rapaz como vendedor, que se interessou por mim alguns meses depois. Ele era bonito, e se parecia muito com Felipe, o que me maltratava demais. Eu cheguei a chorar nas primeiras noites. Em algumas noites chorava pela minha mãe, e em outras, porque o fardo que eu carregava parecia muito mais pesado sem ele comigo pra me abraçar.

Depois disso, Carlos, o rapaz que entrou pra trabalhar na loja, conversou comigo, uma conversa bem direta. Ele disse gostava de mim e me beijou, eu correspondi ao Beijo. Mas em seguida, me senti beijando o Felipe, e fiquei tão envolvido que chamei pelo nome dele (Felipe).

Aquilo foi triste, porque já havia passado um ano, e depois de muitas perguntas que Carlos me fez, eu disse a ele que não queria que ele chegasse perto de mim se não fosse a trabalho, o que fez com que ele pedisse demissão. Não achei que fosse pra tanto, mas...

Sou acordado de meus devaneios com um grito de Diana, quando vê Guga virando um soco no meu rosto, que com minha distração e a força do impacto, caio no chão.

Então Felipe grita:

- Que porra você fez Gustavo!- Disse ele colocando as mãos atrás da nuca, demonstrando preocupação.

- Que caralho foi isso que tu fez? você não conhece ele porra, porque ter essa consideração? Eu fiz o que era pra você ter feito, mas nossa conversa vai ser depois.- Falou o Guga olhando como se fosse dono de Felipe.

Com todos distraídos, Christian acaba virando uma cotovelada no rosto de Guga, que visivelmente fez cortes no interior da boca dele, pois jorrou sangue e ele se ajoelhou no chão por algum motivo.

Começou um grande tumulto, os seguranças pegaram o Gustavo, o príncipe, que por coincidência ou não, era o Felipe; Christian, Diana e eu.

Aquele restaurante virou a um Hing de boxe, sem falar na gritaria e quantidade de pessoas cochichando sobre o que acontecia.

Uma voz alta ecoava de algum lado, não sabia dizer de onde, pois eu estava zonzo, então a voz diz:

- Todos para os seu lugares, ou para suas salas!

Quando ela chegou próximo, disse:

- O que aconteceu aqui Diana? Meu Deus, olha os rostos desses meninos! Levem esses três pra enfermaria Moisés, e depois leve-os para minha sala.- Disse ela num tom autoritário ao segurança próximo a mim.

- Tia, vamos com você, o Arthur e eu, iremos acompanhando o Christian. Iremos falar o que aconteceu.- Diana avisou, indo em direção a ela, que só concordou com a cabeça.

- Eu também vou, não estou tão machucado, foi só um susto mesmo.- Disse Felipe calmamente.

- É claro que você tá machucado. O que tá acontecendo contigo? Tá maluco, o soco afetou seus miolos ou o que?- Falou o Guga espantado, como se não tivesse acreditando que o tão amado príncipe, que ele idolatrava, estivesse fazendo algo que ele desaprova.

- Está bem, vamos parar com essa discussão. Já que ensisti, Felipe, venha logo.- Disse a gestora de maneira que transpareceu a irritação, ou talvez o cansaço por ouvir aquela discussão.

Enquanto isso, o Idiota do Gustavo e eu estávamos sendo acompanhados até a enfermaria pelo Moisés e mais um segurança que não sabia o nome.

Chegando lá, havia um homem que eu conhecia muito bem. Ele era enfermeiro na clínica onde minha mãe ficou internada, e quando ela teve alta, pelo menos uma vez por semana ele ia lá em casa fazer o acompanhamento. Seu nome é João, mas todos chamam ele de "Filho", já que o nome do pai dele também era João, ele tinha uns 30 anos - eu acho - um estilo atlético, definido de academia, moreno de pele bem clara, cabelos lisos e com os olhos bem pretos, que dava vontade de ficar olhando pra eles por horas. Quando viu que era eu, logo perguntou:

- Mas o que aconteceu Will?- fiquei feliz que ele trabalhasse lá, mas porra! Ele não podia estar lá em outro momento? Tinha que ser justamente na hora que acontece isso comigo.

- Não foi nada, apenas um desentendimento. E não quero que ninguém saiba.- Eu disse, enquanto ele analisava meu rosto, onde o soco tinha sido pego.

- O que você não quer é que sua mãe saiba.- Ele falou dando um riso maroto, que ficava encantador.

- Isso. Então não fale em.- Disse sorrindo a ele.

- Prontinho.- Disse ele, colocando um band-aid onde havia posto uma pomada em meu rosto.

Então saí de lá, o agradecendo. Mas antes de ir, olhei para a cama onde estava o Gustavo. Ele tava que era só raiva, quando o vi me deu até calafrio. A moça estava vendo por dentro da boca dele, passando remédios. Ele só me olhou de ponta de olho, e foi o suficiente pra minha noite ficar pior.

Fui para a secretaria, onde o Moisés me deixou na porta, e entrando lá, a gestora pede para meus colegas sairem, para poder falar comigo. Então depois disso, era só ela e eu.

- Sente-se, quero lhe falar algo. Vou ser rápida.- Disse ela, e tão só concordei com a cabeça.

Ela ficou me olhando, por um tempo, então disse:

- Você sabe que nesses casos, os bolsistas até perdem esse mérito, e acabam saindo da faculdade por não conseguir pagar.

Nessa hora engulo seco, e a única coisa que consigo dizer é um "sei sim" então ela continua:

- Mas no seu caso vou abrir uma excessão, porque sei que você não teve culpa. Porque já foi tudo esclarecido, e o senhor Felipe Trindade, e Gustavo Pirroci Amorim terão que cumprir algumas atividades que indicarei na próxima semana. Agora pode ir, que esperarei o Gustavo entrar.-

Então eu não falei mais nada, apenas concordei com a cabeça e agradeci. Saindo da sala dela logo em seguida. Quando cheguei lá fora fui quase jogado no chão, com Diana, Tuca e Christian me interrogando, pareciam repórteres perguntando um monte de coisa, Diana logo fala:

- William, o príncipe assumiu toda a culpa. Mas ele nunca faria isso, tem caroço nesse angú.- Assim diz ela.

Enquanto, enquanto isso eu ficava apenas olhando o Christian, que ficava calado só olhando.

Então logo ele diz:

- O trabalho ficou pra amanhã, às 2:00 na casa do Tuca.- Apenas concordei com a cabeça, já que era sábado, e eu só trabalhava até ao meio dia.

- Então já vamos indo, até amanhã.- Disse o Tuca puxando Diana pelas mãos apressados.

Falei que iria beber água, então o Christian disse que me acompanharia, no meio do caminho perguntou onde eu morava, falei que no bairro "cidade nova", então ele se dispôs a mim deixar e eu logo aceitei.

No caminho, enquanto é estávamos no carro, ele pergunta:

- Vocês já se conheciam, não é?

Eu só engoli o seco, e digo:

Já, mas não quero falar sobre isso. Pelos menos agora. Por enquanto só quero entender algumas coisas, estou com pensamentos confusos.- Eu disse olhando pra fora do carro, no banco do carona.

- É, não é só você. Acho que todos queremos entender tudo isso. Mas tudo bem, uma hora as peças se encaixam.- Ele disse, me deixando nervoso.

Cheguei em casa, minha mãe estava dormindo. Então tomei uma banho, talvez um dos banhos mais demorados da minha vida, porque me distrair em pensamentos.

Enquanto a água escorria pelo meu corpo, tentei identificar o que realmente senti, enquanto via Felipe, tão mudado, forte, com uma camiseta pólo rosa, que colava em seu corpo, mostrando seus músculos, nada exagerado, na verdade. Sob medida, e com calça preta um pouco colada.

De fato ele estava lindo, sem exageros. Mas ele tava andando com aquele idiota, e se comportou como um cara babaca na hora que chegou no restaurante.

A noite foi longa, com muitos devaneios. Mas não sou uma pessoa que deixa assuntos inacabados. Quando era adolescente deixei um com ele, mas irei acabar esse assunto.

Acordei apressado pra ir pro trabalho, minha mãe já tinha feito o café da manhã, e como sempre, me obrigou a tomar. Já que não trabalhava, ela cuidava de mim, mim mimava, eu gostava muito, toda vez que eu saio ela beija minha testa. E assim foi até minha ida pro trabalho.

Na loja, eu não parava de pensar que teria que me deparar com o Felipe, seria muito tenso. Mas tentei esquecer até a hora da saída do trabalho.

Horas depois recebo uma ligação de um número desconhecido, era o Christian, querendo saber se podia passar em minha casa, pra irmos juntos pra residência do Tuca, eu aceitei, afinal, não é muito legal pegar ônibus, esta custando o olho da cara, ida e volta então, é praticamente um assalto a mão armada. Mas algo me intrigou, então perguntei:

- Como você conseguiu meu número?-

Então ele respondeu:

- Um mágico nunca revela seus truques.- Então eu sorri com essa brincadeira.

Quando foi a tarde ele foi me pegar, 50 min depois, chegamos na casa do Tuca, já que o trânsito tava calmo. Só quem estava lá era Diana, Osvaldo e Tuca. Ficamos sentados na sala, já que faltava 20 min pra hora marcada de fazer o trabalho, então Cristian e eu ficamos na no sofá de frente para Osvaldo, Diana e Tuca.

Então todos ficamos nos encarando de modo desconfiado, até que todos rimos muito. Então Ludimila entra na casa e nos pega rindo no sofá, e logo depois pergunta:

- O que você está fazendo aqui Chris? Que eu saiba você foi o primeiro grupo que apresentou, Junto do Tuca.- Ela falou com a cara de espanto, que foi até engraçado.

Aí que dei por mim, é... realmente, ele não era do grupo, então fiquei todo desconfiado. Até que ele disse:

- Relaxa. Eu vim fazer companhia pro Tuca, já que vocês iam fazer trabalho aqui, e nós já havíamos feito, ele me ligou e disse que tava carente e que precisava de alguém que fosse bonito e que tivesse um bom papo pra ficar junto dele.- Então todo mundo começou a rir, até que a Ludimila fala:

- Tu pode até ser bonito, mas bom papo tu não tem não.-

Até que o Tuca se levantou rindo e disse:

- Calem já a boca de vocês, que sei muito bem do passado de cada um aqui.

Foi impossível não rir disso. Até que ele fala:

- Menos do passado do William, pelo menos ainda não sabemos.

Mas o clima de descontração foi quebrado até que Lúcia e Eric entram, e logo atrás Deles, Felipe, o que fez com que todos os risos parassem instantaneamente.

Eu posso ir ao banheiro? Perguntei olhando pro Arthur, que logo me levou até lá, entrei, a primeira coisa que fiz foi molhar o rosto.

Não sabia explicar mas eu estava mais nervoso do que achei que ficaria. Então tentei manter a calma e voltar pra sala, quando abrir a porta, eu fui empurrando pra dentro do banheiro novamente.

- O que foi? Falei trêmulo.

Então vi Felipe se afastando de mim. Ele ficou olhando, até que não aguentei, já estava com muito medo que ele me batesse ali mesmo.

Dei um passo pra trás, e vi como Felipe tava, com a feição triste, e lacrimejando. Meu Deus, ele parecia aquele Felipe de anos atrás, aquele que deitava no meu colo enquanto dormíamos.

Até que ele se joga pra cima de mim, e me abraça tão forte, que minha respiração chega a sair com dificuldades, ouço ele soluçar, até que tenho certeza, de que ele tava chorando.

De repente, tudo vem a Minha cabeça, Lembro-me do que pensei a noite, e do que tinha que fazer, era acabar o que ficou inacabado em nosso passado.

Sem que ele pudesse tomar nenhuma atitude, eu encostei meus lábios no dele, foi um beijo tão suave, que me senti beijando nuvens. Até que ele para os movimentos do beijo, me forçando a abrir meus olhos, e vejo ele chorando e dizendo:

- Você me largou. Porque fez isso? Eu te odeio mais do que tudo nesse mundo, te odeio.- Falou ele, de maneira tão dolosa, que foi impossível não deixar as lágrimas correrem por meus olhos.

Ele saiu do banheiro atordoado, puxei seu pulso tentando segura - lo, mas ele puxou com tanto rigor, que foi fácil escapar de minhas mãos.

Fiquei por mais um tempo lá, chorando, eu estava me sentindo tão mal, eu sempre o amei, é isso, eu sei, mas algo deve tá dado muito errado pra estarmos assim agora.

Então depois de ter certeza que meu rosto não aparentava choro, fui pra sala. Encontrei todos sentados no meio da sala, num tapete. Ludimila e Eric num notebook, Diana e Osvaldo em outro, e Lúcia num livro de história do Amazonas.

Quando me viram, perguntaram logo:

Porque a demora? Ficamos preocupados. Cadê o Príncipe?- Perguntaram curiosos.

- Não sei, pensei que ele tivesse aqui com vocês.- Respondi calmante.

- Não. Ele falou que ia falar com você, pra pedir desculpas. Então subiu as escadas.- Disse Diana.

- Onde está o Chris?- Perguntei notando sua falta.

-Ele está na cozinha, almoçando. Falou que não almoçou e foi pra lá. Agora vem, vamos fazer as pesquisas, e terminar os slides.- Falou ela. Então apenas sentei do lado de Lúcia, e peguei um dos livros que estavam lá.

Não demorou muito pra dar uma ventania, seguida de uma chuva forte. Quase uma hora depois o Felipe desce, e logo atrás vem o Tuca, que senta do lado do Chris, que já estava sentado no sofá, só nos observando. Enquanto Felipe senta com Ludimila.

O celular do Arthur toca, então ele se dirige a cozinha. Quando volta, fala que não é pra sairmos da casa, pois aconteceu um acidente grave na estrada que liga a sua casa aos demais bairros, e não tem como sair de lá. E a mãe dele havia dito pra dormirmos lá mesmo, que ela não viria pra casa pelo mesmo motivo, e iria ficar num hotel com os colegas de trabalho, e voltaria só as 1:00 no dia seguinte, no domingo.

Então todos ficamos tensos. Me afastei e liguei para minha mãe, que me falou que estava bem, e que a vizinha estava com ela. Então avisei que não iria pra casa, e falei os motivos, então ela pediu pra mim cuidar e ligar pela parte da manhã, quando estivesse voltando pra casa. Logo me despedir e desliguei.

Quando voltei a sala falta energia, e só fica as luzes dos notebooks ligados e as luminárias de emergência que havia na casa. Diana então fala:

- Eu já estou terminando aqui. Já que o computador ainda tem carga, vou finalizar o slide.

- Então eu vou arrumar os quartos pra vocês, e tomar um banho, depois volto.- diz Tuca subindo as escadas.

Algum tempo se passa, até que Diana acaba o slide, dizendo:

- Já que acabamos, que tal brincarmos de verdade ou desafio?-

- Estou fora.- Felipe fala sem nenhuma dúvida.

- Tá com medo. Se não quiser tudo bem. Aliás, você de fato está diferente, nunca negou.- Disse Diana de maneira seria.

- Eu não estou. Eu aceito, desde que todos aqui brinquem. Disse estando decidido.

- Eu não quero. Me perdoem, nunca brinquei disso, e não estou muito no clima. Falei, porque estranhamente achava que aquilo não ia dar muito certo.

Mas infelizmente tive que brincar. Pois Diana e Ludimila insistiram, já que a imposição de Felipe era que todos deveriam brincar.

Então falei que não queria fazer nada pesado ou que pudesse me constranger. Então Ludimila fala:

- Então não pode sexo e nem nada relacionado a ele, tipo pegada nas partes íntimas, entre outras coisas.- Nossa! Quase cair pra traz quando ouvir aquilo. Mas foi impossível não rir, e de ver o quão ingênuo eu era.

Até que todos se reuniram no tapete, e esvaziaram uma garrafa de cerveja que estava na geladeira, que serviria para apontar, fundo da garrafa, pergunta; boca da garrafa, responde.

- Então, eu começo.- gritou Ludimila toda animada com o jogo.

A garrafa ficou girando e parou no Osvaldo e na Ludimila. Ludimila então pergunta para Osvaldo:

-Verdade ou desafio? Mas antes de responder, quero deixar claro que ninguém deve ficar chateado com as perguntas, ou com o que for feito aqui, poder ser?

Então todos que estavam la acabaram concordando, inclusive eu. Logo o Osvaldo fala:

- Comigo nem precisa se preocupar, minha vida é um livro aberto, por isso escolho a VERDADE.- Falou de maneira tão espontânea, mas não pareceu convencer a todos. Que riram depois que ele falou isso.

- Ok, agora é comigo. No dia da festa que teve na casa do Juca, você foi pego transando com a Patrícia, que é uma piriguete, mas vocês não estavam sozinhos, Luan estava com vocês. Então me diga, você transou com ele também?- Finalizou ela.

- Claro que não. Nós apenas comemos ela. Estávamos bebendo e ela falou que queria dar pra nós, então fomos. Nada mais.- Falou ele, convicto do que tinha dito.

- Mas rolaria com ele em outra situação? Perguntou ela novamente.

- Epa, epa, epa, é apenas uma pergunta, e não um interrogatório.- Falou ele mostrando que já havia respondido sua pergunta.

- Eu giro a garrafa.- falou Diana. Que em seguida rir quando a garrafa aponta para Tuca que vem descendo a escada.

Nesse momento Tuca rir e fala que ele não tá no jogo, mas Diana insiste e ele acaba cedendo a ela. Então Eric faz sua pergunta, que logo é respondida por por Tuca. Assim a brincadeira vai durante a noite.

Então Eric gira a garrafa que aponta para o Felipe, e antes mesmo de Diana perguntar, ele fala:

- Verdade.-

Há alguns anos que você não namora só tem ficado com algumas meninas, e elas se apaixonam e você põe elas pra correr. Então quero saber, você já amou alguém?

Então foi perceptível que ele engoliu o seco antes de responder, até que diz:

- Eu respondo isso com a letra de uma música, o nome é "Love Hurts", e a tradução dela diz o seguinte:

[...] O amor machuca,

o amor deixa cicatrizes,

o amor fere e prejudica

Qualquer coração que não seja resistente ou forte o suficiente

Para aguentar muita dor [...]

- Então pra responder, digo que já me apaixonei, mas não voltarei a cometer esse erro, porque agora eu quero saber só de curtição.- Respondi ele, puxando Lúcia e dando um beijo nela, já que estava do lado dele.

Todos ficam espantados, e eu decepcionado. O que ele quis provar com isso, que ele pode tudo. Então provou, porque percebi que ele de fato era o babaca como o Guga.

Depois disso ele olha pra mim com uma uma cara de satisfação. Como pude ser idiota, em achar por um minuto que as coisas seriam diferentes?

Então Ludimila gira a garrafa, que aponta pra mim. Então Christian pergunta:

- Com quantos anos você perdeu sua virgindade e com quem foi?- Nesse momento todos olharam rindo, e eu fiquei com a cara de leso pra todos eles, porque eu não queria dizer, mas enfim, eu tinha aceitado a brincadeira, então tinha que falar:

- Eu ainda não tirei. Eu meio que me guardei pra alguém, talvez inconscientemente, ou não. Mas percebi também que pra quem eu me guardei, não valeria mais a pena. Foi apenas um desperdício de tempo ter esperado.- Então abaixei a cabeça, eu não queria demonstrar, mas aquilo me atingiu, me causou uma tristeza profunda. Mas ele percebeu, eu sei disso.

- Nossa, pra mim foi uma surpresa.- Disse Christian.

- Pra todos nós. Disse as demais pessoas que estavam naquela sala.

- Eu já quero dormir.- Falei logo depois disso.

- Então vamos jantar, antes de você ir dormir disse o Tuca.- Concordei com ele e fomos para a cozinha, então todos foram conosco. Comi o mais rápido que pude. Então fui para o quarto, e o Arthur deixou uma toalha e uma escova de dentes em cima da cama, falou que o creme dental estava dentro do banheiro. E que eu dormiria lá, e que eu iria dividir com algum dos rapazes.

Fui pro banho, demorei cerca de 20 min, quando sair vi que tinha alguém sentado na beira da cama, mas não conseguir ver quem era, porque ainda estava escuro pela falta de energia, mas sabia que era homem, então ele se levanta...

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Mais uma vez eu gostaria de agradecer a vocês que estão lendo e me apoiando nessa história. Pois admito que escrever livros não é fácil, e hoje tenho muito mais respeito do que já tinha antes, por escritores.

Obrigado.

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