Minha Vida - Capítulo 08

Um conto erótico de Gabriel Ferreira
Categoria: Homossexual
Contém 1444 palavras
Data: 11/01/2016 23:58:26
Última revisão: 13/01/2016 19:12:08

MINHA VIDA

CAPÍTULO 08

Aproveitando que não tinha nada para fazer em casa, já que Patrick tinha feito tudo, até limpado a casa. Acredita gente? Resolvi ligar para minha melhor amiga vir passar o dia comigo, pois eu não iria sofrer por vagabundo nenhum mais. Pouco tempo depois, Fátima chega com tudo dentro de casa, eu estava no sofá assistindo.

- Oi Mizéra! - gritou a louca ao entrar dentro de casa.

- Oi Fátima - disse - Senta aqui - disse apontando para uma vaga no sofá perto de mim.

Rapidamente ela se sentou, me encarou e disse.

- O que foi que te aconteceu?

- Ele! - disse, minhas lágrimas já estavam teimando me cair, mas eu resolvi segurar - Paulo veio aqui em casa, me espancou, me humilhou e tetou me estuprar.

- VIADO! - ela gritou furiosa - Me conta isso direito, Fernando.

Contei toda a história detalhadamente para minha melhor amiga, ela ouviu tudo calada, mas com uma expressão de raiva estampada em seu rosto, ao terminar de contar sobre a surra que Paulo tinha me dado. Ela se levantou do sofá e começou a andar pele sala.

- COMO ESSE MONSTRO TEVE CORAGEM DE FAZER UMA COISA DESSAS - disse ela olhando para mim - VOCÊ LIGOU PARA A POLÍCIA?

- Não, apesar de tudo, eu ainda amo esse cachorro, não fácil esquecer alguém que dormiu com você por nove anos - disse de cabeça baixa.

- ESSE CANALHA DEVERIA ESTÁ PRESO - disse ela afundando em uma poltrona, ela estava bufando de raiva.

- Eu sei! Mas do que adiante ele ser preso, se ele fosse preso - disse - Esqueceu que o pai dele é um dos melhores advogados da cidade, ele é rico. E infelizmente nesse país, pessoas como ele não são punidas pela lei.

- Isso é verdade - disse ele me abraçando - Mas, esquecendo tudo isso, como você se sente?

- Péssimo - disse com uma vontade enorme de chorar, mas como prometido, segurei as lágrimas, pois não ia derrubar mais nenhuma por quem não merecia - O que ele fez comigo não tem perdão.

- Não tem mesmo - disse ela - Mas saindo desse assunto, conta mais ai sobre o Patrick - ele abriu um sorriso sacana.

- Pois é! - disse começando a rir, só mesmo Fátima para fazer esquecer as coisas ruins - Ele foi um anjo, um amor de pessoa.

Ficamos muito tempo falando sobre Patrick, ela disse que ele estava interessado na minha pessoa. Contei a ela sobre Germano, que até hoje nunca mais me procurou e Joel, o intrometido que tinha me beijado na festa da empresa.

- Gente! Babado, você está podendo garoto - disse ela rindo - Conte mais ai sobre esse tal de Joel.

- Não tem mais nada para te contar, tudo o que tinha para te contar sobre ele, já contei - disse.

- Ahh!

Fátima me ajudou a fazer o almoço, enquanto cozinhávamos algo, meu telefone tocou e eu fui atender. Era Patrick me ligando.

- Oi - disse.

- Oi, só liguei para saber se você esta bem.

- Sim, estou.

- Ótimo, meio-dia eu passo ai para almoçar com você - ele disse - vou comprar algumas coisas aqui no restaurante e levar.

- Não precisa, estou fazendo o almoço - disse.

- Mas você precisa descansar - ele pareceu irritado - Porque não me ligou para eu comprar algo.

- Estou descansando, mas também não posso ficar parado - disse - Vem almoçar aqui em casa.

- Eu vou - ele pareceu esboçar um sorriso.

- Ótimo - sorri.

- Vou ter que desligar, tenho reunião já já - disse ele desligando o aparelho.

Após colocar o celular em cima do balcão, eu suspirei e Fátima me olhou sorrindo.

- Que alegria é essa? - ele perguntou sorrindo - O que o teu chefe queria?

- Ele vem almoçar aqui! - disse.

- Então nossos planos de almoçar juntos se foram - disse ela.

- Não, você pode ficar e almoçar com a gente - disse.

- Eu não! Não quero segurar vela para o casal - disse ela gargalhando logo em seguida.

- Tu não presta! - disse.

Fátima me ajudou a terminar de fazer o almoço, depois ela deu um beijo em minha testa e foi embora, eu fiquei ali, olhando para a mesa já pronta. Não demorou muito para Patrick entrar em casa, ele estava de terno, uma terno preto com uma gravata vermelho sangue. Ele estava sorrindo e tinha uma garrafa de vinho nas mãos.

- Passei lá em casa para pegar esse vinho - disse ele colocando a garrafa em cima da mesa - Por isso demorei um pouquinho.

- E suas filhas? Como estão?

- Estão na casa de mamãe.

- Ah! - disse sorrindo.

Ele se sentou a mesa e eu também, nos estávamos na sala de jantar, ele sentou na minha frente.

- Você fez tudo isso sozinho? - ele perguntou olhando para a comida.

- Não, uma amiga me ajudou - disse.

- Pela cara deve esta tudo ótimo - disse ele.

- Obrigado - sorri para ele - Vamos comer.

- Vamos!

Ele se serviu e eu também, uma coisa que eu pude ver em Patrick, é que ele comia muito, bastante mesmo, ele abriu a garrafa de vinho e se serviu.

- Que um pouco? - perguntou.

- Sim, obrigado - disse estendo uma taça para ele colocar o vinho.

- A comida está ótima - disse ele.

- Obrigado!

- Sabe, faz tempo que eu não tenho um almoço assim - ele suspirou - Todo almoço, só é Emily e eu, a única coisa que Emily sabe fazer é reclamar.

- Patrick, desculpe ai pelo o que eu vou dizer, mas sua irmã é uma capeta de saia.

- E eu não sei - ele começou a gargalhar - Papai sempre gostou mais dela, dizia que ela tinha a mesma personalidade dele, se ele não tivesse morrido tão de repente, hoje ela é que estaria mandando na empresa.

- Ah! Não conheci seu pai - disse.

- Ele morreu faz dez anos, eu tinha 25 anos quando assumi a empresa - disse ele.

- Deve ter sido difícil - disse.

- Foi, mas eu tive ajuda de muita gente - disse ele rindo.

Patrick ficou bastante tempo falando sobre sua família, quando nos terminamos de almoçar, levei os pratos para a pia e ele me ajudou a lavar tudo.

- Já ia me esquecendo da sobremesa - disse assim que terminamos de lavar os pratos.

- Você fez sobremesa? - perguntou ele com um sorriso muito lindo.

- Não, mas tem sorvete - disse caminhando em direção a geladeira e pegando o sorvete.

Peguei duas colheres, e fomos comer o sorvete na sala, ele me acompanhou, sentou-se ao meu lado no sofá e com uma colher, ele começou a comer o sorvete.

- Eu já falei bastante da minha vida, mas você até agora não falou nada da sua - disse me encarando com a boca melada de sorvete.

- Bom. Minha vida é simples - disse limpando a boca dele com o dedo - Tenho 25 anos e sou formado em administração. Tenho dois irmãos e sou filho de um comerciante de roupas, minha mãe é médica.

Fiquei falando por um bom tempo para ele sobre meus pais e meus irmãos.

- Quando eles descobriram que você é gay? - perguntou ele.

- Eu me assumi aos 16 anos, assim que comecei a namorar com Paulo - disse me lembrando no cafajeste - ele era nosso vizinho, era mais velho, era festeiro. Mamãe sempre desconfiou da minha condição sexual e papai foi aceitando com o tempo.

- Ah! E você sofreu alguma coisa?

- Não, eles nunca levantaram um só dedo para me bater, meus pais sempre foram pessoas modernas - disse.

- Ah!

- Eu acho que eu sempre soube que Paulo me traia, só não queria acreditar, ele sempre gostou de sair a noite, mesmo a gente já morando junto - disse com meus olhos ardendo - Só dei crédito para aquilo que eu já sabia, quando eu vi com meus próprios olhos.

- Ah, que barra! - disse ele passando as minhas costas.

- Engraçado! - disse abrindo um sorriso forçado para espantar as lágrimas - Até outro dia você era apenas meu meu chefe, hoje é meu amigo.

- Verdade - disse ele rindo.

Eu fiquei o encarando, ele também ficou me encarando, vagarosamente nossos rostos foram se aproximando até nossos lábios se encontrarem, em uma perfeita dança harmônica, ele foi envolvendo suas mãos por meu pescoço, seus lábios carnudos e macios eram uma delícia, ele beijava com calma e carinho, mas sem mais e nem menos, ele me empurra de leve e se levanta do sofá.

- Desculpe - disse ele nervoso.

- Patrick...

- Preciso voltar para o trabalho - disse ele saindo de casa muito rapidamente.

Após Patrick sair, eu desabei no sofá chorando. Desde que tinha descoberto as traições de Paulo. Patrick tinha sido a única pessoa que me fazia sentir confortável. Agora eu estava com medo, provavelmente, eu iria perder meu emprego e ele iria se afastar de mim.

CONTINUA???

Gente! Ainda estou em Fortaleza, então vai ser difícil postar algo nessa semana, mas respondendo a pergunta de Digos2. Cafajeste vai ter sim uma continuação, que será postado aqui mesmo no CDC, depois que o conto MINHA VIDA chegar ao fim. Beijos na Omoplata...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive AnjodePrata a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Aff, ele tem que superar vai ficar chorando feito uma virgem usada até quando, eu pensei q ele fosse diferente mas na verdade não passa de um corno chorao que cai e não sabe se levanta

0 0