Guiado por Adair

Um conto erótico de Stocker
Categoria: Homossexual
Contém 2598 palavras
Data: 23/02/2016 23:50:33
Última revisão: 17/03/2016 09:17:38

Esta é a continuação do conto “O preço para ter Adair”.

****

Meu cuzinho estava dolorido e o caralho de Adair em repouso, mas ambos sabíamos que aquela foda estava longe de acabar.

– Pede mais uma vodca pra gente, meu doce.

Sentei ao lado da bancada e peguei o telefone, mas ele me fez levantar para acomodar a mão sob minha bunda.

– Tem que discar 3 – ensinou, enquanto eu sentia seu dedo buscar meu cuzinho.

Fiz o pedido à portaria do hotel, cuidando para não gemer nem alterar a respiração – e era isso o que Adair parecia querer provocar me bolinando daquele jeito. Desliguei e me virei pra ele, admirando-o. Quem diria que aquele almoço em família ia me fazer encontrar um homem como esse. Ele percebeu o que eu pensava:

– Paixão de pica fica – ele riu. – Cuidado porque depois vou requerer uma pensão, hein.

Eu sorri.

– Nunca fiquei com alguém assim mais velho.

– Nunca? – ele correspondeu ao sorriso e em seguida fez um ar malandro. – Não faz charme pra mim. Você é bem rodado. Não é tão seletivo assim.

Caí na gargalhada. Eu me acostumava com aquela franqueza e sabia que ele não estava me ofendendo.

– Ah, claro que já dei pra coroas, mas não assim.

– Assim como?

– Assim, de marcar encontro, de conversar, de ficar junto como a gente tá.

– Só deu na putaria mesmo, né? Na hora da xepa.

Rimos junto.

– É difícil encontrar um coroa assim gostoso que nem você.

– Nada... Na Zona Sul você encontra um monte bombado.

– Não curto.

– Mas é teu meio. Você é playboy.

Estranhei.

– Playboy... Filhinho de papai. Mauricinho – explicou.

Não sabia o que dizer. Ele agora parecia abrir um abismo entre nós. Acariciou minha perna.

– Ficou bolado?

– Você me vê assim?

– Te vejo? Não. Você é assim.

Fiquei em silêncio.

– Mas eu gosto. Me excita. Já comi muito playboy. Vocês adoram um cafuçu.

Desta vez não tentei dissimular a contrariedade:

– Não fala isso.

Ele me olhou, sem reação. Eu o encarei:

– Não gosto desse termo.

– Você fala bonito. Assim eu não resisto – e me puxou contra seu corpo.

– Você acha que eu vim te encontrar porque eu penso assim de você?

– Não.

Ele fungou minha nuca e senti um calafrio gostoso.

– Você veio porque meu pau é grande e você queria ser enrabado por ele.

Riu da minha cara de espanto. Bateram na porta.

– Vai lá você dessa vez. É a vodca.

Levantei e fui atrás de uma toalha.

– Larga isso – ele mandou. – Atende logo o cara.

– Mas eu to nu.

– Atende logo o cara.

Fui até a porta e abri, tentando fingir que minha nudez era muito natural. Nunca me senti bem ficando nu na frente dos outros, e agora era pior: eu estava depilado. E, pior ainda: junto com um cara com um cacete como aquele.

– Foi daqui que pediram os copos de vodca? – perguntou o rapaz, o mesmo da vez anterior.

– Foi sim.

– Entra aí, cara – gritou Adair.

Dei passagem para ele, que se dirigiu à mesinha próxima à porta do banheiro para pôr a nova bandeja, depois de tirar a anterior – ambas de plástico imitando madeira. Ele se voltou para a cama e, dessa vez, notei que nitidamente observou o cacete de Adair, ainda que tenha desviado o olhar rapidamente.

– Flavinho, você paga essa?

Fui até o cabideiro em busca da minha calça. Era desconfortável circular daquele jeito na presença de uma terceira pessoa, mas não quis que Adair me achasse um fresco. Peguei a carteira, enquanto ouvia Adair pedir ao cara que levasse um copo até ele. Olhei pelo canto de olho e não estava gostando nada daquilo. Será que o cara também era um passivo?

– Tá aqui – eu disse, estendendo a mão com o dinheiro e disfarçando meu desagrado.

– Traz aqui, Flavinho. Não vê que ele tá com a bandeja na mão?

Parecia que Adair insistia pra que eu me mostrasse. Fui até o rapaz, que estava de frente pra mim. Pra meu desgosto, notei que ele baixou os olhos pro meu pinto. Que vergonha!

Ele olhou a nota e fez uma expressão de desânimo.

– O senhor não pediu troco... – falou, voltando-se para Adair, e não pra mim. – Eu não vim com nada. Não tem trocado?

– Pera – Adair retrucou, levantando-se. – Acho que eu tenho.

De novo ele desfilava aquele cacete na frente do atendente, sem o menor pudor.

– Não! – exclamei, quando ele mexia no bolso da calça. – Pera.

Voltei ao cabideiro, onde ele estava.

– Eu tenho sim.

Acabava de lembrar que não guardara na carteira o troco das pastilhas que havia comprado no caminho (hehehe, é sempre bom caprichar no hálito antes de um encontro...). Demorei um pouco a encontrar, porque estava no bolso da camisa, e não no de trás da calça como eu costumava guardar quando tinha preguiça de pegar a carteira. Eu não ia de jeito algum deixar Adair pagar de novo.

Mostrei ao funcionário o dinheiro todo amarfanhado, com ar satisfeito. Estávamos, eu e Adair, nus à sua frente, a uns dois metros de distância dele. Ele nos olhava e imaginei o que se passava pela sua cabeça. Devo ter corado, mas não creio que ele tenha percebido o leve tremor em minhas mãos quando eu contava as notas. Poucas vezes na vida eu havia me sentido tão descoberto.

Adair coçava despreocupadamente o saco quando fui até o rapaz e lhe dei o dinheiro. Posso estar enganado, mas tive a impressão que, ao pegar as notas, ele aproveitou e observou novamente meu pinto todo lisinho, agora mais próximo. Mas, em contrapartida, tive a absoluta certeza de que, ao voltar-se com um meio sorriso para Adair e agradecer, já indo para a porta, ele também aproveitou para rever o caralho do macho. Eu que pago e ele agradece ao outro – e ainda fica manjando o cacete dele! Raiva...

– Se for melhor pro senhor, as próximas pode pagar na portaria, no final, com cartão – disse, já com a porta aberta.

Adair sorriu e agradeceu. O cara saiu.

– Pode me explicar por que essa cara, playboy?

Ele me surpreendeu novamente. Achei que tinha conseguido disfarçar.

– Desculpe – disse, meio cabisbaixo.

A última coisa que eu queria era uma briga de ciúmes. Ainda tinha muito cu pra dar pra ele.

– Vem cá – ele disse, terno.

– Eu não estava interessado nele. Fica tranquilo, hoje eu sou só seu – falou, passando a mão em meu rosto e me levando à cama, onde sentamos.

– Mas ele estava em você. Você viu como ele só tinha olhos em você? Como ele me ignorou?

Ele riu. De mim.

– Ele te ignorou porque agiu como um garçom. Só isso, meu docinho.

Devo ter feito uma expressão interrogativa.

– Todo garçom vê logo quem manda, quem é o homem da mesa. A mulher pode até acabar pagando a conta, mas se o homem tem voz de comando, é a ele que o garçom vai dar a conta, não é? Ele não ficou a fim de mim; não estava nem aí pra isso. Só estava trabalhando. Ele te ignorou porque percebeu que o macho sou eu.

– Mas... – seu argumento me desarmou. – Ele ficou olhando pro seu pau.

– Lógico.

Aparvalhado diante dele, mais uma vez.

– Vai... Para de babaquice e me dá uma mamada que eu vou te enrabar de novo já, já pra você ficar mais calminho, ok?

Tomei aquele caralho na boca enquanto ele ainda se acomodava no travesseiro. Era gostoso o cafuné que ele me fazia.

– E se ele tiver gostado? Qual o problema? Da próxima vez que a gente vier, chamo ele pra participar conosco.

Não respondi e continuei a mamada. Ele me puxou pra si, sobre ele, e novamente penetrou minha boca com a língua. Que beijo...

– A porta! – eu disse, levantando e indo trancá-la.

Ele deixou que eu voltasse e me deitasse. Então, deixou escapar um sorriso, foi até a porta e calmamente a destrancou. Olhou pra mim. Não entendi nada, mas sua expressão não era enérgica. Ao contrário, parecia divertir-se.

– Vou te fuder com ela assim – e então girou a maçaneta e deixou a porta apenas encostada.

Veio até mim e me cobriu. O cacete dele crescia.

– Você vai gostar – sussurrou no meu ouvido e me beijou novamente.

Enfiou a mão entre as minhas pernas e buscou meu cuzinho. Tateou e enfiou um dedo devagar, lambendo o bico do meu peito. Pegou o lubrificante e passou em mim.

– De quatro.

Obedeci na hora.

– Assim, não. Vira pra lá. De frente pro espelho.

Buscou a camisinha e abriu o envelope sem pressa. Pelo espelho, mais uma vez sorriu pra mim. Atrás dele, verifiquei a porta: não passava nenhuma réstia do corredor. Ela estava encostada, mas pelo menos ele não tinha deixado qualquer fresta.

Ele encaixou o caralho com calma, e dessa vez entrou fácil. Eu suspirei sentindo todo aquele volume em mim, enquanto suas mãos pegavam firme em meus quadris. Começou a fazer movimentos circulares. Depois, tirou e enfiou novamente. Fez isso algumas vezes e, com a pica fora, sentiu com o dedo minhas bordas inchadas. Meteu de vez e começou o movimento de entra e sai – vagarosamente, mas indo até o fim e depois retornando, quase deixando sair. Enquanto fazia isso, lambia minha nuca, minha orelha.

– Já pensou se ele volta agora, abre aquela porta e te pega assim de quatro...? – falou em meu ouvido. – Imagina o tesão dele vendo você receber isso tudo assim tão fácil...

Aos poucos, foi aumentando o ritmo.

– Você gostou de ver ele olhando pro teu macho, não gostou...? Fala pra mim; não te deu tesão se mostrar do meu lado, nuzinho com essa piroquinha broxa...? Hein, meu doce...? Não gostou?

Eu gemia baixinho. O cacete agora ia e vinha com mais força, e sua pegada no meu corpo também estava mais decidida.

– Olha.

Puxou-me pela testa, com cuidado.

– Olha pro espelho. Tá vendo você levando rola do coroa cafuçu..? Olha que lindeza você fica quando é fudido... Hein, meu doce...? Olha...

Aquilo estava me dando cada vez mais tesão. Nós nos víamos pelo espelho. Era lindo ver seu corpo me cobrindo; suas mãos vigorosas percorrendo meus flancos enquanto o cacete se aproveitava de mim.

– Tá vigiando a porta...? Olha bem. Vigia a porta. Quem sabe você não pega ele espiando, hein...? – deu uma metida mais forte, mas não alterou a voz melosa. – Ia gostar disso, não ia? Imagina que delícia ele presenciando o que eu faço contigo...

Pôs os braços sob os meus e foi me erguendo aos poucos, até eu perder o apoio das mãos no lençol. O caralho não resvalou – são as vantagens de ser comido por um homem de cacete comprido. Continuou metendo com decisão.

– Olha, meu querido, olha você no espelho sendo fudido. Se ele entrar agora, olha o que ele vai ver nesse espelho.

As metidas foram ficando cada vez mais fortes, e eu me apoiava apenas nos joelhos. Estava meio sem equilíbrio, mas ele me mantinha preso com os braços envolvendo meu torso. O cuzinho recebia as estocadas sem dificuldade, e às vezes eu sentia uma dor lá no fundo, como se aquela pica tivesse chegado mesmo ao limite do meu corpo.

– Ele agora ia entrar, ia ter visto que a gente já tinha notado a presença dele... Ia entrar e ficar aqui ao nosso lado, observando essa nossa foda gostosa, meu querido... Ia se encher de inveja de você, já pensou...?

Eu não estava aguentando mais; estava mesmo em êxtase ouvindo aquelas barbaridades. Meu corpo parecia querer explodir. Senti uma onda me percorrer no baixo ventre, uma dificuldade de respirar, o corpo trêmulo e o medo de cair se ele me soltasse. O ar me faltava e uma força parecia me empurrar de dentro pra fora. Eu apertava os olhos. Ele me fudia agora violentamente e não parava de falar um minuto, com uma voz macia que contrastava com o trato que estava dando no meu cu.

– E você então ia olhar pra ele enquanto teu macho te fode... Orgulhoso de estar levando tanta pica, orgulhoso de ser o passivo do coroa caralhudo, né, meu doce...

Então eu senti como se algo me puxasse pra frente, misturado com uma sensação de escoamento, como se estivesse sendo todo sugado na altura do pinto.

– Aaaahh...! – dei um grito abafado.

Apertei os olhos e trinquei os dentes. Não era dor. Não era prazer – pelo menos, não o prazer ao qual eu estava acostumado. Olhei pra baixo, enquanto perdia as forças. Ele manteve meu corpo firme, sem parar as estocadas. Meio zonzo, vi o esperma que saia do meu pinto mole em pequenas gotas que manchavam o lençol.

– Adair... – tentei falar, baixinho, completando a frase com dificuldade. – Eu to gozando... Eu ejaculei...

Ele aumentou ainda mais a força das metidas, sustentando meu corpo quase desfalecido, e começou a encher minhas costas de beijos. Travou um braço no meu peito e, com o outro livre, levou a mão até meu pinto. Sentiu a viscosidade do esperma e o espalhou. Juntou o pinto e meus ovos e os apertou. Soltei um novo gemido alto. Ele agora massageava meus genitais, como estivesse me ordenhando pra tirar qualquer resto de esperma que ainda houvesse. Eu arfava. Lutava contra a fraqueza do meu corpo para ainda levar mais pica.

Ele então me soltou e caí de cara no colchão. Deitou por cima de mim. O cacete grosso pressionava minha bunda. Ele também respirava forte.

Não fora a primeira vez que eu ejaculara involuntariamente durante uma penetração. Mas nas outras – até então, umas duas ou três – não fora algo tão aterrador. No carro, quando eu o levava ao terminal de ônibus, menti dizendo que aquilo nunca acontecera. Mas, na verdade, era uma meia mentira: daquela forma, com aquela força, tinha sido mesmo a primeira vez. Ele riu e disse que tinha conseguido tirar meu “leite de moça”. Não gostei da expressão.

– Meu docinho... Um esperminha assim como o teu, aquela coisinha aguadinha que nem jato fez, isso não é porra, não é leite de macho; é leite docinho, leitinho Moça... – e me fez um afago.

Estávamos ambos cansados. Foram quatro horas de foda, com apenas alguns intervalos. Eu estava triplamente impressionado: ainda pela beleza do caralho, mas também pela performance que ele demonstrara na cama e pela facilidade com que tinha ereções e as mantinha.

E, também, pela sua capacidade de segurar o gozo: ele só esporrou no final, quando percebeu que a segunda diária estava no limite e teríamos de ir embora. Tirou o caralho do meu cu, arrancou a camisinha e, sem avisar, encheu minha cara de porra. Eu cheguei a sentir o sabor, com ela escorrendo após nos jogarmos na cama, extenuados. Levantei-me cambaleando, as pernas mal se aguentando, e me espantei quando, no banho, tateei o cu e senti sua abertura.

Ele se despediu correndo, vendo que seu ônibus já iria partir. E eu, antes de engrenar o carro de volta a casa, ainda fiquei um tempo estático, maravilhado por tudo o que vivera com aquele homem.

***

Este conto teve início com o texto “Admirando o calibre de Adair”.

A história completa se desenrola nos seguintes textos, em ordem cronológica

(Os links para cada um dos textos estão na página do meu perfil de autor, em

http://www.casadoscontos.com.br/perfil/:

1. “Admirando o calibre de Adair”

2. “No hotel, com Adair”.

3. “O preço para ter Adair”

4. “Guiado por Adair” [você está aqui]

5. “O desafio de Adair”

6. “Exposto por Adair”

7. “Sob o teste de Adair”

8. “Entendendo Adair”

9. “Entregue a Adair”

10. “Presença de Adair”

11. “Além de Adair”

12. “Adair, dono de mim”

13. “Um outro Adair”

14. “Marcado por Adair”

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Comentários

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Muito bom o conto por isso vou mandar um deis. Sou casado e morro de vontade de dar a bunda, apesar de não sentir atração por homem. Só sinto atração por picas. Gostaria muito de ser uma fêmea completa para outro macho e matar esse desejo escondido que tenho. Troca-troca tambem e bem vindo. Alguém interessado me mande mensagem... E-mail: gilvillamachado@uol.com.br

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Muito bom o conto por isso vou mandar um deis. Sou casado e morro de vontade de dar a bunda, apesar de não sentir atração por homem. Só sinto atração por picas. Gostaria muito de ser uma fêmea completa para outro macho e matar esse desejo escondido que tenho. Troca-troca tambem e bem vindo. Alguém interessado me mande mensagem... E-mail: gilvillamachado@uol.com.br

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Tb quero!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Cada capítulo que leio é melhor do que o outro. E com um português perfeito, coisa rara por essas bandas.

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