[GLUE] 13

Um conto erótico de JR
Categoria: Homossexual
Contém 1600 palavras
Data: 08/01/2016 22:01:16
Assuntos: Gay, Homossexual

[GLUE] 13

Estávamos sentando no canto da quadra, Marcelo segurava a minha mão – Você meio que é imprevisível o disse. – Eu sei me desculpe por isso respondi. – Não precisa se desculpar, eu gostei muito do que fez essa atitude toda de repente, mas a única coisa que me preocupa é ate quando ela vai durar. – Podemos ir devagar, viver o momento por enquanto? O respondi. – Claro que sim, claro que sim o assentiu. Os comentários na escola foi geral, apesar de eles estarem mais surpresos pelo Marcelo pelo fato de que ele sempre foi o cara que pegava as meninas do colégio inteiro, mas ele nem se importava eu sentia que ele estava muito feliz. Voltamos à aula muitas pessoas cochichavam e riam, mas por mim tudo bem, se estava bem para a Ana e para minha mãe oque mais eu deveria me preocupar.

No final do período o professor pediu para eu entregar os livros de volta à biblioteca. Despedi-me da Ana e segui no corredor a maioria dos alunos já haviam ido embora, atravessei o corredor cheguei à biblioteca dei baixa nos livros e segui de volta para a porta de saída. Continuava caminhando e pensando se realmente era isso que eu queria se não foi apenas o calor do momento quando olhei a minha frente lá estava ele parado, parecia que esperava por mim era o Luan.

Ele estava encostado na parede olhava para o nada, baixei minha cabeça e passei por ele fingi que nem o conhecia minha respiração ficou mais acelerada. – Então você esta com ele; O perguntou. Eu continuei andando – Então é assim o disse. Eu me voltei fiquei olhando ele por um momento, muitas coisas passaram por minha cabeça naquele momento. – Isso não é da sua conta o respondi. Sua feição mudou diretamente para raiva – Não é da minha conta Júlio, não é da minha conta? O perguntava enquanto vinha se aproximando. – Você tinha problema de as pessoas saberem de nos e agora você anda de mãos dadas com aquele otário e ainda vem me fala que não tem problema. A situação toda foi ficando cada vez mais seria.

- Eu não te entendo o respondi em um momento você acaba comigo me faz de trouxa me humilha e agora você quer explicação do que? Diz-me Luan explicação do que. Ele ficou me olhando podia ver a raiva estampada na cara dele, mas ainda não entendia o motivo de tudo aquilo. – Eu tentei continuei; Fui atrás de você eu disse que queria tentar de novo e oque você fez me tratou como lixo, então, por favor, não tente reclamar do que você causou.

- Você não entende não é? O disse; Você sempre foi assim, não liga para que os outros pensa ou sente, só liga pra você. – Não! Disse eu; Não dessa vez não, você não vai me fazer ficar mal por isso, como você consegue ser tão injusto comigo Luan, eu estava lá pronto para te dar tudo e você apenas jogo fora e agora me diz que eu só pensei em mim, você é pior do que eu imaginava disse a ele.

Com isso ele veio em minha direção me segurou pelos dois braços e me pôs contra a parede. – Não brinca comigo

Júlio o dizia.

Nunca havia visto ele daquela maneira. – Vai me bater agora Luan porque é só o que falta. Ele afrouxou suas mãos dos meus braços. – Nunca faria isso, me desculpa, meu Deus me desculpa foi dizendo ele. – Preciso ir embora o respondi. Segui em direção à saída sem entender oque havia acontecido, sem entender o que estava acontecendo.

Quando cheguei ao portão lá estava Marcelo com um sorriso no rosto. – Porque da demora amor? O que foi você esta chorando? O perguntou. – Não, não só estou cansando o respondi. – Ok! Vou deixar você na sua casa o disse. – Na verdade eu tenho um lugar para ir, podemos nos falar mais tarde, você me liga? Perguntei. – Claro que ligo, mas aonde você vai? – Em uma amiga. Ele assentiu me deu um beijo e se foi, não poderia dizer a ele que iria ver a mãe do Luan provavelmente a essa altura apenas devia ter isso embora porque depois do que aconteceu hoje não seria a melhor hora de fazer uma visita, mas eu prometia a ela e assim fui. Segui um caminho que a muito tempo não seguia, passei pelas ruas que um dia passei me lembrando como foi conhecer o Luan pela primeira vez, mas sempre me sentia culpado pelo fato de que me sentia injusto com o Marcelo. Passei em uma padaria comprei um pudim e terminei meu caminho, cheguei à casa do Luan abri o portão e bati na porta, no gramado havia varias garrafas de todo o tipo em sua maioria de bebida, outra parte do muro estava toda esburacada, bati na porta novamente e não ouvi nenhum sinal.

Fechei meus olhos e agradeci por aquilo não ter dado certo, talvez fosse melhor assim. Nem sinal do Luan ou da Tânia. Dei-me de costas e segui portão a fora, mas na metade do caminho ouvi a porta se abrindo e me dei conta de que não era nem o Luan e nem sua mãe. Era um homem que aparentava uns quarenta e poucos anos, barba por fazer sua camisa verde agua estava rasgada nas bordas e seu short estavam com as costuras frouxas. – Posso ajudar o disse me encarando. – Não, eu vim ver uma pessoa, mas acho que foi endereço errado desculpa. Continue caminhando para sair dali – Júlio não é o disse. Eu parei por um momento e me voltei a ele. – Sim respondi. – A Tânia falou que você viria, ela não esta agora foi no mercado compra alguma porcaria, mas ela disse para você esperar. Com isso ele abriu a porta como um sinal de convite.

Entrei porta adentro cheguei a uma sala, havia varias roupas em cima do sofá algumas largadas pelo chão, às paredes estavam marrons pelo mofo que descia do teto. – Por aqui o disse passando por mim. Segui ele ate o segundo cômodo, havia uma mesa pequena redonda ao lado um fogão com varias panelas, a pia estava entupida de louça ao canto estava à geladeira. – Pode sentar ai o disse apontando para uma das cadeiras. – Isso aqui é para vocês fui eu dizendo o entregando o pudim. Ele pegou da minha mão sentou do outro lado, ele abriu a embalagem do pudim e pegou um pedaço com as mãos e começou a comer. – Negocio bom esse o disse enquanto mastigava.

Eu já estava ficando meio que incomodado com a situação.

-Será que a Tânia vai demorar perguntei. – Não sei aquela vagabunda sai sem avisar e volta tarde da noite, ela esta merecendo umas pancadas de novo. Dei-me conta porque o Luan nunca mais havia contado nada para mim sobre seus pais, ele nunca disse por que a situação só piorou e ele não queria que eu soubesse. Aquilo foi me cortando, cada pensamento que eu tinha sobre como ele vivia ali me enxia de angustia. – O Luan está perguntei. Ele pegou outro pedaço do pudim lambeu os dedos, - Deve esta na casa daquela putinha da namorada dele o respondeu; eu tenho uma vontade naquela menina eu mostraria a ela oque é um homem. Ele começou a gargalhar, se levantou foi à geladeira e pegou uma garrafa, eu podia sentir o fedor do álcool ele voltou a sentar e virou um gole garganta abaixo. – Servido garoto? O perguntou apontando a garrafa em minha direção. – Não obrigado; respondi. Ele continuava bebendo, minha vontade era de sair correndo daquele lugar. – Olha senhor, eu já vou indo. – Não garoto, espera mais um pouco o disse. – Não, não senhor eu já vou avisa a Tânia que eu estive aqui só isso. Dei-me de costa e comecei a andar.

Quando vi a garrafa passou a dois centímetros da minha cabeça e atingiu a parede a minha frente. Fiquei imóvel voltei-me a ele estava fora de si. –Você acha que eu não sei oque você veio fazer aqui moleque, veio tirar minha mulher de mim, o ultimo da sua raça que tentou isso esta morto, e o próximo é você. Ele veio correndo em minha direção. Sai correndo em direção a sala eu podia ouvir seus passos pesados atrás de mim, eu estava em desespero. Cheguei à sala e senti sua mão segurando minha mochila, num solavanco ele me jogou contra o chão, eu comecei a me debater ele me virou contra a ele e subiu em cima de mim e pôs suas mãos sobre minha garganta. Eu batia contras seus braços, seu rosto, mas era como nada, sentia o ar me faltando ele fala umas coisas que eu não conseguia entender já tinha me dado por vencido quando ele caiu ao meu lado.

Quando fui voltando a si, vi a Tânia com uma garrafa quebrada nas mãos, olhei para o lado o pai do Luan estava imóvel. Fui me afastando a solavancos, a Tânia me segurou pelos braços tentando me acalmar. – Ele morreu? Ele morreu? Eu perguntava. Meus olhos já derramavam lagrimas. – Calma Júlio, Calma! A dizia. – Meu Deus, oque você fez Tânia? – Calma ele não morreu olha. Com isso ela o desvirou pude ver que ele respirava. – Está vendo ele está vivo. Minha respiração foi voltando ao normal – Tenho que ir embora, disse a ela pegando minha mochila. – Calma Júlio, calma. – Não Tânia, isso tudo foi um erro, tudo isso aqui foi um erro. Segui em direção à porta de saída ela me seguindo quando abri me dei de cara com o Luan.

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Comentários

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INTERESSANTE ESSE CAPÍTULO. COMPLICADA FAMÍLIA DO LUAN. ME ADMIRA MUITO ELE NÃO TER SE PERDIDO NA VIDA.

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Amo seu conto, só acho que deveria alongar um pouco, está um pouco pequeno! Luan está sendo injusto com Júlio e agora está sofrendo vendo que "perdeu" pra outro.

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