Um Amor. Cap 07

Um conto erótico de Mandalay
Categoria: Homossexual
Contém 2005 palavras
Data: 13/01/2016 12:38:03

Olho para o lado consigo perceber que tem alguém vindo em minha direção, parece ser o Luís, mas para que ele está vindo em minha direção com essa velocidade? Ele não está vendo que estou parado? Parece que ele está falando algo, mas o que será?

-Sai daí Thomas. –

Antes que eu possa dizer algo, ele me puxa para os seus braços e foi quando passou um caminhão atrás de mim, por pouco ele não me atropelava, por pouco eu não perdi minha e tudo isso foi graças a um anjo. Luís, ele sim é o meu anjo, graças a ele estou vivo.

-Você está louco? Está tentando se matar? – Diz, com uma voz bem séria.

-Não, eu nem tinha visto o caminhão. - E mais uma vez começo a chorar no meio daquela chuva.

-Nunca mais faça isso, por favor. Você me assustou. – Diz, me abraçando.

Naquele momento reparei em como o Luís também estava todo molhado, em como a blusa marcava bem o seu corpo. Mas o melhor de tudo era o abraço, pois é bom estar abraçado com uma pessoa que a gente gosta, é bom sentir o carinho que o outro lhe proporciona e é bom saber que ela não vai te machucar. Acabo desabando com o abraço, começo a chorar nos braços dele.

-Pode chorar, estou aqui com você. –

Quando ele falou isso, pronto, foi aí que começou a cair mais lágrimas, pois ele nem sabe porque estou chorando, mas mesmo assim está aqui me apoiando, está comigo. As vezes é bom chorar, colocar tudo para fora, todos os seus sentimentos, suas aflições, tudo para fora. Paro de chorar e, olho para ele e ele para mim.

-Obrigado por estar aqui comigo. – Foi quando caiu a última lágrima

-Você sabe que sempre vou estar com você. – Diz, limpando a última lágrima do meu rosto e fazendo carinho na minha bochecha.

Olho fundo nos olhos dele e ele nos meus. Quero muito beija-lo, mas este não é um dos melhores momentos, então, saiu de perto dele.

-Você está bem? –

-Não, Luís. –

De repente ele me dá outro abraço, mas esse abraço foi como se dissesse “não fica assim”.

-Vamos para a minha casa, pois você precisa trocar essa roupa. – Diz.

-Sua casa? Eu? –

-Sim, por que não? –

-Sei lá. –

-Vamos ou não? –

-Okay, vamos. –

-Mas antes da gente ir, posso pedir uma coisa? – Pergunto,

-Pode pedir. –

-Posso ir segurando a sua mão, só para saber mesmo que você estar aqui e é real. – Digo, abaixando a minha cabeça.

-Claro que pode, deve. – Diz, com um grande sorriso no rosto.

Parece que para ele não tem momento ruim e estar sendo um fofo comigo e não quer nada em troca. Acho que essa chuva vai inundar essa cidade, pois não para. Seguro a sua mão e seguimos até a sua casa no meio dessa chuva. Por onde passávamos, o povo fica olhando e fazendo alguém comentário maldoso, será que não pode sair de mãos dadas com outra pessoa do mesmo sexo sem o povo olhar com uma cara feia?Passou alguns minutos e chegamos no apartamento do Luís, é modesto, é simples, mas ao mesmo tempo me senti em casa e olha que não é todo lugar que sinto isso.

-Bem-vindo ao meu ap. acho que você vai gostar. – Diz.

-Ele é lindo. –

-Agora precisamos trocar de roupa, vamos até ao meu quarto para pegarmos uma roupa para você. – Diz, com uma cara bem sexy e engraçada.

Chegamos ao quarto dele e, Uau!!! De cara já me deparo com a grande estante de livros e nossa senhora, ele até organizou elas por gênero, senhor!! Ainda tinha uma cama de casal, uns jogos, uma bancada de estudos e etc. não consigo descrever mais nada, pois a estante de livros estar me chamando para consumi-la.

-Thomas para a terra. –

-Thomas para a terra. –

-Thomas para a terra. – Diz, com um beliscão

-Aí. –

-Desculpa, mas você não estava me escutando. Essa roupa estar boa para você? –

-Sim, sim. –

-Você gosta de ler né? –

-Sim, sim. –

-Só sabe falar sim, sim? –

-Sim, sim. –

Quando falei aquilo caímos na gargalhada e, até ele rindo é bonito e fofo. Olho bem para a roupa que ele vai me emprestar e percebo que está faltando a blusa.

-Poderia também me emprestar uma blusa? –

-Blusa? –

-Sim, é que, meu corpo é muito feio e não gosto quando as pessoas olham para ele. –

-Eu desde de já, já gosto dele, mas se você quer tudo bem. –

-Obrigado. –

(...)

Depois que tomamos banho (primeiro foi ele, depois eu) ele me levou até a cozinha e fez meio que um lanche para a gente (acho que pode ser considerado meio que um lanche) sentamos na mesa e comemos.

-Acho que não vai dar para você ir para casa, pois estar chovendo muito e, é melhor você ficar aqui comigo. – Diz, rindo

Dou um meio sorriso. Sim, eu sei que estar chovendo muito e não seria muito aconselhável que eu saia enquanto estar acontecendo esse diluvio, mas eu queria um tempo só para mim, para colocar os pensamentos em dia.

-Não gostou da ideia? –

-Sim, gostei, mas é que vou dormir em qual lugar? – Digo, tentando disfarçar. Apesar de tudo ele está aqui, agora, me acolhendo.

-No meu quarto, na minha cama, ué. – Diz, com uma cara bem safada, que só ele sabe fazer.

-Sua cama? –

-Sim, cabe nós dois lá, mas é claro não vai acontecer nada que você não queira. – Depois que ele falou isso, caiu na gargalhada. -Brincadeira, mas é sério, na minha cama cabe nós.

-Obrigado por tudo que estar fazendo por mim. –

Depois que comemos fomos até o quarto dele para começarmos a fazer o nosso artigo, o professor já deu meio que um tema para a gente, só temos que colocá-lo em pratica para tudo dar certo.

Ficamos a tarde toda fazendo o nosso artigo, mas mesmo assim não conseguimos termina-loNossa já são 20:30, é melhor a gente para aqui e continuar depois. – Diz

-Estou morto, nunca pensei que iria acabar um dia ou dar uma pausa. – Digo sorrindo.

-Está com fome? -

-Sim. –

-Vou até a cozinha fazer alguma coisa para nós e já, já eu volto. Enquanto isso vamos assistir a um filme? –

-Sim, qual filme? –

-Pode ser Jogos Vorazes? –

-Sim!!! –

Enquanto ele foi na cozinha eu fui colocar o filme para assistirmos, é muito bom estar com ele. O Luís me faz esquecer o Raphael e, por incrível que pareça isso é ótimo.

-Tiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim – meu telefone toca, sim eu sei, esse toque é horrível, mas ele chama atenção e gosto. Olho para o telefone é vejo que é a minha mãe.

-Oi mãe. –

-Não volta mais para a casa não? E o horário que eu coloquei para você chegar, não vai cumpri-lo? -

-Desculpa mãe, era para eu ter ligado para a senhor mais cedo, só que acabei esquecendo, desculpa. Não tem como eu sair daqui, pois estar chovendo muito e as ruas estão todas alagadas. Vou ter que ficar aqui. –

-Deve bem-estar junto com outro macho, só pode. Meu filho, quantas vezes já falei para você que homem com homem Deus abomina, sai dessa vida. – Diz com a voz severa.

-Mãe, estou na casa de um amigo, e sim, eu sei disso. –

-Mas parece que não, sai logo daí e venha para casa, mamãe e Pr. Marcos te esperam. –

-Ele estar aí? Não quero ir, já falei que eu não tenho problema, não será uma oração que vai mudar quem eu sou, você sabe que sou Gay e que nasci assim. –

-Ninguém nasce gay, é uma escolha e, você estar escolhendo o lado do mal, Deus não quer isso para você. Volte já para a casa, rápido. –

-Mãe, não faz isso, por favor, eu nasci assim. Se eu tivesse escolha eu não teria nascido assim, se eu pudesse teria nascido hetero. – Digo, já com as lágrimas saindo dos meus olhos. – Não tem como eu voltar hoje, estar chovendo demais e é muito perigoso. –

E essas foram as últimas palavras que disse a ela antes dela desligar o telefone. Não aguento mais isso, por que eu tive que nascer assim? Por gay? Por que não sinto atração sexual por mulheres? Por que? Me sento na cama e abaixo a minha cabeça por um minuto. Quando levanto ela e, vejo o Luís parado lá na porta.

-Você escutou? –

-Sim, infelizmente. –

-É melhor eu voltar para casa. – Digo isso já me levantando e pegando as minhas coisas. –

-Não vá, Thomas. –

-Não tenho escolha, é melhor eu ir. – Digo, chorando e saindo do quarto, mas antes disso o Luís pegou o meu braço.

-Me solta, Luís. –

-Você não estar pensando direito, estar caindo um chuvada lá fora. – Diz, ainda me segurando.

Tentei me soltar do Luís, mas ele não deixava e foi quando eu desabei em cima dele, comecei a chorar e chorar. Fiquei lá no chão e o Luís ficou do meu lado, segurando a minha mão.

-Pode me contar tudo o que te aflige, estou aqui. –

Quando ele falou isso, eu parei de chorar e comecei a falar tudo o que eu sentia, tudo o que eu estava passando de como minha mãe me via, de como eu estava erado aos olhos de Deus e de tudo o que eu sentia pelo Raphael e não quero sentir. Falei tudo o que era para falar. Quando mais eu falava mais ele me abraçava forte, parecia que ele queria me proteger todos esses perigos.

-Tenho medo de estar fazendo a coisa errada, de ir para o inferno. - digo, abaixando a minha cabeça.

-Você não vai para canto nenhum, pois amor é amor independente de ser gay ou não. – Diz,

Levanto a minha cabeça e olho bem fundo nos olhos dele, vejo que tudo o que estar falando é verdade, não importa se o amor é de um pansexual, bissexual, heterossexual ou homo, nada disso importa, a não ser o amor que cada um sente. Ele coloca sua mão na minha bochecha e acaricia, fico mais perto dele, nossos narizes se encontram, nossos olhares também.

-Só vou te beijar, quando você quiser. – Diz.

-Por favor, me beija. –

Nossos lábios se encontraram. Não tem nada melhor do que beijar uma pessoa que gosta da gente. Sinto todo o carinho que ele tem por mimDepois que terminamos de comer fomos assistir ao filme, ficamos enrolados até a metade do nosso corpo, pois estava muito frio por causa da chuva. Ele ficou lá, no meu lado, segurando a minha mão. Sim, ele estava sem blusa e era uma visão muito boa.

-Estou pronto. – Digo

-Para que? –

Aos poucos vou tirando a minha a blusa, eu sei que estar frio, mas eu tenho que começar a gostar do meu corpo, pois ele é meu e se eu não gostar dele primeiro, quem é que vai? Tiro a minha blusa, ele fica olhando para mim, não sei qual reação ele vai ter. meu corpo é legal, mas é que não gosto dele, só isso.

-Sabia que você fica bem mais bonito sem camisa. – Diz, com uma grande e belo sorriso no rosto.

-Não sabia. – Digo rindo.

Ele me deu um abraço e ficamos assistindo, juntinhos. Encosto a minha cabeça no seu ombro e aos poucos vou pegando no sono.

-Estar com sono? –

-Sim. – Digo, falando bem baixinho.

-Então, vamos dormir. –

Ele fecha a tevê, a luz e me enrola um pouco mais. Vou fechando mais os meus olhos. Estamos de conchinha e ele estar me abraçando, é tão bom estar sentindo o calor de outra pessoa, é tão bom sentir esse carinho que ele tem comigo (acho que nunca vou conseguir perdoa o Raphael) e assim dormimos, mas antes de eu cair no sono definitivamente, escuto ele falando no meu ouvido.

-Eu te amo, e nunca mais vou deixar alguém lhe machucar, te prometo. –

Continua......

Pensei que nunca mais iria terminar de escrever esse capitulo, puxa vida! Espero que gostem, comentem, curtam, compartilhe e add aos favoritos, hahahhaha -Zoa. Enfim, espero que gostemBeijos…. Mandalay.

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Comentários

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Essa mãe do thomas é repugnante. Amei.

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