O preço para ter Adair

Um conto erótico de Stocker
Categoria: Homossexual
Contém 4387 palavras
Data: 22/02/2016 22:28:57
Última revisão: 17/03/2016 09:10:39

Essa é a continuação do conto “No hotel, com Adair”.

***

Quando sai do banheiro, na suíte daquele hotel simples, encontrei Adair já sem roupa, na cama. Ele estava recostado na cabeceira, com uma perna dobrada e a outra esticada, razoavelmente separadas uma da outra mas não totalmente abertas. O cacete ainda flácido repousava grosso sobre a coxa, encimado por uma densa floresta de pelos. O saco pendia depilado, com os bagos inchados roçando o lençol. Suas pernas eram grossas, bem torneadas e quase sem pelos. O abdômen não chegava a ser trincado, do tipo tanquinho, mas era bem definido, com uma discreta sobra de gordura nas laterais da cintura. Estava com uma das mãos apoiada nos cabelos encaracolados e pude ver seu sovaco com pelos negros como os pentelhos que emolduravam o pau, num contraste muito viril com o restante do corpo. Os mamilos eram grandes, muito escuros, completando o tórax levemente saliente, bem desenhado mas sem maior destaque. Adair era do tipo “socado”: baixo, mas com uma compleição forte.

Ele abriu um sorriso largo, deu umas batidinhas na cama e abriu os braços pra mim. Eu me apressei e me recostei a seu lado. Imediatamente, ele estendeu o braço e com uma só mão envolveu meu pinto e meu saco, massageando-os levemente enquanto me dava um selinho.

– Delícia... Bem macio... – disse, pouco antes de eu tomar sua boca num novo beijo.

Acariciei seu peito enquanto ele percorreu minhas costas até minha bunda. Quando fiz menção de ir com a boca ao seu pau, ele me conteve.

– Ainda não, meu docinho. A bebida vai chegar daqui a pouco e não quero receber o cara com pau duro... – seus dedos agora rodeavam meu cuzinho e afastei um pouco as pernas para facilitar. – Espera só mais um pouquinho e você vai ter tudo que está precisando.

– Ah, Adair, você...

– Que foi? – falou, com ar maroto.

Eu havia arfado, interrompendo a frase: usando dois dedos, ele abrira caminho para um terceiro, que explorava mais meu cu. A ação daqueles três dedos era gostosa, com o do meio acariciando meu botão enquanto os outros dois mantinham a área livre.

Ele me olhava e ria da minha expressão de desamparo, entorpecido por seus carinhos.

– Fez como eu falei? Lubrificou antes de vir?

Eu fiz que sim, arfando baixinho.

– Dedou? Deu uma amaciada?

Concordei de novo, procurando sua boca.

– Caprichou na limpeza? Comigo tem que ser muito caprichada, eu te avisei – ele falou, com um tom levemente ameaçador, e eu novamente concordei, tentando disfarçar que começava a me impacientar com aquele interrogatório. – Se acontecer algum acidente não tem problema, porque afinal to entrando pela porta da saída... Mas pra evitar tem que fazer como te disse, uma limpeza daquelas, faxina mesmo.

Eu sorri e ele então fez uma pressão maior e a ponta do dedo entrou no mesmo momento em que sua língua entrava em minha boca. Ficou ali, rodeando o dedo dentro de mim, com cuidado, já me moldando. Então, tirou e levou o dedo ao nariz. O cacete já estava inchado, a meia-bomba; a glande quase toda exposta.

– Perfumadinho... Caprichou mesmo pra agradar o macho.

Eu baixei os olhos, um pouco envergonhado. A campainha tocou, ele se levantou e, antes que eu tivesse tempo de lembrar-lhe de se cobrir com uma toalha, abriu a porta. Cumprimentou o atendente e fez com que entrasse.

– Senhor, a regra da casa é que o consumo seja pago na hora, em dinheiro.

Enquanto Adair procurava a calça para pegar sua carteira, o atendente foi até uma mesinha e pôs a bandeja com os dois copos da bebida transparente com muito gelo. Era um mulato bem mais escuro do que Adair, alto, muito magro, vestindo uma camisa de botão estampada e uma bermuda que cobria suas pernas finas até pouco acima do joelho. Não chegava a ser bonito, mas tinha um rosto agradável.

Eu instintivamente dobrei e fechei minhas pernas, meio encolhido ali recostado na cama, tentando esconder minha nudez. Adair não estava nem aí, com seu cacete a meia-bomba que pendia pesado diante do cara.

– Quanto é?

O homem disse o valor, e enquanto Adair puxava as notas da carteira ele olhou em volta. Parou momentaneamente em mim e pareceu não dar muita importância. Agia muito naturalmente – aliás, como o próprio Adair. Não percebi se ele observou o equipamento daquele macho à sua frente, mas imagino que sim: era impossível não ter a atenção desviada pra toda aquela carne, por mais desinteressado em homens que alguém seja. Durante todo esse tempo, o caralho de Adair ia lentamente endurecendo e, quando o funcionário deu as costas para sair, estava bem perto de uma ereção.

Ele não o acompanhou até a porta: deixou-o ir sozinho enquanto pegava os dois copos para trazê-los para a cama. Quando vi a porta se fechando, corri antes que ele se sentasse no lençol e me ajoelhei, abocanhando aquele cacete inchado. Se ao chegarmos eu estava ansioso para tê-lo pra mim e na cama tinha ficado totalmente entregue a seus carinhos no meu cuzinho, agora eu me sentia embevecido por aquele homem, envolvido pela atmosfera da cena que acabara de presenciar. A imagem daquele macho andando pelo quarto me encantara; eu quase não tirei os olhos dele e era como se eu sentisse o peso daquele cacete balançando e inchando diante do funcionário, com a displicência de quem sabe estar impressionando.

Percorri com a língua o que pude daquele membro que sentia crescer mais dentro da minha boca, enquanto com as mãos sentia a solidez de suas pernas. Logo eu só conseguia conter pouco mais da metade do cacete na boca, enquanto minhas mãos quase apertavam suas coxas grossas, querendo aquele homem mais do que tudo na vida. Fui para seu saco e comecei a lambê-lo, com sofreguidão, levando a face de vez em quando até o caralho, para sentir o calor daquela pele morena que em breve me invadiria.

Enquanto lambia aqueles ovos, não me saía da cabeça o que o atendente devia ter pensado quando me viu encolhido na cama, e tudo o que devia estar imaginando que aquele homem caralhudo faria comigo. Talvez naquele momento estivesse comentando com um colega, na portaria, o quanto eu ia sofrer na pica do hóspede que pedira a bebida. E talvez, quando estivéssemos saindo, fizesse para este colega um sinal com a cabeça para indicar quem era o sujeito que havia se submetido ao cara do cacete grosso. E ainda talvez olhasse para minha bunda, antes de a porta se fechar, e desejasse também entrar no meu cuzinho arrombado, sentindo as bordas que estariam inchadas pelo macho que havia exposto com naturalidade sua potência – potência que ele certamente não tinha e agora invejava.

Olhei para o lado e encontrei o rosto de Adair, que com atenção me observava ali ajoelhado lambendo seu saco, enquanto mantinha os copos na mão.

– Mama, bezerrinho – ele disse, sem alterar a voz.

Obedeci ao comando e comecei a mamar ardorosamente. Ele soltou um grunhido baixo e me elogiou. Mandou que eu continuasse, mas com menos furor.

– Não chupa; mama. Eu gosto de sentir a mamada.

Eu, sem perceber, havia me posto de quatro e instintivamente empinado a bundinha, abrindo bem as pernas, tendo que me esticar para alcançar a pica com a boca. Com as pernas assim escancaradas, sentia meu cu totalmente revelado, como se pedisse pica por si mesmo. Ouvi o tilintar do gelo e deduzi que Adair estava tomando a bebida enquanto desfrutava da mamada, como tanto gostava. Olhei para o alto, tentando não tirar a boca do pau, e senti um frio na espinha quando ele acabou o gole e, baixando o copo, me encarou. Mamei com maior afinco ainda, pedindo com os olhos que ele me tomasse inteiro pra si.

– Vai pra cama, docinho.

Obedeci imediatamente.

– De quatro, de costas pra mim.

Eu agora me via no grande espelho da parede da cabeceira. Por ele, acompanhei Adair ir até a bancada ao lado da cama e depositar os dois copos, sem tirar os olhos da minha bunda. Sentou-se ao lado e ficou admirando-a de perto.

– Louco pra ser enrabado... – disse, pensativo.

Aqueles segundos de espera foram uma tortura, até que senti sua língua molhada passar inteira de baixo a cima do meu botão. Depois, enquanto enlaçava minha cintura com um braço, começou a rodeá-lo com a ponta da língua, a forçar como quisesse entrar e a lamber vagarosamente as bordas e a pele da minha bunda em volta, retornando ao centro do cuzinho. Com a outra mão, percorria minhas dobras e chegou até meu saco, apertando-o vagarosamente. Sentiu meus ovinhos com os dedos, sem descuidar de tratar o cuzinho com aquela língua grossa, encharcada. Levantou-se e deitou-se ao meu lado, de barriga pra cima. Fez um sinal pra que eu o encobrisse.

Pus-me sobre ele, novamente de quatro, e ele voltou a meu cu. Com minha bunda bem próxima a seu rosto, punha um dedo e alternava os carinhos com a língua. Eu já havia abocanhado novamente o cacete e, pela posição, tinha como ir mais fundo. Tentava pô-lo inteiro na boca, agora com maior chance de sucesso, até que, após forçar muito, senti aquele tranco de quando o cacete invade a garganta. Fiquei o máximo que consegui, sentindo os pentelhos roçarem meu rosto e percorrendo com a língua o que podia do corpo do membro, cuja grossura tomava quase toda a boca. Engasguei e soltei rápido, tomando fôlego. Tentei novamente, e mais outra, e outra, e outra, enquanto ele se fartava me excitando no cu. Ficamos muito tempo assim, até que ele me deu uns tapinhas, fazendo menção de levantar.

– O lubrificante. Vou te fuder agora.

Levantei e fui até o paletó, que pendurara no cabideiro fixado a uma parede próxima a porta.

– Cadê a chave? – perguntei, enquanto buscava nos bolsos o tubo e também as camisinhas que havia levado.

– Que chave?

– A chave aqui da porta. Você não trancou depois que o cara saiu.

Ele apalpava o caralho. Sorriu.

– E precisa? – levantou-se e pegou os dois copos, vindo até mim e encaixando o membro por trás, entre as minhas pernas. Senti um aconchego com o calor daquele volume grosso e me distrai, parando de remexer o bolso.

Ele pôs o copo nos meus lábios, mas eu desviei.

– O que é?

– Vodca.

– Vodca pura? – estranhei, levando a mão ao copo que ele me oferecia.

– Não – ele riu, mordiscando minha orelha. – Com gelo. Não gosta, meu docinho?

– É muito forte... – eu quase sussurrei, sentindo seus lábios grossos nos meus ombros, seu tórax nas minhas costas, os pelos grossos na minha bunda, o cacete rijo me pressionando.

Tomei um gole e ele empurrou de leve o copo pra que eu bebesse mais.

– Isso... – ele me estimulou. – Não quero te deixar bebinho, mas é bom pra você se soltar mais.

“Mais???”, eu pensei. Ele voltou à cama e se recostou, com as pernas abertas. Aquele caralho enrijecido era obsceno além da conta; eu não cansava de me impressionar.

– Quem sabe assim meio altinho você perde o medo do ladrão entrar.

E riu.

– Não é isso – eu disse, enquanto ia até ele para pôr o tubo de lubrificante e as camisinhas na bancada ao lado da cama. – É que podem abrir por engano...

– E te pegarem de quatro com meu caralho te estourando? Qual o problema, docinho? – disse isso alisando a pica vagarosamente.

Fez um sinal para que eu lhe desse o copo. Bebeu o que sobrava de um só gole.

– Você acha que estão achando que nós estamos aqui jogando dominó? Não esquenta...

Abraçou minhas pernas e me pôs de costas, beijando minha bunda.

– Você é o meu docinho; veio aqui pra levar ferro e vai levar. Os outros que se fodam.

E voltou a linguar meu cu, enquanto alisava minhas coxas.

– Ah, me diz cadê a chave pra eu fechar. Eu fico mais tranquilo...

– Sei lá, tá por aí – respondeu levemente irritado, enquanto eu me desvencilhava daquela língua maravilhosa, em busca da chave. – Aproveita então e pega a camisinha na minha capanga. Tá na bolsa de fora.

– Já deixei aí na bancada, seu bobo. Eu trouxe – indiquei com o dedo, enquanto trancava a porta, após encontrar a chave na mesinha.

Quando voltei, ele examinava atentamente o rótulo. Depois, abriu a embalagem e se posicionou para encaixar o preservativo.

– Seu safado, trouxe de tamanho grande, né? Foi por minha causa mesmo ou você só sai mesmo com caralhudos?

Eu sorri e tomei mais um gole da vodca, pra não ter que responder.

Alargou bem a camisinha, puxando-a pelos lados, e encostou a ponta na uretra. Continuando a esticá-la pelos lados, sem deixar que ela envolvesse o membro, desenrolou uma boa parte e só então a soltou, rapidamente encapando o cacete até a metade. Só então a desenrolou até o fim. Ficou esticada até a distância de um dedo dos pentelhos.

Eu parei para admirar aquele procedimento. Já havia transado com alguns caras que também haviam feito daquela forma: só os que têm cacetes muito grossos punham assim. É um modo mais difícil, pouco prático e também mais arriscado, mas para eles fica difícil de entrar se fizerem do modo normal. Ele notou que eu o observava:

– Se não for assim incomoda – me explicou.

Aquiesci e me deitei de bruços entre suas pernas. Voltei a lamber seu saco. Depois, respirei fundo junto aos pentelhos, antes que o látex encobrisse aquele aroma delicioso de macho limpo, com o cheiro do pau misturado ao perfume discreto de sabonete. Mastiguei aqueles pelos, sentindo-os quase arranhar meu nariz. Como eram grossos, espessos... Ele fez um afago na minha cabeça e se acomodou sobre o lençol.

– Anda, viadinho, senta aqui no meu caralho – disse, com toda a naturalidade, enquanto afastava meus ombros.

Eu não gostei muito do “viadinho”, mas me preocupei mais em me posicionar. Ele passou o lubrificante na camisinha e depois me deu uma dedada funda. Eu soltei num “ai”, mais pelo susto do que por dor. Ele manteve o dedo ali, fazendo movimentos circulares.

– Você é bem aberto – disse, pondo mais um dedo, e depois outro.

Mexia vagarosamente, às vezes enfiava um pouco mais, tirava um a um, punha de novo, flexionava como se os tivesse fechando, depois voltava a movimentá-los, ia mais funfo e voltava, me abrindo cada vez mais. Eu gemia baixinho, de olhos fechados. Pra mim, naquela preparação eu já estava sendo fudido.

– Vou deixar você ir encaixando aos poucos, está certo? Vai pondo de acordo com o que conseguir, sem pressa.

Ele tirou a mão e eu fui baixando o corpo. Segurou o cacete pelo talo, tentando mirar meu botão. Senti quando encostou e fiz uma leve pressão. Estava começando a abrir – talvez, alguns milímetros.

– Olha – ele disse, segurando forte nas minhas coxas, sinalizando um intervalo. – Eu gosto de fuder sem pressa. Gosto de curtir bem o cu, meter direito, usando bem. Não sou de gozar rápido; gosto de aproveitar tudo.

– Que bom – falei e dei um sorriso safado, excitado pela leve pressão da glande contra o botão.

– To falando isso porque já vi que você é dos meus. Você não é pra se fuder rápido – fez uma pausa. – Não quero me preocupar em ter que fazer tudo em duas horas.

Eu continuei olhando pra ele, sem entender por que aquilo tudo justamente na hora que finalmente ele entraria em mim.

– O problema...

Ele pareceu ler meu pensamento e passou a mexer vagarosamente a pélvis, fazendo com que o caralho se movimentasse em torno do meu cuzinho. Parecia querer me dar uma prévia, para aliviar um pouco minha ansiedade.

– O problema é que eu to duro; não tenho como pagar uma segunda diária.

Ele me encarou, sério.

– Você é um puto como eu, e eu to querendo te devorar. É capaz de a gente passar da hora. Se isso acontecer, você comparece? Os caras costumam ligar avisando e vêm cobrar aqui.

Eu sorri e concordei. O cara tinha pagado sozinho a diária, na entrada, já tinha pagado as bebidas e em nenhum momento fez qualquer menção para que eu dividisse a despesa. Qual era o problema de me falar pra pagar uma segunda diária? Ainda mais pra mim, que já tinha pagado tanto motel pra ser fudido...

Ele então forçou ligeiramente o cacete, que entrou mais um pouquinho.

– É contigo – instruiu. – Vai descendo e se habituando.

Eu fui descendo, milímetro por milímetro, sentindo o esfíncter se esgarçar para conter aquele caralho. Foi entrando vagarosamente. Senti uma dor breve. Involuntariamente, fiz uma careta.

– A cabeça já entrou. Para um pouco pro cuzinho abrir bem – disse, sério. Depois, amenizou a expressão. – Que cuzinho quentinho... Acho que ainda vou te fuder muito, cara.

Quando percebeu que eu estava mais relaxado, mandou eu me levantar. Pegou-me pela cintura e me pôs de quatro, sem muitos rodeios.

– Agora é comigo.

Posicionou-se atrás de mim e eu senti o gelado do lubrificante, que ele besuntou em grande quantidade, enfiando com os dedos e passando em torno. Depois, com uma mão me segurou pela cintura e com a outra encostou a pica no botão. Pressionou. O cacete foi entrando vagarosamente.

– Isso é só no início – disse no meu ouvido, seu hálito quente tomando minha orelha. – Com o passar do tempo, vou acabar deformando teu cu, teu reto, e vou te fazendo uma cuceta de encomenda pro meu tamanho. Nas próximas vezes vai ficar cada vez mais fácil, tá bom, meu docinho?

Fiquei doido ouvindo isso. Ele avisou que a cabeça já tinha entrado toda novamente, um pouco mais do que antes. Já não estava incomodando. E eu queria que ele parasse com tanta enrolação e enfiasse logo de uma vez, caramba!

– Confia em mim, que eu sei o que eu to fazendo. Não se assusta, porque eu só te quero bem. Não fica assustado. Confia em mim.

Quando eu ainda pensava em perguntar o porquê de ele dizer aquilo, ele estendeu rapidamente o braço e, pondo-se sobre mim, espalmou sua mão sobre minha boca. Imediatamente, fez mais pressão na mão que estava na minha cintura e puxou-me contra si. Foi tudo muito repentino, sem que eu tivesse tempo de qualquer reação. O caralho entrou direto, arrombando.

Meu grito de dor foi abafado por aquela mão grande e ele então cravou o que restava, metendo até o talo. Eu tentei me debater, mas ele usou o peso do próprio corpo para me conter. Eu gemia de dor, e se não fosse sua mão tampando fortemente a minha boca aquela curra seria ouvida da portaria.

– Shhhhh... Quietinho... Quietinho... – ele pressionou mais ainda o corpo contra mim e puxou mais ainda minha cintura contra ele, como se me abraçasse por inteiro. – Não precisa ter medo. É assim mesmo. Fica frio, meu doce. Eu to aqui com você.

Eu choramingava pela dor. Estava meio zonzo, a visão parecia meio turva, não entendia direito o que se passava; só tinha sentidos para aquela dor cortante dentro de mim. Parecia que eu estava sendo desvirginado pela segunda vez – e nem de longe sentira algo parecido na primeira vez em que um homem havia me penetrado, anos antes.

– Eu to aqui com você, tá bem? Eu sei que tá doendo muito. É assim mesmo, meu docinho... É melhor assim, você vai ver. Fica quietinho – ele disse, sem mover um milímetro aquele caralho cravado até os pentelhos. – Fica quietinho, que eu também não vou mexer agora. Deixa você se acostumar, teu reto se esgarçar, ok?

Sua voz era serena, tranquilizadora. Ela me transmitia um misto de pena e carinho que impedia de me sentir sozinho naquele momento.

– Olha, nota só, teu esfíncter já está mais dilatado. Eu to sentindo aqui a pressão menor – ele falava vagarosamente. – Tá sentindo também? Está mais leve, não tá?

Eu fiz que sim com a cabeça, ainda gemendo, mas agora baixinho. Resfoleguei e ele percebeu que eu não tinha conseguido conter as lágrimas.

– Tá mais calminho? Você sabe que eu só te quero bem, não sabe?

Ele ainda me mantinha sob controle, segurando firme.

– Confia em mim?

Eu novamente fiz que sim com a cabeça. Ele falava com tanta ternura que eu me acalmava, embora ainda doesse.

– Posso te soltar?

– Olha – disse, após eu ter concordado –, vou soltar sua boca, tá bom? Mas não se mexe, porque ainda não esgarçou de vez e se você se mexer vai voltar a doer muito. Fica assim paradinho, tá bom, meu doce?

Sem sua mão mais cobrindo a minha boca, respirei ofegante. Ele foi diminuindo a pressão sobre o meu corpo aos poucos, como se estudasse minhas reações, e acabou por soltar minha cintura.

Eu tentava me recompor, concordando em deixar meu corpo terminar de ser arrombado, enquanto ele começou a me acariciar. Afagou meus cabelos, percorreu meus quadris, minhas costas, me sossegando pela suavidade de seus toques. Senti seus beijinhos, sua respiração calma na minha pele, a força de seu caralho que se mantinha impertubável dentro de mim ao mesmo tempo que ele era só preocupação e carinho.

– Melhor agora? Está passando?

Eu esbocei um sorriso, virando o rosto para tentar vê-lo. Ele se esticou e buscou minha boca. Enquanto me penetrava a língua com certa dificuldade, começou a mexer levemente o cacete dentro de mim. Depois de um tempo, fez movimentos curtos pra trás e pra frente, sem pressa, e em seguida alternou com outros mais circulares, expandindo o que já arrombara. Ainda incomodava, mas não tanto. Ele pegou nos meus mamilos e os acariciou delicadamente. Os peitinhos foram ficando durinhos, enquanto eu sentia que agora ele começava mesmo a me fuder.

Daí pra frente, constatei que estava na cama com um senhor homem – e quase entendi aqueles que são fanáticos por coroas. Será que todos são tão bons assim? Será que com a idade os machos iam se aperfeiçoando, tomando cada vez mais o controle sobre nós?

Adair passou a socar com vontade, me arrancando uns gritinhos. Começou a comentar sobre meu cu, sobre a maciez do meu corpo, em como eu era um passivo gostoso.

– Tá sentindo agora o que você percebeu quando me vi naquele banheiro, meu doce?

Ele meteu muito fundo e eu gemi, mas agora mais de tesão do que de qualquer dor. Então, tirou de uma só vez, me pegou com as mãos firmes e me virou de frente pra ele. Aprumou o corpo e me mostrou a pica. Estava limpa.

– Está vendo? Nenhum sangue. Eu sei o que estou fazendo. Se não for assim, esse nhenhenhém ia durar até chegar a hora de a gente sair daqui.

Puxou minhas pernas e se acomodou entre elas, preparando-se para me comer de frente.

– Você já é bem aberto; eu sabia que ia aguentar.

Acomodou o cacete, que começou a entrar.

– Acho que vou ficar com você como meu passivo de estimação...

Ele gostava de bombar forte, sem pena, e foi o que começou a fazer. Eu gemia, me tremia todo, me contorcia e de vez em quando o puxava mais pra dentro de mim. Adair foi pirando com aquilo e eu também, até que tive o primeiro orgasmo, sem que ele diminuísse a pressão nem a velocidade das metidas. Pra minha surpresa, ele percebeu o que me acontecia – percepção que, ao menos na minha experiência, não é tão comum nos ativos.

– Goza, putinho. Isso... Goza do teu jeito, que eu gosto.

Meu corpo tremia todo e meu cu parecia uma tempestade em alto mar, tamanha a intensidade daquele orgasmo. Ele não parava de meter e o gozo não terminava. Até que percebeu que eu estava exaurido e pousou a mão na minha testa, diminuindo o ritmo aos poucos.

Quando notou que eu me restabelecia, retomou. Eu pedia mais, o beijava, passava a mão pelos seus ombros, pelo seu tórax, estava doido com aquele coroa, com meu cu completamente arrombado e querendo se abrir cada vez mais para satisfazê-lo. Até que caímos os dois, exaustos. Eu deitei ao seu lado, com o coração batendo forte.

Ele ainda não havia esporrado, protelando tal como tinha me avisado. Tirou a camisinha e a jogou no chão, sem muitos cuidados. Seu cacete ainda estava duro e seu peito arfava. Dei um tempo para me recobrar e vagarosamente fui até o membro. Aspirei, sentindo o cheiro de sexo que havia ali. Depois, comecei a beijá-lo vagarosamente, percorrendo dos pentelhos até a ponta da uretra e baixando novamente depois. Beijei os ovos inchados, lambi o saco daquele cara, agradecendo a ele por estar ali comigo e me usar daquela maneira tão completa.

– Mama.

Mais do que depressa o envolvi com a boca bem molhada, com cuidado. Temia que pudesse estar ardida, após a batalha.

– Falei pra mamar. Mama gostoso.

Era tudo mo que eu queria ouvir. Abocanhei e caprichei. Ele pôs minha bundinha mais próximo de si e começou a acariciar meu cu. Aproveitou a lubrificação e pôs dois dedos, depois três, ou talvez quatro, nem sei mais. Comecei a rebolar vagarosamente e só me dando conta disso depois, quando passei a interromper brevemente a mamada pra dar conta de meus gemidos. De vez em quando, ele descia os dedos e apalpava meus ovinhos. Sentia a maciez do meu pinto, dava uma apertadela e depois voltava e me enfiava os dedos novamente.

Fomos para o banho e, depois de ele ensaboar meu cuzinho com cuidado e eu lavar seu cacete com gosto, forçou minha cabeça e me pôs de joelhos para mamá-lo mais uma vez, agora sob a água.

As duas horas da primeira diária ainda não haviam vencido. Como ele havia previsto, elas seriam poucas para nós. Eu já havia tido dois orgasmos e queria mais. Ele permanecia ereto, sem a menor pressa de gozar. E os copos de vodca ainda estavam vazios.

***

Este conto teve início com o texto “Admirando o calibre de Adair”.

A história completa se desenrola nos seguintes textos, em ordem cronológica

(Os links para cada um dos textos estão na página do meu perfil de autor, em

http://www.casadoscontos.com.br/perfil/:

1. “Admirando o calibre de Adair”

2. “No hotel, com Adair”.

3. “O preço para ter Adair” [você está aqui]

4. “Guiado por Adair”

5. “O desafio de Adair”

6. “Exposto por Adair”

7. “Sob o teste de Adair”

8. “Entendendo Adair”

9. “Entregue a Adair”

10. “Presença de Adair”

11. “Além de Adair”

12. “Adair, dono de mim”

13. “Um outro Adair”

14. “Marcado por Adair”

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Comentários

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Impressionado com o jeito especial desse macho! Muito bom o conto!

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Muito bom o conto por isso vou mandar um deis. Sou casado e morro de vontade de dar a bunda, apesar de não sentir atração por homem. Só sinto atração por picas. Gostaria muito de ser uma fêmea completa para outro macho e matar esse desejo escondido que tenho. Troca-troca tambem e bem vindo. Alguém interessado me mande mensagem... E-mail: gilvillamachado@uol.com.br

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Muito bom o conto por isso vou mandar um deis. Sou casado e morro de vontade de dar a bunda, apesar de não sentir atração por homem. Só sinto atração por picas. Gostaria muito de ser uma fêmea completa para outro macho e matar esse desejo escondido que tenho. Troca-troca tambem e bem vindo. Alguém interessado me mande mensagem... E-mail: gilvillamachado@uol.com.br

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to vendo esses primeiros so agora, parabens cara, ta muito bom

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PQP, a merda é que eu to sozinho aqui...

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Gente, eu estou pretérito! Quero esse coroa para mim. Você escreve muito bem, parabéns!

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