Thithi et moi, amis à jamais! Capítulo 123

Um conto erótico de Antoine G.
Categoria: Homossexual
Contém 2648 palavras
Data: 10/02/2016 23:15:28

Nós ficamos deitados, na rede, por um tempo. Após fazermos a digestão do almoço, nós decidimos tomar banho de rio. Nós fomos até nosso quarto e colocamos nossas sungas e a Sophie colocou o micro biquíni dela. Era a coisa mais linda e fofa do mundo.

Nós descemos para o rio e o Bruno já chegou se jogando na água. Como eu estava com a Sophie no colo, eu não mergulhei. Depois que ele nadou bastante, ele veio e ficou sentado junto a mim e a Sophie. Eu sentia as pessoas nos olharem e nos julgarem, mas eu não estava nem aí, desde que eles não mexessem conosco, estaria tudo certo.

Nós ficamos tomando banho no rio e brincando com a Sophie. Ela parecia um peixinho, adorava uma água. Em um determinado momento, Bruno foi pegar água para mim e alguma bebida para ele; Sophie e eu saímos do rio também e ficamos sentados em uma área onde tinha algumas mesas para as pessoas comerem e espreguiçadeiras para pegar sol. Quando o Bruno já estava longe, um imbecil resolve falar comigo.

- Ei! – Eu ignorei, nem sabia se era comigo mesmo – Ei, mocinha! – Eu não olhei – Vem cá, quem pariu essa monstrinha? Foste tu ou o outro viado? –

Eu tive que manter minha calma ao máximo, eu estava com minha filha e não estava em condições físicas para brigar com um imbecil daquele. Mas, quando ele chamou minha filha de monstrinha a vontade que eu tive foi de partir pra cima dele e quebra-lo em vários pedacinhos.

- E então, boneca? Não vai falar nada, não? Já sei, se eu te mostrar minha pica tu falas, não é? Deixa eu te mostrar, então. – Ele veio andando cambaleando para próximo de nós

O sujeito estava visivelmente porre.

- Meu senhor, deixa só eu lhe falar duas coisas: a primeira, é que eu posso lhe denunciar e acabar com a sua vida. A segunda, é que se o senhor quer me mostrar seu pênis, isso significa que o senhor gosta de homens também, e se o senhor gosta, isso lhe caracteriza como gay.

O homem ficou enfurecido.

- Gay? Eu? Tu vais ver o que um homem é capaz de fazer. – Ele veio andando para cima de mim

Eu fiquei parado, queria ver até onde ele iria. Se ele triscasse um dedo na Sophie, ele iria se arrepender da graça. Ele se aproximou e armou a mão para me dar um soco.

- Se o senhor tocar um dedo sequer na minha família, eu quebro a sua cara, entendeu? – Bruno disse surgindo correndo do nada e segurando o braço do cara

- Ah, o outro viado resolveu aparecer para comer esse daqui, foi?

- Olhe meu senhor, se o senhor não for embora agora, eu não respondo pelos meus atos.

- Como tu gostas de ser comida, boneca? – Ele perguntou para mim

Ao ouvir aquilo, Bruno largou as bebidas que ele tinha na outra mão e deu um baita soco na cara do sujeito.

- SEU VIADO DE MERDA, TU ME PAGAS POR ISSO! – O cara disse caindo no chão

Ele se levantou com dificuldade e o Bruno nem se mexeu.

- Bruno, para! Ele está porre!

- Eu estou sendo paciente, mas eu não vou deixar ele ofender vocês e nem a mim.

O homem se levantou cambaleando e veio para cima do Bruno.

- OSVALDO, PARA JÁ! – Eu vi uma senhora vir correndo em nossa direção – MEU DEUS, TU ESTÁS SANGRANDO.

- EU VOU TE QUEBRAR SEU VIADO IMUNDO! – A Sophie se assustou e começou a chorar

- OSVALDO, CALA JÁ ESSA BOCA!

- NÃO TE METE NISSO, IRANILDE! VAI EMBORA DAQUI!

- E O QUE? TE DEIXAR MORRER?

- VAI EMBORA DAQUI! – Ele empurrou a mulher

Eu vi dois rapazes virem correndo da mesma direção que a mulher veio.

- Pai, para com isso! – Um dos rapazes falou calmamente

Eu tentava acalmar a Sophie, mas no meio de toda aquela confusão seria impossível.

- VAI EMBORA TU TAMBÉM, LEONARDO! DEIXA EU ACERTAR MINHAS CONTAS AQUI COM ESSAS BICHINHAS DE MERDA.

- Meu Deus, o que esse homem tem na cabeça? Carlos, Leonardo segurem o pai de vocês!

- Eu não! Que ele leve uma surra bem feia, assim ele aprende a respeitar os outros. – O rapaz que eu supus ser o Carlos disse

- Tu vais deixar teu pai apanhar?

- Mamãe, a vítima aqui na história não é ele, ok? Ele está ofendendo os rapazes ali. E o cara tá calmo, se ele quisesse bater no papai ele já teria batido. Ele bateu para defender a família dele, não é mesmo cara?

- Isso! Desculpe-me, senhora, eu não queria machucar seu marido, mas ele estava ofendendo minha família, ele iria bater no meu marido com minha filha no colo. Acredito que se fosse a senhora no meu lugar, a senhora teria feito a mesma coisa.

- Ai, meu Deus! Esse homem só me dá problemas!

- Anda, pai, vamos! – Leonardo disse

- VAI PRA PUTA QUE PARIU, LEONARDO! ME DEIXA!

O homem tentou vir em nossa direção e o Carlos deu uma rasteira nele e ele caiu de cara no chão. Eu vi aquele rapaz fazer aquilo com muito prazer, aquele homem deveria ser horrível mesmo estando sóbrio.

- CARLOS! – A mulher gritou

- Assim ele aprende onde é o lugar dele. Um ser tão desprezível merece ficar no chão. – Ele disse virando as costas – A senhora vem ou vai querer ficar aqui? Eu só vim por que eu vi ele lhe empurrar.

- Nós não podemos deixar teu pai, aqui.

- Por mim, que ele fique aqui para sempre. Assim, ele não atormentaria mais a minha vida. – Ele disse indo embora

Como aquele menino podia odiar tanto o pai. O que será que aquele homem fez para ele? A mulher veio até mim e pediu mil vezes desculpas, pelo menos ela tinha um pouquinho de juízo. Ela e o outro filho juntaram o homem do chão e foram embora. O cara ia resmungando e se debatendo. Foi só após a ida deles que eu notei várias pessoas observando toda a confusão. Eu acho muito engraçado o ser humano, ele parece um urubu. Quando vê alguma confusão ele fica em cima, torcendo para acontecer o pior. Ninguém é capaz de ajudar, salvo raríssimas exceções.

- Tá tudo bem? – Bruno perguntou

- Tá, sim! Calma, filha! Já passou! Já passou!

Ela demorou a se acalmar, ela tinha se assustado bastante com toda aquela gritaria.

- Que homem maluco! – Bruno disse

- Deixa eu ver tua mão! – Ele me mostrou a mão – Olha só, isso vai ficar roxo. Como tu vais trabalhar agora, valentão?

- Valentão? Valentão? Ele ia te bater, ia te machucar e machucar nossa filha.

- Ele estava porre, amor.

- Mesmo assim, ele não tinha o direito de nos ofender.

- Claro que não, mas tu também não precisava desfigurar o sujeito e destruir a tua mão, né? Temos que pegar gelo para colocar aqui.

- Ah, na hora me veio uma raiva tão grande, que a única coisa que eu pensava era em quebrar a cara dele. Que isso, gente, ofendendo as pessoas gratuitamente?

- Vamos voltar para o quarto e colocar gelo nessa mão! Por hoje já deu, né?

- Não, vamos ficar mais um pouquinho. Deixa eu voltar ao bar e pegar nossas bebidas e o gelo.

- Espera, deixa eu ir contigo, acho que tá na hora da Sophie comer. Que horas são?

- 15h

- Não disse!?

Bruno foi até o bar e eu fui até o quarto com a Sophie. Peguei no frigobar uma maçã e voltei para o bar onde Bruno ficaria me esperando. Ele estava encostado em uma das diversas colunas que havia ao redor do bar com uma compressa de gelo na mão.

- Já? – Ele perguntou quando eu me aproximei

- Sim!

Nós voltamos para rio, mas nós não entramos. Ficamos na área onde tinha as mesas, não havia muitas pessoas ali depois da confusão. Eu dei as raspinhas de maçã para a Sophie e o Bruno ficou nos olhando e fazendo a compressa na mão.

- A gente sai de Macapá para vir descansar e chegando aqui encontra um sujeito desses...

- Esquece isso, Bruno!

- Eu ainda estou com raiva, isso sim.

- Amor, não vale a pena ficar com raiva de um sujeito daqueles.

- Eu sei! Mas mesmo assim...

- Olha só, amor, lembra que agora estamos com a Sophie, não é como antigamente, ok? Isso tudo faz mal para ela. Ela não precisa de um pai raivoso ao lado dela, pensa nisso.

- Desculpa... tu tens razão!

- Amor, essa não foi a primeira e nem vai ser a última vez que isso aconteceu, não vale a pena nós ficarmos assim. A gente tem que pensar na nossa filha, ela não merece vivenciar tudo isso.

- Eu sei! Mas quando eu vi aquele imbecil partindo para cima de vocês, me subiu uma raiva tão grande... – Ele falava apertando o braço da cadeira.

- Ei, calma! – Eu peguei na mão dele

- Desculpa! – Ele disse respirando fundo

Eu terminei de dar a maçã para a Sophie e ele ficou calado o tempo todo.

- Ei, tá aí ainda? – Eu disse cutucando ele

- Tô! – Ele falou sorrindo

- Não deixa uma coisa dessas estragar nosso final de semana, Bruno.

- Não, já passou.

- Que bom!

- E tu princesa do papai, já comeu tudinho? – Ele a pegou do meu colo

Eu me deitei na espreguiçadeira enquanto ele ficava com a Sophie.

- Vamos para o rio?

- Ainda não, deixa passar um tempinho, ela acabou de comer.

- Ah, é verdade!

Eu me deitei de costas, já que nós iriamos ficar ali, eu ia aproveitar para pegar sol.

- E precisa ficar com essa bunda linda empinada?

- Ciúmes? – Eu falei rindo

- Claro!

- Deixa de ser bobo, Bruno. Não tem nenhuma ameaça por aqui.

- Tu que pensas!

- Então, tá. Eu ia ficar com marquinha, maaaaas já que tu ficas com ciúmes...

- Marquinha, é?

- Unrum!

- Não, então eu fico de olho aqui nas ameaças. – Ele ria

- Mas é muito bobo mesmo, viu?

- Bobo nada, eu só protejo meu francês lindo. Só isso!

- Sophie, não escuta o que esse teu pai bobão fala, viu?

- É claro que eu escuto meu papai! – Ele disse com voz de criança – E eu vou ajudar ele a proteger o senhor também quando eu estiver maiorzinha. Olha só como eu tô gostosa, papai.

Eu só fazia rir dele.

- Eu vou deixar vocês dois de cabelos brancos rapidinho, deixa eu chegar nos meus 15 anos.

- Amor, até lá nós já estaremos de cabelo branco com certeza.

- Tu eu não sei, mas eu com certeza.

- Tu vais ser meu coroa gatão.

- Vou, né? Tu tens dois papais gatões, amor. Vai ser uma briga só com as tuas amiguinhas na escola.

- Bruno, deixa de ser bobo. Para de falar essas coisas para a menina.

Nós ficamos naquela conversa meio maluca até nós acharmos que a Sophie já poderia entrar na água. Quando nós fomos para o rio, foi a alegria dela. Ela batia as mãozinhas na água de tanta felicidade. Pense numa menina para gostar de água, até hoje ela é assim. Não pode ver um rio ou uma piscina.

Nós voltamos para o nosso quarto já no finzinho da tarde, estávamos pretinhos. Na Sophie eu passei tanto protetor que o sol nem se atreveu a mexer com a pele dela. Bruno dizia que era neurose minha, mas eu é que não queria passar a noite com ela chorando com insolação.

Nós três tomamos nosso banho, nos arrumamos e resolvemos dar umas voltinhas pelas dependências da pousada. Aquele local era lindo! Deveria ser proibida a entrada de pessoas tão negativas como o seu Osvaldo naquele lugar de paz. Nós resolvemos parar em um local que parecia um jardim, havia bastante flores e tinha uma arvore enorme de pitangas. Nós sentamos em um banco que tinha próximo a arvore.

Nós sentamos e ficamos admirando o lugar.

- Ei, aquele ali não é aquele rapaz que deu a rasteira no pai?

- É, é ele sim! O Carlos! Mas genteeeeeeeeeee, ele tá...

- É, ele tá ficando com um homem. Entendi o motivo da raiva dele pelo pai.

- Gente, esse mundo é muito viado mesmo, viu?

- Aquele homem deve ser horrível com ele, por isso ele não sentiu nenhum remorso em largar o pai lá no chão.

- Com um pai daqueles, eu acho que eu faria a mesma coisa.

- Faria, não. Ele seria teu pai e tu poderias até não respeita-lo, mas tu serias incapaz de deixa-lo largado daquele jeito.

- É, seria mesmo. Bom, mas que aquele homem mereceu, aaaaah isso ele mereceu.

- Amor, tu já vais fazer 24 anos, né? – Ele disse mudando de assunto da água para o vinho

- É, como o tempo passa rápido depois dos vinte, viu?

- Deixa tu chegares nos trinta pra ti ver, aí é que o tempo voa.

- Engraçado, tu já tens 31 e ninguém te dá essa idade. Todo mundo pensa que tu tens a minha idade.

- Claro, olha para o corpão do papai, aqui.

- Mas é muito convencido mesmo, viu?

- Tu que me convences.

- Tá, é verdade! Eu tenho um marido gato!

- Eu também tenho um marido gato, sabias? – Ele disse me dando um cheiro

- Ai, arrepiei todo!

- Arrepiou, foi?

- E muito!

- Mais tarde eu faço arrepiar ainda mais! – Ele disse no meu ouvido

- Vai mesmo?

- Vou! Só de te falar isso olha como eu já fico! – Ele colocou a minha mão no membro dele que eu sentia estar pulsando

Onde nós estávamos era meio escuro e não tinha ninguém além do casal gay que estava se pegando um pouquinho próximo a nós.

- Vamos para o quarto? – Eu disse brincando

- Ainda não! A gente só pode gozar da vida depois que a Sophie dormir.

- Adorei o trocadilho! – Eu disse rindo

- Amor, nós nunca ficamos tanto tempo sem transar.

- E eu não sei!? Eu bem que tentei, né?

- É, tentou bastante. Mas, tua saúde sempre viria em primeiro lugar.

- A gente veio pra cá pra isso?

- Não, eu te trouxe pra cá, principalmente, para te afastar um pouco de tantas coisas que tu estavas fazendo. Mas, confesso que eu pensei nisso também.

- Safado! Eu vou querer ser compensado por todo esse tempo perdido!

- Podes ter certeza que tu vais!

- Oi! – Nós nem percebemos o rapaz se aproximar

- Oi! – Eu disse

- Éééé... eu queria me desculpar pelo o que aconteceu mais cedo. Meu pai, se é que se pode chamar aquilo de pai, é homofóbico ao extremo.

- Tudo bem! Já esquecemos!

- Bom, mesmo assim: desculpem-me pelo o que aconteceu. Ah, e obrigado pelo belo soco que tu deste nele.

- De nada! – Bruno disse se sentindo o machão.

- Tu deves ter bastante raiva, pois pelo jeito que tu deste aquela rasteira nele...

- Bom, digamos que eu vivencie sempre aquilo que vocês vivenciaram hoje. Por mim, eu já tinha denunciado aquele homem e deixado ele apodrecer na cadeia, mas aí eu penso na minha mãe e nos meus irmãos. Eles dependem dele, fazer o que? Bom, eu vou indo. Desculpem-me mais uma vez!

- Tudo bem! Tchau!

- Tchau! – Ele disse se afastando de nós

- Esse menino é estranho! – Eu disse

- Estranho é pouco! Vamos jantar? Tô com fome!

- Já?

- Já, ué! Já são 20h! Hora de jantar!

- Tá, vamos, então!

Ele pegou a Sophie do meu colo e nós fomos andando para o restaurante.

- Amor, não é melhor a gente dá o jantar da Sophie primeiro? – Eu perguntei

- É, é sim!

Nós mudamos o nosso caminho e fomos para o quarto primeiro, eu dei o jantar dela e aí sim nós fomos para o restaurante. Se nós tivéssemos ido primeiro jantar, ela com certeza ficaria com fome e começaria a chorar. Lá não teria o que ela comer, pois nós tínhamos começado a inserir comida de verdade na alimentação dela. Ela já estava somando sopinhas e papinhas, mas ainda, é claro, não comia nada solido.

Nós jantamos tranquilamente, e fomos dar mais umas voltinhas pela pousada. Nós passeamos tanto que a Sophie até dormiu no colo do Bruno. Quando chegamos no nosso quarto, Bruno colocou a Sophie no carrinho e já me olhou com uma carinha de safado irresistível...

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Comentários

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Cara amei a parte do soco haha ... sempre quis fazer isso com esse povo sem noção! Mais aqui no sul eles te olham com cara feia, torcem o nariz, mas comigo nunca chegaram as vias de fato. Aliás estou relendo a história. Agora consigo comentar os capítulos anteriores! Parabéns :)

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Nossa quanta emoção nessa viagem. O Bruno sempre um fofo, defendendo e cuidando. O relacionamento de vocês com certeza é o sonho de todas as pessoas, amor e cumplicidade com respeito e cuidado, muito lindo. Beijos

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Geeeentee, sinceramente, eu não seio que falar desse ca.. estEstou de boca abrida com esse tipo de pessoa, mas a vida segue e essas pessoas não merecem nossa atenção, né! Bjuus e até!

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Amei. infelizmente pessoas como o osvaldo existem bastante. Fico feliz que o bruno chegou a tempo la :)

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Nossa, que cara sinistro esse tal de Osvaldo! Coitado de quem tem que conviver com alguém assim... Apesar de tudo foi muito lindo ver Bruno defendendo a família dele. Ansioso pra saber no que vai dar essa "carinha de safado irresistível". rsrsrs Bjaum

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